segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

2013!




Nossa vida corre com um rio, sempre para a frente, não retrocede nunca!
A vida é um grande momento presente, o passado lembranças, recordações, exemplos.
O futuro, sonhos, projetos e esperança.
Portanto, desejo a todas e todos que tenham um 2013 como momento de realização de muitos sonhos acalentados, e esperanças mantidas.
Que seja um ano positivo, no qual predominem os bons exemplos, a ética, o respeito entre todos, e a intolerância com o crime, com a corrupção, com a desonestidade, com o oportunismo e com a maldade.
Com certeza as pessoas boas e verdadeiramente honestas são a grande maioria dos habitantes deste Planeta Terra.
Não podemos, nem vamos, permitir que a ventura da vida, que a alegria dos bons convívios, sejam diminuidos pelos poucos maus que existem.
Que o poder seja exercido para o bem, que os governos trabalhem pela alegria e bem estar das pessoas.
Que os impostos sejam utilizados para a melhoria da qualidade de vida das pessoas. De todas.
E que aprendamos a valorizar a vida que temos, devolvendo à Natureza as mesmas condições com as quais ela nos dá e permite o dom da vida.
Para isso basta amor, muito amor, amor sempre!
Feliz 2013, com muitos sonhos, esperanças, e tudo realizado com amor, com o próximo, e com todas as pessoas!

domingo, 30 de dezembro de 2012

QUANDO OS PEIXES SAEM D'ÁGUA



O titulo acima é de um filme dos anos 70.
Conta uma história muito interessante e que encontra algumas similitudes em nosso tempo presente.
Trata da questão da busca do prazer, principalmente em períodos de férias, e a corrida desenfreada para conseguir passagens, acomodações e passeios, em remotas regiões do mundo, onde se supunha existir pequenos paraísos terrestres. 
As agências de turismo lotadas, a disputa por bilhetes e reservas, o atropelo em estações e aeroportos e, enfim, o contato com a natureza, a simplicidade, o ar puro, a comida saudável.
Em paralelo a essa algaravia, o filme mostra uma questão muito grave, que ocorre, fatidicamente, na mesma região objeto de tanta cobiça turística.
Um avião militar, transportando carga de alto teor radiativo e perigosamente poluente, sofreu pane nas proximidades, tendo início uma secreta e nervosa busca.
O filme retrata a situação com os devidos lances, que vão do cômico ao dramático, pois enquanto grande quantidade de seres humanos jogavam todas as suas energias em atividades prazerosas, ligadas ao desligamento das rotinas e a adoração do sol e das águas daquele mar verde e maravilhoso, uma realidade paralela, e sem a devida notificação ou conscientização, ameaçava o meio ambiente e as vidas de quem o desfrutava.
Vale a pena tentar encontrar essa relíquia do cinema, que ainda conta com a atriz Candice Bergen, que, pela sua beleza suave, durante muito tempo, foi um dos ícones femininos de Hollywood.
Mas um outro aspecto que o filme nos evoca, num exercício de futurismo e antevisão, é a nossa realidade atual.
Não são poucos os episódios, vividos e sentidos em todo o mundo, em que situações de degradação ambiental, uso indevido dos recursos naturais, desrespeito e descaso com a preservação das cidades e florestas, desmatamento e retirada de vegetação ciliar, ocupação indevida, e consentida por autoridades, de áreas de preservação, do verde e da vida humana, têm gerado catástrofes, com elevado número de mortes e perda de recursos públicos.
O filme, depois de um desenrolar tenso e de transmitir ao espectador toda a potencialidade destrutiva daquela situação, mostra as suas cenas finais, quando se apresenta todo o espectro que um desastre pode envolver, com o ser humano alienado e ignorando as reais condições de risco nas quais se envolveu, por sua alienação e pela omissão de quem deveria alertá-lo.
As última tomadas mostram um grande grupo de turistas, dançando freneticamente sobre um trapiche à beira do mar.
A câmera vai se afastando, mantendo o perfil das imagens, o som da música forte e estridente.
Quando as lentes captam o mar, que emoldura aquele ambiente, começam a aparecer grandes quantidades de peixes mortos.
Peixes que começam a sair das lindas e inimagináveis poluídas águas daquele mar fantástico e mágico.
E mortos pela radiação que irá atingir os humanos, também.
Lembrando desse final assustador podemos nos perguntar se não está ocorrendo, em nosso maravilhoso mundo de prazeres e cores, a repetição dos processos mostrados no filme?
Estarão nossos peixes saindo da água, estarão nossas águas saindo das calhas dos rios, estarão as águas dos mares poluídas por elementos desconhecidos das populações que as usam para suas saúde e lazer?
Na época, o filme se constituía numa ficção, um tanto ousada, considerando a baixa consciência ambiental e a visão de maximização econômica do turismo.
E agora?
Em pleno século XXI, já aceitamos um destino imposto pelo lucro?
O que estamos fazendo com nosso Planeta?
Continuaremos permitindo o consumo irresponsável, voluntarioso, egocêntrico?
Continuaremos permitindo que interesses econômicos desonestos e aéticos e a propaganda mentirosa dirijam nossos destinos, nossa vida e nossa morte?
 
 
 

CALENDÁRIO MAIA E O FIM DO MUNDO

 
 
O FIM DO MUNDO, NO CONGRESO NACIONAL!
Nosso Congresso Nacional não tem sido muito republicano.
Recentemente, foi cobrado pela Receita Federal por imposto de renda não descontado de ganhos dos Senadores.
Todos os trabalhadores do Brasil teem seus ganhos diminuidos pelo imposto de renda descontado na fonte.
Existe uma proposta da mesa do Senado para que a instituição pague esse valor elevado.
Sem descontar dos ganhos dos Senadores.
Agora a Câmara Federal quer votar num único dia mais de 3.000 vetos do executivo.
Colocados ao longo de muitos anos e ainda não apreciados.
É lógico que não conseguirão analisar esses vetos num unico dia de dezembro.
Ou seja, farão uma leitura dinâmica, ou passarão voando pelas razões dos vetos, o que poderá gerar problemas legais para toda a sociedade, pois se alguns vetos forem derrubados, como ficarão as eventuais alterações sobre textos legislativos?
E assim o Brasil passou pelo dia 21 de 12 de 2012...
A previsão Maia pode não se concretizar, mas no Senado o fim do mundo já está começando...

Solidariedade e Generosidade

 
 
Natal, confraternização, solidariedade, e tantas outras palavras bonitas...
Se algum dos Deuses viesse visitar nosso mundo, o que encontraria?
Muita pobreza, material e de espírito?
Desigualdade?
Compras, compras, compras...
Em nossas almas, quantos presentes cabem?
Quantas dívidas nossos espíritos suportam?
Existe pacote de presente para sentimentos?
Como presentear amor?
Com cartão de débito ou de crédito?
Como dividir bons alimentos, alegrias, cores, luzes, mesa farta?
Deixando as janelas abertas, as portas, colocando mais cadeiras à mesa, convidando pessoas?
Ou levando luz e esperança aos que não as teem, nem a esperança de recebê-las?
Os templos são locais onde vamos refletir e meditar.
Lá os Deuses nos ouvem, mas fora de lá, como somos vistos?

Sensibilidade e Ação

 
 
A época de Natal, e mudança de ano, é uma fase bonita pois ajuda a sensibilizar as pessoas para a solidaridedade e a generosidade.
Dois sentimentos, duas emoções, que são legais por serem interativas.
O ser humano só, é o caos.
Em grupo, no coletivo, ele se salva, se potencializa, melhora, evolui, aprende, se supera.
Os melhores presentes que podemos dar, e receber, nesta época são, justamente, as manifestações que surgem com as boas emoções da ampliação da consciência e da elevação dos espíritos.
Dividir o alimento, tanto do corpo, como da alma, alivia, oferece e recebe boas energias, ajuda a construir bons sentimentos, valoriza a possibilidades, e ajuda a realizar as completudes.
Desejo com a maior intensidade, neste momento de meditação e reflexão, que a felicidade esteja em todos, e para todos, por meio das mãos dadas, dos apoios mútuos, e da paz e da serenidade pela intensidade dos sentimentos puros e autênticos.
Com carinho, admiração e desejos de um 2013 cheio de luz e paz.
E com a alegria da perspectiva de caminharmos juntos nesse ano que se inicia nos próximos dias.

Mundo Velho e Ano Novo

 
 
Nosso mundo está mesmo vivendo em extremos.
Extremos de temperaturas, gerados pelas agressões ambientais, extremos de riqueza, com muita ostentação, deslumbramento e novoriquismo.
Extremos de insensibilidade, quando se violenta e mata uma mulher jovem, como o fizeram na Índia, seis miseráveis, que nem sabem o valor da vida.
Extremos de camadas sociais, que vivem no mesmo país, na mesma sociedade, na mesma cidade, no mesmo bairro, e uns desenvolvem obesidade mórbida por excesso, outros morrem de fome por carência extrema.
Uns habitam centenas de metros quadrados, até milhares, outros não teem, literalmente, onde cair mortos.
Qual mundo queremos em 2013?
Nossa opção, nossa atitude, nossa coerência, podem muito ajudar nas transformações necessárias. Vamos receber 2013 com a vontade, e a determinação, de sermos uma sociedade mais justa, ética e igualitária???

Exterioridade e Subjetividade



O ser humano é dotado de subjetividade.

Perceber, sentir, imaginar, sonhar, são capacidades da subjetividade.

Elas permitem elaborações nem sempre contidas nos contextos imediatos, que nos cercam.

A subjetividade, assim como motiva a interpretações diferentes, sobre o mesmo referente, nos ajuda na múltipla criação.

O visível é só a superfície, muito mais há nos conteúdos.

quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

BANCOS, CRIMES E "CASTIGOS"


Grande banco internacional acaba de ser multado em quase 2 bilhões de dólares por lavagem de dinheiro advindo do tráfico internacional.
Não fosse a notícia ter sido veiculada em mídias confiáveis, poder-se-ia pensar tratar-se de uma brincadeira.
Como um banco limpa dinheiro do tráfico internacional?
Qual a razão de uma multa pecuniária no lugar de uma sanção legal, prisões, responsabilizações judiciais, etc. ?
Se alguém, alguma pessoa for presa por limpar dinheiro ligado ao tráfico internacional, poderá se livrar de outras consequências simplesmente pagando uma multa?
Ou esse é um "castigo" exclusivo para bancos?
Qual a diferença de um crime cometido por pessoas ou cometido por bancos?
Existem legislações diferentes, sob medida, para cada caso?
A veiculação dessa informação pode ser um fator deseducador para pessoas que, todos os dias, são tentadas a cometer crimes ligados ao tráfico internacional.
As "mulas" arriscam ser presas e condenadas, até à morte, por se prestar a essa função.
Afinal, limpar dinheiro para o mundo do crime, também é crime.
Bancos geraram a crise de 2008 vendendo papéis sem valor. Bancos ganharam fortunas vendendo papéis podres para outros bancos, que quebraram, ou quebraram países, economias nacionais.
Muitos desse bancos foram "salvos" por enormes quantias de dinheiro público, transferido por governos nacionais, diante de "riscos sistêmicos" que a quebradeira de bancos poderia gerar.
Ou o mundo coloca os bancos em seu devido lugar, ou teremos, a curto prazo, um governo mundial dos bancos, substuituindo a ONU.
A nova sigla poderá ser UBO, united banks organization...
Já imaginaram a ONU sendo substituida por uma organização de bancos, e se vários deles decidirem limpar dinheiro para o tráfico internacional, como ficaríamos?
Aí a sigla poderia ser TUBO, traffic united banks organization.
Dá até para imaginar o slogan publicitário:

"Entre no TUBO e saia limpo.
 Somos especialistas em limpeza e branqueamento.
 Só usamos métodos naturais, nada de aditivos ou químicos.
 Tudo direto da natureza para seu consumo.
 Aqui você sai mais feliz do que quando entra.
 TUBO, sua riqueza garantida contra a erosão do tempo e da lei."


