segunda-feira, 15 de julho de 2013

15 DE JULHO, DIA DO HOMEM?



Consta na imprensa que hoje, 15 de julho, é o dia do homem.
Estranho, pois não recebi flores, como sempre presenteio as mulheres, que me cercam, em sua data.
Apesar de uma data apenas de calendário, o 8 de março nunca passa despercebido.
É um único dia, mas significa um certo reconhecimento pela figura da mulher, em nossa sociedade, apesar dos excessivos apelos comerciais.
A data que deu início à comemoração é uma homenagem às mulheres mortas queimadas, nos EUA, ao reclamar por seus direitos trabalhistas.
E qual o motivo da data de 15 de julho para os homens?
Qual a razão desse dia passar, praticamente, em branco?
Nossa sociedade condenou os homens a seres sem sensibilidade, sem gostarem de ser lembrados, presenteados, ou acariciados com um mimo qualquer, que apenas lhe transmita uma singela recordação da sua existência?
Homens também gostam, e precisam, ser lembrados.
Homens que dividem a rotina com as mulheres, os deveres, os afazeres domésticos, as preocupações familiares, as ansiedades com o futuro dos filhos, vivem o mesmo envolvimento com as famílias, com os sentimentos, com os medos, com as inseguranças.
Homens choram, também, só que na maioria das vezes, o fazem discretamente, pois as próprias mulheres foram educadas para pensarem que homens só demonstram fraqueza, se o fizerem.
Homens sentem medo, ficam inseguros, necessitam abraços, carinho, reconhecimento, afeto, amor, pois todos os seres humanos são feitos de emoções, de sentimentos, de alegria, tristeza, sonhos e esperanças.
Proponho que façamos uma substituição nessas duas datas.
Que 8 de março e 15 de julho sejam substituídos por outro número.
Por 365 dias de amor, solidariedade, generosidade, entre homens e mulheres, e que todo o ano, em todos os anos, sejam sempre os dias de festejo para celebrar mulheres e homens.
Tudo igual para todos e todas.
Só não esqueçam, mulheres, por favor, que os homens adoram flores, e os eventuais carinhos que venham junto com elas!
 
 

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