segunda-feira, 22 de dezembro de 2014

NATAL


Nesta época do ano poderíamos estar fazendo uma reflexão sobre o sentido desta data.   
Evoco três diferentes personalidades para simbolizar os sentimentos de bondade, generosidade, solidariedade, e promoção do bem.
Jesus Cristo, como exemplo de pessoa que revolucionou uma época, que ofereceu sua vida à pregação por um mundo melhor e que gerou crenças e comportamentos, que são observados, e seguidos, até hoje.
E o evoco homenageando todas as crenças religiosas, todos os Deuses, todas as correntes espirituais.
Irmã Dulce, essa digna brasileira, que dedicou sua vida ao exercício da bondade.
E o Papa Francisco, esse exemplo de liderança servidora mundial, que a cada dia comprova sua devoção à causa da justiça, da verdade, da simplicidade e da entrega de sua vida ao bem.
Não é difícil imaginar que o sentimento de Natal pudesse ser praticado todos os dias, de todos os meses, de todos os anos, pois praticar o bem, exercitar a solidariedade, e disseminar a bondade em nossos atos diários, com certeza, ajudaria a que se tivesse um mundo melhor.
A cegueira do egoísmo que atinge grande número de pessoas e a paixão egocêntrica, que consome outra grande parte, estão dirigindo as ações humanas para visões e práticas puramente comerciais, de consumo voraz e intensivo, como se o significado do Natal fosse somente o aspecto comercial da compra e troca de presentes e bens materiais.
A celebração da data natalina, com alguns objetos representativos da alegria despertada, não deveria substituir a reflexão sobre o mundo que recebemos, e qual o mundo que deixaremos, como legado, para os que nos sucederem.
Desejo a todas as amigas e amigos que os momentos desta fase do calendário anual nos permitam, nos motivem, e nos embalem, para que se promova a luz e a paz entre todas as pessoas, induzindo para que se planeje um novo ano de 2015 com os olhos voltados para todos, e com a alma exultante por podermos nos dar as mãos e orarmos juntos pela graça de estarmos vivos e de podermos ajudar a construir um mundo em que as atividades visem a felicidade, a justiça, a verdade.
Que em 2015 possamos superar a mentira, a corrupção, os maus sentimentos, que obnubilam a alma humana, enganam os sentidos, e empobrecem a possibilidade de nos tornarmos um pouco melhores.

Que os belos exemplos de Jesus Cristo, da Irmã Dulce, e do Papa Francisco nos iluminem, dirijam nossos rumos, e nos permitam a busca por sentimentos nobres e puros.

quinta-feira, 18 de dezembro de 2014

A REAPROXIMAÇÃO ENTRE ESTADOS UNIDOS E CUBA


Em 1963, depois de prometer que caso fosse reeleito faria o restabelecimento das relações diplomáticas com CUBA, o presidente norte-americano John Kennedy foi assassinado, em Dallas, por tiros dados em sua cabeça.
Agora, neste final de 2014, o presidente americano Barack Obama, toma a iniciativa e parte para a retomada das relações entre os dois países, promovendo uma situação que se pensava inimaginável.
Com as bênçãos do Papa Francisco, esse grande exemplo de liderança servidora, os dois governantes, Raul Castro e Obama, mantiveram conversações e, em poucos meses, anunciam a instalação de embaixadas, nos dois países.
O momento global é extremamente propício para essa nova situação.
A geopolítica mundial pode mudar significativamente, com a jogada da OPEP, comandada pela Arábia Saudita, que jogou o preço do barril de petróleo em valores abaixo dos 60 dólares, para inviabilizar a pesquisa e desenvolvimento de novas fontes de energia renovável.
CUBA é um enorme celeiro para desenvolvimento de novas fontes de energia, alternativas ao petróleo.
O que não lhe faltam são grandes extensões com sol e vento, para produzir muita energia eólica e solar.
Também tem um território propício para o plantio e a produção de etanol, que pode transformar CUBA em grande produtor de combustível não poluente, de fonte renovável.
O turismo pode absorver os grandes capitais mundiais, pois a grande extensão de praias, o clima reinante, e a beleza natural, transformarão CUBA num dos principais destinos turísticos mundiais.
Um país que tem uma saúde básica excelente, uma educação para todos, e que, com isso, pode muito rapidamente formar grandes contingentes nas novas tecnologias, oferecendo trabalhadores qualificados para todos os tipos de empresas e linhas de produção.
A indústria automobilística deve, muito rapidamente, instalar fábricas e montadoras em CUBA, pois lá inexistem automóveis modernos, além dos poucos usados pelos órgãos de governo.
O transporte público pode se beneficiar de todos os avanços e implantar uma moderna e não poluente frota de soluções, diversificando entre transportes de massa, por via terrestre, por meio náutico, e com uma malha de modernos trens rápidos, e limpos, atravessando o país, em todas as direções.
Além dos problemas políticos, afinal o ocidente está acostumado a conviver com ditaduras comunistas, familiares, personalistas, desde que sejam capitalistas, a relação econômica deve se acelerar muito, pois CUBA tem tudo para se transformar na “nova China caribenha”.
Para os capitais ocidentais, que estavam acanhados pela falta de novas oportunidades, nada melhor do que esse raro filé de oportunidades, que a reintrodução de CUBA oferece.
Os cubanos é que terão que ficar atentos, para que não se transformem em descartáveis e marginalizados, nesse novo processo político e econômico, numa fase histórica, na qual ideologias e linhas políticas são altamente relativizadas frente aos enormes interesses financeiros, de um mundo que se preocupa muito menos com a ética e o respeito aos direitos humanos, enaltecendo rendas per capita, lucros, rentabilidades em bolsas de valores, e bons balanços empresariais, mesmo que maquiados.
E assim caminha a humanidade, neste terceiro milênio dos Deuses, que de forma pragmática e objetiva, consegue superar meio século de provocações imbecis, condicionamentos políticos e comportamentais ferrenhos, tudo em função das novas amizades coloridas entre inimigos tão radicais, de tempos ainda bem recentes.
E agora, como ficarão os inconsistentes governos da Venezuela e de outros nanicos latino-americanos, que justificavam suas medíocres gestões com o “imperialismo americano”?
O fim do mito cubano tende a afogar essas pirotécnicas administrações medíocres e midiáticas, pois o que valerá agora são as grandes potencialidades econômicas e financeiras oferecidas por CUBA, aos grandes irmãos norte-americanos e europeus, que, afinal, não são tão maus assim.
E a Venezuela, com seu barateado petróleo, poderá ter que amargar uma situação mais vexatória ainda, do que a falta de papel higiênico, para limpar seus mal elaborados discursos antiquados e manipuladores.
E a América, como um todo, viverá um período de mais calma, pois o “grande foco exportador de revoluções” poderá se transformar no grande amigo e parceiro fornecedor de ótimas oportunidades e aplicação do “sujo dinheiro yanque”, que financiava golpes de direita e a retirada de presidentes eleitos, do poder.
Como o mundo já poderia ter alcançado patamares bem mais civilizados e de colaboração multilateral, não fossem as superadas linhas de poder e dominação, que impregnaram a humanidade durante todo o século XX.

A foice e o martelo, o tio Sam com seu dedo apontado, as barbas de Guevara e as ações da CIA, só atrasaram a roda da histórica, contida por visões, que nunca conseguiram entender ou explicar a revolução industrial dos séculos 18 e 19, e a relação entre capital e trabalho, mas que estão se rendendo à revolução da informação do século XXI.