CONTRADIÇÕES E EXTREMOS



Vivemos numa sociedade em que as áreas essenciais à população nem sempre recebem a devida priorização pelos governos.
Saúde, educação, segurança, transportes, parece que sempre estão relegados a segundo plano.
No entanto, despesas elevadíssimas, com eventos supérfluos, continuam sendo realizadas por entidades que deveriam dar exemplos de discrição, economia, e resguardos dos recursos públicos.
Como podemos entender inaugurações caríssimas, com despesas elevadas e desproporcionais, em plena fase de grandes carências de recursos em outras áreas?
Como pode faltar recursos para obras prioritárias para a população e valores exorbitantes serem gastos em construções caríssimas, comes e bebes nababescos, viagens, e outras despesas que poderiam ser trocadas pela interavididade permitida pela tecnologia?
Novos projetos maravilhosos de prédios para alojar atividades que, muitas vezes, não dispõem em seus orçamentos dos mesmos valores destinados às suntuosas obras onde irão se alojar depois?
Professores, educadores, pessoal da saúde, segurança, são obrigados a fazer greves para mostrar realidades decadentes, de falta de recursos, de falta de consciência.
E os burocratas de escritório, todos ostentam belos carros com motoristas, com ar-condicionado, gabinetes chiques, com recepcionistas, computadores, e todas as sofisticações caras e modernas.
Qual o futuro que nossa sociedade terá?
Vencerão os burocratas, deslumbrados, e gastadores em inutilidades, ou a sociedade imporá suas prioridades e necessidades essenciais?

segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

SENADOR CASILDO MALDANER, 50 ANOS DE HONESTIDADE E COERÊNCIA

Neste ano de 2012 o Senador Casildo Maldaner, de Santa Catarina, completa 50 anos de carreira política.
Exemplo de politico honesto e coerente. Realizador, e bom gestor. Nunca alardeou suas realizações. Nunca disputou o poder pelo poder. Sua atitude sempre lembrou a liderança de Ulysses Guimarães.
Simples, direto, valorizando as idéias que lhe eram dadas. Nunca se apropriou de iniciativas ou sugestões de colaboradores, como se suas fossem. Sempre valorizou a equipe, sempre deixou claro o que sentia e sonhava. Humilde, sempre perguntou para ter certezas, nunca impunha suas convicções.
Não é à toa que atualmente continua com o mesmo prestígio, e recebe o mesmo carinho e reconhecimento das pessoas que com ele trabalharam, ou que dele necessitaram. Sempre leal, acompanhou o Governador Pedro Ivo em sua gestão, dificil, marcada por enormes dificuldades financeiras e pela saúde fragilizada de Pedro. Pedro morreu em pleno mandato e Casildo o sucedeu, enfrentando crise interna no PMDB, e o desconhecimento da população. Teve um ano de governo, com eleições governamentais perdidas. Foi nesse momento que demonstrou seu lado de estadista.
Jamais fraquejou, jamais se negou a olhar a sociedade catarinense. Assim como concluiu a dificil obra da ponte Pedro Ivo Campos, organizou a ponte de infornações para garantir uma transição democrática, e efetiva, para que o novo governo tivesse as condições de assumir as funções com tranquilidade e segurança. Elogiado pelo Vice-Governador que assumia, e pelo novo secretário da Fazenda por sua postura digna e ética, ao estimular um processo de transição maduro e democrático.
Jamais foi mesquinho, ou pequeno de alma. Dono de um permanente sorriso, gestos amplos, de braços e de carater, nunca se deixou levar pela vaidade fácil, ou pelo elogio barato dos aduladores.
Pessoa séria, aplicada, sempre consultava para ver o que de mais moderno, inovador, pudesse ajudar em suas decisões. Sempre valorizou a inovação e a tecnologia, e foi o pai, o patrocinador, do primeiro sistema de informática social do Brasil. Dois sistemas de informação, desenvolvidos pela Embratel, pela Ufsc, e pela Comissão da Asleg sobre Desemprego, foram implantados pioneiramente em Florianópolis, com apoio entusiastico e integral de Casildo Maldaner. O sistema de oferta e procura ocupacional, tão de ponta se mostrou, que o Ministro do trabalho Almir Pazzianotto veio a SC e assinou convênio com o Governo do Estado, automatizando o atendimento dos postos do SINE, em todo o Brasil.
Apoiou vivamente a nova gestão do Ciasc, automatizando a gestão governamental catarinense.
Na primeira ampliação da rede de terminais de computador, dos 120 encontrados na gestão anterior,
Casildo permitiu a ampliação para 400 terminais, nos primeiros meses de governo.
Como Presidente da Comissão de Informática de SC, foi fundamental no apoio à modernização
da gestão pública. O Ciasc chegou a ser eleito a melhor empresa pública de processamento da informação, entre as estaduais. Além de prestar seus serviços com lucratividade, e cobrando preços sempre 10% menores que todas as empresas privadas dos tres estados do sul. Na área econômica apoiou fortemente o Pidse. Programa Integrado de Desenvolvimento Sócio Economico, Projeto ambicioso do Governo Pedro Ivo-Casildo. Seu apoio foi fundamental para garantir os recursos que os Secretários do Planejamento necessitaram para diagnosticar todos os muncicipios de SC, eram 217 na época, entregando a todos os prefeitos municipáis receitas de avanço e melhorias macroeconomicas, ambientais, captação de investimentos, melhorias na educação, transportes e infraestrutura, água e energia elétrica. Foi sem duvida o trabalho de desenvolvimento mais amplo e profundo que o Estado já realizou, patrocinado por um governo estadual.  Não foram só receitas e sugestões, foram soluções diagnosticadas séria e cientificamente, formuladas por órgãos técnicos estaduais, federais e municipais. E tudo isso com a sua caracteristica simplicidade, sem nunca tentar mistificar suas realizações, sempre gostando de um alegre papo junto a um bom churrasco, acompanhado de um chimarrão, e com aquela alegria quase pueril, que o acompanha até hoje, quando poderia encarnar o politico experiente, o gestor de sucesso, meio século de sabedoria. Mas Casildo continua perguntando, continua querendo saber mais. E isso o coloca nessa posição quase única, de um político que ocupou todos os cargos eleitorais, executivos e legislativos, em sua terra catarinense e brasileira, mas que nunca deixou a sua expressão ser artificial ou turvada pela arrogância.
Isso faz com que Casildo, com 50 anos de vida política, possa ouvir de quem o admira, e quer bem:
Vai Casildo, você ainda tem muito a caminhar!

domingo, 2 de dezembro de 2012

O FIM DO MUNDO...E UM FELIZ 2013!


 
  • O mundo não acabará em função do calendário Maia.
  • O mundo só acabará quando os seres humanos forem menos generosos e solidários com seus semelhantes.
  • O mundo só acabará quando a carga de ódio for maior que o amor que os seres humanos aplicam entre si.
  • O mundo só acabará quando o egoísmo e o egocentrismo forem maiores que a colaboração e que a atenção que pudermos dar aos outros.
  • O mundo só acabará quando a desigualdade for muito grande, quando poucos tiverem muito e muitos tiverem muito pouco.
  • O mundo só acabará quando a esperança fenecer, quando os sonhos não forem mais possíveis e quando as pessoas não souberem mais abraçar e desejar o melhor para as outras.
  • Assim, vamos continuar construindo planos para o futuro, realizando esses projetos de novas e amplas realizações, em que a felicidade humana seja sempre o foco, e nos quais a alegria de viver seja o objetivo número um.
  • Enquanto houver amor, o amor sobreviverá, enquanto houver carinho, afeto e consideração, a vida continuará, com seu mistério, com sua descoberta, com sua caminhada na face desta amada mãe Terra, que nos hospeda a todos, e que necessita de cuidado, por meio de muito amor, de toda a dedicação e de consciência ampla quanto a sua importância para a vida humana.
  • Com muito amor, solidariedade, carinho pelos semelhantes, solidariedade com todos e muito
  • cuidado com nosso planeta, que necessita pouco para continuar nos dando muito, nos dando
  • a vida que temos, e as boas sensações que experimentamos, somente, por ele continuar existindo.
  • Um feliz 2013, com a valorização da vida e a sua preservação!

