terça-feira, 9 de julho de 2013

MÉDICOS PARA O BRASIL




O governo anunciou, pelo ministro da saúde, que foi editada uma MP-medida provisória, que é uma forma de o executivo legislar, que permitirá ao Brasil levar médicos, brasileiros ou de outros países, para cidades menos atendidas por esses profissionais.
O prazo para que os médicos brasileiros se inscrevam nesse programa, que oferece bolsas de R$10.000,00 mensais, se esgota em 22 de julho, ou seja, daqui a 13 dias.
Interessante essa forma de tentar resolver o problema.
Qual a dificuldade do governo federal, criar uma carreira para médicos, no SUS, como as que já existem para juízes, promotores, delegados, militares, e tantos outros servidores públicos?
Uma bolsa pode durar anos ou meses, não oferece uma perspectiva duradoura para que médicos de todo o Brasil joguem seus futuros nessa modalidade.
O prazo exíguo para inscrição pode comprometer o número de brasileiros, pois é muito curto para que toda a categoria profissional fique sabendo.
Após essa data, os médicos estrangeiros poderão se inscrever.
Com valores muito menores que os gastos com as duas copas e a olimpíada, o Brasil poderia receber medalha de ouro, se ousasse resolver essa carência de médicos, oferecendo-lhes carreiras dignas, com instalações adequadas para atender os pacientes, com laboratórios, ambulatórios, hospitais, e redes de apoio para as questões de maior complexidade.
Não dá para entender, o governo responde algo, que as ruas não pediram, fazendo-se de surdo para as reivindicações legítimas da sociedade brasileira.
Foi solicitada uma melhora significativa, nas áreas de educação, saúde, segurança, transporte, acessibilidade urbana.
Alguns cartazes enalteciam frases que pediam que a Presidente do Brasil passasse a tratar o SUS, e a saúde brasileira, da mesma forma que está tratando a construção de estádios.
O governo tem que ficar atento às mensagens das ruas.
A classe média não foi atendida como os mais pobres, que ficaram estacionados em seus segmentos sociais, para garantir o recebimento de bolsas, de vários tipos.
A onda de manifestações, e os manifestantes, foram bem claros em seus pedidos, criticas e sugestões.
Se os governos, e outros poderes, se fizerem de desentendidos, ou de surdos, poderão estar provocando reações bem mais contundentes, até mesmo mais violentas, na próxima onda de protestos.
O pior surdo é aquele que não quer ouvir.
Cuidado governantes, e chefes de poderes, se não quiserem tomar as providências pedidas no clamor popular, poderão ter que atender outras, apoiadas em manifestações bem mais violentas, motivadas pela frustração da sociedade, pela perda da esperança nas vias pacíficas, e pela comprovação da frieza dos governos em relação às legítimas demandas sociais.
Não se pode brincar de governar, imaginando a ingenuidade da população, ou achando-se acima de qualquer reação.
Vejam o exemplo do Egito.

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