segunda-feira, 27 de outubro de 2014

ELEIÇÕES 2014, E O FUTURO DO BRASIL


O Brasil elegeu uma nova configuração de dirigentes, em seu processo eleitoral deste mês de outubro. A presidência da República foi reeleita, muitos novos governadores, novas bancadas estaduais e federais. Os discursos dos dois candidatos à presidência da República focaram a necessidade de nosso país valorizar a união nacional, o cumprimento legal, e a solução para a situação econômica, que a nação enfrenta.
Dilma Rousseff fez questão de destacar seu compromisso com o combate à corrupção, chamou a atenção para a necessidade de a sociedade superar logo a divisão gerada pela eleição, e para a união em torno da nação.
É importante que se atente para um aspecto fundamental, resultante desse processo de disputa: nosso país está numericamente com duas partes quase iguais, os que votaram na candidatura de oposição, e aqueles que reelegeram a candidata da situação.
Esses números demonstram uma mudança muito interessante na postura da cidadania.
Daqui para a frente deverá ser exercido um controle social bem mais expressivo do que aquele que vinha sendo realizado, até agora. Houve um despertar durante o processo eleitoral, que trará melhorias e benefícios para a sociedade brasileira. Em todo o mundo as democracias maduras são caracterizadas por uma atividade permanente de acompanhamento de tudo que os governos fazem. No Brasil essa atividade cidadã estava bastante amortecida, distante, por uma prática cultural de se manifestar somente nos momentos eleitorais. Desde as manifestações de 2013, ainda não bem digeridas pela sociedade, nem por governos e instâncias legislativas, ficou evidente que o Brasil estava mudando. Com a aglutinação ocorrida agora, se completa um ciclo de retomada do controle sobre as atividades governamentais e de nossas assembleias legislativas e congresso nacional.
Além dessa percepção clara de mudança, a participação dos novos governadores, e a nova relação político-partidária advinda dos agrupamentos locais e regionais decorrentes do novo mapa, que existe desde ontem, vai alterar completamente a situação nacional, que havia antes das eleições.
A Presidente eleita terá que enfrentar duas situações eminentemente prioritárias, inclusive de acordo com seu discurso da noite de ontem, que podem comprometer sua gestão: os casos de corrupção investigados pela Polícia Federal, e a situação econômica do Brasil, desde que ela sinalizou com a substituição do atual ministro da fazenda.
Além disso, a reforma política já tão adiada e nunca tratada com a seriedade, que merece, ocupará importante prioridade para a nação, pois ficou evidente nesta eleição a mais completa contradição, a ausência de programas e posturas ideológicas, entre os partidos e políticos, que se perfilaram com uma ou outra corrente eleitoral.
Pessoas que jamais professaram princípios coletivistas concorreram por partidos com programas socializantes, enquanto outras vindas de partidos com nomes e siglas popularmente entendidas como “comunistas”(apesar da superação desse termo) ou “socialistas”, concorreram, ou ajudaram, ou apoiaram, coligações com características do que seria o poder econômico ou financeiro.
Esse mosaico do crioulo doido, que foi facilmente detectado pelos eleitores, comprova a completa dissociação entre o processo partidário e as tendências reais, que a sociedade brasileira contempla em suas crenças.
Enquanto no campo da fé religiosa, e dos times de futebol, são encontradas posturas bem mais coerentes, e permanentes, nas eleições, e nas coligações partidárias nota-se, nitidamente, o predomínio de interesses imediatos, sem qualquer compromisso com programas partidários, ou com correntes ideológicas, históricas, ou mais recentes.
Pode-se concluir que essa postura foi implantada ao longo de uma história de dominação e imposição de comportamentos “aderentes”, que substituíram a opção de escolha, que deve ser a marca das democracias conscientes.
Mas, sem qualquer dúvida, já está na hora, no momento histórico, de o Brasil rever sua condição partidária e eleitoral, assumindo a sociedade brasileira suas identificações e preferências políticas, ideológicas, partidárias, para que se saiba em quem se está votando, por quais motivos e razões, e por apoio a quais posturas e compromissos programáticos.
Sem isso, o Brasil, dificilmente, encontrará um espaço entre as nações mais desenvolvidas, pois aquelas que já estão nessa posição não chegaram lá por acaso, por sorte, ou por terem encontrado uma riqueza econômica aleatoriamente. Desenvolvimento só se obtém por um processo de construção de uma nova realidade, desde que escolhas claras sejam realizadas, em relação à prioridade dada à educação, à saúde das pessoas, e a necessidade de trabalho digno e bem remunerado, além de cuidados ambientais, de pesquisa e inovação.
Nada é por acaso, e uma nação do porte do Brasil precisa abandonar as posturas casuísticas e quase lotéricas, de se apostar em adesões pessoais, individuais, egocêntricas, quando se está tratando do futuro de todos, e da tentativa de resgatar nosso país do limbo do jeitinho e da corrupção amiga.
Jeitinho e corrupção só levarão este país para condições cada vez mais distantes daquilo que se almeja como uma sociedade desenvolvida, justa, decente, ética e equitativa.