domingo, 25 de novembro de 2012

REELEIÇÃO DE OBAMA: OS ESTADOS UNIDOS EM BUSCA DA SUA IDENTIDADE


Passadas as eleições  presidenciais americanas, a população daquele país pode se tranquilizar um pouco com o resultado da reeleição de Barack Obama.
As posições sem base real, e muito radicais, de seu opositor republicano, chegaram a causar calafrios em muitas sociedades, ao redor do globo, que temiam o recrudescimento das atitudes ameaçadoras do complexo industrial-militar.
O candidato republicano começou sua derrota ao desprezar as questões das minorias raciais, hispânicas, de gênero, e as populações marginalizadas do processo sócio-econômico daquela nação, que só a titulo de exemplo citamos o segmento hispânico, hoje representa 14% dos americanos.
Ou seja, além de saber falar o idioma esopanhol, os candidatos mtêm que entender a sua cultura, o comportamento, os sonhos, daqueles que procuraram os EUA para realizar suas esperanças de uma vida mais digna.
Uma jornalista norte-americana escreveu uma frase muitom interessante: " a eleição foi decidida pela maioria das minorias".
O fenômeno climático, que causou enorme desastre natural, talvez tenha sido o grande desempatador da eleição que, até poucos dias de sua apuração, parecia muito equilibrada.
A atitude presente e acolhedora de Obama diante dos governantes estaduais que enfrentavam a destruição aguda, com muitas mortes e interrupção dos serviços essenciais, assim como a presença firme e solidária junto aos cidadãos atingidos, despertaram uma comparação natural com o desastre anterior, em plena gestão Bush, quando aquele presidente desprezou o ocorrido, deixou os atingidos largados à própria sorte, sempre ostentando aquele sorriso de criança desgovernada, e de adolescente que não conseguiu superar a figura do pai. Não tivesse ele se transformado num adulto tragicamente ridiculo, que levou seu país à bancarrota, com a quebra de bancos e com a perda de trilhões de dólares dos contribuintes, usados como aterro para tapar o descomunal buraco aberto nas finanças americanas.
Mas o candidato republicano cometeu outro deslize grave, embalado pelo entusiasmo de um ambiente fechado, esquecendo que as imagens estavam viajando o mundo por tv em real-time.
Ele discursava e em determinado momento dois jatos militares, em exercício, passaram tão próximos, que o ruido das suas turbinas foi claramente ouvido por todos os presentes ao comício.
O replublicano, decerto pretendendo agradar seus patrocinadores que despejaram muitos milhões de dólares em sua campanha, exclamou: "eu amo esse ruído".
A sugestão pouco sutil de que ele se propunha a adotar uma postura bélica em sua pretendida gestão na Casa Branca, deve ter assustado a grande parcela da população americana, ainda traumatizada pelas guerras inúteis e sem motivação real, desencadeadas por Bush, para justificar a tomada de terrítórios desejados pelo poder americano, para garantir petróleo e posições geo-estratégicas de interesse puramente militar.
Enquanto Bush fazia as guerras, e gastava o que os EUA não tinham, os bancos americanos deflagaram o processo dos derivativos, inundando o mundo com papéis podres, sem fundos, jogando, mais uma vez, no colo dos contribuintes, o enorme buraco criado pela especulação.
Tudo causado pela desregulação financeira gerada no governo Bush.
Agora, depois da tormenta eleitoral, a sociedade americana pode olhar para trás e começar a pensar em que bases ela se apoiará para retomar o olhar à frente, e construir seu futuro.
Obama terá minoria na Câmara de Deputados, e maioria no Senado.
É claro que já se vislumbram as batalhas legislativas diante das reformas necessárias, e que enfrentarão velhos paradigmas culturais, de uma sociedade que se habituou ao conforto, aos salários de bom nível e ao poder de consumo, ao consumo de energia, e a gerar para o mundo, 25% da poluição total da Terra.
A questão do consumo consciente será protagonista permanente na vida dos EUA daqui para a frente.
O controle sobre a destruição ambiental é outro ponto essencial para a superação americana, das grandes devastações geradas pela atitude inconsciente de empresas americanas, que destruiram grandes extensões de mata nativa, em seu território e no de diversas outras nações, que necessitavam de seu apoio político, financeiro e até mesmo militar.
Os EUA vivem um momento de apreensão.
O ciclo de investimentos em inovação e tecnologia vem se mantendo em patamar de estagnação, a China se tornou o grande "distrito industrial" de empresas americanas, importando empregos e postos de trabalho, que seriam dos cidadãos dos EUA.
Mas a sociedade civil americana tem algumas características muito interessantes.
É empreendedora por herança cultural, se dispõe a trabalhar para alcançar seus objetivos, e começa a ficar menos crédula e mais critica, em relação a seu futuro.
Uma nação que tem o poder de auto-critica que a americana possui,  pode ostentar a propriedade de um "sôro linfático" comportamental, pois seus filmes, peças de teatro, e livros, normalmente são arautos do bem, da ética, e da justiça.
País que teve escritores como Henry Miller, John Fante, Jack Kerouac, e tantos outros irreverentes e criativos autores, que teve memoráveis filmes como "Mississipi em Chamas", tem, com certeza, uma boa "bússola" social e cultural, que ajudará a encontrar o novo rumo necessário.
Rumo que não será mais somente norte-americano, mas sim, uma nova irmandade mundial, onde as fronteiras armadas, os muros da vergonha, e as diferenças de cor, sexo, religião, e classe social, deverão ser tratadas por algo mais próximo do princípio Budista que diz:
" o Deus que habita em mim, respeita o Deus que habita em você".








quinta-feira, 22 de novembro de 2012

HERÓIS, TODOS OS DIAS



Muitas pessoas jogam suas vidas na realização de seus ideais.
Participam de movimentos políticos, de revoluções, de guerras até, para ajudar, libertar, apoiar a conquista de direitos, motivar mudanças necessárias, e empurrar transformações sociais.
São seres necessários, pois colocam suas vidas em risco e fazem a roda da história girar, a evolução chegar, e a humanidade avançar.
Mas existe uma outra forma de todos sermos um pouco heróis.
É em nosso dia-a-dia, em nossas rotinas, em nosso cotidiano.
Se pudermos estender nossas mãos a quem sofre, a quem tem menos, a quem está desencantado com as agruras por que passa, estaremos ajudando bastante.
Um outro campo em que se pode ajudar muito é nas condições objetivas para que as pessoas possam sonhar seus sonhos, e tentar realizá-los.
Não podemos materializar os sonhos de todas as pessoas, pois sonhos são subjetividades de cada um. Mas podemos estimular, sorrir, respeitar, ser generosos, solidários, elogiar, principalmente quem menos tem, quem mais tem dificuldades, quem está no limite de se transformar em algo transparente, esquecido de todos, sem auto-estima, com poucos motivos para tocar à frente.
As condições humanas essenciais, para que sobre elas as pessoas menos afortunadas possam evoluir um pouco na qualidade de suas vidas, sem dúvida, pode equivaler a grandes revoluções e mudanças históricas.
No conjunto, se houver menos tristeza, menos depreciação, menos diferenças, estaremos ajudando a resgatar a felicidade, e a nossa inclusive.

domingo, 18 de novembro de 2012

CRISE NA EUROPA: OS EX-COLONIZADORES LEMBRAM DO BRASIL



Portugal e Espanha são paises europeus, portanto vivem a mesma crise de toda a Europa.
Em Cádiz, cidade espanhola, realiza-se encontro Ibero-Americano de cooperação.
Naquela mesma cidade, em 1812, uma nova Constituição espanhola foi assinada dando liberdade maior aos povos latino-americanos sob sua tutela, e aos escravos dos territórios além-mar.
Portugal demorou mais a aceitar as mudanças necessárias em sua colonia brasileira, tendo o Brasil sua independência a partir de 1822, a extinção oficial da escravidão em 1888, e a proclamação da República, em 1889.
Mas o processo de colonização, não só das Américas, mas também o Africano, sempre serviu, também, para resolver outros problemas dos países colonizantes.
Todas as crises européias, as econômicas, as geradas por pestes, guerras, foram sempre resolvidas com a exportação dos excedentes sociais dos países com probelmas.
No Brasil não foi diferente.
As migrações recebidas da Alemanha, Itália, Japão, Espanha, Portugal, e outras, sempre tiveram como motivação a solução de problemas econômicos agudos na mãe Europa.
Aos cidadãos daquele continente eram prometidos verdadeiros paraisos terrestres deste lado do Atlântico.
Mas ao sairem de lá pra cá, tinham que abrir mão de qualquer pretensão patrimonial, de herança, para serem "motivados" a permanecer no Brasil e demais paises latino-americanos.
Nas crise, diminuindo o divisor composto pelo exceso de cidadãos, tinha-se um aumento da renda per capita bem razoável, minimização dos problemas dos governos, de moradias, de alimentação, de medicamentos, enfim, de tudo.
E assim foi e a Europa (que se não tivesse exportado grandes contingentes de cidadãos para a América seria uma empobrecida África, talvez, hoje) é uma região desenvolvida, com padrões elevados de PIB, trabalho, consumo, e condições de vida geral.
Recentemente, nos últimos 20 anos, vários profissionais brasileiros decidiram tentar melhor sorte em suas vidas, mudando para a Europa.
As crises econômicas pós-ditadura no Brasil deixaram nossa nação em situação bastante delicada, com encolhimento do mercado de trabalho, dívida externa expressiva, e falta de perspectivas para os mais jovens.
E Espanha e Portugal, pela cultura conhecida, pelo idioma, pelas raizes históricas e pela visão que se tinha no Brasil, de nações amigas, foram escolhidos para futuro lar dos nossos migrantes.
Mas nem todos foram bem recebidos.
Barreiras em aeroportos, deportações, exigências rigorosas de documentos, fizeram com que muitos brasileiros de lá voltassem, ou fossem expulsos, com tristeza e revolta.
Agora, com a crisse apertando o peito dos lusitanos e ibéricos, os paises latinos-americanos são instados a receber migrantes.
A Espanha está com alarmante indice de 40% de desemprego no segmento jovem. Portugal aperta o cinto para fazer frente aos resultados das benesses com dinheiro público.
E, supresa!, esses países novamente desejam que seus emigrantes sejam recebidos por aqui outra, vez, e pedem à Presidente Dilma, que se afrouxem as barreiras burocráticas para registrar trabalhadores espanhois em solo nacional.
E mais.
Pedem que os paises da América Latina dirijam seus investimentos para lá.
Essa crise deve ser muito bem usada para que se faça uma reflexão real sobre as relações entre Portugal, Espanha e Brasil.
Não podemos ser, sempre, o simpático país que a todos acolhe  e bem recebe.
Hoje vivemos um processo econômico, e político, mundializado, e que as mesmas condições da fase de normalidade devem valer para todos.
Temos que valorizar nossa nação para evitar que nos vejam como a grande solução para crises que foram geradas, e gestadas, por fórmulas tentadas em outros teritórios, que se tivessem dado certo, com certeza, não teriamos sidos chamado para dividir o bolo.
É hora de bater firme, exigir que eles façam a sua lição de casa e que se tivermos que criar facilidades, de qualquer tipo, que os primeiros beneficiados sejam os cidadãos brasileiros, para quem a vida não está tão fácil e resolvida, assim.
E a Europa precisa investir em desenvolvimento, em expansão das suas economias, e na retomada do seu desenvolvimento.
Economizar e fazer dieta, exportando cidadãos para nosso Brasil não é a mais indicada, nem ética, solução.
Afinal já temos mais de 190 milhões de habitantes, muitos com origens nas levas de imigrantes de lá, que vieram para cá nos anos 1800.
E não foram poucos.









