terça-feira, 12 de dezembro de 2017

AMIZADE

As boas amizades são como alguns familiares próximos.

Amiga é aquela pessoa que nos apoia, que apoiamos,
que sabemos que podemos contar com ela, e ela conosco.

Amizade alegra quando chega, deixa saudades quando vai,
muita alegria no reencontro.

Amizade ajuda a lembrar do que gostamos e lembramos, com
alegria, de coisas e aspectos que as pessoas amigas gostam.

Dizem que é amor, com algumas restrições.

Penso, justamente, que é amor, sem qualquer restrição, pois
as pessoas amigas compensam tudo aquilo que notam faltar
para alegrar nossas vidas, e nós as delas.

Que bom se todas as pessoas que dizem sentir amor umas 
pelas outras, amassem como as pessoas amigas amam!

AMIZADE



As boas amizades são como alguns familiares próximos.

Amiga é aquela pessoa que nos apoia, que apoiamos,
que sabemos que podemos contar com ela, e ela conosco.

Amizade alegra quando chega, deixa saudades quando vai,
muita alegria no reencontro.

Amizade ajuda a lembrar do que gostamos e lembramos, com
alegria, de coisas e aspectos que as pessoas amigas gostam.

Dizem que é amor, com algumas restrições.

Penso, justamente, que é amor, sem qualquer restrição, pois
as pessoas amigas compensam tudo aquilo que notam faltar
para alegrar nossas vidas, e nós as delas.

Que bom se todas as pessoas que dizem sentir amor umas 
pelas outras, amassem como as pessoas amigas amam!





segunda-feira, 4 de dezembro de 2017

A VIDA COMO ELA É


Chegou dezembro.
Mês do Natal.
Muitas são as listas para lembrar de tudo o que não conseguimos fazer durante o ano, que finda.
Muitas pessoas relatam o sentimento de ansiedade e do muito por fazer antes das festas.

Na verdade deixamos muitas coisas por realizar e quando nos vemos com a fatídica data de 31 de dezembro, nos ameaçando com a entrada do ano novo com pendências, passamos a querer fazer tudo.
Muitas pessoas podem pensar que são desorganizadas ou que preterem tarefas.

Mas olhando com calma o ano que passou, podemos constatar que a sensação de velocidade, na verdade, se deve ao grande volume de acontecimentos exógenos, mas que pesam sobre nossas sensações, passando-nos a percepção de um tempo cada vez menor.

Temos um ritmo individual e subjetivo para aprontar nossas realizações, que sofre muita interferência de tudo que é alheio a nós e que está acima de nossas possibilidades.
A situação econômica do Brasil, os problemas políticos, a quebradeira geral pela qual o país passa, já há vários anos, formam um mosaico de dificuldades gigantescas, que nos afogam em esperanças, receios, incertezas.

Esse volume de fatores, todos muito grandes e fora do alcance de nossas mãos, se soma às expectativas para 2018.
Premidos e prensados por problemas do passado recente, que se somam ao panorama de 2018, podemos nos afogar na grande onda de incompletudes e das impossibilidades, que não podemos surfar.

Nas grandes ondas, surfistas fazem tudo para adquirir velocidade superior à massa que se aproxima, ou fogem da sua arrebentação, como consegue fazer a atleta Maia Gabeira, que mesmo com toda a prática quase foi enterrada por água salgada, tendo sido salva, no último momento, por outro surfista muito experiente.

Como não dispomos dessa possibilidade, precisamos exercitar nosso instinto de sobrevivência, diariamente, para conseguir completar alguns itens de nossas fatídicas listas permanentes.
Uma grande amiga, que é organizadora profissional, recomenda que sempre tenhamos uma classificação em alguns níveis, para que possamos vislumbrar as diferentes prioridades.
Separe o que é essencial, o que é necessário, o que é desejável, o que pode esperar um pouquinho, o que pode esperar um pouco mais, e listar e jogar fora, todos aqueles itens que muitas vezes só enchem nossos papéis, mas que não fazem falta alguma.

Criar esses níveis de análise tem ajudado muitas pessoas, no campo doméstico e profissional, a baixar sua ansiedade, a diminuir o campo das dúvidas, e, principalmente, a recuperar calma e serenidade.
Afinal o que mais precisamos, e desejamos, nesta altura do ano, é poder ficar um pouco mais leves, soltos, e com tempo disponível, para curtir esse tempo tão bonito de pré-verão, conviver com amigos, abraçar e sentir o carinho de parentes e pessoas amadas.

Bom dezembro, um feliz tempo livre, poucas listas com tópicos que sejam eminentemente essenciais, e muito tempo para matar saudades, conviver, e amar!!!


terça-feira, 28 de novembro de 2017

O UNIVERSO MASCULINO - PALESTRA PARA O ROTARY CLUB SATÉLITE STO. AMARO DA IMPERATRIZ - MULHER CIDADÃ

                                                                                                                                                      Danilo A. Cunha – Coach, Educador, Consultor
                    

-O UNIVERSO MASCULINO 



A evolução histórica, até bem recentemente, reservava ao homem uma papel ligado à sua força física.
Até a revolução industrial, no nível do século XIX, em que as máquinas a vapor já se encontravam com a eletricidade e a comunicação, ainda não integradas, o papel masculino era o da força física, e de uma “superioridade” puramente narrativa, advinda do modelo patriarcal da sociedade, muito em função de uma visão inercial, sem que a mulher tivesse um papel claro destinado a ela.

A liderança na sociedade, nas empresas e nas casas, era reservada ao homem, como o “chefe da família”, mesmo esse homem tendo funções subalternas nas suas atividades profissionais.
A terra e a agricultura tinham consolidado um conceito de Força Física, como essencial para comandar processos.

Os conceitos e estereótipos de liderança eram baseados em figuras e imagens militares, com espadas, armas de fogo, cenas de guerra e destruição, nas quais coragem física era associada a músculos e com as medalhas sobre o lado esquerdo do peito para esconder e proteger das emoções.
Nas empresas e vida civil a posição de chefia e liderança era algo inquestionável.