OS NOVOS SINÔNIMOS E A PANTAGRUÉLICA FESTA COM DINHEIROS PÚBLICOS NO BRASIL


Choca a forma alienada e fria com que se procura reduzir o impacto de que ainda existem muitas pessoas passando fome, no Brasil. 
"Insegurança alimentar" é um eufemismo, quase cínico, para a fome. 
Essa é a forma que órgãos oficiais do governo brasileiro tratam a fome, a falta de alimento, de quase 20 milhões de brasileiros.
Enquanto alguns milhões passam por "insegurança alimentar", outros nadam na segurança dos aumentos gerais de salários, vantagens, e benefícios, que o andar de cima se autoconcedeu, por ocasião deste Natal, que se não é justo, é muito bem-vindo para todos que usam o poder em benefício próprio. 
Afinal, um salário de R$ 30.000,00 para pessoas que ainda recebem casa, comida, telefone, e outras mordomias, não está mal, não é mesmo? 
Nada como um país no qual existem dois, mas que um só abarca o dinheiro disponível e se fornece bons natais, aniversários, anos novos, e a permanente e feliz despreocupação de compras de presentes, de viagens, ou seja, de tudo que custa dinheiro, mas que para os bem pagos, nada afeta. 
Afinal, o país da fome não pode fazer passeatas, não pode escrever cartas para jornais, não pode fazer protestos, pois a barriga ronca mais que suas vozes roucas de fome. Agora, se alguém lhe pedir dinheiro para comer, convença-o de que ele está só numa situação de insegurança alimentar, ou seja, não sabe se terá a próxima refeição, o que não é nada assim tão trágico para todas essas pessoas, que, afinal, já podem ter tido alguma refeição anterior no dia. 
E assim caminha esta bem concebida colônia portuguesa, que ainda não despertou e convive com mensalões milionários, com a corrupção que se abateu sobre a Petrobras e outras estruturas nacionais. 
Não há dinheiro para saúde, para pagar salários dignos e merecidos para professores, para policiais civis e militares, mas para carros caríssimos, com ar condicionado, para luxuosos apartamentos funcionais, para residências oficiais nunca falta qualquer tipo de grana. 
Maria Antonieta, a inconsciente rainha francesa, em sua insânia e distância da realidade também mandava o povo francês, daquela época, "comer brioches" para acalmar a "insegurança alimentar" que a corte francesa entendia como algo natural. Coitadinha, acabou perdendo a vazia cabecinha numa guilhotina suja e enferrujada, operada pelos portadores de "insegurança alimentar". 
Quantas cabeças ainda terão que rolar para que nosso Brasil tenha uma categoria de novos políticos e gestores públicos, que façam jus a tudo o que a nação já lhes oferece, e que comecem a prestar bons serviços para a população, que os mantém com seus minguados salários, pagando elevados impostos???


quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

BRASIL 2015: OS RISCOS DO PENSAMENTO ÚNICO


Pessoas sem padrão claro de ética, moralidade e respeito pelos direitos humanos, tendem a se exceder no poder.
Aldous Huxley, grande pensador do século XX, denunciava o risco de ditaduras aceitas pelas sociedades, desde que as pessoas estivessem bem ocupadas com seus trabalhos, com o consumo, e com uma situação de isolamento conceitual, que lhes propiciasse um certo conforto material, e um grande acomodamento ético e político.
Pode ser num condomínio, num casamento, numa família, um clube social, as pessoas despidas de princípios claros de respeito mútuo tenderão a querer usar muito mal o poder, e desejarão usá-lo infinitamente.
É o risco que o PPU, o desejado partido do pensamento único, enfeixa nos sonhos dos tiranetes, e de seus ventríloquos.
O PPU quer uniformizar comportamentos, crenças, manifestações de fé.
O PPU pensa que a imprensa livre é um risco aos seus planos de poder. 
Somente alguns “iluminados” é que sabem o que é bom para a sociedade.
Para combater esse estágio de dominação cultural, e intelectual, é que os pactos sociais devem ser amplos, participativos, e altamente controlados, pela sociedade.
Não podemos deixar pessoas, que são seres iguais a todos os outros, se sentirem imortais ou iluminados pelos Deuses.
Quem assim começar a se sentir ou estará demonstrando sinais de loucura, ou dominado pela insânia da força e do poder. 
E se transformará num inimigo da Democracia, num ilusionista e num futuro ditador, ou ditadora.
Basta que acompanhemos os jornais, os diversos comportamentos dos candidatos a tiranos, dos projetos de "enviados dos Deuses".
Todos começam a se transformar com a adulação das falsas pesquisas de opinião, que, na maioria das vezes, embutem claros interesses econômicos e políticos.
E o poder econômico não é democracia-dependente. 
É só ver o exemplo da China, onde uma sociedade é controlada por um partido único, de 1,3 bilhões de habitantes, com uma planta econômica capitalista.
É um hermafroditismo político/econômico, não questionado por qualquer outro país, pois lá se produzem muito resultados, altamente satisfatórios, para as “grandes democracias” ocidentais.
A Democracia se faz com um processo permanente de construção e reformas.
Regimes que tenham seu poder enfeixado em poucas mãos, ou em poucos partidos, tendem a se tornar autoritários, e úteis para um pequeno grupo de privilegiados.
A Democracia é o regime dos diferentes, das diversas formas de pensar, do respeito pelo direito de se pensar, e defender o que se acredita.
O limite para tudo é o elenco legal, que é o grande pacto sócio-político construído pelas sociedades, que evoluem, pois sociedade desenvolvida é aquela que constrói leis realistas, e as cumpre.
Casuísmo, exploração de emoções primárias dos seres humanos, como a necessidade de alimento, trabalho, renda e moradia, formam o conjunto ideal dos personagens ridículos, que tanto já habitaram nossa emocional e atrasada América, assim como os tiranos Hitler e Mussolini.

Todos começaram "vingando" ressentimentos dos que sofriam, fingiam ser democratas e trabalhadores, e geraram enormes catástrofes humanas, em suas gestões roubadas à Democracia, com o uso da ameaça, do constrangimento, das massas ignaras, e das pseudo- lutas pela justiça social.


BRASIL, PAÍS CORDIAL?


A palavra cordial vem de "cordis", coração.
Mas vejamos alguns dados para uma reflexão sobre a necessidade de uma tomada de consciência para uma mudança, mais do que necessária:
-52.000 homicídios anuais, notificados à polícia (igual número ao total de soldados americanos mortos em 10 anos de guerra do VietNam)
-54.000 estupros notificados à polícia ( são estimados 124.000 estupros anuais, mas as vítimas não notificam por vergonha ou por medo de represálias)
-mais de 1.000 atropelamentos, mensais, por automóveis e motos, de ciclistas, sobre as ciclo-faixas, com vários óbitos registrados.
-milhares de assaltos, mensais, à mão armada, pessoas atingidas por tiros disparados de forma intencional, e acidental.
-enormes volumes apreendidos de armas, munições, e drogas pesadas, que dão entrada no Brasil pelo uso das fronteiras.
-elevada frequência de operações da Polícia Federal (ainda bem) para prisão de corruptos e corruptores, que avançam sobre dinheiros públicos (hoje mesmo, 12.11.2014, uma grande operação da PF, realizada em Florianópolis, já determinou a detenção de várias pessoas ligadas à gestão pública municipal e a apreensão de grande quantidade de documentos)
-Quais as condições determinantes desses comportamentos? o que pode gerar essas atitudes violentas que são perpetradas contra pessoas da mesma sociedade, numa ação coletiva que leva a números de uma verdadeira guerra civil?
-O que estimula e permite que agentes públicos, bem pagos para oferecer bons serviços estatais e governamentais, para os cidadãos que sustentam seus empregos privilegiados, cometam tão elevado número de crimes contra o erário e contra a cidadania brasileira?
-Será chegada a hora de uma reflexão coletiva para que comecemos a ter o país que desejamos, e a sociedade que merecemos?

-Quais os passos necessários para construir um novo patamar social, ético e justo, que comporte uma convivência profícua e respeitosa, que leve a um estágio avançado, e mais qualificado, de cidadania?


ATAQUES À IMPRENSA


Nada pior, nada mais destrutivo para a democracia, do que ataques perpetrados contra a liberdade de informação dos meios e veículos de imprensa. 
Quem participa de ações de destruição, tentativas de intimidação ou de ameaças aos meios de imprensa, se identifica com as piores fases, as mais violentas, do avanço dos regimes fascistas, na Itália de Mussolini, e nazista na Alemanha de Hitler.

