Em 1963, depois de
prometer que caso fosse reeleito faria o restabelecimento das relações
diplomáticas com CUBA, o presidente norte-americano John Kennedy foi
assassinado, em Dallas, por tiros dados em sua cabeça.
Agora, neste final de
2014, o presidente americano Barack Obama, toma a iniciativa e parte para a
retomada das relações entre os dois países, promovendo uma situação que se
pensava inimaginável.
Com as bênçãos do Papa
Francisco, esse grande exemplo de liderança servidora, os dois governantes,
Raul Castro e Obama, mantiveram conversações e, em poucos meses, anunciam a
instalação de embaixadas, nos dois países.
O momento global é
extremamente propício para essa nova situação.
A geopolítica mundial
pode mudar significativamente, com a jogada da OPEP, comandada pela Arábia
Saudita, que jogou o preço do barril de petróleo em valores abaixo dos 60 dólares,
para inviabilizar a pesquisa e desenvolvimento de novas fontes de energia
renovável.
CUBA é um enorme
celeiro para desenvolvimento de novas fontes de energia, alternativas ao
petróleo.
O que não lhe faltam
são grandes extensões com sol e vento, para produzir muita energia eólica e
solar.
Também tem um
território propício para o plantio e a produção de etanol, que pode transformar
CUBA em grande produtor de combustível não poluente, de fonte renovável.
O turismo pode absorver
os grandes capitais mundiais, pois a grande extensão de praias, o clima reinante,
e a beleza natural, transformarão CUBA num dos principais destinos turísticos mundiais.
Um país que tem uma
saúde básica excelente, uma educação para todos, e que, com isso, pode muito
rapidamente formar grandes contingentes nas novas tecnologias, oferecendo
trabalhadores qualificados para todos os tipos de empresas e linhas de
produção.
A indústria
automobilística deve, muito rapidamente, instalar fábricas e montadoras em
CUBA, pois lá inexistem automóveis modernos, além dos poucos usados pelos
órgãos de governo.
O transporte público
pode se beneficiar de todos os avanços e implantar uma moderna e não poluente
frota de soluções, diversificando entre transportes de massa, por via terrestre,
por meio náutico, e com uma malha de modernos trens rápidos, e limpos,
atravessando o país, em todas as direções.
Além dos problemas políticos,
afinal o ocidente está acostumado a conviver com ditaduras comunistas,
familiares, personalistas, desde que sejam capitalistas, a relação econômica
deve se acelerar muito, pois CUBA tem tudo para se transformar na “nova China
caribenha”.
Para os capitais
ocidentais, que estavam acanhados pela falta de novas oportunidades, nada
melhor do que esse raro filé de oportunidades, que a reintrodução de CUBA
oferece.
Os cubanos é que terão
que ficar atentos, para que não se transformem em descartáveis e
marginalizados, nesse novo processo político e econômico, numa fase histórica,
na qual ideologias e linhas políticas são altamente relativizadas frente aos
enormes interesses financeiros, de um mundo que se preocupa muito menos com a
ética e o respeito aos direitos humanos, enaltecendo rendas per capita, lucros,
rentabilidades em bolsas de valores, e bons balanços empresariais, mesmo que
maquiados.
E assim caminha a
humanidade, neste terceiro milênio dos Deuses, que de forma pragmática e
objetiva, consegue superar meio século de provocações imbecis, condicionamentos
políticos e comportamentais ferrenhos, tudo em função das novas amizades
coloridas entre inimigos tão radicais, de tempos ainda bem recentes.
E agora, como ficarão
os inconsistentes governos da Venezuela e de outros nanicos latino-americanos,
que justificavam suas medíocres gestões com o “imperialismo americano”?
O fim do mito cubano
tende a afogar essas pirotécnicas administrações medíocres e midiáticas, pois o
que valerá agora são as grandes potencialidades econômicas e financeiras oferecidas
por CUBA, aos grandes irmãos norte-americanos e europeus, que, afinal, não são
tão maus assim.
E a Venezuela, com seu
barateado petróleo, poderá ter que amargar uma situação mais vexatória ainda,
do que a falta de papel higiênico, para limpar seus mal elaborados discursos
antiquados e manipuladores.
E a América, como um
todo, viverá um período de mais calma, pois o “grande foco exportador de
revoluções” poderá se transformar no grande amigo e parceiro fornecedor de
ótimas oportunidades e aplicação do “sujo dinheiro yanque”, que financiava
golpes de direita e a retirada de presidentes eleitos, do poder.
Como o mundo já poderia
ter alcançado patamares bem mais civilizados e de colaboração multilateral, não
fossem as superadas linhas de poder e dominação, que impregnaram a humanidade durante
todo o século XX.
A foice e o martelo, o
tio Sam com seu dedo apontado, as barbas de Guevara e as ações da CIA, só
atrasaram a roda da histórica, contida por visões, que nunca conseguiram entender
ou explicar a revolução industrial dos séculos 18 e 19, e a relação entre
capital e trabalho, mas que estão se rendendo à revolução da informação do século
XXI.
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