FLORIANÓPOLIS SITIADA: O MEDO E A PERDA DA TRANQUILIDADE




A ex-tranquila cidade de Florianópolis está com medo. Muito medo.
Nos últimos dias a cidade foi tomada por tiros disparados a esmo nas ruas, por transporte público incendiado, por execuções sumárias e vinganças.
Os habitantes estão sendo obrigados a se proteger de um agressor desconhecido, sem face, que nunca se sabe onde, nem como, irá atacar.
Motos, armas pesadas, pistolas exclusivas de uso militar, coquetéis molotov, são algumas das armas utilizadas para impor o terror.
A Polícia Militar, num esforço extra de suas tropas, que já se encontram no limite há muito tempo, faz o que pode para tentar garantir o retorno a paz.
Estranho é que sendo o transporte muncipal uma concessão da prefeitura, a Guarda Municipal, que tem autorização para portar armas, não tenha se apresentado para garantir a proteção dos passageiros de ônibus, muitos já incendiados pelos agressores.
A cidade precisa de uma resposta, de um esclarecimento.
Não se admite que ainda permaneça o silêncio das autoridades sobre identificação de culpados e responsáveis.
Qual o estopim para essa guerra movida contra a cidade?
O que pode ter causado uma ação tão violenta numa cidade de apenas 420.000 habitantes?
Por que São Paulo e Florianópolis?
Quais as conexões que determinaram os ataques contra a polícia do Governo do Estado de SP, e contra a polícia do Governo do Estado de SC, e a população de Florianópolis?
Fala-se em vinganças por tratamentos desumanos em presídios.
Fala-se em motivações políticas que teriam instigado essa ação terrorista.
Fala-se em tentativas para desestabilizar áreas tradicionalmente em mãos públicas, como saúde, educação e segurança, para justificar clamor popular e a consequente privatização desses serviços estatais.
O problema com uma crise dessas é que se as autoridades policiais não apresentarem transparência com o tratamento da questão, daqui a pouco os atacantes armados estarão "vendendo" proteção para os cidadãos, tal a sua impunidade e acobertamento.
Se o cidadão perceber que as forças policiais, por falta de priorização de suas necessidades, não estão conseguindo manter o bom  padrão de proteção e segurança, poderá repetir o fenômeno já ocorrido em outras cidades, onde os bandidos oferecem e garantem "proteção" a quem lhes paga.
Esse absurdo surreal, que parece algo de pesadelos pode tornar-se realidade, passando a cidade a conviver com vários "territórios", os "chapa branca", vigiados e protegidos pela polícia oficial, e os "alternativos", guardados por bandidos, cultivados pela inoperância, incompetência, ou insensibilidade das autoridades pagas pelos impostos recolhidos por todos os cidadãos.
O futuro e o resgate da tranquilidade de Florianópolios estão nas mãos das autoridades.
Ou se tomam providência corretas, adequadas, e a devida prestação de contas para a população desta amedrontada e desorientada cidade, ou viveremos um estado de medo, insegurança e incerteza, permanente.
Não se estranhe se a violência aumentar por parte das pessoas que nunca imaginaram portar uma arma.
Mas pode se ter certeza que o número de armas para proteção pessoal tende a aumentar muito, pois ninguém ficará desprotegido, ou com essa sensação, dentro de suas casas, automóveis, se nada for apurado e se a polícia não demonstrar resultados proporcionais à ação que os "bandidos" promoveram
aterrorizando nossa Capital.
E depois que um processo desses se implanta em uma comunidade, muito difícil removê-lo, pois o apego à vida faz o ser humano exteriorizar seus instintos de sobrevivência.
Os quais, na maioria das vezes, se transformam em demonstrações de primitivismo e barbárie.
Não menores que as ações praticadas contra Florianópolis.
Que, hoje, é uma cidade sitiada, e amedrontada!


Economia e Política: China, Brasil, União Européia - Como Poderá Ser o Ano de 2013?


CHINA

Segunda maior economia do mundo. Maior compradora de títulos da dívida pública norteamericana. Portanto, financiadora da maior economia capitalista do mundo.
Fase de mudança de comando no governo central, depois de 10 anos.
A prioridade do novo governo é elevar a renda média, garantir trabalho e moradia para sua população de 1,3 bilhão de habitantes. Nos últimos 10 anos quadruplicou o PIB.
Seu crescimento de 7,5% em 2012, é muito mais do que os 10% que vinha crescendo nos últimos anos.
Território 70% desértico e árido.
Grande processo de urbanização vertical.
Grande demanda ambiental pelo processo acelerado de industrialização, que gera condições insalubres na maioria das grandes cidades. Concentra elevado número de fábricas que montam produtos para os grandes países industrializados e desenvolvidos. Oferece política de preços sobre trabalho humano subvalorizado em termos de mão-de-obra mundial.
Como será o novo mundo do século XXI, com essa gigantesca nação, e com a sua imensa necessidade de recursos, combustíveis, fontes de energia, insumos?
Forças armadas: + de 2 milhões de soldados, prioridade atual para a marinha. Qual a estratégia chinesa na barganha do comércio mundial, quando desejar controlar preços e valores da produção ocidental?
BRASIL                                            

Nos 8 anos do governo FHC (1995/2002)o Brasil estabilizou a moeda, criou uma nova, promoveu reformas e privatizações de sua infraestrutura.
Nos 8 anos seguintes do governo LILS (2003/2010), ocorreu aumento de renda média, o PIB teve incrementos significativos em função da liberação de crédito abundante ao consumidor, empréstimos consignados e muito devido ao processo chinês, que transformou aquele pais em grande comprador da produção brasileira.
Atualmente a China é o maior parceiro comercial do Brasil.
Em 2012 o crescimento do PIB deverá se situar em até 1,5%, bem abaixo da estimativa anterior.
As novas posturas chinesas indicam índice de crescimento modesto nas suas demandas de produtos brasileiros.
Para 2013 é estimado um crescimento do PIB de 3,5%, em função das crises argentina, americana, europeia e da diminuição do ritmo de crescimento chinês, pela nova cena econômica daquele país, que vai priorizar a renda interna, a moradia para seus habitantes, e por estarem China e Estados Unidos comprando 15% de seu consumo de petróleo na África, detentora de grande riqueza mineral, apesar de sua miséria extrema.
Esse conjunto de crises no panorama mundial, afetará o Brasil, que terá que equilibrar produção, demanda, crédito abundante e barato, consumo, para evitar geração de inflação.
O Brasil terá que priorizar inovação tecnológica para agregar valor a sua pauta de exportações, pois ainda é um grande produtor e exportador de “commodities”, títulos ligados a produtos primários, com pouca ou nenhuma agregação de valor por teconologia.
O processo educacional brasileiro ainda apresenta grandes lacunas e baixa qualidade.
O empreendedorismo ainda é pouco ou nada estimulado nas escolas. 
O país ostenta um índice de analfabetismo real sifnificativo, e um índice de analfabetismo funcional, que comprova as deficiências da escolaridade. Saber ler, mas não entender o sentido das palavras, ou a interpretação dos textos ainda é uma barreira para grande contingente, o que agrava o quadro da falta de formação adequada escolar.
Nas universidades o polo empresarial atrai grandes contingentes de jovens, influindo na natureza de cursos, nas grades curriculares, e na visão “fast-food” de novos cursos para atender as demandas objetivas de empresas. Esse processo empobrece a academia, com a perda de nível e de visão universal do conhecimento, e com a consequente banalização da educação, com evidente perda de padrão. Na área do direito, e da saúde, podem ser constatadas essas anomalias.
O processo de formação intelectual, e de competência e empreendedorismo, sofre redução, com o grande oferecimento anual de formandos com cada vez menor nível de saber.
Mas que aceitam menores salários.
Em 40 anos o Brasil duplicou sua população, gerou um processo de urbanização que chega aos 70% de seus habitantes, apresentando deficiências em infraestrutura e transportes, elementos essenciais para seu adequado desenvolvimento econômico.
O Estado brasileiro passa por mudança conceitual importante.
Com uma herança de cultura patrimonialista, de pouca valorização do trabalho, a visão autônoma, empreendedora, inovadora, ao longo do tempo, cedeu lugar aos conchavos e acertos políticos.
Muitos foram os escândalos de corrupção vistos pela população brasileira ao longo de sua história.
Esse aspecto forjou uma cultura de dependência de favores políticos e governamentais, desfigurando o papel de eleitores e eleitos.
A impunidade reinante estimulou essa postura de conveniências e conivências.
O governo da Presidente Dilma removeu 7 ministros por acusações de corrupção.
O Supremo Tribunal Federal está realizando o maior julgamento de sua história, processando grande número de acusados de terem montado quadrilha para roubar recursos públicos, corromper legisladores federais, para obter apoios congressuais para o governo ao qual serviam.
Essas atitudes estão mudando o paradigma existente, pelo qual corruptos não eram punidos, nem iam para a cadeia.
E, sem dúvida, gerará nova cultura na relação governo/governados, influindo na formação, e exercício de uma cidadania ativa, independente, mais autônoma, criando um novo processo de decisão sobre a vida dos cidadãos.
UE- UNIÃO EUROPÉIA

Desde os anos 1950 a Europa trabalha a unificação, para evitar novas guerras (as duas grandes guerras do século XX foram geradas em território europeu), para remover barreiras formais, burocráticas, culturais, históricas, religiosas, econômicas, financeiras, entre 25 países.
A UE consegue um grande avanço conceitual, ao implantar uma unidade territorial, politica, econômica, com a criação do parlamento europeu, do banco central europeu, e da moeda única, o euro.
Em 2008, minada pelos títulos “derivativos” de bancos norteamericanos, bancos europeus ficam com liquidez diminuída e encontram as economias governamentais com elevadas taxas de dívidas em relação ao PIB de vários países. Grécia, Espanha, Itália, Irlanda, apresentam risco de não conseguirem renovar empréstimos bancários para manter compromissos governamentais. 
É criado o fundo europeu para apoio aos países endividados, com a participação do FMI, dirigido por uma francesa. O Banco Central Europeu passa a exigir medidas de contenção de gastos públicos, gerando grande onda de protestos contra a perda de ganhos e achatamentos salariais, com grande redução de benefícios sociais para a cidadania.
Espanha chega a atingir o índice de 40% de desemprego no segmento jovem da sua sociedade.
Os fluxos migratórios se intensificam pela perda de perspectivas de trabalho e renda.
A UE conseguiu avanço raro em economia ao criar moeda única, sem afetar a soberanias das nações membros.
A existência de um único banco central fragilizou o controle da moeda e de medidas governamentais de todos os países, que excederam suas capacidades e limites de gastos públicos e contração de dívidas.
A velocidade do processo da UE diminuiu com a crise de 2008, mas continua em novos patamares.
No ano de 2013 a economia europeia dependerá muito do tratamento dado ao abismo fiscal existente nos Estados Unidos.
A crise de 2008 já decorreu das bolhas imobiliárias e dos derivativos emuitidos por bancos americanos.
Agora, o desnível fiscal americano, enorme, grave, dramático, pode contaminar a Europa, novamente.

 

terça-feira, 13 de novembro de 2012

MORTES, EXECUÇÕES, ASSASSINATOS, CHACINAS: O QUE ESTÁ OCORRENDO COM A VIDA NO BRASIL?