Ambos conseguiram, em seus regimes de medo e perseguição, algum sucesso em seus podres propósitos durante poucos anos. 
Mas ambos, Hitler e Mussolini, foram os responsáveis pela brutal destruição daqueles dois países, na segunda guerra mundial. E de muito mais!
Nenhuma sociedade, que se pretenda democrática, pode consentir, aceitar, concordar, aceitar, qualquer que seja a natureza, de atos contra a liberdade da imprensa. 
Em todas as nações desenvolvidas, política, econômica, e culturalmente, a imprensa tem sua ação sempre protegida pela lei e pelas forças de segurança. Tolerar o absurdo cometido em São Paulo, contra a revista "VEJA", sem as devidas prisões dos agressores, e posterior condenação por enquadramento legal, pode começar a contaminar o Brasil com o verme da tirania, da prepotência, da intolerância, que sempre acaba destruindo a democracia, e o ordenamento legal, pois quem pratica esse terror contra a imprensa, pode se sentir muito à vontade, por ausência de condenação social, legal, e por atitudes condescendentes de autoridades policiais. 
Assim foi com a sociedade italiana, quando os ataques dos camisas pardas fascistas de Mussolini, começaram a espancar e perseguir as pessoas que não aceitavam o fanatismo daquele tirano insano. 
Também na Alemanha de Hitler, a sociedade tolerou ataques às lojas de judeus, ao comércio e fábricas dos que não se alinhavam com o nazismo incipiente, transformando aquele berço de cultura e artes, num enorme campo de concentração, onde foram mortos, exterminados, muitos milhões de seres humanos, por serem, simplesmente, discordantes do nazismo em marcha. 
Ou escolhidos pelos nazistas, como inimigos preferenciais. 
Naquelas duas nações a violência, além de outros símbolos brandidos em passeatas e manifestações, a violência extrema, a morte, foram transformadas em ícones da força, da brutalidade, para impor o medo, para fazer reinar o silêncio, para calar a todos que se insurgissem contra a dominação de seus países, por quadrilhas organizadas, de pessoas sem qualquer escrúpulo, que tinham, na crueldade, e no sofrimento imposto a seus adversários, toda a sua razão de ser e de existir. 
Todos sabemos onde desaguou esse tipo de ação. 
O mundo foi paralisado pela guerra, mais de 60 milhões de pessoas foram mortas, sociedades inteiras sofreram enormes destruições. 
Como bom covarde, e o são todos os que recorrem à ameaça, à violência e à morte, Hitler não enfrentou um único tiro, nunca esteve numa trincheira e se suicidou com sua amante, num bunker em Berlim, antes de encarar a rendição aos exércitos russos. 
Mussolini e sua amante, Clara Petacci, foram fuzilados pelos partisans da Itália, sendo pendurados de cabeça para baixo. 
Nosso Brasil, depois de uma longa história de muitas contradições, reafirma sua vocação democrática pelo processo eleitoral, em plena execução. 
Dois candidatos disputaram os votos do eleitorado brasileiro, discutindo teses, apontando erros, propondo correções de rumo. 
Ambos se manifestaram frontalmente contrários aos fatos de São Paulo. Deixaram bem claro que não suportam a natureza desse tipo de agressão. 
A democracia brasileira se encaminha para a sua maturidade, com a grande reafirmação do calendário eleitoral. 
A Presidente da República, que era candidata à reeleição tem que exigir a mais plana e plena apuração dos fatos, e a punição de todos os envolvidos. 
Para que fique, de forma exemplar, marcada a posição de nosso Brasil, completa e frontalmente contrária a qualquer tentativa de intimidação dos meios de informação, e da sociedade brasileira.

DEZEMBRO VERMELHO


Outubro Rosa, dedicado à saúde da mulher, novembro azul para a saúde do homem.             
Para conscientizar a sociedade brasileira, para a vergonha nacional, que é a corrupção, aliada ao completo abandono, com que a Mata Amazônica vem sendo tratada pela cruel indiferença a que foi condenada pelo governo federal, pelos governos estaduais, que têm competência legal sobre seu território, e pelo ministério do meio ambiente, e para preservar o Brasil correto, honesto, que é a grande maioria desta nação, que não é corrupta, que preza a sua natureza, e que se preocupa com a sua água, fica lançado o DEZEMBRO VERMELHO.          
A cor vermelha nada tem a ver com qualquer cor partidária, muito pelo contrário. Mas tem a ver com a cor da vergonha, que torna avermelhados, ruborizados os rostos dos cidadãos, e cidadãs, honestos, que pagam seus impostos e que sofrem tremenda impostura pelos agentes públicos, que deveriam estar prezando pela boa gestão de nossos recursos, todos eles, principalmente, os naturais. Não bastasse a incúria da questão da água em SP, essa crônica de uma morte, há muito anunciada, a Amazônia está sendo criminosamente assaltada, estuprada, vilipendiada, amputada, queimada, e reduzida a terras áridas, a um futuro deserto, que um dia, talvez, venha a ser o gigantesco cemitério no qual a população brasileira será enterrada, quando vier a morrer por ausência total de vegetação, das nuvens de umidade, que mantinham os regimes de chuvas de todo o Brasil.
No mês de outubro, o número de empregos caiu 30.000 postos, a inflação real subiu, para quem faz compras em supermercados e se submete à vida real, à rotina de ter que trabalhar e pagar impostos, mas tem um outro número, que subiu assustadoramente, absurdamente, monstruosamente! Foi o total de quilômetros quadrados que foram criminosamente desmatados pelo fogo, por máquinas, que arrancaram árvores, por grandes interesses políticos e econômicos, que pensam que podem transformar tudo em ouro para encher seus bolsos.      A mesma miséria humana, a mesma ignorância rematada, a mesma sádica ganância imediatista, que financia corruptos no poder, que rouba milhões/bilhões de nossos impostos, pagos com o suor e o sacrifício da cidadania, apartada da realidade, está providenciando a maior destruição que o mundo já assistiu neste fatídico ano de 2014, muito maior que a epidemia de Ebola, muito maior que as mortes de todas as guerras da Síria, da Ucrânia, da Líbia, do Iraque, e do que a verdadeira guerra civil, a que o México é submetido.
A guerra contra a vida, contra a qualidade de vida, fez mais 244 vítimas, no já sofrido, roubado, assaltado, assassinado Brasil!!!
244 quilômetros quadrados foram desmatados, uma área igual a ocupada pela cidade do Rio de Janeiro, foi derrubada, foi queimada, ou seja, 244 quilômetros quadrados de nosso patrimônio público brasileiro, que é a natureza, que recebemos pronta, nos foram roubados. E junto com eles, nos tiraram a água, que vai nos faltar em todas as cidades brasileiras, se continuarmos nessa caminhada cega, imbecil e imbecilizante, destruidora, que vai acabar com o regime de chuvas em nosso país, pois se continuarmos nesse ritmo, seremos todos cidadãos retirantes, em busca da água, para sobreviver. É interessante tentar imaginar se um dia desejássemos viajar ao Rio de Janeiro e lá não fosse mais possível aterrissar, pois não haveria mais a cidade. Isso é o que foi feito na Amazônia, em apenas três meses!!! Nos surrupiaram a área de uma grande cidade. Mas para onde, para quem foi toda essa madeira roubada, quem se beneficiou desse inacreditável absurdo cometido ao completo arrepio da lei??? Onde estavam as adormecidas autoridades irresponsáveis por toda essa área? Quem cometeu o crime e quem foi conivente com ele?
Assim, diante de tão grande absurdo, de tamanha tragédia, ficam todos os cidadãos brasileiros convidados a refletirem sobre nosso passado, sobre nosso presente, e sobre o agora incerto futuro de nossa civilização. Precisamos refletir sobre a alienação em que estamos embarcados, pois os políticos, dirigentes públicos, estatais, e privados, deste Brasil, estão divididos entre a corrupção, que agora vem sendo exposta pela Polícia Federal, os interesses familiares e privados dessa corja corrupta, a incompetência e o deslumbramento dos que estão no poder, mas todos eles muito bem pagos com régios salários, valores que nunca foram dedicados aos nobres professores, aos dedicados profissionais da saúde pública, nem aos corajosos policiais, civis e militares, que garantem nossa educação, nossa saúde, nossa segurança. Diante dessa pouco nobre e digna situação a que fomos submetidos pelos podres poderes, fica aqui o apelo para que o DEZEMBRO VERMELHO, da vergonha nacional, pela corrupção, pelo abandono a que foi submetido o nosso patrimônio natural, e, portanto, o nosso futuro, seja destacado, discutido, comentado, compartilhado, por todas as pessoas, que se preocupam, minimamente, com a sua sobrevivência, com uma condição digna de existir.