O Brasil elegeu uma nova configuração de dirigentes, em seu processo eleitoral deste mês de outubro. A presidência da República foi reeleita, muitos novos governadores, novas bancadas estaduais e federais. Os discursos dos dois candidatos à presidência da República focaram a necessidade de nosso país valorizar a união nacional, o cumprimento legal, e a solução para a situação econômica, que a nação enfrenta.
Dilma Rousseff fez questão de destacar seu compromisso com o combate à corrupção, chamou a atenção para a necessidade de a sociedade superar logo a divisão gerada pela eleição, e para a união em torno da nação.
É importante que se atente para um aspecto fundamental, resultante desse processo de disputa: nosso país está numericamente com duas partes quase iguais, os que votaram na candidatura de oposição, e aqueles que reelegeram a candidata da situação.
Esses números demonstram uma mudança muito interessante na postura da cidadania.
Daqui para a frente deverá ser exercido um controle social bem mais expressivo do que aquele que vinha sendo realizado, até agora. Houve um despertar durante o processo eleitoral, que trará melhorias e benefícios para a sociedade brasileira. Em todo o mundo as democracias maduras são caracterizadas por uma atividade permanente de acompanhamento de tudo que os governos fazem. No Brasil essa atividade cidadã estava bastante amortecida, distante, por uma prática cultural de se manifestar somente nos momentos eleitorais. Desde as manifestações de 2013, ainda não bem digeridas pela sociedade, nem por governos e instâncias legislativas, ficou evidente que o Brasil estava mudando. Com a aglutinação ocorrida agora, se completa um ciclo de retomada do controle sobre as atividades governamentais e de nossas assembleias legislativas e congresso nacional.
Além dessa percepção clara de mudança, a participação dos novos governadores, e a nova relação político-partidária advinda dos agrupamentos locais e regionais decorrentes do novo mapa, que existe desde ontem, vai alterar completamente a situação nacional, que havia antes das eleições.
A Presidente eleita terá que enfrentar duas situações eminentemente prioritárias, inclusive de acordo com seu discurso da noite de ontem, que podem comprometer sua gestão: os casos de corrupção investigados pela Polícia Federal, e a situação econômica do Brasil, desde que ela sinalizou com a substituição do atual ministro da fazenda.
Além disso, a reforma política já tão adiada e nunca tratada com a seriedade, que merece, ocupará importante prioridade para a nação, pois ficou evidente nesta eleição a mais completa contradição, a ausência de programas e posturas ideológicas, entre os partidos e políticos, que se perfilaram com uma ou outra corrente eleitoral.
Pessoas que jamais professaram princípios coletivistas concorreram por partidos com programas socializantes, enquanto outras vindas de partidos com nomes e siglas popularmente entendidas como “comunistas”(apesar da superação desse termo) ou “socialistas”, concorreram, ou ajudaram, ou apoiaram, coligações com características do que seria o poder econômico ou financeiro.
Esse mosaico do crioulo doido, que foi facilmente detectado pelos eleitores, comprova a completa dissociação entre o processo partidário e as tendências reais, que a sociedade brasileira contempla em suas crenças.
Enquanto no campo da fé religiosa, e dos times de futebol, são encontradas posturas bem mais coerentes, e permanentes, nas eleições, e nas coligações partidárias nota-se, nitidamente, o predomínio de interesses imediatos, sem qualquer compromisso com programas partidários, ou com correntes ideológicas, históricas, ou mais recentes.
Pode-se concluir que essa postura foi implantada ao longo de uma história de dominação e imposição de comportamentos “aderentes”, que substituíram a opção de escolha, que deve ser a marca das democracias conscientes.
Mas, sem qualquer dúvida, já está na hora, no momento histórico, de o Brasil rever sua condição partidária e eleitoral, assumindo a sociedade brasileira suas identificações e preferências políticas, ideológicas, partidárias, para que se saiba em quem se está votando, por quais motivos e razões, e por apoio a quais posturas e compromissos programáticos.
Sem isso, o Brasil, dificilmente, encontrará um espaço entre as nações mais desenvolvidas, pois aquelas que já estão nessa posição não chegaram lá por acaso, por sorte, ou por terem encontrado uma riqueza econômica aleatoriamente. Desenvolvimento só se obtém por um processo de construção de uma nova realidade, desde que escolhas claras sejam realizadas, em relação à prioridade dada à educação, à saúde das pessoas, e a necessidade de trabalho digno e bem remunerado, além de cuidados ambientais, de pesquisa e inovação.
Nada é por acaso, e uma nação do porte do Brasil precisa abandonar as posturas casuísticas e quase lotéricas, de se apostar em adesões pessoais, individuais, egocêntricas, quando se está tratando do futuro de todos, e da tentativa de resgatar nosso país do limbo do jeitinho e da corrupção amiga.
Jeitinho e corrupção só levarão este país para condições cada vez mais distantes daquilo que se almeja como uma sociedade desenvolvida, justa, decente, ética e equitativa.

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