Todos os dias assistimos, chocados, aterrorizados, a um festival de notificações de mortes, e mais mortes, pelos diversos meios de imprensa no Brasil.
Locutores e apresentadores, talvez para preservar seu equilíbrio emocional, já começam a tratar fria e burocraticamente dessas noticias.
É um espanto!
Diariamente, pela manhã, ouvimos o tenebroso relato das mortes da noite anterior.
Rajadas de balas, muitos mortos, a polícia informando que está investigando, corpos perfurados, sangrando, são mostrados em fotos e telas de tv, como se um grande açougue humano estivesse sendo demonstrado.
Essa contabilidade necrológica, esse mapa da violência, essa brutalidade contra a vida. essa crueldade diária, está deixando o povo brasileiro assustado, amedrontado, inseguro, sem rumo, sem saber a quem recorrer.
Delegacias são metralhadas, ônibus incendiados, policiais declaram que estão com medo, as rondas são diminuidas no periodo da noite, viaturas policiais, que deveriam estar circulando para proteger os cidadãos, são colocadas atravessadas, para proteger as instalações policiais.
Mas o que ocorre?
Quando o povo brasileiro vai saber a verdade sobre esse misterioso processo, que começa a nos equiparar com a guerra civil na Siria?
Afinal, se forem contadas todas as mortes, todos os homicidios, veremos que a nossa guerra civil já está instalada, e que os adversários não são de tribos diferentes, nem de religiões conflitantes, mas cidadãos que optaram por eliminar seus semelhantes, por desejos e motivos inconfessáveis.
Qual a cidade no mundo que está com os indices de homicidios iguais aos de São Paulo?
Estamos lidando com numeros apavorantes, de 300 mortos, 400 mortos, mensais, com uma naturalidade impressionante, uma frieza surpreendente, uma facilidade que choca.
Afinal não era o Brasil o país do "homem cordial"?
Do carnaval, da alegria, do futebol, das praias, e da generosidade?
Onde estão os valores humanistas tão decantados em nossa música, literatura, cinema e teatro?
A vida já não representa algo essencial a ser preservado em nosso país?
O que pode ser mais essencial, mais valorizado do que o valor da vida humana?
Será que a alienação, a falta de solidariedade de nossa sociedade atual, faz com que sejamos como avestruzes, que enterram a cabeça para não ver a realidade?
Estamos os cidadãos brasileiros aceitando essa monstruosidade com frieza e naturalidade?
Teremos chegado ao fundo do poço em sensibilidade e percepção da realidade?
Ou fomos o gigante adormecido, que está despertando e estamos descobrindo que esse gigante, na verdade, era um grande e sanguinário bandido, feitiço enterrado em nossa colonização, que representa o espirito real de nossa sociedade?
Afinal, o fruto não cai longe da árvore.
Seremos esse fruto assassino de uma árvore de intransigência e violência desmedida, plantada pelos mesmos colonizadores, que chacinaram índios, escravizaram os negros, e drenaram as riquezas deste solo pouco varonil, servil, que não está superando seu passado e, por isso mesmo, reproduzindo o que lhe deixaram?









 

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SÉCULO XXI, QUEM SOMOS, COMO ESTAMOS, EM QUE MUNDO VIVEMOS. O QUE ESTAMOS LEGANDO AO FUTURO?



Seres humanos têm como principal ansiedade encontrar um sentido para suas vidas.
Sabemos, nesta fase histórica, um pouco sobre nosso funcionamento orgânico, nossas características biológicas, e nossas condições materiais.
Estamos sempre pesquisando para entender o mundo em que vivemos.
Nossas formas organizadas de vida, como as leis e as cidades, representam avanço significativo no processo de construção da civilização.

Já temos indicadores, índices de aferição, referências, que nos permitem analisar, comparar e correlacionar dados e informações para podermos avaliar como está nossa qualidade de vida.
Em nossa cidade de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, nasceu uma Escola de Governança e Cidadania Ativa, para ajudar no processo de formação de pessoas que queiram exercer sua liderança social, e que pretendam participar como agentes de transformação.
Essa  Escola tem como parâmetros programáticos e compromissos éticos, que obedecem aos seguintes princípios:

-cidadania plena
-ética política e transparência
-democracia participativa
-respeito integral pelos dieitos humanos
-desenvolvimento com preservação ambiental e socialmente justo
-república

Essas balizas conceituais nos orientam na missão de gerar e construir o avanço qualitativo, para que possamos deixar para as gerações que nos seguirão, uma condição melhor do que aquela que nossos pais nos deixaram.

Pouco sabemos, ainda, sobre o sentido da vida, em sua concepção mais filosófica e espiritual.
Quase nada conhecemos de nossas origens, de nossa formação, de nosso início de caminhada nesta forma de nossos corpos e de nossos funcionamentos moleculares, cerebrais, fisiológicos.
Nos apegamos ao campo das crenças, dos símbolos, dos mitos, dos processos naturais, para buscar algumas respostas sobre essas questões que tanto nos causam inquietações e receios.

Mas sabemos bem que a vida é um processo permanente de avanço e que sua evolução depende sempre de abandonarmos conceitos velhos e ultrapassados, pois a renovação, e a reciclagem, nos são comprovadas diariamente, como necessidade planetária.

Como disse sabiamente o grande educador brasileiro, Paulo Freire:

"O novo surge da compreensão e da superação critica do velho. Das cinzas do que quimou surge o novo, que só nãó será a repetição da experiência angterior se forem bem compreendidas as razões pelas quais o velho não nos serve mais."

O sentido da evolução, como uma corrida de revezamento entre gerações, uma passando o bastão um pouco mais a frente para a próxima que vem, é o que constrói o avanço.
Como dizia Freud:
"Quem não supera, reproduz".
Nossa superação, nossa auto-critica, a compreensão da necessidade da melhoria permanente, nos ajudam a abandonar conceitos antigos e ultrapassados, de forma a que os mais jovens possam desenvolver suas vidas de acordo com as condições contextuais de suas épocas, sem amarras autoritárias num passado que não lhes oferecerá respostas em suas renovadas existências.

E nesse ponto nossa Escola exerce um importante papel de vacina contra a estagnação intelectual e
conceitual, pois ela ajuda a revisar certezas, a relativizar convicções, a criar uma linguagem de leveza e renovação, para que possamos cumprir nossa missão de construir o novo.
Temos clareza de objetivos, nosso senso de oportunidade nos indica a direção e nossa visão futura nos aponta para um processo permanente de inovação, como elementos essenciais para a construção das bases de uma sociedade mais generosa e solidária.
E tudo isso pela evolução das consciências, e por novas opções de convívio.
E surge a questão básica sobre o tempo em nossas vidas.
Quantas horas de nossa passagem por esta dimensão material, terreste, dedicamos a construir algo melhor em que acreditamos realmente?
Nossa Escola oferece um espaço de reflexão, educação e construção de conceitos coletivos, em quatro horas semanais, 16 horas mensais, 128 horas anuais.
Em um pequeno intervalo de tempo, menos de 1,5% do nosso tempo anual, podemos gerar uma "poupança" intelectual para oferecê-la às gerações que nos sucederem, ferramenta com a qual poderão ser criados novos conceitos e formas de entender, e viver, essa dádiva que é a vida.

Os jovens de 1968, em suas manifestações de maio daquele ano, e os jovens de 2012, com sua indignação pelas incertezas que as crises econômicas jogam sobre suas perspectivas, queriam e desejam, respectivamente, poder vislumbrar um futuro.
A nós cabe ajudá-los, pois estamos lutando para que nosso futuro seja melhor.
Mas temos obrigação ética e moral de deixar-lhes um legado de esperança, de felicidade e de continuidade.
Podemos nada saber sobre o sentido da vida, mas todos querem, e merecem vivê-la.



O TEMPO...

 
Tempo, essa palavra encerra uma das principais referências humanas.
 
Nossa noção de tempo vem das 4 mudanças das posições solares em relação a nosso mundo, mas não
 
passa de uma referência.
 
Muitas vezes a vida nos parece não andar, noutras, parece que o tempo escoou por nossas mãos,
 
correu mais do que os nossos relógios, mais do que nossa capacidade de entender como tudo ocorre, e
 
corre.
 
A unica certeza é que o tempo, em segundos, é marcado pelos batimentos de nossos corações.
 
Lembro de uma frase muito linda:
 
" Paixão é o ritmo das batidas do coração ".

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

FLORIANÓPOLIS, SANTA CATARINA: OS GRAVES RISCOS DA AUSÊNCIA DE PLANEJAMENTO



Os alertas do Prof. Elson, que foi candidato a prefeito em Florianópolis, fazem pensar sobre o planejamento do futuro de nossa Capital.
O Prefeito eleito, Cesar Souza, se manifestou contrário ao grande volume de novas construções, sem qualquer planejamento.
Agora, se ouve falar que uma grande rede de hotéis deseja se instalar em Florianópolis, justamente por dois fatores: a localização central, e o acesso por mar.
Dois aspectos ainda sem aproveitamento para a cidade e seus habitantes.
Aceso por mar, não temos, e a centralidade se transformou numa grande dificuldade, pela dificuldade de acesso, falta de ruas, de ciclovias, e de gestão urbana adequada.
A cidade sente o resultado do grande crescimento do número de veículos, e de habitantes, o que tem trazido grandes congestionamentos, e estresse, para quem aqui vive.
A retomada do Plano Diretor Participativo, pela Prefeitura Municipal, em conjunto com os moradores, conforme enuncia o Prefeito eleito, parece ser a mais sensata atitude, antes que se autorize, ou libere, qualquer grande projeto, que venha a colaborar com a degradação dos índices de qualidade de vida.
O empreendimento onde a rede hoteleira em questão demonstra interesse, ficaria bem na frente da Residência Oficial do Governador do Estado.
Por ali ocorrem, várias vezes ao dia, diariamente, grandes congestionamentos, que os moradores permanentes precisam enfrentar para poder trabalhar, buscar filhos em escolas, ir ao hospital, circular enfim. 
Interessante que alguns gestores públicos falam com extrema facilidade em oferecer privilégios para instalar investimentos de fora de nossa cidade, que nunca colaboraram com um centavo de IPTU, ISS, ou mesmo com algum tipo de participação em planos diretores.
Esses mesmos gestores públicos nunca foram vistos, ou ouvidos, oferecendo algum tipo de estímulo para instalar um parque verde, que venha a motivar mais a relação do morador com a natureza, ou uma concha acústica, à beira-mar, para concertos e espetáculos.
Florianópolis já experimenta grave falta de mobilidade com uma frequência preocupante, que obriga os moradores a se envolverem com as medidas que serão tomadas para melhorar a conexão Ilha-Continente, e otimizar a circulação de pessoas e veículos, e a desenhar qual o futuro modelo de cidade que desejamos.
O modelo de crescimento aleatório que foi experimentado por Florianópolis, pode conduzir a cidade para desenhos urbanos, que venham a reproduzir padrões de falta de solidariedade e de generosidade.
Outras cidades, que passam por ondas de violência ciclicas, deixaram a aleatoriedade puramente econômica determinar seus crescimentos.
Vamos pensar, debater e participar da construção do futuro de nossa cidade?
Nosso futuro não depende de um fluxo turístico avassalador, nem de investimentos aleatórios, que só visem localização privilegiada e lucros.
Nosso futuro precisa ser devidamente planejado para que tenhamos alegria em viver nesta cidade, sem o medo constante de colhermos os piores resultados em exclusão social, segregação humana, e a consequente violência, que hoje domina cidades como Rio de Janeiro e São Paulo.
Basta lermos os jornais, vermos os noticiários de trelevisão, para podermos aquilatar os baixíssimos niveis de qualidade de vida, que a miséria e a acumulação exagerada de riqueza podem produzir.
E depois do ciclo da exclusão, miséria, falta de trabalho digno, marginalização, revolta, violência, se instala, não será com pistolas, metralhadoras, carros blindados, e mortes, muitas mortes, que retornaremos ao que já fomos, e perdemos.
Por pura ganância, por ignorância, por deslumbramento, e por alienação da realidade.
Podemos até desprezar a realidade, e as diversas oportunidades  de agir sobre ela.
Mas as duras realidades nos atingem, nos atropelam, mesmo que tentemos ignorá-las.
Os capitais, investimentos, lucros, via de regra pertencem a pessoas, e grupos, que não vivem o cotidiano da cidade.
Assim, quando as crises se instalam, da mesma forma que vieram atrás de benefícios, estímulos fiscais e patrimoniais, se afastam, mudam, para outros lugares "mais atrativos", deixando uma herança, na maioria das vezes caótica,  sobre o que um dia foi uma esperança.
 