CIDADANIA - APRENDENDO A REAPRENDER


O terceiro milênio, e o século XXI, tiveram seus inícios políticos no ano de 1989 e nas diversas manifestações, que agitaram as sociedades ao redor do mundo.                                     
A derrubada do Muro de Berlim, na Alemanha, as manifestações na China, na Praça da Paz Celestial, as guerras pelas emancipações na ex-Iugoslávia, o Consenso de Washington, foram gerados pela ânsia, e necessidade, de mudança, que assolou o novo mundo, que já estava surgindo.
Uma nova sociedade global, e globalizada, surgiu nesse mesmo ano com o início das operações da Internet, que, juntamente com uma fantástica rede de comunicações via satélite, fibras óticas, cabos submarinos, permitiram a todos os seres humanos se apropriarem de suas construções históricas, oferecendo-lhes um inusitado protagonismo cidadão.
A história não acabou como enunciou famoso historiador, mas teve seu curso reescrito pela participação individual, pessoal, permitindo que todas as pessoas oferecessem opiniões, agora mais abrangentes, pois foram transformadas em escribas de um novo mosaico global.
Anteriormente, no ano de 1968, grandes multidões já haviam proposto um novo patamar de convivência originando o paradigma da paz e do amor, para se contrapor a um mundo envolvido em guerras, e golpes de estado, que tentavam condicionar consciências e regular comportamentos, dentro do quadro de “guerra fria”, que polarizava os habitantes do planeta.
No Brasil, depois de 21 anos de regime militar, erigimos a nova Constituição Brasileira, resgatando amplo quadro de direitos individuais, no ano de 1988, e tivemos a primeira eleição direta para a Presidência da República, em 1989, após 25 anos sem essa possibilidade de escolha.
A esperança de um novo Estado baseado no bem estar social, e no resgate dos princípios Republicanos e Democráticos, nos colocou frente a diversos desafios institucionais, chegando ao ponto de vivermos um processo de “impeachment” ocasionado por acusações de corrupção.
Em junho de 2013, nossa sociedade foi novamente sacudida por grandes multidões, que protestavam para ter direitos atendidos, contra a gestão pública em geral, e reivindicando o direito a uma maior participação nos destinos da nação.
Esse processo evolutivo na edificação da nova cidadania brasileira, bem como a construção de um futuro com as garantias efetivamente democráticas, será objeto de estudo em nossa Escola de Desenvolvimento Humano para a Cidadania - EDHUC, em curso, que estará iniciando suas aulas no dia 09 de março de 2015.
A reforma política, a construção de novas políticas públicas, a revisão das formas de gestão e governança, a priorização das demandas sociais legítimas e pertinentes, os ajustes nos órgãos governamentais para aumentar as disponibilidades para investimentos, a implementação de medidas eficazes para que possam ser alcançados novos patamares de eficácia, tanto nos serviços públicos como na efetiva participação social nos destinos de nosso Brasil, são pontos fundamentais, que serão expostos, debatidos, e analisados, por um time de professores e educadores, altamente capacitados em suas áreas de atuação política, governamental, e empresarial.
Além disso, a inserção do Brasil no mundo atual, sua relações multilaterais, os aspectos históricos, o perfil atual das estruturas estatais e a análise de sua readequação, e redimensionamento, fazem parte de uma programação de aulas, que se estenderão de março a dezembro de 2015, incluindo, ainda, duas viagens de estudo e observação, e trabalho de final de curso-TCC.
A construção de uma cidadania qualificada, de uma nova competência relacional, baseada na ampliação das consciências e das habilidades sociais, efetivamente comprometidas com a evolução intelectual e com um elevado padrão de requisição nos serviços prestados pelas estruturas públicas, governamentais, e institucionais, são os objetivos e foco de nosso curso.

Informações: consultor.educador@gmail.com        48-32597631  



ÁGUA - O RISCO DO SONO PLÁCIDO


Boa parte da população de nossa sociedade continua com sua vida rotineira. Mal lendo algumas manchetes de jornais, indo direto às paginas de moda e colunas sociais, dourando sua concha, na qual se blindam do mundo real.
Como em algumas histórias infantis, e algumas lendas, foram levados a um sono profundo, por algum efeito mágico. 
Enquanto isso, mais de 1.000 cidades brasileiras sofrem a falta d'água.
O regime de chuvas está alterado pelo intensivo desmatamento da Amazônia. As cidades de nosso país já hospedam 80% da população do Brasil. 
Houve um processo de verticalização, que aumenta a demanda e o consumo do líquido essencial à vida, e as fontes de suprimento estão
se esgotando.
O desmatamento das margens dos rios, córregos d'água e em torno das nascentes, já obriga a obras caríssimas, para que se possa trazer água de lugares cada vez mais distantes.
Se o processo continuar nesse ritmo em que estamos, a curtíssimo prazo viveremos grandes diásporas em busca da água, e nosso país corre o risco de uma profunda desorganização, por ausência de providências adequadas por parte das "autoridades", e pela alienada distância do problema real, a que nos auto condenamos, por pensar que esse tema é de "responsabilidade", de grandes irresponsáveis, que deveriam estar protegendo nossas matas, o pouco que sobra de florestas, e planejando, seriamente, o futuro de nossa sociedade.
Estudar o assunto, denunciar as omissões de quem deveria estar comprometido com a questão, articular grupos de cidadania, propor novas soluções, pesquisar alternativas, são algumas possibilidades, que se apresentam aos cidadãos, para que não se fique aguardando por algo, que não está sendo providenciado, por quem deveria.
É claro que se pode ficar dormindo em berço esplêndido, longe das ansiedades pela busca de soluções e encaminhamentos.

Mas corre-se o risco de, quando se despertar desse sono aparentemente tranquilo e reparador, encontre-se uma dura realidade de um território árido e assolado pela seca, de cidades e patrimônios completamente sem valor, e ter que empreender desesperada busca por locais, que garantam o precioso líquido, sem o qual se morre!