Além de ter e criar filhos, a mulher era tratada como uma cuidadora do lar e como uma ajudadora de segundo nível, em tarefas menos importantes.
O século XX trouxe grandes e graves acontecimentos, nos quais a mulher foi recolocada em outro patamar, muito em função das grandes guerras e dos processos de destruição em larga escala.

Na primeira guerra mundial, 1914/1918, foram desenvolvidas, e muito usadas, as primeiras armas de destruição em massa, o gás de mostarda e o gás de cloro.
Os efeitos físicos e neurológicos dessas desconhecidas armas, que matavam, cegavam, aleijavam e enlouqueciam, silenciosamente, obrigaram governos a deslocar grandes contingentes de mulheres para os hospitais de retaguarda, como enfermeiras e auxiliares de saúde.

Para não desmobilizar soldados homens, alojados nas trincheiras, as mulheres foram trazidas para a guerra para tentar minimizar as mortes e as inutilizações geradas.
Enquanto os homens se matavam nas trincheiras, as mulheres eram chamadas para tentar minimizar seus ferimentos e suas mortes.
Mas para recuperá-los e para que seus comandantes, também homens, os mandassem novamente para matar e morrer nas trincheiras.

Nesse mesmo período histórico, na Europa, na América do Norte, muitas mulheres lutavam para ter direito ao voto, e lideranças femininas, as chamadas sufragistas, mantinham embates intelectuais e atitudinais, para que as mulheres fossem autorizadas, legalmente, a votar.
Após a primeira guerra mundial, a Europa manteve movimentos de convulsão social, encaminhando-se logo para a segunda grande conflagração mundial.

Os ressentimentos herdados do primeiro conflito, e um mundo ainda predominantemente masculino de liderança e comando, criaram as condições propícias para a nova guerra europeia, que acabou envolvendo o mundo todo.
E novas armas de destruição foram experimentadas, culminando com as duas bombas atômicas largadas sobre o Japão, matando 200.000 pessoas e jogando o mundo diante da destruição nuclear.
Não à toa, terminada a guerra, a antiga Liga das Nações foi extinta e criada a ONU, como uma organização multilateral, de alcance mundial, para tentar garantir um ciclo de desenvolvimento pela paz, e com a redução das guerras.

A fase atual de mundo se inicia nos anos 60.
O primeiro satélite de comunicação por imagem foi lançado pelos EUA ligando a Europa e a América, com canais de televisão.
Na década de 60 EUA e Europa foram, simultaneamente, tomados por manifestações pacifistas, nas quais a mulher emerge como um novo personagem ativo da sociedade, reclamando por igualdade de direitos e por mais espaço nos níveis de poder e comando.

A maquina de comunicação por satélite, as estruturas terrestres de tráfego de informação, telefone, telex, fax, associadas à instantaneidade de imagens estáticas e dinâmicas, mostravam ao mundo os riscos de novas guerras.
A guerra do Vietnam começa seu término a partir do momento em que as imagens de soldados americanos morrendo e sendo explodidos por armadilhas entraram nos lares dos EUA mostrando a realidade para mães e pais.

A década de 60 passa a ser o portal histórico da mudança significativa no universo masculino, pois o homem passa a ter que aceitar a mulher como sua parceira em todos os níveis, e não mais somente dentro das casas.
A moda retrata bem essa mudança drástica de costumes e mentalidades, mostrando a mulher não se submetendo mais aos espartilhos, de qualquer natureza.

A mini saia é uma reciclagem de modas antigas, já experimentadas palas mulheres, mas muito mais atinentes a festas e desfiles, do que ao uso nas ruas e nos escritórios.
O universo masculino é atingido de forma conceitual e ideológico, pois a geração dos anos 60 bradava por fazer o amor e não a guerra, apesar de lideranças masculinas, em quase todos os governos do mundo, continuarem a exercitar práticas e visões superadas.

O mundo ingressa na década de 70 já todo coberto e integrado por comunicação e muita informação, a ponto das conquistas e avanços comportamentais invadirem todo o globo terrestre em poucos minutos após a ocorrência dos fatos.
O universo masculino passa a constatar as alterações quase de forma on-line, com mulheres invadindo espaços até então ocupados unicamente por homens.
As décadas de 80, 90, e a primeira década do terceiro milênio, encontram o universo masculino completamente mudado, obrigando o homem a se defrontar com questionamentos essenciais sobre casamento, família, provedores do lar, hábitos e costumes alterados.

As questões de gênero ganham espaço, numa abordagem mais ampla e aberta, do que as concepções anteriores, quando se enfocava somente a forma binária homens e mulheres.
O universo masculino, depois de 4 décadas de espanto e estupor, passa a saber relativizar papéis sociais, humanos e familiares, que sofreram alterações radicais, profundas e abrangentes.
E o futuro reserva grandes novidades e inovações.

O processo da revolução industrial de quarta geração, por que passa o mundo, vai alçar as mulheres ao poder, tanto nos governos, nos legislativos, nos judiciários, como nas empresas e corporações, pois a tecnologia, cada vez mais presente na vida das pessoas, vai exigir posturas sutis, bem como avançadas capacidades de interpretação da realidade, competências femininas, que, finalmente, serão utilizadas em benefício do ser humano.
O cérebro primitivo, ainda muito presente nas reações masculinas, terá que se modificar para ceder lugar a um expressivo número de mulheres, para que a humanidade possa casar desenvolvimento econômico, tecnológico, com qualidade de vida para todos.

2-Perspectiva da Vida na Maturidade
Até antes dessa etapa anteriormente relatada, a questão masculina era vista como uma etapa obrigatória, na qual o homem passava a conviver com a ideia de aposentadoria, mas que abrangia toda a vida do homem.
Aposentar, em torno dos 60 anos era a condenação a um momento existencial extremamente solitário e sem função, quase como um tempo de esperar o fim da vida.

Os novos conceitos, tanto na vida amorosa e afetiva, como no campo social e na dimensão profissional, sofreram enormes mudanças, com as décadas de entrada da mulher no mercado de trabalho, como com a alteração conceitual de que homens aos 60 são senhores velhos.
As novas medicações, a evolução da concepção médica, as novas relações homem/mulher na sociedade, tiraram as algemas limitantes do universo masculino, permitindo o surgimento do novo homem diante dos desafios a ele lançados.