 
 
 

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

QUERER VIVER

Quero tudo novo de novo.
Quero não sentir medo.
Quero me entregar mais, me jogar mais, amar mais.
Viajar até cansar.
Quero sair pelo mundo.
Quero fins de semana de praia.
Aproveitar os amigos e abraçá-los mais.
Quero ver mais filmes e comer mais pipoca, ler mais.
Sair mais. Quero um trabalho novo. Quero não me atrasar tanto, nem me preocupar tanto.
Quero morar sozinho, quero ter momentos de paz.
Quero dançar mais. Comer mais brigadeiro de panela, acordar mais cedo e economizar mais.
Sorrir mais, chorar menos e ajudar mais.
Pensar mais e pensar menos. Andar mais de bicicleta.
Ir mais vezes ao parque. Quero ser feliz, quero sossego, quero outra tatuagem.
Quero me olhar mais. Cortar mais os cabelos.
Tomar mais sol e mais banho de chuva.
Preciso me concentrar mais, delirar mais.
Não quero esperar mais, quero fazer mais, suar mais, cantar mais e mais.
Quero conhecer mais pessoas. Quero olhar para frente e só o necessário para trás.
Quero olhar nos olhos do que fez sofrer e sorrir e abraçar, sem mágoa.
Quero pedir menos desculpas, sentir menos culpa.
Quero mais chão, pouco vão e mais bolinhas de sabão.
Quero aceitar menos, indagar mais, ousar mais.
Experimentar mais.
Quero menos “mas”.
Quero não sentir tanta saudade. Quero mais e tudo o mais.
“E o resto que venha se vier, ou tiver que vir, ou não venha".

Fernando Pessoa

domingo, 28 de outubro de 2012

EDUCAÇÃO: PROFESSORES INTIMIDADOS



Educação é amor, exemplos, e limites.
Concordo plenamente com essa definição.
E todas as palavras cabem dentro de uma outra, muito importante: FAMILIA.
Frequentemente se pode ler chocantes reportagens policiais de alunos que agridem professoras e professores.
E o pior, com a chancela, com o apoio, com a aceitação das familias dos agressores e agressoras.
A Escola, as professoras e professores, é uma instituição onde os alunos vão para se alfabetizar, complementar o processo de educação familiar, adquirir novos conhecimentos, para formar saberes.
Os valores, o respeito, a hierarquia, a capacidade de viver com outros, e respeitá-los, veem do seio familiar.
A autoridade saudável, e exemplar, vem do núcleo familiar, pois pais e mães amam seus filhos, e a escala de aceitação de decisões e direcionamentos, parte de quem quer o melhor para seus descendentes.
Conviver com autoridade e hieraquia, portanto, além de uma necessidade é uma característica da estrutura chamada familia.
Na sociedade, no nível coletivo, é a mesmo situação.
O conjunto de leis, de regras, o bem comum, devem ser respeitados por todos, pois a civilização requer que se cumpram princípios, de forma a preservar direitos, e destacar deveres, que no conjunto constróem a cidadania.
Sociedades avançadas, desenvolvidas, só chegaram lá por construir Estados desenvolvidos, ou seja, estruturas para o bem comum, para o espaço de todos, onde o respeito pelos direitos alheios seja sempre enaltecido, nem que para isso tenha que se recorrer à lei e a seu braço armado, a polícia judiciária.
A realidade atual, na qual muitos pais e mães são obrigados e passar o dia trabalhando, produzindo, para poder manter suas familias, afasta os responsáveis de seus filhos, dificultando a transmissão de bons principios éticos, de respeito pelos outros.
Muitas crianças e adolescentes se auto-educam nesse nível, pois desde tenra idade ficam com estranhos, parentes, ou sozinhos.
A propaganda presente em todos os meios de comunicação, nos meios eletrônicos e digitais, gera uma grande, enorme, expectativa nessa faixa de idade, levando esses jovens a desenvolver elevada ansiedade para ter acesso a todos os brinquedos, a todas as bugigangas eletrônicas, a roupas, celulares, sapatos, e todo o tipo de coisas a consumir.
Essa exacerbação de sentimentos consumistas, que acaba funcionando como lenitivo da ausência materna e paterna, ou da sua distância, também gera, por parte dos pais, necessidade de atender aos anseios  de seus dependentes, para aplacar um pouco a culpa por estarem muito longe de onde gostariam, e deveriam.
Consumismos, promessas soltas, falta de limites, alienação dos valores essenciais do convívio humano, podem conduzir nossa sociedade a um tipo de barbárie urbana, travestida de uma pseudo liberdade.
Crianças e adolescentes que não são educados por seus pais a respeitar seus professores e professoras, muito provavelmente, desenvolverão comportamentos equivocados, que poderão levar a desajustes futuros, pois na rua, em outros ambientes, os eventuais agredidos poderão reagir com armas, com violência, da forma que os mestres não o fazem, mas que poderão acarretar situações irreversíveis, e até mesmo trágicas.
Se eventualmente alguns professores, ou professoras, se comportam indevidamente, existem níveis, em todas as escolas, aos quais alunos, alunas e seus pais podem recorrer para que haja a devida intervenção.
Mas o que não se pode aceitar, jamais, é a implantação das medidas de força, de chantagem de provocação gratuita, por parte dos educandos.
As escolas ai estão para ajudar as familias, complementar o processo educacional e formar o saber nos futuros cidadãos.
Que só o serão se respeitarem regras, se acatarem a autoridade e a disciplina, elementos essenciais para que a sociedade avance e se qualifique.
A agressão é tema para a polícia, ou para enquadramentos legais, ou dosciplinares, jamais para o convívio entre alunos e educadores.






BRASIL, NOVA ETAPA


 

 
Sob o signo da mudança e da renovação se inicia uma nova semana, com a eleição de novos
 
prefeitos, e novas câmaras municipais, em todo o Brasil.
A mudança, a alternância, sempre foram as características da democracia e da república.
 
O Poder a ninguém pertence, somente ao povo, à sociedade.
Governantes teem que cuidar da gestão das cidades, sem querer fazer disso uma catapulta para mais
poder.
 
O voto ainda é a maior arma que a sociedade possui para renovar, e se renovar.

RENOVAÇÃO E MUDANÇA: ESPERANÇA NO FUTURO



O mundo atual merece mais reflexão.
Quem aprendeu a viver no mundo velho do século XX, quando não havia preocupação com o meio ambiente, nem uma atitude de respeito pela diferença, pela diversidade, pela alteridade, vai encontrar grande dificuldade em entender o novo mundo que o século XXI nos trouxe.
Apegar-se a cargos, usar a gestão pública como se fosse patrimônio pessoal, não atentar para o meio ambiente e para o correto uso dos recursos públicos, e coletivos, são comportamentos ultrapassados.
O patrimonialismo, essa pesada herança da corte portuguesa precisa, com urgência, ser substituída pelo humanismo e pelo ambientalismo.
Muitas pessoas reclamavam da ditadura que houve no Brasil. E com razão. Mas muitas outras, que se travestiram de democratas, ao chegar ao poder tentaram se eternizar nessa condição, que é transitória por definição.
Ou seja, eram ditadores por vocação, só aguardavam uma oportunidade para mostrar sua real postura pouco ética.
Enquanto os tiranetes de aldeia buscam um tesouro material em suas gestões, os verdadeiros estadistas procuram construir as condições essenciais para as próximas gerações.
A inovação, a visão futurista é que constrói, que renova, que empreende.
Como disse o grande Educador Paulo Freire:
“Não basta adotar o novo. Só podemos implantar o novo, quando soubermos as razões por que o velho não nos serve mais”

domingo, 21 de outubro de 2012


INTELIGÊNCIA
Einstein dizia que o desenvolvimento da inteligência humana passa pela irreverência.
Não devemos reverenciar afirmações antigas ou ultrapassadas, temos que ser irreverentes, questionar, refletir, alterar, ter a coragem de falar e afirmar o que acreditamos.
Ele afirmava que a simples repetição da carga cultural recebida acabaria por repetir erros.
Algo bem próximo do que Freud afirmava:
"quem não supera, reproduz"
Assim, podemos ousar e criar aspectos novos, idéias criativas, novos comportamentos, que, com certeza, agregarão inovações, que poderão ajudar na construção da felicidade.
Felicidade que não deve ser um estágio a ser alcançado um dia, e sim, vivermos felicidade todos os dias.

 

PARTICIPAÇÃO NO COLETIVO

E minha inspiração vem do coletivo ao qual me dedico por achar que a evolução das sociedades se dá nesse nível. O ser humano sozinho é o caos, ele se salva e gera avanço e constrói civilização no nível social, coletivo. Por isso a participação cidadã é fundamental no aperfeiçoamento da sociedade. O resto é particular, pessoal, íntimo

 

EXISTEM REMÉDIOS PARA A ALMA?

Tem, são os bons amigos, as alegrias, olhar para as belas flores, contemplar a beleza que nos é oferecida todos os dias, sorrir com as crianças, com as outras pessoas, dar e receber carinho, abraçar e ser abraçado... e tem uma vantagem, esses remédios não dão overdose, não intoxicam, nem têm contraindicações, podem ser tomados a qualquer hora do dia, todos os dias, ao longo de toda a vida!

 
LEITURA 
"No Egito, as bibliotecas eram chamadas 'Tesouro dos remédios da alma'. De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades e a origem de todas as outras." (Jacques-Bénigne Bossuet)



terça-feira, 16 de outubro de 2012

REMÉDIOS PARA A ALMA HUMANA



EXISTEM REMÉDIOS PARA A ALMA?



Tem sim,
são os bons amigos, as alegrias,
olhar para as belas flores, contemplar
a beleza que nos é oferecida todos os dias,
sorrir com as crianças, com as outras pessoas,
dar e receber carinho, abraçar e ser abraçado... e
tem uma vantagem, esses remédios não dão overdose,
não intoxicam, nem têm contraindicações, podem ser tomados
a qualquer hora do dia, todos os dias, e ao longo de toda uma vida!