FEB 70 ANOS: A VITÓRIA CONTRA A CORRUPÇÃO NO E DO PODER


Recentemente foram comemorados os 70 anos da tomada de Monte Castelo, na Itália. 
A FEB-Força Expedicionária Brasileira, organizada para lutar contra o nazi-fascismo, marcou sua presença na segunda guerra mundial (1939/1945), ao lutar contra os exércitos italiano e alemão, que tentavam garantir a continuidade do expansionismo do chamado Eixo, um pacto firmado entre o Japão, atrasado e militarista, a Itália fascista de Mussolini, e a Alemanha nazista de Hitler.
Esse acordo visava, simplesmente, uma associação para dominar e controlar o mundo todo. Várias vertentes políticas, e autoritárias, se juntaram para tomar de assalto toda a humanidade, e colocá-la a serviço de seus corrompidos princípios de poder.
A intervenção das forças armadas dos aliados, e foram muitos os países que se juntaram para combater o mal, interrompeu a caminhada tranquila, dos que ameaçavam dominar as principais potências livres e democráticas, ou qualquer outra, que não concordasse com a existência de “uma raça superior”, como propunha Hitler, em sua manipulada teoria, desqualificada, sem qualquer base ou comprovação minimamente científica, mas que serviu de base para amealhar os apoios do 80 milhões de habitantes, da sociedade Alemã, que ainda amargava o ressentimento, e a vergonha, da derrota na primeira guerra mundial (1914/1918).
Todos os países, que fossem discordantes das teses daqueles tiranos, os quais já tinham mentido para seus povos, e escravizado as suas próprias sociedades, pela força e pelo terror, se transformaram em alvos dos ataques.
Dominados por uma visão nitidamente megalomaníaca, que começou com o nazismo na Alemanha, se espalhou com o apoio da Itália do tirano Mussolini, e se consolidou com o conservadorismo militarista Japonês, o nazi-fascismo começou sua caminhada de terror, e destruição, inicialmente pela Europa.
A geopolítica desenhada por Hitler, porém, previa expansões para regiões estratégicas, desde que permitissem sua sonhada expansão para o leste, onde pretendia tomar o rico território, em alimentos e petróleo, da União Soviética, de surpresa, e a oeste, com a anexação da Espanha, onde contou com o inestimável apoio do general golpista Franco, que iniciou, do norte africano, um golpe contra a República Espanhola.
Ao analisar o mapa da região, percebe-se claramente a importância que o território espanhol oferecia aos sonhos mundiais do ditador Hitler.
A Espanha, com suas frentes marítimas, a do Atlântico e a do Mediterrâneo, seriam excelentes pontos para desencadear a dominação do norte da África, e a operação rumo à América.
Com a vitória militar do exército golpista de Franco, veio junto uma derrota política e estratégica para o Eixo. A Espanha, apesar da derrota republicana contra o golpe, ficou muito afetada e destruída pela guerra civil, na qual morreram quase um milhão de espanhóis, sem a mínima condição de se transformar num grande pátio de manobras dos nazistas, para chegar ao continente americano, via oceano Atlântico, ou Mediterrâneo para alcançar o petróleo e outras riquezas guardadas em subsolo norte-africano.
A situação na Espanha fez com que Hitler voltasse seus aviões e canhões em direção à Inglaterra, pois ali seria o ponto alternativo para chegar às Américas, continente onde já contava com vários governos populistas e demagógicos, simpatizantes da causa nazista.
Em nosso Brasil, Getúlio Vargas namorava há algum tempo com a doce imagem que os nazistas emanavam para incautos totalitários, que sonhavam com muito poder, com cada vez mais poder, tal a inebriante sensação, que sentiam nessa posição.
Nosso ditador, em pleno Estado Novo, a ditadura que Vargas implantou no Brasil a partir de 1937, já tinha condecorado o Ministro das Relações exteriores de Hitler, o marechal Von Ribbentrop, e entregara a esposa do líder comunista Luiz Carlos Prestes, Olga Benário, aos nazistas, para ser morta em campo de concentração na Alemanha.
Seu chefe de polícia política, que torturava e matava inimigos e adversários do governo de Getúlio, o frio Filinto Muller, já tinha frequentado cursos ministrados pela Gestapo e pela SS, unidades nazistas, criadas pelo tirano alemão, como milícias paralelas às forças armadas regulares, e que visavam implantar o terror, a perseguição e a morte de quem se opusesse.
Esses cursos trouxeram para nosso Brasil as técnicas de tortura, e eliminação, que já eram aplicadas em judeus, e nos alemães, que não aceitassem o poder nazista.
A Casa de Detenção, e a Ilha Grande, ambas no Rio de Janeiro, foram transformadas em depósitos de adversários políticos do Estado Novo de Getúlio, onde se torturava e matava, sem qualquer controle social, pois a nação brasileira estava amordaçada pelo sorridente, e populista Vargas. E pelo controle total da imprensa livre, que era realizado pelo DIP-Depto. de Imprensa e Propaganda, inspirado nas práticas nazistas de Goebbels, que tinha implantado igual iniciativa, na Alemanha, para que Hitler não fosse criticado, ou denunciado, em suas práticas criminosas, e corruptas. Goebbels, o ministro da propaganda alemão afirmava, com o maior cinismo, que uma mentira repetida muitas vezes, acaba sendo aceita como uma verdade.
Verdades e mentiras que acabaram com o nazismo, mas que, em contrapartida, destruíram a Alemanha, que um dia fora um berço de arte, cultura, e filosofia.
Na Argentina, o General Peron, se mantinha “neutro” para não entrar na guerra contra o nazi-fascismo, pois muito ouro, dos saques promovidos por Hitler, contra os bancos centrais europeus, dos países ocupados, era trazido por submarinos, e depositados nas simpáticas mãos peronistas, a ponto de aquele país sul-americano ter conseguido ostentar um dos maiores lastros-ouro do mundo, ao final da segunda grande guerra, em 1945.
Além de Peron, outros presidentes e “líderes” sul-americanos ficaram com um olho em Hitler, pois se ele vencesse a frente europeia, e a russa, seria muito bem recebido nas tropicais repúblicas de bananas. Bolívia, Chile, foram alguns países onde nazistas se refugiaram e criaram verdadeiras colônias neonazistas, com muitos recursos roubados, e armamentos, trazidos da Europa. No Brasil, ainda nos anos 1970 e 1980, muitos foram os nazistas capturados, e que se encontravam trabalhando como “técnicos” de muitas empresas, que na Alemanha nazista já tinham reunido muito lucro, advindo do trabalho escravo, de judeus e de outros prisioneiros, que Hitler colocava à disposição de grandes empresas, desde que colaborassem com seus esforços de expansão, e dominação.
Essa, talvez, a maior marca, a inextinguível posição política, democrática e libertária, forjada pelas Forças Armadas Brasileiras, que estruturaram a FEB, e foram para a guerra, para ajudar a derrotar a quem já sonhava com as terras ultramarinas, e que já imaginava “uma nova Alemanha dos mil anos...”
Mesmo não adestrados em terras frias e nevadas, com armamentos superados, os Pracinhas brasileiros ofereceram forte demonstração de compreensão do momento mundial, dos riscos que a Democracia corria, em todo o mundo, e deram o melhor de si, com garra e determinação, desmantelando posição estratégica na Itália, ajudando a libertar aquele país, o que influiu muito na derrota hitlerista.
Muitos deixaram seu sangue naquele território distante, quase quinhentos militares brasileiros deram suas vidas para defender a Democracia, na segunda guerra mundial, e muitos lá ficaram e fizeram suas vidas familiares, em solo italiano.
Ricos são os relatos, que contam como os brasileiros enfrentaram qualquer espécie de adversidade, vencendo os inimigos naturais, lutando contra incompletudes materiais e carências de toda a ordem, cumprindo a missão que lhes foi atribuída.
Tomaram as posições defendidas por alemães e italianos, em região com grande desvantagem topográfica, pois lutaram numa planície, contra objetivos situados em elevações fortificadas, de onde eram despejadas inimagináveis quantidades de morteiros, explosivos, além de uma área completamente minada por dispositivos sensíveis ao simples pisar.
Além dessa memorável epopeia militar, a FEB teve um papel mundial essencial para ajudar a fragilizar, e derrotar, a criminosa associação montada entre os três países, que se propunham a jogar toda a humanidade nas trevas, no atraso e na dominação pela força.
A FEB foi um dos corpos militares, reunidos de muitos países, que não permitiram que o processo de corrupção de costumes, de elencos legais, de pactos coletivos saudáveis, pudesse formar um poder global.
Hitler e Mussolini, com o apoio do quase medieval Japão daquela época, promoveram vigorosos processos de corrupção, que visavam reunir muita riqueza e recursos financeiros, que foram usados para formar uma podre casta de poder, que pretendia permanecer no comando do mundo.
A corrupção desencadeada pelo nazi-fascismo, foi exatamente o que se lê em dicionários, como definição dessa palavra.
Corrupção quer dizer apodrecimento, desmoronamento, deturpação, ou seja, o processo de deterioração de uma sociedade, pelo poder da mentira, da ocultação, da manipulação, da repetição acelerada de saques contra os recursos públicos de uma nação, para usá-los em benefício próprio.
Se o poder corrupto, violento, ameaçador, destruidor, do nazi-fascismo, tivesse vencido a segunda guerra mundial do século XX, hoje, muito provavelmente, muito pouco restaria do que é o mundo livre e democrático.
Nunca se pode afirmar, em história, de que certos fatos não voltarão a ocorrer. Permanentemente forças obscuras tentam assumir mais poder, pela força, pela morte, pelo roubo, ao redor de nosso mundo.
O meio ambiente é desrespeitado, destruído, colocando em risco a preservação da vida.
Mas, felizmente, as forças da luz, da paz, do avanço, conseguem manter o predomínio da verdade, da civilização, da construção do futuro.
Aqui no Brasil, que enfrenta forte onda de corrupção, é necessário que a população permaneça alerta, pois como se viu na história recente, o processo de apodrecimento de uma nação pode estar encobrindo apetites golpistas, que podem querer chegar e se eternizar, no poder.
Esse filme já passou várias vezes, em diferentes épocas, em fases históricas distintas, e, felizmente, os finais já são sobejamente conhecidos.
Depois de muita morte, perseguição dos diferentes, destruição das instituições democráticas, os inimigos da Democracia têm sido aniquilados, seus regimes destruídos, muitos deles executados ou suicidados.
Mas o preço pago pelos países que tiveram seus destinos alterados por esses sicários, que só pretendem o botim do dinheiro da sociedade, para saciar seus sonhos de grandeza e riqueza, ilimitados, sempre foi alto demais.
Dessa forma, para homenagear a nossa heroica FEB, que foi lutar pela defesa e preservação da Democracia, em inóspitas terras italianas, talvez devêssemos criar uma “atitude FEB”, para simbolizar a nossa luta atual contra a corrupção, contra o desmantelamento das instituições da nossa sociedade, que não desejamos, jamais, ver conduzida, e reduzida, ao atraso e a barbárie, do que já foi, um dia, o espúrio regime nazi-fascista.