A nova atitude masculina, sem dúvida puxada pelas mudanças da mulher na sociedade, permitiram o surgimento de novas relações de poder.
O empoderamento da mulher no mundo ajudou a libertar o homem das mediocridades que a sociedade masculina a ele reservava.
A nova juventude, apoiada por novos conceitos e práticas sociais, lançou as raízes da nova maturidade masculina, que indica um novo reinicio a partir de aposentadorias, ou outros limites anteriores.

A maturidade, agora, está muito mais ligada à busca de vocações antes não exercidas, às possibilidades de conhecimentos mais ampliados, aos novos namoros e casamentos, e à revitalização das relações existentes.
O universo masculino descobre a alegria de experimentar a leveza dos novos tempos, nos quais o homem pode se descobrir ou redescobrir, não mais preso à força e a um conceito de liderança estereotipado.

O homem passa a ver a vida com as lentes da evolução e da superação conceitual e condicionante, vivendo quase como uma nova adolescência, na qual pode se permitir a felicidade e a autenticidade.

3-Saúde Integral
A evolução e mudanças de conceito no universo masculino e nas perspectivas da vida na maturidade colocaram o homem diante de novo paradigma de saúde.
O homem sempre assistiu a mulher indo ao médico, passando por mais cirurgias que ele, e reputava tudo isso à “condição de mulher”.

Cuidar da saúde, ir a o médico preventivamente, era “coisa de mulher”.
A superação de conceitos empedernidos, de visões muito antigas, e a vontade de viver os mais de 20 ou 30 anos que a vida está dando de “bônus”, graças aos avanços da ciência, da medicina e dos novos medicamentos, colocou o homem em um novo patamar.

Antes, ao aposentar-se, o homem em sua solidão eminentemente masculina, amargava os medos da morte próxima, a frustração de um final de vida triste e no isolamento construído por um comportamento “macho”, que o isolava do afeto dos filhos e filhas, impedindo que se curtisse a vida plenamente, ainda mais numa etapa de grande liberdade conquistada por muitos anos de trabalho.
A saúde preventiva, a promoção do bem estar, o estilo de vida leve e saudável, foram conceitos introduzidos pelas revoluções de costumes, sendo hoje uma nova e forte realidade.

A prática regular de esportes, o convívio com a natureza, alimentação mais leve e natural, a relação mais igualitária com a mulher, a superação de posturas envelhecentes e aborrecentes, colocaram o homem na alegria da redescoberta dele mesmo.

Saúde integral deixou de ser um rótulo, uma chamada de marketing, para ser uma crença positiva, uma condição de vida acessível a todos e todas, despertando no homem a vaidade adormecida, a alegria de poder se embelezar mais, de poder ser sorridente e atraente, como não se acreditavam mais os homens com mais de 60...

4-Novembro Azul
As posturas antigas, do homem em relação à mulher o colocaram numa situação refratária aos cuidados com o seu próprio corpo e saúde.
O super homem, originado na terra, na força, no picar pedras, nas guerras, na vida e na morte, colocaram a homem numa posição frágil e de medo, diante das possibilidades de investigar melhor suas entranhas e seu bio funcionamento.

Mulheres enfrentam mamografia, visitas ao médico e médica de “doenças femininas”, toques de todo tipo, exames externos e invasivos, enfim, são viradas do avesso, apalpadas, para que sua saúde seja preservada.
Mas grandes preconceitos masculinos foram erigidos ao longo dessa cultura machista, que reservou aos homens a solidão da dor, do receio da morte, sem repartir angústias, sem compartilhar os medos, sem  admitir dúvidas e anseios.

Lançado o Outubro Rosa, corajosa campanha criada por e para as mulheres, foi aberto espaço para o Novembro Azul, numa grande solidariedade entre mulheres e homens, visando mostrar aos valentões e moralistas, que nada de mal lhes fará um pequeno, mas importante exame interno, que poderá remover dúvidas e dissipar incertezas, dentro da atitude contida no conceito de Saúde Integral, que permitirá a plena vivência de uma nova e longa etapa de vida.
E assim anda o novo homem, afastando-se cada vez mais de seus primórdios primitivos e de condicionantes menores.

Mais próximo do amor, de viver uma vida mais plena, e de poder construir, junto e ao lado da mulher, uma caminhada mais plena de sentimentos, sensibilidades, e percepções, que só farão a vida mais plena e mais feliz.



segunda-feira, 20 de novembro de 2017

UMA ESCOLA PARA CIDADANIA: VOCÊ PARTICIPARIA?


O Brasil vive momentos de transformação aguda.
O sistema político dá mostras de uma grande necessidade de mudança e de ressignificação.
A sociedade brasileira vem experimentando o regime republicano desde 1889, mas a nação ainda não se apropriou dos valores morais, éticos, e políticos, que a visão republicana sempre propugnou e defendeu.

O poder em nosso país ainda adota práticas de cooptação e parcerias patrimonialistas, pouco aderentes aos princípios de igualdade diante da lei, para todos.

Cidadãos preocupados em que o Brasil se lance neste terceiro milênio na direção de uma sociedade com cidadania lúcida e consciente, reúnem-se por todo o território nacional, diagnosticando a importância de construção de um sistema político que se apoie na igualdade de direitos e deveres, conceituando o nível de poder como uma instância necessária à condução democrática, e igualitária, da sociedade, mas sem qualquer privilégio adicional, a não ser a honra de poder servir aos demais cidadãos. 

A concepção de uma Escola de Cidadania, com o objetivo de transmitir conhecimentos e debater teses e ideias, visa formar agentes de transformação e evolução social, apoiada na necessidade de um profundo e abrangente conhecimento histórico, que permita clareza de conceitos e objetivos, para que se possam edificar competências adicionais, como ferramentas para que a nova cidadania possa participar sempre da correção de rumos e revisão de métodos de gestão e governança.

