domingo, 28 de outubro de 2012

EDUCAÇÃO: PROFESSORES INTIMIDADOS



Educação é amor, exemplos, e limites.
Concordo plenamente com essa definição.
E todas as palavras cabem dentro de uma outra, muito importante: FAMILIA.
Frequentemente se pode ler chocantes reportagens policiais de alunos que agridem professoras e professores.
E o pior, com a chancela, com o apoio, com a aceitação das familias dos agressores e agressoras.
A Escola, as professoras e professores, é uma instituição onde os alunos vão para se alfabetizar, complementar o processo de educação familiar, adquirir novos conhecimentos, para formar saberes.
Os valores, o respeito, a hierarquia, a capacidade de viver com outros, e respeitá-los, veem do seio familiar.
A autoridade saudável, e exemplar, vem do núcleo familiar, pois pais e mães amam seus filhos, e a escala de aceitação de decisões e direcionamentos, parte de quem quer o melhor para seus descendentes.
Conviver com autoridade e hieraquia, portanto, além de uma necessidade é uma característica da estrutura chamada familia.
Na sociedade, no nível coletivo, é a mesmo situação.
O conjunto de leis, de regras, o bem comum, devem ser respeitados por todos, pois a civilização requer que se cumpram princípios, de forma a preservar direitos, e destacar deveres, que no conjunto constróem a cidadania.
Sociedades avançadas, desenvolvidas, só chegaram lá por construir Estados desenvolvidos, ou seja, estruturas para o bem comum, para o espaço de todos, onde o respeito pelos direitos alheios seja sempre enaltecido, nem que para isso tenha que se recorrer à lei e a seu braço armado, a polícia judiciária.
A realidade atual, na qual muitos pais e mães são obrigados e passar o dia trabalhando, produzindo, para poder manter suas familias, afasta os responsáveis de seus filhos, dificultando a transmissão de bons principios éticos, de respeito pelos outros.
Muitas crianças e adolescentes se auto-educam nesse nível, pois desde tenra idade ficam com estranhos, parentes, ou sozinhos.
A propaganda presente em todos os meios de comunicação, nos meios eletrônicos e digitais, gera uma grande, enorme, expectativa nessa faixa de idade, levando esses jovens a desenvolver elevada ansiedade para ter acesso a todos os brinquedos, a todas as bugigangas eletrônicas, a roupas, celulares, sapatos, e todo o tipo de coisas a consumir.
Essa exacerbação de sentimentos consumistas, que acaba funcionando como lenitivo da ausência materna e paterna, ou da sua distância, também gera, por parte dos pais, necessidade de atender aos anseios  de seus dependentes, para aplacar um pouco a culpa por estarem muito longe de onde gostariam, e deveriam.
Consumismos, promessas soltas, falta de limites, alienação dos valores essenciais do convívio humano, podem conduzir nossa sociedade a um tipo de barbárie urbana, travestida de uma pseudo liberdade.
Crianças e adolescentes que não são educados por seus pais a respeitar seus professores e professoras, muito provavelmente, desenvolverão comportamentos equivocados, que poderão levar a desajustes futuros, pois na rua, em outros ambientes, os eventuais agredidos poderão reagir com armas, com violência, da forma que os mestres não o fazem, mas que poderão acarretar situações irreversíveis, e até mesmo trágicas.
Se eventualmente alguns professores, ou professoras, se comportam indevidamente, existem níveis, em todas as escolas, aos quais alunos, alunas e seus pais podem recorrer para que haja a devida intervenção.
Mas o que não se pode aceitar, jamais, é a implantação das medidas de força, de chantagem de provocação gratuita, por parte dos educandos.
As escolas ai estão para ajudar as familias, complementar o processo educacional e formar o saber nos futuros cidadãos.
Que só o serão se respeitarem regras, se acatarem a autoridade e a disciplina, elementos essenciais para que a sociedade avance e se qualifique.
A agressão é tema para a polícia, ou para enquadramentos legais, ou dosciplinares, jamais para o convívio entre alunos e educadores.






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