quinta-feira, 30 de outubro de 2014

CONTRADIÇÕES X INOVAÇÕES



A Caixa Econômica Federal, e um banco privado adquirido por ela, recentemente, estão oferecendo juros atraentes para financiar mais aquisições de automóveis.
Nesta fase de aquecimento global, em que já se sentem os efeitos da estufa em que estamos transformando nosso mundo, melhor seria se o governo federal, e os dos estados, oferecem estímulos para evitar as causas do aumento de calor:

-financiar ou subsidiar sistemas de aquecimento solar, nas residências, para evitar aumento de consumo de eletricidade gerada em termo-elétricas, que usam combustível fóssil, poluente, e encarecem a conta dos usuários (redução de IPTU compensado por apoios federais)

-aplicar os estímulos financeiros para transporte alternativo, tipo bicicletas, com a redução de impostos sobre sua produção e construção de ciclovias, decentes e protegidas, em todas as cidades brasileiras

-estimular a melhoria e a quantidade de transportes coletivos para que as pessoas pudessem deixar seus carros em casa

-numa costa de 8.000 km de extensão, com tantos rios e lagoas no território, implantar transportes náuticos

-definitivamente, implantar grandes programas para ferrovias, que cubram o território nacional, para carga e transporte de pessoas

Ou seja, existe muito mais para ser feito do que oferecer algumas reduções para que a indústria automobilística continue lucrando com carros, os mais caros do mundo, e os de maior consumo por km rodado.

-Quando teremos mais racionalidade, sensibilidade, e consciência para oferecer à nação brasileira, um conjunto de medidas adequadas ao momento mundial?


-Ou vamos esperar a seca, proveniente do desequilíbrio térmico, chegar a todo o Brasil, gerando grandes crises humanas e sociais?



segunda-feira, 27 de outubro de 2014

TENTAR DIVIDIR O BRASIL ENTRE "POBRES" E "RICOS" É MANIPULAÇÃO GROSSEIRA!

Há alguns anos atrás, o nordeste era terra de freguesia de políticos corruptos, e corruptores, que usaram por muitos anos a "indústria da seca".
Volumes fabulosos de recursos públicos eram desviados para bolsos privados, por meio de estratagemas e negociatas.
Atualmente, tendo o poder público investido menos do que devia, nos últimos 20 anos, fica o nordeste refém dos governos federais, que se sucedem, e que continuam prometendo a redenção.
Grandes obras inacabadas, enormes promessas de salvação, de alcançar condições dignas de vida, de novos surtos de desenvolvimento, continuam usando a região nordeste do Brasil de forma pouco digna.
Quer se fazer uma imagem dos "pobres nordestinos", como se condenados a viver, sempre, dependentes do governo federal, ajudando, dessa forma, a construir um estigma pesadíssimo contra os nordestinos, como se incapazes de trabalhar e produzir, fossem.
Esse mito dominador, esse ícone só serve a um determinado tipo de poder, que deseja perpetuar o preconceito, e estimulá-lo, contra o nordestino, como se um inerte fosse.
A indústria de São Paulo, a construção civil, a gastronomia, e várias outras atividades econômicas e profissionais, desmentem essa tentativa.
Muitos nordestinos fugindo das péssimas condições ambientais e da ausência de investimentos governamentais, se deslocaram para SP, participando com a sua imensa capacidade de trabalho de muitos segmentos empresariais, sendo a indústria automobilística uma evidente prova desse engajamento.
O nordestino é um forte, já o disseram muitos escritores, músicos, artistas, poetas.
E lá está esse povo valente, pacífico, trabalhador, que continua resistindo ao abandono, recebendo migalhas públicas e esperando, os poderosos, que se contente com pouco, ou quase nada, e que, ainda, seja utilizado, politicamente, pelo poder, para que este passe ao resto da nação brasileira, a impressão de que realiza uma grande cruzada salvadora daquela região.
Pelas grandes distâncias, e pelo pré conceito construído pelo poder, ao longo de muito tempo, o nordeste é pouco conhecido, em sua realidade social, econômica, e ambiental, por grande parcela das populações das regiões abaixo do Rio de Janeiro, que para lá viajam, normalmente nas férias, mas que ficam mais na parte litorânea.
Querer explorar essa situação apresentando ao sul do Brasil os nordestinos como recebedores de grandes parcelas de recursos públicos, de muitas obras e de muitas ajudas governamentais, não passa da velha e espúria atitude dominadora de "dividir para governar".
O mesmo argumento, em forma reversa, é apresentado no nordeste, como se o sul fosse uma região privilegiada, rica, que tem todos os privilégios de soluções e investimentos públicos, riqueza acumulada, e que deseja que nada seja canalizado para o nordeste.
Essa atitude canalha, diversionista, que tenta dividir criminosamente uma nação, um território, idioma, e cultura, únicos, encontra sentido na busca desenfreada pelo poder, por cada vez mais poder, de grupos políticos que não querem que o Brasil se conheça, nem se reconheça, dentro de parâmetros de solidariedade, de generosidade, de respeito mútuo, de compreensão, e de colaboração.
Existe o risco de parcelas da sociedade, menos informadas ou conscientizadas do processo político, embarcarem nessa lenda espalhada por artífices desses podres poderes, que se deslumbraram com a corrupção, com dinheiro ilimitado, com benesses para parentes e amigos, tudo feito com os dinheiros públicos, advindos de impostos, produzidos de norte a sul, de leste a oeste, deste iludido e roubado Brasil.
Mas é grande, também, o risco, que esses corruptos, esses bandos de salteadores da riqueza gerada em nossa nação, de que a população brasileira, orientada por novas e honestas lideranças, se dê conta dessas artimanhas e manobras, e que venha a expulsar os assaltantes, os ladrões, os saqueadores da riqueza nacional, levando-os ao exílio das cadeias, ao degredo das penitenciárias, ao castigo das masmorras.
E de nada valerá, mais, tentar se fazer de vítimas de "ricos" e "poderosos", que "usurpam" a riqueza de nosso Brasil, pois desmascarados estarão por todo o povo brasileiro, que se cansará desse teatro de horrores, que foi montado, com as máscaras de trabalhadores, com falsas asas de anjos, com "personas" falsas, como falsas sempre foram as suas posturas populistas e ilusórias.