Os valores que embasam a ideia de uma Escola de Cidadania se identificam com a Ética, a Moral, o Respeito às Leis, o Devotamento à Pátria, o Acatamento a Hierarquia, a Meritocracia.
O pleno respeito à Justiça e à Meritocracia, sem qualquer dúvida, complementam o conjunto conceitual e ideário de uma cidadania que visa formar uma nova visão para uma sociedade que necessita de valores claros e transparentes, na defesa dos princípios de desenvolvimento pleno e justo.

Estudar e aprofundar conhecimentos sobre cidadania, democracia e república, visa, também, combater o corporativismo que se constata em muitas instituições públicas, estatais/governamentais, que acumulam benefícios de toda a ordem, mesmo que se choquem com a realidade da nação, que se debate com carências significativas.

O Estado brasileiro é uma estrutura muito cara para nosso país, e precisa urgentemente ser passado a limpo pelos cidadãos, que terão que eleger, literalmente, não só novos governantes e legisladores, mas também, e principalmente, novas sistemáticas de trabalho e prestação de serviços públicos, para que a economicidade seja sempre observada nas estruturas públicas.

É inadmissível que as prioridades nacionais, segurança, saúde, educação, transporte, estejam em situações precárias, quando gabinetes e ambientes de servidores públicos gastem somas quase imorais, em todo o tipo de bônus e benefícios financeiros, além de excesso de caros confortos, como carros, estacionamentos, gabinetes situados nas áreas urbanas mais caras das cidades, e outros luxos pouco condizentes com o Brasil real.

Em 2018 teremos eleições quase gerais e seria de todo recomendável que a peneira do eleitor brasileiro tivesse uma rede de furos bem pequenos, para que se filtre uma nova realidade nacional, coerente com as possibilidades do país.

República é um regime em que todos são iguais perante as leis e qualquer outro regulamento.
Mordomias e “auxílios” pagos indevidamente, justamente aos servidores públicos já muito bem remunerados para executar seus trabalhos, só preservam uma sociedade descontente e acumuladora de favores com recurso de todos, os impostos.

Já tivemos experiências recentes de governos populistas e demagógicos, que tudo prometeram ao povo, mas que só geraram crises agudas, desemprego e desesperança.

2018 poderá representar a redenção brasileira, só depende de como usaremos uma potente arma, que não necessita de porte, mas à qual todos temos direito: o voto!!!


terça-feira, 14 de novembro de 2017

A QUALIDADE DOS PENSAMENTOS E ATITUDES





Como dizia o Terapeuta de Família, André Schelling, a qualidade de nossas vidas, depende da qualidade e padrão de nossos pensamentos e de nossas atitudes.

Os pensamentos vão construindo caminhos neurais, os quais podem ser determinísticos, se muito rígidos ou repetitivos.

Reavaliar atitudes, repensar hábitos, revisar conceitos, evitar os pré-conceitos, não adotar os estereótipos, pode nos ajudar a prevenir o uso de princípios muito rígidos, que tendem a se tornar camisas-de-força comportamentais.

As atitudes, as expressões faciais, já está comprovado cientificamente, determinam algumas reações internas e podem influir sobre nossas emoções.
Assim como manter uma atitude positiva e sorridente ajuda em nossos processos internos, nossa exterioridade influi muito sobre as pessoas que
nos vêm e observam.
A música é um verdadeiro "detergente" neural e seu uso frequente estimula processos criativos e positivos.
Faça o teste ouvindo As Quatro Estações, de Vivaldi, ao violino.
A dança associada à musica potencializa processos benéficos à saúde física, mental e emocional.
O amor, a solidariedade, a ternura, o carinho, e a suavidade podem aumentar, multiplicar os aspectos agradáveis da vida.
Por isso, começar os dias com sorrisos, abraços, calma e muita alegria pode ajudar a nós e às pessoas próximas.
Isso, numa reação geral resultará, sem dúvida, em um mundo melhor, com pessoas felizes, serenas, amigas e solidárias.

domingo, 29 de outubro de 2017

GEOPOLÍTICA MUNDIAL: DIVISÃO DA ESPANHA, RISCO DE UMA NOVA GUERRA CIVIL?


Na primeira metade do século XX, a Espanha foi palco de uma guera civil, que durou três anos, ceifou a vida de centenas de milhares de habitantes daquela nação, por forte influência e uso político de suas lideranças nacionais, pelo processo do nazifascismo, que se implantava na Europa, com veleidades de tomar e dominar todo o mundo.

A estratégica posição da Espanha, com duas frentes marítimas, mediterrânea e atlântica, aguçou a cobiça militarista de Mussolini e Hitler, que passaram a apoiar o golpe franquista, declarado a partir do norte da África, pelo general Franco.

A Espanha, uma republica democrática, tinha passado por eleições, não reconhecidas pelo movimento militar franquista, que estava sendo apoiado e pressionado a derrubar a democracia espanhola, para criar um atalho marítimo para os anseios expansionistas de Hitler, que desejava chegar às Américas, pelo mar, com o uso de sua frota de navios e submarinos.

Durante três anos os republicanos resistiram às ofensivas das tropas de Franco, mas o reforço de contingentes militares italianos e alemães, além de aviação e envio de tanques, foi definidor na guerra civil espanhola, com a derrota da república e com a implantação de uma ditadura cruel e cruenta de Franco, por mais de quatro décadas.

Para desgosto nazista, Hitler não conseguiu utilizar o território espanhol, como base de lançamentos de ofensivas contra a América, pois a destruição da Espanha  foi tão grande e o número de mortos tão expressivo, que não houve condição militar para a posição geopolítica conquistada pela força.

Agora, em 2017, começa a ocorrer movimento forte, contundente, pela separação de parte do território espanhol.
Recentemente a Inglaterra comandou esforço para sair da UE-União Europeia, e conseguiu aprovar essa saída, o famoso Brexit, mas viveu processo análogo ao de Hitler, na guerra civil espanhola.

O movimento político inglês, disparado pelas pretensões de poder e hegemonia partidária da primeira ministra May, encontrou forte reação escocesa, quase pondo a perder o plebiscito disparado. A maioria pretendida quase foi perdida e o poder por pouco não se esvaiu por entre seus dedos.

