segunda-feira, 12 de novembro de 2012

SÉCULO XXI, QUEM SOMOS, COMO ESTAMOS, EM QUE MUNDO VIVEMOS. O QUE ESTAMOS LEGANDO AO FUTURO?



Seres humanos têm como principal ansiedade encontrar um sentido para suas vidas.
Sabemos, nesta fase histórica, um pouco sobre nosso funcionamento orgânico, nossas características biológicas, e nossas condições materiais.
Estamos sempre pesquisando para entender o mundo em que vivemos.
Nossas formas organizadas de vida, como as leis e as cidades, representam avanço significativo no processo de construção da civilização.

Já temos indicadores, índices de aferição, referências, que nos permitem analisar, comparar e correlacionar dados e informações para podermos avaliar como está nossa qualidade de vida.
Em nossa cidade de Florianópolis, capital do Estado de Santa Catarina, nasceu uma Escola de Governança e Cidadania Ativa, para ajudar no processo de formação de pessoas que queiram exercer sua liderança social, e que pretendam participar como agentes de transformação.
Essa  Escola tem como parâmetros programáticos e compromissos éticos, que obedecem aos seguintes princípios:

-cidadania plena
-ética política e transparência
-democracia participativa
-respeito integral pelos dieitos humanos
-desenvolvimento com preservação ambiental e socialmente justo
-república

Essas balizas conceituais nos orientam na missão de gerar e construir o avanço qualitativo, para que possamos deixar para as gerações que nos seguirão, uma condição melhor do que aquela que nossos pais nos deixaram.

Pouco sabemos, ainda, sobre o sentido da vida, em sua concepção mais filosófica e espiritual.
Quase nada conhecemos de nossas origens, de nossa formação, de nosso início de caminhada nesta forma de nossos corpos e de nossos funcionamentos moleculares, cerebrais, fisiológicos.
Nos apegamos ao campo das crenças, dos símbolos, dos mitos, dos processos naturais, para buscar algumas respostas sobre essas questões que tanto nos causam inquietações e receios.

Mas sabemos bem que a vida é um processo permanente de avanço e que sua evolução depende sempre de abandonarmos conceitos velhos e ultrapassados, pois a renovação, e a reciclagem, nos são comprovadas diariamente, como necessidade planetária.

Como disse sabiamente o grande educador brasileiro, Paulo Freire:

"O novo surge da compreensão e da superação critica do velho. Das cinzas do que quimou surge o novo, que só nãó será a repetição da experiência angterior se forem bem compreendidas as razões pelas quais o velho não nos serve mais."

O sentido da evolução, como uma corrida de revezamento entre gerações, uma passando o bastão um pouco mais a frente para a próxima que vem, é o que constrói o avanço.
Como dizia Freud:
"Quem não supera, reproduz".
Nossa superação, nossa auto-critica, a compreensão da necessidade da melhoria permanente, nos ajudam a abandonar conceitos antigos e ultrapassados, de forma a que os mais jovens possam desenvolver suas vidas de acordo com as condições contextuais de suas épocas, sem amarras autoritárias num passado que não lhes oferecerá respostas em suas renovadas existências.

E nesse ponto nossa Escola exerce um importante papel de vacina contra a estagnação intelectual e
conceitual, pois ela ajuda a revisar certezas, a relativizar convicções, a criar uma linguagem de leveza e renovação, para que possamos cumprir nossa missão de construir o novo.
Temos clareza de objetivos, nosso senso de oportunidade nos indica a direção e nossa visão futura nos aponta para um processo permanente de inovação, como elementos essenciais para a construção das bases de uma sociedade mais generosa e solidária.
E tudo isso pela evolução das consciências, e por novas opções de convívio.
E surge a questão básica sobre o tempo em nossas vidas.
Quantas horas de nossa passagem por esta dimensão material, terreste, dedicamos a construir algo melhor em que acreditamos realmente?
Nossa Escola oferece um espaço de reflexão, educação e construção de conceitos coletivos, em quatro horas semanais, 16 horas mensais, 128 horas anuais.
Em um pequeno intervalo de tempo, menos de 1,5% do nosso tempo anual, podemos gerar uma "poupança" intelectual para oferecê-la às gerações que nos sucederem, ferramenta com a qual poderão ser criados novos conceitos e formas de entender, e viver, essa dádiva que é a vida.

Os jovens de 1968, em suas manifestações de maio daquele ano, e os jovens de 2012, com sua indignação pelas incertezas que as crises econômicas jogam sobre suas perspectivas, queriam e desejam, respectivamente, poder vislumbrar um futuro.
A nós cabe ajudá-los, pois estamos lutando para que nosso futuro seja melhor.
Mas temos obrigação ética e moral de deixar-lhes um legado de esperança, de felicidade e de continuidade.
Podemos nada saber sobre o sentido da vida, mas todos querem, e merecem vivê-la.



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