quarta-feira, 3 de julho de 2013

PLEBISCITO NO BRASIL?

PLEBISCITO II

O Brasil precisa despertar do torpor da Copa das Confederações.
Foi um belo, e merecido, espetáculo esportivo, emoldurado pela boa demonstração de civismo, quando o público presente, mesmo depois do final do arranjo musical do hino ter parado, continuou cantando o hino inteiro, até seu final, em homenagem ao time brasileiro, que estava em campo.
Mas hoje o véu do glamour colocado sobre a intenção do governo federal de convocar um plebiscito, começou a cair.
As manifestações, todas, reclamaram da falta de ação do governo, do congresso nacional, para atender as demandas da cidadania brasileira.
O Congresso, com uma inusitada agilidade, colocou em votação vários projetos de lei que dormiam, solenemente, nas gavetas legislativas, por falta de ação dos partidos políticos, e por um descaso homérico, histórico, em relação aos anseios legítimos da população brasileira.
Mas várias respostas foram prontamente dadas, e muitas medidas legislativas se transformaram em leis, atendendo os protestos das ruas.
A Presidência da República, aturdida pelo processo desencadeado pelos jovens, além de seu estupor e inércia, além de convocar uma pífia reunião de seu enorme ministério, deu uma demonstração de oportunismo para tentar diminuir o impacto de seu sono eterno, de sua distância abissal, de sua soberba maiúscula, sobre o que pensa e sente o povo brasileiro.
Logo começou a falar em uma Constituinte Exclusiva para votar uma não reclamada, nas ruas, reforma política, algo vago e impreciso.
Quando a nuvem passageira da Constituinte foi rechaçada pela própria Vice-Presidência da nação, por completa impossibilidade jurídica, começou a falar em "plebiscito".
Hoje foi colocado claramente, pelo STF, através do Ministro Gilmar Mendes, e por outras autoridades, que UM PLEBISCITO NÃO PODE SER SOLICITADO PELA PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, POIS É ATRIBUIÇÃO EXCLUSIVA DO PODER LEGISLATIVO!!!
Mesmo assim, a Presidente enviou uma consulta ao STE-Superior Tribunal Eleitoral, sobre esse pretendido, e improcedente evento.
Além do mais, qual o motivo da Presidente tentar jogar essa responsabilidade para a sociedade brasileira, para o povo, de ter que elaborar uma nova ordem política?
Ela, como dirigente eleita do país, é que deveria dizer o que entende que deva ser a nova ordem, e se expor ao Congresso, com uma proposta de emenda constitucional sobre esse tema.
Na verdade, esse estratagema, é uma forma de tentar procrastinar a tomada de uma posição pela presidência, mas dando a impressão de que muito está se fazendo.
Cuidado Presidente, não tente enrolar o povo brasileiro, depois dessas manifestações, e de milhares de vozes cantarem o refrão de "orgulho de ser brasileiro", no estádio do Maracanã, vale a pena ouvir com mais atenção as vozes que vêm da sociedade, pois as que estão vindo dos bastidores do seu partido, e de outros que dizem apoia-la, podem estar só aguardando o momento de deixa-la ao relento, caso seus índices de aceitação comecem a indicar, ou a urdir, a volta de seu antecessor Lula, para tentar sucede-la no ano da copa de 2014.
Ele está na sombra, no conforto de suas bem pagas palestras e consultorias, e viaja pela África tentando obter, com a imagem do Brasil, votos para se lançar como prêmio Nobel da Paz, por seus, aparentemente, grandiosos feitos em prol da "paz" social no Brasil.
Mas que, agora, com as manifestações, greves, vandalismos, paralizações, ações sindicais contra o governo, e situação econômica periclitante, podem ficar devidamente responsáveis por algumas derrotas: do Nobel da Paz, da tranquilidade brasileira, e das eleições, dadas como certas, em 2014.
 
 

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