O embate foi tão forte, que uma nova situação politica e partidária se implantou na Inglaterra, fragilizando o grande poder que se pretendia com o Brexit.

Esses movimentos separatistas visam fragilizar a UE, pois esse bloco se transformou num grande movimento democrático, com controle social, e que pode inibir velhos instintos homogênicos, que podem sonhar com a reedição de velhos impérios e novas conquistas territoriais.

O mundo humano vive em movimentos pendulares, com amnésias históricas, edições de verdade para criar versões deglutíveis pelas sociedades de muitos países, sem esquecer que as ânsias de dominação cultural, econômica, e territorial, podem estar ressurgindo neste século XXI, quando se pensava que as pessoas estariam satisfeitas em ver e conhecer o mundo todo, sem sair de casa, por meios de suas bugigangas digitais, pelas quais nosso planeta ficou pequeno e visualizável, em qualquer latitude ou longitude.

Só se olvidam os lobos vestidos de dóceis e civilizados carneirinhos, que as mesmas bugigangas que podem iludir as gerações que desfrutam do painel mundial em suas diversas residências, que esses mesmos aparelhinhos são cúmplices eletrônicos da verdade e da informação instantânea, dois fatores inexistentes nas turbulentas décadas de 1930 e 1940, quando ditadores sanguinolentos tentaram dividir e dominar o mundo, usando a mentira e a manipulação.












OS TOTALITÁRIOS E AS NARRATIVAS DE EDIÇÃO DA HISTÓRIA REAL



O Brasil já teve vivências políticas suficientes para desenvolver um bom conhecimento dos perfis políticos, de legisladores e dirigentes.

Já tivemos democratas autênticos, demagogos de várias tonalidades, ditadores civis e militares, golpes de estado mistos, como o de 1964, que foi deflagrado pelo presidente do Senado da República, populistas travestidos de populares, totalitários que usaram o populismo para enganar a nação e tentar conduzir o Brasil para a crise geral, ou seja, nossa escola política já nos ministrou muitas lições.

Mas um detalhe muito importante, que ajuda a destacar os populistas totalitários é aquele que já foi usado na Itália de Mussolini, na Alemanha de Hitler, na União Soviética de Stalin.
Os totalitários brasileiros tentaram e tentam, permanentemente, promover a construção de narrativas mentirosas, ilusionistas, para conduzir a opinião pública na direção de seu endeusamento.

Todos os roubos, desvios, corrupções, cometidas pelos populistas são maquiadas, travestidas, fantasiadas de aspectos justiceiros, de igualdade social, de inclusão pela solidariedade, de forma que a opinião pública se sensibilize pela memória distorcida de escribas bem pagos, que tentam criar uma nova história, muitos anos depois da real, efetivamente ocorrida.

Muitos jornalistas bem pagos, empresas de comunicação e imagem, com as promessas de muitos favores econômicos e financeiros, caso os populista retornem ao poder, investem em narrativas mentirosas e falsas, sobre a realidade já vivida, para tentar mascarar as gestões populistas, que jogaram o Brasil na crise atual e na obrigatoriedade de repensar suas prioridades.

Na União Soviética dos anos 50 e 60, revistas eram editadas em vários idiomas, remetidas para vários países, para tentar passar uma sociedade de pessoas saudáveis, felizes, realizadas e participativas.
A verdade dos Gulags, das prisões siberianas, dos expurgos e campos de trabalho forçado era mantida e retocada pelas imagens idílicas das lindas fotos coloridas dos magazines de propaganda política.

Na Alemanha nazista de Hitler o ressentimento pela derrota da primeira guerra mundial foi exacerbado para que toda a população sentisse vergonha e desenvolvesse um sentimento de revanchismo.
Os judeus, ciganos, e todos que pensassem diferente do histriônico e ressentido Hitler foram transformados nos culpados da crise alemã e eleitos como os inimigos públicos, número 1.

Os totalitários nazistas escravizavam todos os contrários e os disponibilizavam como mão de obra sem custo para as indústrias germânicas, que passaram a produzir armas e tanques para o esforço militarista, com o qual Hitler tentou dominar o mundo.
A edição histórica se dava pela manipulação informacional dominada por Goebbels, ministro da propaganda de Hitler, que criou a frase:
“se for uma mentira necessária, repita-a muito, mas muito mesmo, a ponto de ela se tornar uma verdade pela repetição”

A Itália de Mussolini viveu momentos históricos simultâneos com o nazismo, tendo seu líder fascista se alinhado com as doutrinas nazistas, para tentar criar uma frente política forte, a ponto de italianos e alemães terem ensaiado tratados e pactos para dominar a Europa e, depois, o mundo.

Mussolini entrou firme na área trabalhista e criou uma legislação populista e envolvente, pois pretendia cooptar o movimento sindical e os trabalhadores da Itália, tornando-os dependentes do braço estatal para repasses de dinheiros. Legislação, aliás, copiada por Getúlio Vargas, no Brasil, que criou monstrengos corporativistas, que perduram até hoje. E que alimentou o bordão populista de “pai dos pobres”, que ajudou a transformá-lo em ditador, com a criação do estado novo, em 1937. E Getúlio só foi apeado do poder em 1945 quando os dois totalitários populistas, Hitler e Mussolini, foram destronados e mortos, com o final da segunda guerra mundial.

O populismo italiano, alemão e soviético em muito se pareciam e aproximavam.
Só não evoluíram juntos, pois a ambição desmedida de Hitler fez com que ele concebesse a invasão e anexação russa como um fetiche de sua mente doentia e pervertida.

Essa breve passeada pela história do século XX nos fornece elementos suficientes para que comecemos, a partir de 2018, com as eleições quase gerais, a limpar o cenário político de nossa nação, para que reiniciemos a caminhada democrática e republicana, sem qualquer resquício populista ou totalitário, que tenha sido plantado em solo brasileiro.

Felizmente operações policiais e processos judiciais estão dominando a cena político/policial em nosso país, com muitos e muitas, dos falsos democratas e totalitários sendo revelados à sociedade, tirando a máscara de “bonzinhos” e muito trabalhadores, que faturavam milhões com desvios de recursos públicos e muita corrupção.

