domingo, 2 de junho de 2013

ANO DE 2014 - O DESAFIO DO BRASIL DE INOVAR EM POLÍTICA E GESTÃO






ANO DE 2014 - O DESAFIO DO BRASIL DE INOVAR EM POLÍTICA E GESTÃO

Em 2014 teremos eleições quase gerais em nosso Brasil.
Boa oportunidade de se tentar resgatar o processo político para a cidadania ativa.
A área da gestão pública, política e governamental, com suas cíclicas más atuações afastou as pessoas da vida política, que é a instância de participação da cidadania.
O empobrecimento da ativida...de pública e política é que gera as demais crises, nas áreas dos serviços prestados aos cidadãos.
Os partidos políticos, via-de-regra, afastaram a militância, que participava e representava a sociedade.
Diminuíram sua representatividade, deixaram de lado a participação popular, causa principal da sua criação e existência.
Partidos são partes da sociedade, mas autoritariamente, se apossaram dessa propriedade representativa, e fecharam negócios com as áreas econômica e financeira, os novos poderes mundiais, passando a ser instrumentos menores de negociações, de negócios, de pressões paras obter negócios, de proteção corporativa, tudo menos o seu papel original, democrático, republicano, de ajudar na construção do grande “lago” da cidadania, onde os movimentos, correntes de pensamento, tradições, sonhos, elaborações sociológicas, deságuam para formar o grande estuário da multiplicidade das sociedades complexas, democráticas, participativas.
Com as distorções políticas, geradas pelo afastamento dos cidadãos da vida partidária, a democracia passou a ser um episódico regime sazonal, que se alimenta de eleições, que acabam sendo dominadas, e manipuladas, pelos dirigentes partidários, que usam as estruturas dos partidos para emitir pareceres, opiniões, pressões, como se de todos os partidários fossem.
As convenções partidárias, instâncias maiores do processo participativo e democrático interno dos partidos, foram transformadas em bolsas de oferta e procura de votos, de coligações esdruxulas, de cooptações, pois na maioria das vezes, seus resultados já estão antecipadamente estabelecidos, por algumas poucas “lideranças”, que na verdade mercadores são, das ansiedades sinceras e genuínas, daqueles que colaboram com recursos, com energia, com sonhos, com participação, na esperança, e na ilusão, de estarem construindo o jogo democrático.
Em quase todos os partidos, a desilusão é presente, o afastamento do processo central decisório é um fato, e as decisões centrais não seguem outro processo, senão o conhecido velho jogo das raposas autoritárias que, entre poucas cabeças, que nem ligadas a partidos o são, vendem o compram consciências, e votos, para poderem mercadejar com os próximos governantes, as fatias de poder para viabilizar o teatro das aparências, das máscaras kabuki, em que foi transformada a atividade, que por tantos anos se lutou, na esperança de termos no Brasil um democracia efetiva.
Não são difíceis os exemplos para mostrar, e demonstrar, como os governos eleitos, na verdade, se transformam em balcões para pagamentos de favores espúrios, negociados nas fases eleitorais.
Basta ver a enorme carga tributária brasileira, que pouco oferece em serviços de bom nível aos contribuintes e eleitores.
A própria base tributária, acanhada, injusta, concentradora, desigual, protege grandes negócios fazendo com que não haja a mínima coerência dentro dos governos, pois durante a gestão a única preocupação governamental tem sido a arrecadação voraz, para manter elevadas as disponibilidades de caixa, para garantir os gastos oportunistas do poder de plantão.
Atualmente governos existem para arrecadar impostos da cidadania, e repassá-los aos bancos, para pagar a dívida pública, ou para emprestar, a juros baixíssimos, a projetos discutíveis, por meio de seus bancos públicos, também mantidos com recursos dos impostos.
Um exemplo claro desse fato incontestável, é o baixíssimo número de 27 milhões de IRPF- declarantes de imposto de renda das pessoas físicas, numa população de praticamente 200 milhões de brasileiros.
Veja-se os impostos pagos por grandes empresas, grandes brancos, grandes fortunas, e ficará evidenciada a absurda forma de saquear o dinheiro das famílias em nosso país.
Enquanto o governo não resolve, por compromissos obscuros e pouco éticos, essa realidade de araque, cria instrumentos de assistencialismo pecuniário, dando dinheiro, pouco dinheiro, mas em grande volume, para que os pobres continuem pobres, e dependentes dos cofres governamentais.
Mas pagando com seus milhões de votos, a cada eleição, o grilhão que os mantem escravizados aos "senhores de engenho", substituídos agora pelos "senhores" dos ditos partidos democráticos.
Que na verdade assim se dizem, mas fazem negócios com banqueiros, abrandam a vida de grandes industriais, mas nada fazem para melhorar a vida dos contribuintes e eleitores, que continuam sendo usados, e mandados, como no sistema escravagista, que vigorou, oficialmente, de 1.500 a 1.888, mas que na prática está em plena vigência, pois o povo brasileiro ainda se encontra nessa condição, bastando verificar os números aqui citados.
Temos 13 milhões de brasileiros, o equivalente a um total de 40 a 50 milhões de votos, dependentes dos favores financeiros de programas que oferecem um mata-fome, mas que não libertam, não permitem a evolução
A indústria automobilística tem desconto de IPI, mas ela não baixa um centavo de seu custo próprio, no preço dos veículos, faturando e ganhando sobre as faixas de isenção fiscal.
Os supermercados aumentam indiscriminadamente os preços dos alimentos, pois para o governo o que interessa é o valor arrecadado em impostos.
Essa crise moral e ética é que gera outras crises.
A violência urbana aumenta, o uso de tóxicos, altamente venenosos, é uma realidade assustadora nos meios urbanos.
O processo educacional, há mais de 40 anos estagnado e empobrecido, gera seus melhores resultados, ou seja, pessoas cada vez menos preparadas, menos alfabetizadas, criando uma geração completamente perdida, pois quem não consegue interpretar o que lê, sem qualquer dúvida, será um instrumento nas mãos dos poderes, econômico, e político.
A saúde em permanente crise, por total abandono e falta de prioridade governamental.
Hospitais abandonados, pacientes em corredores, falta de medicamentos, ausência de profissionais, e uma tabela SUS ridícula e irreal.
A área policial da segurança em constante gangorra, gera medo e insegurança na população que já apresentava medo de andar nas ruas, e agora vive o terror das invasões das suas casas.
Só se desejava que a atenção, e velocidade, empregadas para resolver os problemas da saúde, educação, e segurança, fossem as mesmas empregadas para resolver os problemas em torno das copas de 2013 e 2014 e da olimpíada de 2016.
Ou da instalação de industrias estrangeiras em solo brasileiro.
As sensibilidades magicamente são exacerbadas, as providências, bem como as capacidades de síntese e soluções viram passes de mágica, se comparadas com as mesmas destinadas aos problemas dos simples mortais, os cidadãos pagadores de impostos.
 
 
 
 

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