ELEIÇÕES 2014, E O FUTURO DO BRASIL


O Brasil elegeu uma nova configuração de dirigentes, em seu processo eleitoral deste mês de outubro. A presidência da República foi reeleita, muitos novos governadores, novas bancadas estaduais e federais. Os discursos dos dois candidatos à presidência da República focaram a necessidade de nosso país valorizar a união nacional, o cumprimento legal, e a solução para a situação econômica, que a nação enfrenta.
Dilma Rousseff fez questão de destacar seu compromisso com o combate à corrupção, chamou a atenção para a necessidade de a sociedade superar logo a divisão gerada pela eleição, e para a união em torno da nação.
É importante que se atente para um aspecto fundamental, resultante desse processo de disputa: nosso país está numericamente com duas partes quase iguais, os que votaram na candidatura de oposição, e aqueles que reelegeram a candidata da situação.
Esses números demonstram uma mudança muito interessante na postura da cidadania.
Daqui para a frente deverá ser exercido um controle social bem mais expressivo do que aquele que vinha sendo realizado, até agora. Houve um despertar durante o processo eleitoral, que trará melhorias e benefícios para a sociedade brasileira. Em todo o mundo as democracias maduras são caracterizadas por uma atividade permanente de acompanhamento de tudo que os governos fazem. No Brasil essa atividade cidadã estava bastante amortecida, distante, por uma prática cultural de se manifestar somente nos momentos eleitorais. Desde as manifestações de 2013, ainda não bem digeridas pela sociedade, nem por governos e instâncias legislativas, ficou evidente que o Brasil estava mudando. Com a aglutinação ocorrida agora, se completa um ciclo de retomada do controle sobre as atividades governamentais e de nossas assembleias legislativas e congresso nacional.
Além dessa percepção clara de mudança, a participação dos novos governadores, e a nova relação político-partidária advinda dos agrupamentos locais e regionais decorrentes do novo mapa, que existe desde ontem, vai alterar completamente a situação nacional, que havia antes das eleições.
A Presidente eleita terá que enfrentar duas situações eminentemente prioritárias, inclusive de acordo com seu discurso da noite de ontem, que podem comprometer sua gestão: os casos de corrupção investigados pela Polícia Federal, e a situação econômica do Brasil, desde que ela sinalizou com a substituição do atual ministro da fazenda.
Além disso, a reforma política já tão adiada e nunca tratada com a seriedade, que merece, ocupará importante prioridade para a nação, pois ficou evidente nesta eleição a mais completa contradição, a ausência de programas e posturas ideológicas, entre os partidos e políticos, que se perfilaram com uma ou outra corrente eleitoral.
Pessoas que jamais professaram princípios coletivistas concorreram por partidos com programas socializantes, enquanto outras vindas de partidos com nomes e siglas popularmente entendidas como “comunistas”(apesar da superação desse termo) ou “socialistas”, concorreram, ou ajudaram, ou apoiaram, coligações com características do que seria o poder econômico ou financeiro.
Esse mosaico do crioulo doido, que foi facilmente detectado pelos eleitores, comprova a completa dissociação entre o processo partidário e as tendências reais, que a sociedade brasileira contempla em suas crenças.
Enquanto no campo da fé religiosa, e dos times de futebol, são encontradas posturas bem mais coerentes, e permanentes, nas eleições, e nas coligações partidárias nota-se, nitidamente, o predomínio de interesses imediatos, sem qualquer compromisso com programas partidários, ou com correntes ideológicas, históricas, ou mais recentes.
Pode-se concluir que essa postura foi implantada ao longo de uma história de dominação e imposição de comportamentos “aderentes”, que substituíram a opção de escolha, que deve ser a marca das democracias conscientes.
Mas, sem qualquer dúvida, já está na hora, no momento histórico, de o Brasil rever sua condição partidária e eleitoral, assumindo a sociedade brasileira suas identificações e preferências políticas, ideológicas, partidárias, para que se saiba em quem se está votando, por quais motivos e razões, e por apoio a quais posturas e compromissos programáticos.
Sem isso, o Brasil, dificilmente, encontrará um espaço entre as nações mais desenvolvidas, pois aquelas que já estão nessa posição não chegaram lá por acaso, por sorte, ou por terem encontrado uma riqueza econômica aleatoriamente. Desenvolvimento só se obtém por um processo de construção de uma nova realidade, desde que escolhas claras sejam realizadas, em relação à prioridade dada à educação, à saúde das pessoas, e a necessidade de trabalho digno e bem remunerado, além de cuidados ambientais, de pesquisa e inovação.
Nada é por acaso, e uma nação do porte do Brasil precisa abandonar as posturas casuísticas e quase lotéricas, de se apostar em adesões pessoais, individuais, egocêntricas, quando se está tratando do futuro de todos, e da tentativa de resgatar nosso país do limbo do jeitinho e da corrupção amiga.
Jeitinho e corrupção só levarão este país para condições cada vez mais distantes daquilo que se almeja como uma sociedade desenvolvida, justa, decente, ética e equitativa.
O Brasil elegeu uma nova configuração de dirigentes, em seu processo eleitoral deste mês de outubro. A presidência da República foi reeleita, muitos novos governadores, novas bancadas estaduais e federais. Os discursos dos dois candidatos à presidência da República focaram a necessidade de nosso país valorizar a união nacional, o cumprimento legal, e a solução para a situação econômica, que a nação enfrenta.
Dilma Rousseff fez questão de destacar seu compromisso com o combate à corrupção, chamou a atenção para a necessidade de a sociedade superar logo a divisão gerada pela eleição, e para a união em torno da nação.
É importante que se atente para um aspecto fundamental, resultante desse processo de disputa: nosso país está numericamente com duas partes quase iguais, os que votaram na candidatura de oposição, e aqueles que reelegeram a candidata da situação.
Esses números demonstram uma mudança muito interessante na postura da cidadania.
Daqui para a frente deverá ser exercido um controle social bem mais expressivo do que aquele que vinha sendo realizado, até agora. Houve um despertar durante o processo eleitoral, que trará melhorias e benefícios para a sociedade brasileira. Em todo o mundo as democracias maduras são caracterizadas por uma atividade permanente de acompanhamento de tudo que os governos fazem. No Brasil essa atividade cidadã estava bastante amortecida, distante, por uma prática cultural de se manifestar somente nos momentos eleitorais. Desde as manifestações de 2013, ainda não bem digeridas pela sociedade, nem por governos e instâncias legislativas, ficou evidente que o Brasil estava mudando. Com a aglutinação ocorrida agora, se completa um ciclo de retomada do controle sobre as atividades governamentais e de nossas assembleias legislativas e congresso nacional.
Além dessa percepção clara de mudança, a participação dos novos governadores, e a nova relação político-partidária advinda dos agrupamentos locais e regionais decorrentes do novo mapa, que existe desde ontem, vai alterar completamente a situação nacional, que havia antes das eleições.
A Presidente eleita terá que enfrentar duas situações eminentemente prioritárias, inclusive de acordo com seu discurso da noite de ontem, que podem comprometer sua gestão: os casos de corrupção investigados pela Polícia Federal, e a situação econômica do Brasil, desde que ela sinalizou com a substituição do atual ministro da fazenda.
Além disso, a reforma política já tão adiada e nunca tratada com a seriedade, que merece, ocupará importante prioridade para a nação, pois ficou evidente nesta eleição a mais completa contradição, a ausência de programas e posturas ideológicas, entre os partidos e políticos, que se perfilaram com uma ou outra corrente eleitoral.
Pessoas que jamais professaram princípios coletivistas concorreram por partidos com programas socializantes, enquanto outras vindas de partidos com nomes e siglas popularmente entendidas como “comunistas”(apesar da superação desse termo) ou “socialistas”, concorreram, ou ajudaram, ou apoiaram, coligações com características do que seria o poder econômico ou financeiro.
Esse mosaico do crioulo doido, que foi facilmente detectado pelos eleitores, comprova a completa dissociação entre o processo partidário e as tendências reais, que a sociedade brasileira contempla em suas crenças.
Enquanto no campo da fé religiosa, e dos times de futebol, são encontradas posturas bem mais coerentes, e permanentes, nas eleições, e nas coligações partidárias nota-se, nitidamente, o predomínio de interesses imediatos, sem qualquer compromisso com programas partidários, ou com correntes ideológicas, históricas, ou mais recentes.
Pode-se concluir que essa postura foi implantada ao longo de uma história de dominação e imposição de comportamentos “aderentes”, que substituíram a opção de escolha, que deve ser a marca das democracias conscientes.
Mas, sem qualquer dúvida, já está na hora, no momento histórico, de o Brasil rever sua condição partidária e eleitoral, assumindo a sociedade brasileira suas identificações e preferências políticas, ideológicas, partidárias, para que se saiba em quem se está votando, por quais motivos e razões, e por apoio a quais posturas e compromissos programáticos.
Sem isso, o Brasil, dificilmente, encontrará um espaço entre as nações mais desenvolvidas, pois aquelas que já estão nessa posição não chegaram lá por acaso, por sorte, ou por terem encontrado uma riqueza econômica aleatoriamente. Desenvolvimento só se obtém por um processo de construção de uma nova realidade, desde que escolhas claras sejam realizadas, em relação à prioridade dada à educação, à saúde das pessoas, e a necessidade de trabalho digno e bem remunerado, além de cuidados ambientais, de pesquisa e inovação.
Nada é por acaso, e uma nação do porte do Brasil precisa abandonar as posturas casuísticas e quase lotéricas, de se apostar em adesões pessoais, individuais, egocêntricas, quando se está tratando do futuro de todos, e da tentativa de resgatar nosso país do limbo do jeitinho e da corrupção amiga.
Jeitinho e corrupção só levarão este país para condições cada vez mais distantes daquilo que se almeja como uma sociedade desenvolvida, justa, decente, ética e equitativa.