Toda mudança se produz com tomada de consciência e coragem, somadas à lucidez, para que não se embarque na canoa furada das mentiras editadas em meios vários de comunicação social, pois caso eles consigam trazer os totalitários populistas de volta ao poder, só eles ganharão gordas recompensas financeiras, por terem apoiado os futuros ditadores do Brasil.

Basta ver exemplos históricos, bem comprovados publicamente.
Os falsos socialistas e comunistas conseguem apontar um único país no mundo, onde os regimes políticos, que eles dizem apoiar, tenham conseguido implantar uma sociedade humana progressista e feliz?


Basta ver os exemplos lamentáveis da União Soviética, da Coréia do Norte, de Cuba e da bagunçada e destruída Venezuela, para que o povo compare e decida o que quer para o futuro de nosso Brasil.


segunda-feira, 23 de outubro de 2017

DESENVOLVIMENTO HUMANO NAS ORGANIZAÇÕES




As organizações sejam elas comerciais, industriais, de serviços, ou governamentais/estatais/públicas, têm que estar bem preparadas para receber, adequadamente, as pessoas que ingressarem em sua equipe.
A fase inicial de trabalho é justamente quando aparecem alguns choques devidos às expectativas subjetivas de quem está ingressando.

O ideal é que as organizações possuam programas para aculturação dos novos colaboradores, de forma que a organização/empresa lhes seja apresentada de forma didática para que o novo contexto seja assimilado com facilidade, promovendo a integração e a aceitação tanto dos novos como da equipe já existente.

Pessoas, processos, tecnologia são elementos estruturantes de uma boa gestão.
A questão da liderança é inerente às atividades, em todos os níveis.
Esse feixe de campos de conhecimento visa formar um saber, que fará parte da cultura organizacional.

A gestão do conhecimento e inovação formará uma integração lógica e funcional dos conhecimentos, passando pela atividade de capacitação, pois sem essa área desenvolvida as organizações, principalmente as públicas, devido às frequentes mudanças, relativas ao processo democrático de alternância, correm o sério risco da descontinuidade.

Portanto são figuras essenciais, na formação de bons gestores e técnicos, os conjuntos formados pelas atividades de treinamento pesquisa e desenvolvimento de novos conhecimentos, para que as estruturas estatais e governamentais possam cumprir as suas missões contidas nos marcos legais e constitucionais.
Comportamentos e emoções estão intimamente ligados com a qualidade dos pensamentos.

É recomendável que a clareza da comunicação fique logo estabelecida, para que a percepção pessoal acompanhe a racionalidade dos programas de aprendizagem.
Conforme Antonio Xavier Teles, em seu livro “Psicologia Moderna” existem diferentes formas e dimensões de inteligências, que podem ajudar na fase de adaptação.

Alguns pontos são considerados fundamentais nessa fase, que vão ajudar na construção do espírito de equipe, na motivação futura, na absorção dos novos conhecimentos, e num desempenho baseado na dedicação e competência:

-Diálogo: dever ser estabelecido um clima onde o diálogo flua com naturalidade, estimulando o aprendizado e implantando um processo de interação pela linguagem embutida nas capacitações
-Habilidade: a prospecção das habilidades dos iniciantes deve ser permanente para que se possa descobrir as boas potencialidades
-Foco: o foco no conjunto de tarefas e atividades a serem desenvolvidas pela pessoa, que inicia, ajudará na objetividade do aprendizado e adaptação
-Confiança: é fundamental que se estabeleça uma relação de plena confiança
-Perguntas: devem ser estimuladas perguntas para que o aprendizado e adaptação sejam facilitados e para que fique bem claro o grau de trabalho e correção esperados
-Comunicação: o processo de comunicação da organização deve conter de forma bem clara as etapas de adaptação, os níveis de desempenho esperado, e o padrão de comportamento que a cultura organizacional prevê
-Feedback: associado ao processo de comunicação deve ser estimulado o recebimento de retornos e avaliações, para que o iniciante, na empresa ou na função, sinta-se à vontade para oferecer suas impressões
-Acompanhamento: a fase de adaptação deve ter um padrão de acompanhamento e aferição para que se possa aferir, permanentemente, o sucesso da evolução funcional
-Segurança: o clima das organizações dever ser ético, seguro, e respeitoso para que os colaboradores possam participar de forma espontânea, para que ocorra a agregação e potencialização dos saberes
-Objetividade: a natureza da organização, sua inserção na sociedade, suas obrigações éticas e contextuais, a cadeia formada pelos conhecimentos adquiridos, formados internamente, trazidos pelos colaboradores, necessitam ser regidas por claros princípios éticos e morais, para que haja um processo objetivo, claro, de engajamento no processo de desenvolvimento e desenvolvimento.
-Adaptabilidade: não é suficiente na fase de adaptação a existência de um bom programa-padrão de receptividade e treinamento.
A capacidade de adaptabilidade deve ser muito bem avaliada para que eventuais lacunas de inibição ou desconhecimento, possam se transformar em bloqueios, que possam vir a prejudicar um aprendizado pleno.

Até recentemente acreditava-se que a Inteligência das pessoas, e suas capacidades, eram fixadas em sua fase de concepção, gravidez e que ao nascer a herança genética já estava conformada.
Atualmente a ciência mudou essa crença.

Um meio, um contexto, seja familiar ou organizacional, altamente estimulante e rico em experiências pode aumentar, e desenvolver, a inteligência das pessoas, pois o saber surge da absorção adequada do conhecimento, e da motivação para que a articulação entre esses campos seja feita de forma harmônica e maleável.

Assim como um meio, um contexto, interno ou externo, menos caloroso, mais hostil, não receptivo, que segregue os que chegam, pode ser altamente danoso à adaptação e ao desenvolvimento, integrado e equilibrado, dos colaboradores.
Muitas organizações correm sérios riscos de baixa produtividade, de pouca motivação de sua equipe, se a receptividade socioambiental for inadequada.