VIVER



Para viver é necessário amar o mundo.
Amar as pessoas.
Se queremos ser felizes, precisamos desejar a felicidade de todos.
Se sonhamos com generosidade e solidariedade, devemos ser generosos e solidários com quem nos cerca.
A vida é uma teia, uma rede, bilhões de pontos interligados, de forma direta, ou em "wire-less".
O que afeta uma, ou algumas pessoas, pode afetar a todas.
Não existe felicidade isolada, individual, egocêntrica, pessoal, pois somos um sistema integrado, com processos comuns.

CRISE DA EDUCAÇÃO, E OUTRAS




Muito se fala na crise da Educação.
Desde criança assisto a esse debate. E olha que isso já faz tempo (minha infância e a crise na educação...)
A área pública governamental, com suas cíclicas más atuações afastou as pessoas da vida política, que é a instância de participação da cidadania. Essa sim é uma crise que se estende para todos os países.
O empobrecimento da atividade pública e política é que gera as demais crises, nas áreas dos serviços prestados aos cidadãos.
Os partidos políticos, via de regra, afastaram a militância, que participava e representava a sociedade.
Atualmente governos existem para arrecadar impostos da cidadania, e repassá-los aos bancos, para pagar a dívida pública, ou para emprestar, a juros baixíssimos, a projetos discutíveis, por meio de seus bancos públicos, também mantidos com recursos dos impostos.
A industria automobilistica tem desconto de IPI, mas ela não baixa um centavo de seu custo, no preço dos veiculos.
Essa crise moral e ética é que gera outras crises.
Precisamos, todos, amar o mundo em que vivemos.
Sem essa atitude vamos viver em crises permanentes, pois os limites do bom senso, o uso dos recursos públicos será desvirtuado pelo nivel que deveria prezar por sua correção e prioridade.
A questão ambiental também se enquadra nessa crise moral e ética.
Como podemos olhar para nossos desejos pessoais, e individuais, e esquecer que os recursos que consumimos estão gerando uma crise maior, justamente pelo consumo abusivo e irresponsável, de elementos naturais?

domingo, 14 de outubro de 2012

DIA DOS PROFESSORES



Eduacação é amor, exemplos, e limites.
Educar é preparar as pessoas para conviver com a realidade do mundo em que estão inseridas.
Educar é transmititr, com generoridade e solidariedade, informações e conhecimentos, para que sejam transformados em saber.
Educar é incentivar sensibilidade para ver, perceber e compreender o mundo em que se vive.
Se educa com as pessoas e não para as pessoas, como disse Paulo Freire.
Cada pessoa tem seu contexto social e familiar, sua subjetividade, sua identidade cultural.
A educação é um processo permanente de transformação e evolução.
Várias são as formas de conceituar e perceber o processo educativo.
Mas o principal aspecto, o mais primordial fator, a mais essencial intervenção na educação é a atuação das professoras e professores.
Nossa melhor homenagem, no dia do Professor, é apoiar a sua necessária e prioritária valorização, profissional e financeira.
Atender alunos, preparar aulas, pesquisar temas, elaborar e corrigir provas, descobrir potencialidades humanas, dar muito de si para estimular as posturas cidadãs, atuar como agentes de transformação social, permanentemente, são algumas das importantes atribuições dessas pessoas maravilhosas, que se vocacionaram nessa opção de iluminar caminhos, apoiar sonhos, ajudar a realizar metas,  motivar para o novo e construir cidadania.
Tratar Professores e Professoras com dignidade, reconhecimento e salários adequados deve ser uma postura permanente da sociedade brasileira.
Nosso futuro melhor, com evolução e superação, depende de um processo forte e coerente, que coloque os Professores no centro, e seja o objeto, de uma postura ética dos governantes, pois esse é o principal investimento que nossa Nação precisa fazer.
Que o Dia do Professor desperte em nossas autoridades e cidadãos a necessária consciência sobre a educação como prioridade nacional!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

EVOLUÇÃO HISTÓRICA E ACULTURA SÓCIO-POLÍTICA NO BRASIL



-A cidadania acontece nas pessoas e nas estruturas por elas construídas. Estado e Governo são virtualidades erigidas pelos cidadãos, que necessitam de ordenação da conduta humana e, por isso, criaram esses conceitos para a gestão de direitos e deveres. Quem é esse ser humano da atualidade mundial? Como se comporta, se expressa, escolhe, repudia, como trata de seu desejo, da busca de seu prazer e da qualidade de vida? Como participa da vida política de seu país, como ajuda na transformação social necessária? A realidade brasileira acompanha os mesmos movimentos? Os mesmos processos? As mesmas posturas e comportamentos?

A humanidade viveu o século XX dominada por duas linhas ideológicas, que tentaram de forma simplificadora e minimalista, explicar a necessidade das pessoas, suas subjetividades, sonhos  e desejos. Capitalismo e socialismo, visões e doutrinas frutos da revolução industrial do século XIX, e do processo de urbanização, em decorrência da industrialização, da organização do capital e do trabalho. Essas duas concepções foram determinantes na implantação de formas de Estado, sob esses conceitos, e de organização das sociedades nos países. A polarização determinou um mundo binário, sem a visão dialética de um estágio de entendimento e avanço. A evolução dos meios de produção, do consumo, das estruturas financeiras, e dos governos e órgãos de regulação das atividades econômicas, foram estruturantes nos comportamentos atuais e nas relações pessoais e de consumo. 
O avanço tecnológico permitiu o atendimento de necessidades humanas de tomada de decisões, diversificou a oferta de produtos e serviços, gerando o bombardeio informacional/propagandístico sobre as pessoas. Aliando a demanda estrutural, e natural, que todas as pessoas têm de poder escolher soluções, materiais e imateriais, para suas vidas, levou a um grande número de opções e de escolhas, gerando uma “intoxicação”, um congestionamento no processo de entrada, análise, correlação, e conclusão do cérebro humano. O mundo saiu de uma época preto-e-branco para uma humanidade quase psicodélica dos mais diversos matizes, em todos os campos, passando a oferecer, a estrutura de produção, a sensação de um verdadeiro paraíso de escolhas, como se as necessidades fossem infinitas, as possibilidades de consumo também, e como se a elevada ansiedade dessa situação nova pudesse levar as pessoas a níveis imponderáveis de prazer e satisfação de seus desejos.
As capacidades de avaliação, percepção, comparação, ponderação dos seres humanos são ativadas pela motivação de opções, que, em quantidade desproporcional, podem conduzir à angústia, ansiedade, frustração e depressão.
Esse panorama pode ativar estimulações exageradas na capacidade de escolher e consumir, relegando o ser humano a uma dimensão quase única, ligada ao consumo, gastos, compromissos financeiros e ao empobrecimento das relações sociais, familiares, políticas, e à perda de fundamentais habilidades relacionais.

Ao começarmos nosso texto com a pergunta sobre a identidade social do ser atual, nossa intenção é exatamente partir da realidade atual, para verificarmos, depois, os fundamentos históricos, culturais, econômicos e políticos de nossa sociedade brasileira, para que se possa fazer um batimento, uma avaliação comparativa para que possamos entender nossa evolução como sociedade, nosso desenvolvimento como seres portadores de determinadas características culturais, e tentar abranger uma visão de país, de nação, com toda a complexidade construída e gerada pela soma desses contextos.
Nossa história foi composta por um mosaico variado, onde a figura do próprio “descobrimento” do Brasil pelos portugueses é altamente discutível, uma vez que 6 anos antes, em 1494, o Tratado de Tordesilhas havia sido firmado entre Espanha e Portugal, dividindo as terras descobertas no Ocidente, em duas áreas de interesse dos dois países.

Em história, além das grandes interpretações e subjetividades dos escritores e pesquisadores, ainda se somam os interesses estratégicos, de diversas épocas, governos, instâncias de poder, visões religiosas, que podem passar informações consolidadas, nem sempre resistentes a processos de comparação e checagem.
Outro aspecto interessante, sobre o modelo humano brasileiro, é o tocante à propalada “cordialidade” do brasileiro. Cordial vem de cordis, coração, como se fossemos todos virtuosos na capacidade de se cordiais. Mas estudando nossa história vemos que os aspectos históricos nos fornecem novos elementos. Em vez de “cordial” poderíamos interpretar como “cordato” o perfil de nossa natureza humana, pela dominação e anexação externa portuguesa? Pela facilidade em aceitar governos e políticos nem sempre competentes e eficazes?

Temos uma história que de cordial e democrática tem muito pouco. Em cinco séculos de história, desde o Brasil-Colônia, Império, República, assistimos um desfile assustador em termos de exercício do poder, nas relações entre diferentes, na convivência entre hiper e hipo-suficientes. A pálida vivência democrática brasileira sempre foi intercalada por golpes, quarteladas, ameaças de golpes, e regimes dúbios. A República foi implantada num golpe de estado, seu dirigente se manteve no poder por outro golpe, a república velha foi deposta em 1930 por golpe militar. Getúlio se manteve até 1945 no poder com o golpe do Estado Novo em 1937, Juscelino Kubitschek de Oliveira quase não toma posse após democrática eleição, só chegou ao governo por outro golpe dado pelo General Lott. Com a renúncia de Jânio Quadros, em 1961, os militares tentaram golpe para não deixar o vice-presidente eleito assumir suas funções. Em 1964 novo golpe, que durou 21 anos, até 1985.
Em 500 anos tivemos, efetivamente, bem menos de um século de regimes democráticos. E mesmo em momentos aparentemente livres, a sucessão de crueldades cometidas por quem estava investido da força é algo muito presente.
Alguns episódios marcam bem essa condição. Na escravidão, que se prolongou por quase quatro longos séculos, a forma cruel de tratamento dos negros escravizados, e das negras, bem comprova a dualidade de posições.

Negros eram marcados a ferro e a fogo, como se marca o gado, sendo as marcas aplicadas no rosto, no peito, nas costas, para que se pudesse negociar essa força de trabalho, com garantia de procedência.
Negras, aos 15 e 16 anos, eram levadas a se prostituir pelas senhoras das fazendas, damas aparentemente cordiais e gentis, que colocavam suas joias nos corpos das adolescentes para que elas recebessem valores maiores por seus serviços sexuais, pois o “excedente” era muito bem recebido, como “renda” gerada para as famílias escravocratas.

Senhoras de fazendas, se eventualmente descobrissem que as “negrinhas” estivessem prestando esses mesmos serviços sexuais a seus próprios maridos, não titubeavam em matar as meninas, recorrendo ao requinte macabro de uma vingança conjugal. Muitas vezes mandavam amputar os seios das escravas mortas e os serviam, cosidos, a seus esposos, como demonstração da descoberta da infidelidade.
No nível político, muitos foram os movimentos que contestaram o poder constituído, ao longo da história, e que receberam respostas violentas e desproporcionais. Os episódios de Canudos e do Contestado, como exemplos, foram objeto de campanhas militares, que não visaram somente a capitulação dos vencidos, mas à sua extinção, com milhares de execuções posteriores às derrotas.