sábado, 25 de outubro de 2014

VIOLÊNCIA CONTRA A IMPRENSA, NO BRASIL



Nada pior, nada mais destrutivo, para a democracia, que ataques perpetrados contra a liberdade de informação dos meios e veículos de imprensa. 
Quem participa de ações de destruição, tentativas de intimidação, ou de ameaças aos meios de imprensa, se identifica com as piores fases, as mais violentas, do avanço dos regimes fascistas, na Itália de Mussolini, e nazista na Alemanha de Hitler. 
Ambos conseguiram, em seus regimes de medo e perseguição, algum sucesso durante poucos anos. 
Mas ambos, Hitler e Mussolini, foram os responsáveis pela brutal destruição daqueles dois países, na segunda guerra mundial. 
Nenhuma sociedade, que se pretenda democrática, pode consentir, aceitar, concordar, aceitar, qualquer que seja a natureza, de atos contra a liberdade da imprensa. 
Em todas as nações desenvolvidas, política, econômica, e culturalmente, a imprensa tem sua ação sempre protegida pela lei e pelas forças de segurança. Tolerar o absurdo cometido em São Paulo, sem as devidas prisões dos agressores, e posterior condenação por enquadramento legal, pode começar a contaminar o Brasil com o verme da tirania, da prepotência, da intolerância, que sempre acaba destruindo a democracia, e o ordenamento legal, pois quem pratica esse terror contra a imprensa, pode se sentir muito à vontade, por ausência de condenação social, legal, e por atitudes condescendentes de autoridades policiais. Assim foi com a sociedade italiana, quando os ataques dos camisas pardas fascistas de Mussolini, começaram a espancar e perseguir as pessoas que não aceitavam o fanatismo daquele tirano insano. 
Também na Alemanha de Hitler, a sociedade tolerou ataques às lojas de judeus, ao comércio e fábricas dos que não se alinhavam com o nazismo incipiente, transformando aquele berço de cultura e artes, num enorme campo de concentração, onde foram mortos, exterminados, muitos milhões de seres humanos, por serem, simplesmente, discordantes do nazismo em marcha. 
Ou escolhidos pelos nazistas, como inimigos preferenciais. 
Naquelas duas nações a violência, além de outros símbolos brandidos em passeatas e manifestações, a violência extrema, a morte, foram transformadas em ícones da força, da brutalidade, para impor o medo, para fazer reinar o silêncio, para calar a todos que se insurgissem contra a dominação de seus países, por quadrilhas organizadas, de pessoas sem qualquer escrúpulo, que tinham, na crueldade, e no sofrimento imposto a seus adversários, toda a sua razão de ser e de existir. 
Todos sabemos onde desaguou esse tipo de ação. 
O mundo foi paralisado pela guerra, mais de 60 milhões de pessoas foram mortas, sociedades inteiras sofreram enormes destruições. 
Como bom covarde, e o são todos os que recorrem à ameaça, à violência e à morte, Hitler não enfrentou um único tiro, nunca esteve numa trincheira e se suicidou com sua amante, num bunker em Berlim, antes de encarar a rendição aos exércitos russos. Mussolini e sua amante, Clara Petacci, foram fuzilados pelos partisans da Itália, sendo pendurados de cabeça para baixo. 
Nosso Brasil, depois de uma longa história de muitas contradições, reafirma sua vocação democrática pelo processo eleitoral, em plena execução. 
Dois candidatos disputam os votos do eleitorado brasileiro, discutindo teses, apontando erros, propondo correções de rumo. 
Ambos se manifestaram, hoje à noite, frontalmente contrários aos fatos de ontem em São Paulo. 
Deixaram bem claro que não suportam a natureza desse tipo de agressão. A democracia brasileira se encaminha para a sua maturidade, com a grande reafirmação do calendário eleitoral. 
A Presidente da República, que é candidata à reeleição, seja qual for o resultado do pleito de amanhã, tem que exigir a mais plana e plena apuração dos fatos, e a punição de todos os envolvidos. 
Para que fique, de forma exemplar, marcada a posição de nosso Brasil, completa e frontalmente contrária a qualquer tentativa de intimidação, dos meios de informação, e da sociedade brasileira.


ELEIÇÕES NO BRASIL, O PONTO ALTO E CONSAGRADOR DA DEMOCRACIA




Neste final de semana o Brasil consagra o regime democrático. 
Depois de uma longa caminhada de experimentação de diferentes governos, partidos, correntes ideológicas, o segundo turno das eleições presidenciais vai apontar um vitorioso. Que a vitória seja da participação da sociedade brasileira, consciente, e do poder de exercer o direito mais básico que caracteriza a cidadania, a escolha! 
Democracia é um regime de participação, experimentação, e de escolhas
Não se pode substituir o direito e o poder da escolha pela simples adesão
Normalmente quem adere, sem maiores análises ou questionamentos, age de forma mais emocional, levado por fatos e induções, mais ligados aos sentimentos subjetivos, ou a interesses imediatos
Mas o país, a sociedade, a nação, merecem, neste momento, uma boa dose de atenção, de energia pessoal e coletiva, para que se possa comparar, pensar no passado, no futuro que desejamos, nas condições que sonhamos para nós, e nossos descendentes. 
Aí está a questão ambiental, que será tema dominante nas próximas gestões, e que não suporta demagogia, improvisação, jeitinho, pois o futuro da vida está em jogo, se a sociedade somente valorizar certos gastos e investimentos, sem chamar a atenção dos gestores públicos e estatais, para a preservação das condições básicas da vida. 
Além disso, o aprimoramento e a evolução da democracia exige inovação e o Brasil necessita desenvolver meios e recursos para que todos possam escolher livremente suas opções de vida, políticas, sem precisar aderir a favores públicos, que só valorizam o casuísmo e o personalismo, elementos que já demonstraram sua inutilidade, ao longo da história brasileira. 
Vamos celebrar a democracia em nossa sociedade, votando e escolhendo movidos por nobres motivos, pensando no futuro que desejamos e nos sonhos que as novas gerações desenvolvem, de uma condição de vida digna, no Brasil
Votemos com muita ponderação, sem sentimentos de raiva, de acusação, de ameaças, votemos com nobres sentimentos em nosso coração e nossa alma, iluminados pelos novos caminhos abertos a cada escolha, que fazemos em nossas vidas. 
E animados pelos novos rumos que poderemos construir em nossa pátria, levando-a a um patamar de honestidade, lisura, melhoria e aperfeiçoamento.