A competência relacional dos grupos funcionais e das equipes está intimamente ligada à sensibilidade que dirigentes, e gerentes, disponibilizarem para que os colaboradores possam se sentir produtivos, inseridos, parceiros, do meio físico e/ou social onde estiverem inseridos.
A inteligência operacional emocional, relacional, pode ser desenvolvida e ampliada, qualitativa e quantitativamente, dependendo dos mecanismos de estímulos que forem colocados à disposição das pessoas.

O desenvolvimento humano se origina de duas fontes: das energias do próprio organismo, isto é, das suas potencialidades, e dos recursos do meio em que o organismo está imerso.
As pessoas, em um processo dinâmico, vão se ajustando ao contexto, para poderem prosperar e evoluir.
As pessoas podem possuir diferentes características de aprendizado, e desenvolvimento, dependendo de seu meio familiar, de sua educação formal, e das experiências profissionais anteriores.

No desenvolvimento das pessoas há duas características: crescimento e modificação.
O ser humano está sempre em crescimento, em desenvolvimento, pois as operações de sua mente, suas capacidades cognitivas, emocionais e funcionais, estão em expansão permanente, dependendo dos estímulos e aprendizados que lhe forem oferecidos.
As responsabilidades sociais, profissionais, levam à evolução e ao desenvolvimento, uma vez que a capacidade de aprendizado é estimulável, dependendo de métodos adequados.

Ambientes estáveis, com regras claras, com transmissão cíclica de novas orientações e treinamentos, que venham acompanhados de targets bem definidos, e transmitidos, conduzem as pessoas a patamares superiores de exercício de suas potencialidades e competências, ajudando na construção e conquista de novos desafios e paradigmas, que venham a ser oferecidos pelas organizações.

A estabilidade emocional, e profissional, dos ambientes organizacionais são fatores críticos de sucesso no processo de desenvolvimento de pessoas, seus talentos, e seu sucesso pessoal e profissional.
A segurança ética e operacional deve ser uma via de mão dupla, pois as pessoas devem oferecer solidez de princípios morais, em sua atuação, assim como as organizações têm que retribuir com atitudes bem definidas e transparentes.

Segurança é um aspecto essencial na relação entre pessoas e organizações, não dependendo somente de acordos trabalhistas, nem tampouco de manuais formais.
A segurança é, também, um fator de desenvolvimento humano, pois é um  valor perseguido por todas as pessoas, por ser um sentimento atávico, cultural, por consistir em uma base sólida sobre a qual as relações de trabalho são erigidas.
Bons profissionais são como estradas ou caminhos a percorrer.
Sempre começam com o primeiro passo.

Fornecer conhecimento, disponibilizar informação de boa qualidade, investir em novos aprendizados, demonstrar que as pessoas são suas prioridades, se constitui em fortes laços, que estimularão comportamentos competentes, dedicados, lúcidos, e confiáveis.
Além desses fatores todos, a gestão adequada do conhecimento é uma forma das organizações valorizarem, devidamente, o know-how dinâmico.

Pessoas trazem algum tipo de conhecimento, recebem grande volume de treinamento e capacitação, o ambiente profissional estimula novos desenvolvimentos, pela pesquisa, leituras técnicas, cursos, viagens, estágios, seminários, congressos, feiras, etc.
Esse talvez seja, ou venha a ser, o principal capital das organizações, uma vez que são três as categorias de know-how que precisam ser registradas:

1-O conhecimento que vem com as pessoas, formado em suas educações formais e familiares
2-O conhecimento que as pessoas recebem das organizações, na forma de cursos, seminários, pesquisas, leituras, aprendizados múltiplos, evolutivos, ao longo de sua atuação
3-O conhecimento somado, entre o que as pessoas trazem, mais o que  e´ fornecido pelas organizações.

4-As percepções individuais e coletivas ocorridas no ambiente organizacional são bons frutos da subjetividade de um positivo relacionamento pessoas/organização, que merecem atenção especial e captação e registro adequados, para que sejam insumos úteis e dinâmicos da cultura orgnizacional, grande caldo de vivências e experiências, que possui expressivo valor na construção de referenciais comportamentais e produtivos.


sexta-feira, 20 de outubro de 2017


LIDERANÇA
-MOTIVAÇÃO, RESILIÊNCIA, DESEMPENHO E AS CURVAS DE REAÇÃO EMOCIONAL-


Estamos no terceiro milênio, convivemos e desfrutamos de uma grande rede mundial de comunicação, informação, e processamento de grandes volumes de dados.
Nossa evolução tecnológica, muito acelerada, se deu nas três últimas décadas, quando grande parte dos países de nosso planeta implantou redes de micro ondas, de fibras óticas, satélites, cabos submarinos, tudo isso associado à miniaturização de chips e componentes eletrônicos e digitais.

Em 1965 os EUA lançaram o primeiro satélite com meios analógicos para comunicação cobrindo a Europa, parte da Ásia e a América do Norte.
Já existiam cabos submarinos de baixa capacidade, também analógicos, que muito já tinham ajudado nosso mundo no processo de comunicação, aproximação e comércio internacional.

Essa evolução técnica e tecnológica, aliada ao desenvolvimento científico das últimas cinco décadas, se junta à nova postura mundial, a partir de 1948, quando na ONU foi construída e aprovada a Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Esse documento é histórico, pois até então a grande maioria dos símbolos de liderança e chefia eram ícones de guerra, de força, de destruição e de morte.

Desde os primórdios de nossa civilização o ser humano hipervalorizou as armas, as armaduras, os escudos, o poder de destruição, como símbolos do poder, da hierarquia e da disciplina.
Até a segunda guerra mundial, de 1939 a 1945, os signos de chefe e líder eram predominantemente militares e ou de armas. É só lembrar alguns exemplos, desde Alexandre o Grande, até nosso Império e nossa Declaração da República, quando todas as proclamações, mesmo as progressistas, foram gritadas por vozes impositivas e tendo as espadas como elemento muito presente.

Sem deixar de lado todos os hinos nacionais, que quase em sua totalidade falam em guerras, projéteis, morte se necessário, trincheiras e o oferecimento da vida para manter a liberdade das nações.
Direitos Humanos, como código de conduta ainda encontra dificuldades em muitos países, onde outros códigos oferecem a submissão e a aceitação de castigos, que variam da dor física até a morte.
Mas, sem qualquer dúvida, uma nova era, uma onda de novas concepções de liderança passou a existir no mundo todo, graças ao reconhecimento de que as pessoas têm direitos vários, inclusive, e principalmente, à vida digna e a condições de trabalho sobre bases legais e civilizadas.

