domingo, 18 de novembro de 2012

CRISE NA EUROPA: OS EX-COLONIZADORES LEMBRAM DO BRASIL



Portugal e Espanha são paises europeus, portanto vivem a mesma crise de toda a Europa.
Em Cádiz, cidade espanhola, realiza-se encontro Ibero-Americano de cooperação.
Naquela mesma cidade, em 1812, uma nova Constituição espanhola foi assinada dando liberdade maior aos povos latino-americanos sob sua tutela, e aos escravos dos territórios além-mar.
Portugal demorou mais a aceitar as mudanças necessárias em sua colonia brasileira, tendo o Brasil sua independência a partir de 1822, a extinção oficial da escravidão em 1888, e a proclamação da República, em 1889.
Mas o processo de colonização, não só das Américas, mas também o Africano, sempre serviu, também, para resolver outros problemas dos países colonizantes.
Todas as crises européias, as econômicas, as geradas por pestes, guerras, foram sempre resolvidas com a exportação dos excedentes sociais dos países com probelmas.
No Brasil não foi diferente.
As migrações recebidas da Alemanha, Itália, Japão, Espanha, Portugal, e outras, sempre tiveram como motivação a solução de problemas econômicos agudos na mãe Europa.
Aos cidadãos daquele continente eram prometidos verdadeiros paraisos terrestres deste lado do Atlântico.
Mas ao sairem de lá pra cá, tinham que abrir mão de qualquer pretensão patrimonial, de herança, para serem "motivados" a permanecer no Brasil e demais paises latino-americanos.
Nas crise, diminuindo o divisor composto pelo exceso de cidadãos, tinha-se um aumento da renda per capita bem razoável, minimização dos problemas dos governos, de moradias, de alimentação, de medicamentos, enfim, de tudo.
E assim foi e a Europa (que se não tivesse exportado grandes contingentes de cidadãos para a América seria uma empobrecida África, talvez, hoje) é uma região desenvolvida, com padrões elevados de PIB, trabalho, consumo, e condições de vida geral.
Recentemente, nos últimos 20 anos, vários profissionais brasileiros decidiram tentar melhor sorte em suas vidas, mudando para a Europa.
As crises econômicas pós-ditadura no Brasil deixaram nossa nação em situação bastante delicada, com encolhimento do mercado de trabalho, dívida externa expressiva, e falta de perspectivas para os mais jovens.
E Espanha e Portugal, pela cultura conhecida, pelo idioma, pelas raizes históricas e pela visão que se tinha no Brasil, de nações amigas, foram escolhidos para futuro lar dos nossos migrantes.
Mas nem todos foram bem recebidos.
Barreiras em aeroportos, deportações, exigências rigorosas de documentos, fizeram com que muitos brasileiros de lá voltassem, ou fossem expulsos, com tristeza e revolta.
Agora, com a crisse apertando o peito dos lusitanos e ibéricos, os paises latinos-americanos são instados a receber migrantes.
A Espanha está com alarmante indice de 40% de desemprego no segmento jovem. Portugal aperta o cinto para fazer frente aos resultados das benesses com dinheiro público.
E, supresa!, esses países novamente desejam que seus emigrantes sejam recebidos por aqui outra, vez, e pedem à Presidente Dilma, que se afrouxem as barreiras burocráticas para registrar trabalhadores espanhois em solo nacional.
E mais.
Pedem que os paises da América Latina dirijam seus investimentos para lá.
Essa crise deve ser muito bem usada para que se faça uma reflexão real sobre as relações entre Portugal, Espanha e Brasil.
Não podemos ser, sempre, o simpático país que a todos acolhe  e bem recebe.
Hoje vivemos um processo econômico, e político, mundializado, e que as mesmas condições da fase de normalidade devem valer para todos.
Temos que valorizar nossa nação para evitar que nos vejam como a grande solução para crises que foram geradas, e gestadas, por fórmulas tentadas em outros teritórios, que se tivessem dado certo, com certeza, não teriamos sidos chamado para dividir o bolo.
É hora de bater firme, exigir que eles façam a sua lição de casa e que se tivermos que criar facilidades, de qualquer tipo, que os primeiros beneficiados sejam os cidadãos brasileiros, para quem a vida não está tão fácil e resolvida, assim.
E a Europa precisa investir em desenvolvimento, em expansão das suas economias, e na retomada do seu desenvolvimento.
Economizar e fazer dieta, exportando cidadãos para nosso Brasil não é a mais indicada, nem ética, solução.
Afinal já temos mais de 190 milhões de habitantes, muitos com origens nas levas de imigrantes de lá, que vieram para cá nos anos 1800.
E não foram poucos.









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