O movimento tenentista de 22, com a revolta do Forte de Copacabana, gerou dois aprisionamentos apenas, e muitas mortes de militares. Os sete povos das Missões, que foram palco da Guerra Guaranítica, foram completamente destruídos em 1756, atacados em conjunto, por tropas uruguaias, argentinas e militares brasileiros.
No mesmo ano de 22, quando aconteceu a revolta dos tenentes, ocorreu a Semana de Arte, Moderna, em São Paulo, que revolucionou a forma de valorização da criação artística no Brasil. Uma elite de artistas nacionais, irreverentes à ordem vetusta que existia, ampliaram os limites, inovaram em processos que inauguraram o modernismo, e exerceram influência nas décadas seguintes. Destacaram-se no movimento Oswald de Andrade, Manuel Bandeira, Tarsila do Amaral, Anita Malfatti, Victor Brecheret, Heitor Villa-Lobos e muitos outros.

Mas o que se pretende, com essas citações, e comparações, é tentar prospectar como se formou, e consolidou a cultura brasileira, e como ela se manifesta, em termos de cidadania participativa, neste início do século XXI.
O mosaico histórico é um pano de fundo de nossa formação, que não pode se desconectado na tentativa de se compreender nossa atualidade, nossos comportamentos, pois esse substrato variado fez parte de nosso passado, influenciou nossos ancestrais, moldou corações e mentes, e desaguou em nossa caminhada. Objetiva, ou subjetivamente, o lastro é suficiente para influenciar em nossas vidas, em muitas dimensões, e gerações.

As sociedades são uma resultante de muitos fatores. História, cultura, guerras, influências, hábitos em função das condições climáticas, tudo isso molda perfis, conecta passado, presente, e desemboca no futuro, das pessoas e das sociedades.
Nosso século XX, marcado por duas linhas políticas preponderantes, passou por outras vivências de ordem econômica, financeira, tecnológica, que geraram grandes repercussões. A tecnologia da comunicação, implantada no Brasil na década de 60, o grande desenvolvimento da tecnologia da informação, que a partir das transformações digitais dos anos 80 determinou mudanças significativas, e radicais, nos processos produtivos e sobre os comportamentos humanos, contribuiu, fortemente, com a chegada de novos patamares relacionais, considerando ainda o processo de urbanização, a entrada no mercado da força de trabalho feminina, e o novo perfil das famílias modificadas por todas essas novas posturas.

A sociedade mundial sai de uma binariedade ideológica no final da década de 80, o Brasil reencontra a Democracia, em 1985, por eleições indiretas, e a cidadania brasileira é afetada por nova condicionantes contextuais, que não lhe permitem “curtir” a conquista ou valorizar a mudança.
Em 1979, a lei da Anistia trouxe de volta ao Brasil muitas pessoas que tinham sido exiladas pela intolerância da ditadura, entre 1964 e 1985. No mesmo ano, o General Geisel, presidente militar, concordou, por influência de um catarinense ilustre, o joaçabense Raymundo Faoro, com o envio de matéria legislativa ao Congresso Nacional, para remover o entulho autoritário, desde o Ato Institucional 5. Conjunto de normas impostas ao país pela ditadura, e que valeu por 25 anos, um quarto de século. Em 1979 também iniciou o processo da Anistia, com pequenas repercussões na sociedade geral, pois ainda vigorava a censura. Isso fez com que grandes avanços conceituais, políticos, e comportamentais passassem em branco para grande parcel da população brasileira, já muito comprimida pela crise econômica deixada pelo governo militar, associada à crise mundial do petróleo, que projetavam a inflação brasileira a níveis inimagináveis atualmente.
E a reforma partidária, feita entre 1878 e 1980, que gerou novo panorama político e representativo eleitoral, feito ainda no período ditatorial, sem a crítica ou a ampla participação social? Como influiu a frustração das “diretas já”, engolidas pelo Colégio Eleitoral, sem um único voto popular, com a eleição de Tancredo Neves de forma indireta. Como se manifestou nas almas brasileiras a morte do presidente da redemocratização, e a posse de um presidente do partido que deu sustentação à ditadura?

Todos esses fatores, que aconteceram entre 27 e 48 anos passados, deixaram suas marcas e influências, nem sempre agradáveis e positivas, nas gerações posteriores. Toda a história brasileira, de mais de 500 anos, é um patrimônio de peso significativo. Ainda mais se forem levadas em conta outras parcelas potencializadoras, e transversalidades contextuais.
O processo de globalização, ou mundialização, ocorridos nas décadas de 80/90, as mudanças paradigmáticas nos socialismo e capitalismo, a invasão tecnológica, o agudo processo de urbanização dos últimos 30 anos, associados aos novos hábitos e convívios produziram quais efeitos nas pessoas? A crise dos anos 80 e 90, a crise de 2008, expandida pelos bancos americanos para todo o mundo? O elevado volume de recursos estatais inseridos, gratuitamente na economia privada, para “salvar” os governos nacionais, como são notados pelas cabeças humanas, diante de outras prioridades não atendidas pelas administrações governamentais?

Como aquilatar esses efeitos numa população que ainda tem grande número de analfabetos, reais e funcionais? Como aferir os impactos na representação partidária, depois de 21 anos de um regime militar ditatorial, e numa fase da sociedade de afastamento pessoal, e participação por meios tecnológicos, impessoais, e redes de mídias interativas?
Uma sociedade se torna mais forte, constrói boas heranças e legados, quanto maior for a dose de solidariedade e generosidade em suas relações, sucessões, legados e gerações.

Nossa Escola é uma dessas transversalidades históricas, pretende interferir nos processos participativos, gerar cidadania ativa e ser um agente de transformação social. Temos consciência plena da importância que nossa caminhada pode representar numa nova construção de inovações e esperanças. A história brasileira, por suas contradições fortes como a longa fase escravagista, pode ser determinante numa visão autoritária e por comportamentos equivocados, omissos, ou cordatos, chegando à acomodação e à transferência de nossas responsabilidades, de nossos direitos e de nossos deveres. Somos um país que ainda não valoriza adequadamente o trabalho, a inovação, o empreendedorismo, e as atitudes independentes do Estado, sem as relações promíscuas do Estado Corte, que houve no Brasil, até as portas do século XX.
Nosso processo de criação de empresas, de industrialização, foi todo ele sempre de iniciativa governamental estatal, num paternalismo castrador, gerador de inação e dependência. E somente ocorreu no inicio do século XX. A educação ainda é atrasada, incompleta, mas serve de fonte de grandes verbas e obras, que acabam prestigiando o compadrio e a atuação medíocre e personalista de uma casta de políticos e homens públicos completamente superados. A educação obrigatória está implantada na Suiça desde 1524, e Alemanha, França e Inglaterra tem diferenciais de “primeiro mundo” pela atenção, e seriedade com que tratam suas área educacionais. A Coréia tem índices de desenvolvimento similares aos do Japão, países que investem em educação de forma prioritária, em valores e em conteúdos.
A área de saúde, os hospitais, os postos de saúde, apresentam realidades incompatíveis com o que se diz investir pelos governos. Profissionais pouco valorizados, valores indignos repassados por serviços de elevada complexidade, prioridades equivocadas, gestão temerária. A área de segurança é uma temeridade, agentes policiais mal pagos e pouco equipados, saem às ruas para enfrentar o crime e proteger a vida dos cidadãos.
Nosso processo político está doente, nossos partidos nada mais representam, os programas partidários são completamente inócuos e indiferenciados, e os militantes estão afastados e desmotivados. A proliferação de agremiações serve para negociar tempos em tv, cargos e favores com dinheiros públicos, mas não atende a função básica e precípua dos que deveriam ser “partes” da sociedade, e representa-la em sua multiplicidade e complexidade.
Qual o peso de nosso passado em nossa realidade presente? Não podemos voltar atrás e reescrever a história, mas podemos, e devemos, com a consciência que o conhecimento nos dá, e com o saber que o tempo constrói edificar laços novos, éticos, saudáveis, que nos permitam sonhar, e construir a sociedade que queremos, as cidades que necessitamos, e o meio ambiente que preservará nossas vidas e de nossos descendentes.

E essa é a função de nossa Escola de Governança e Cidadania Ativa, ajudar no processo de resgate das crenças democráticas, dos princípios éticos no Estado, e na fortificação das instituições permanentes, balizas pró-ativas do legado que se pretende deixar, nessa corrida de revezamento que é a vida. Com muito debate e participação ativa!
Se passarmos o bastão um pouco à frente do que recebemos, estaremos ajudando a construir o avanço da sociedade, a melhoria que todos sonham!

 -APRESENTAÇÃO PALESTRANTE:DANILO ARONOVICH CUNHA É CONSULTOR CORPORATIVO EM GESTÃO E DESENVOLVIMENTO HUMANO. DESEMPENHOU FUNÇÕES PRIVADAS E PÚBLICAS EM DIVERSOS NÍVEIS: FOI SECRETÁRIO DE ESTADO DE PLANEJAMENTO, SECRETÁRIO-CHEFE DA CASA CIVIL, PRESIDENTE DO CIASC, PRESIDENTE DO SAPIENS PARQUE, EDUCADOR E DIRETOR DA ESCOLA DE GOVERNO E CIDADANIA DA UDESC, EDUCADOR E COORDENADOR GERAL DA ESCOLA PERMANENTE DE FORMAÇÃO POLÍTICA DA FUNDAÇÃO ULYSSES GUIMARÃES DE SC, DIRETOR DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL E INDUSTRIAL DE FLORIANÓPOLIS, DIRETOR DA SUCESU/SC, SUPERINTENDENTE DA EMBRATEL DE SC, PRESIDENTE DO CONSELHO DELIBERATIVO DO SEBRAE SC, CONSULTOR DA ONU, CONSULTOR DO PNUD, EXECUTIVO DO ESCRITÓRIO DA ONU/PNUD EM SC. ATUALMENTE É COORDENADOR DA ESCOLA DE GOVERNANÇA E CIDADANIA DA ACM.
-BIBLIOGRAFIA INDICADA PELO PALESTRANTE:
-A ÉTICA É POSSÍVEL NUM MUNDO DE CONSUMIDORES? Autor: Zygmunt Bauman
-REPÚBLICA INACABADA Autor: Raymundo Faoro
-CIDADANIA, PARTICIPAÇÃO E EXCLUSÃO Autora: Denise Lacerda
-EM BUSCA DA POLÍTICA Autor: Zygmunt Bauman
-BRASIL FARDO DO PASSADO, PROMESSA DO FUTURO Autor: Leslie Bethell e outros
-PEDAGOGIA DO OPRIMIDO Autor: Paulo Freire
-AS POSSIBILIDADES DA POLÍTICA Autor: Marco Aurélio Nogueira
-OS PARTIDOS POLÍTICOS Autor: Jean Charlot/UNB
-DICIONÁRIO DA ESCRAVIDÃO Autor: Alaôr Eduardo Scisínio