A construção do Conceito de Estado, nos séculos 16 e 17, as revoluções libertárias de poderes discricionários, os horrores das duas guerras mundiais do século XX, comprovaram cabalmente, para toda a humanidade, que códigos e elencos legais, iguais para todos, constituem essencial marco civilizatório, que em muito ajudou a alterar os conceitos de relações sociais, econômicas e políticas.
O processo de liderança passou a ser reconhecido, nas empresas e nas áreas públicas e governamentais, como um avanço prioritário nas equipes de trabalho.

Além da importância da liderança nos processos humanos de trabalho, outros conceitos evoluíram e passaram a ser valorizados, nessas décadas de elevada tecnologia, pois ocorreu o reconhecimento das pessoas como peças básicas nas relações corporativas e com o mercado.
A resiliência, uma definição da área de engenharia em relação à condição de certos materiais retornarem a seus formatos e alinhamentos originais, depois de submetidos a um esforço mecânico ou térmico, foi incorporada ao elenco humano de habilidades relacionais, de forma a estimular baixo estresse emocional e elevado potencial de resultados.

Mas o processo de liderança evoluiu muito nos últimos 20 anos, graças ao amadurecimento de um conjunto de concepções evoluídas, aprofundando a construção de perfis laborais, emocionais, relacionais, sociais, na direção de um novo estereótipo de chefia com competência para ser líder.
Os verdadeiros líderes desenvolvem, desde as suas famílias nucleares, sensibilidades e percepções, que envolvem saber ouvir, observar, sentir, as diversas características individuais para que se possa conduzir grupos e equipes, no conjunto, com equilíbrio nesses dois níveis.

O processo de motivação, e a palavra já deixa isso bem claro, passa pela elaboração de conjuntos de motivos para que as pessoas sejam envolvidas em atividades, individuais ou coletivas, de maneira a produzir resultados melhores e mais abrangentes, com baixo desgaste e elevada resiliência.
Assim, as pessoas podem se dedicar a jornadas diárias de trabalho, sem voltar para suas vidas familiar e social, com grandes reservas de violência e agressividade.

É muito comum ouvir-se piadas e formas jocosas de se referir a ambientes de trabalho opressivos e sem acolhimento dos empregados ou funcionários, quando se contam histórias de chutar o gato, o cachorro, brigar com a esposa, marido, filhos, como forma de relatar o desajuste funcional e operativo, no tocante a espaços profissionais.
Pessoas são compostas de vários níveis de sensibilidade e emocionalidade, e descobrir esses perfis e seus potenciais, se constitui em atribuição básica, primeira, de uma figura de líder.

Todo ser humano é composto de parte visceral, parte emocional, e parte racional.
Além disso, todos temos uma dimensão objetiva e outra subjetiva, na qual ficam armazenadas memórias afetivas, desde a tenra infância, e na qual se encontram as bases de nossas avaliações e opiniões.
Se somos ameaçados, ou colocados em situações inseguras, somos levados a reagir, a lutar ou fugir.
A luta envolve nossos instintos de sobrevivência, passando por nosso nível visceral, que pode nos conduzir a reações pouco lúcidas e longe da racionalidade.

Ao mesmo tempo os hormônios de estresse são liberados por nosso cérebro, que coloca aditivos químicos em nosso corpo para que possamos suportar agressões ou ameaças.
Esses hormônios podem ter a característica de nos tornar vigilantes e de prontidão para a ação física e reação, mas nos intoxicam, afetando todos os nossos índices de estado emocional e orgânico equilibrado.
A permanente atitude, em ambientes de estresse forte e renovado, podem conduzir as pessoas a uma série de doenças e desfuncionalidades, que podem comprometer o desempenho no trabalho, e gerar uma grande gama de incapacidades laborais e sociais.

Cada perfil humano tem uma forma de reagir a ensinamentos e aprendizados, dependendo de sua sensação de pertencimento e protagonismo.
O líder positivo tem que dispor de boa capacidade de observação, de análise facial e corporal, para antecipar ao máximo uma boa leitura dos perfis dos membros de sua equipe, visando recolher o melhor em colaboração e desempenho de seus liderados.
Pessoas possuem formas de comportamentos muito diversas, tendo cada uma um conjunto de curvas de reação emocional, elemento essencial para ser “lido” pelo líder.

Em processos iniciais de recrutamento, seleção, treinamento e capacitação, é muito importante a participação do líder.
Tanto para definir perfis desejados para os cargos e funções, como para a desinibição e convívio futuro da equipe.
As curvas de reação emocional podem ser observadas e captadas em entrevistas individuais e em exercícios grupais, tendo características dos condicionamentos e formações familiares, escolares e sociais.

Existem perfis que reagem com maior expansão nas curvas de rejeição ou imposição, na fase de treinamento. Curvas muito expandidas, tanto positivas quanto negativas, dependendo de sua intensidade, podem gerar processos de comportamentos equivocados ou reativos.
É importante sempre observar o grau de esforço ou distorção, a que membros das equipes estão sendo submetidos, para que o gasto das energias afetivas e emocionais, de adaptação, seja minimizado, e que o resultado da absorção do aprendizado seja eficaz e que ofereça a sensação de segurança e acolhimento.

Para esse desempenho as lideranças também precisam ser bem treinadas, para que sejam bons representantes da cúpula dirigente das empresas e corporações, junto às equipes das organizações.
Um bom processo de capacitação e motivação de lideranças passa pelo profundo conhecimento dos conceitos que criaram a organização, com um bom aprendizado e conscientização da cultura corporativa.

Líderes bem treinados e conscientes produzirão empregados lúcidos e colaborativos, identificados com a produtividade, evolução e inovação.
Líderes precisam ter bem claros, três conceitos essenciais para quem vai dirigir pessoas:
-Clareza de Objetivos
-Senso de Oportunidade

-Economia de Recursos