segunda-feira, 1 de julho de 2013

CIDADANIA ATIVA

 
 
Nosso passado político, baseado na influência da dominação portuguesa, não é uma energia positiva.
Nossa sociedade sempre foi dominada por soluções de força, ou de conchavos, gerando uma sociedade muito norteada pelo autoritarismo, apesar de uma imagem externa de cordialidade e camaradagem.
Os quase 400 anos de escravidão retiraram a dignidade da atividade de trabalho, valorizando a adesão, motivada por interesses menores, a soluções políticas urdidas por pequenos grupos de poder.
Nossa República foi proclamada em solução de força, mais uma vez, sem um elenco de sonhos e projetos, elaborados por pessoas ligados ao movimentos humanistas, que influenciaram as revoluções Francesa e Norte Americana.
De 513 anos de existência formal, nosso país tem poucos anos, menos de um século, de democracia efetiva.
Tantos foram os golpes, as quarteladas, as ameaças de golpes, e negociações até para que governos democraticamente eleitos pudessem assumir, como no caso de Juscelino Kubistschek de Oliveira.
Ou como em 1961, quando o Vice Presidente eleito do Brasil, João Belchior Goulart, quase foi derrubado, duplamente, no ar por aviões de militares golpistas, ou na terra, também por ameaças dos mesmos golpistas, que mais tarde, em 1964 conseguiram seu intento, permanecendo no poder, desde aquele ano, até 1985 
Agora, o Brasil se mostra disposto a renascer, lançando novas bases de relacionamento, na política, na gestão pública, na representação dos partidos políticos, na construção de novas perspectivas de democracia efetiva.

As manifestações havidas recentemente, comprovam que a sociedade Brasileira chegou a seu ponto de saturação com esse modelo superado, autoritário, de conduzir negócios de Estado, como se outros negócios fossem, afastando a sociedade brasileira dos seus destinos e desejos reais por democracia participativa.

Nosso modelo, baseado na representação democrática, demonstra a baixa representatividade que os políticos, dos poderes legislativo e executivo, efetivamente exercem, com nosso voto.
Torna-se necessário um novo processo mais atuante, e controlado pela sociedade civil, construído sobre esse modelo.
A Cidadania Ativa, nova concepção de participação, mostrou-se uma forma, uma ação necessária de várias sociedades, que estão mudando seus destinos.
Cidadania Ativa representa a participação direta, plenamente consciente, mais reativa, que exige mais transparência dos poderes eleitos, para que as demandas legítimas e pertinentes, da sociedade brasileira, sejam implantadas em curto prazo, para que possamos desenhar um novo futuro, promissor, honesto, ético, justo e igualitário.
Do qual toda a sociedade possa continuar participando de sua construção.
Só seremos, e nos sentiremos, identificados, e responsáveis, por uma caminhada democrática, na qual todos possam ter participação garantida.
Pela Cidadania Ativa!
 
 

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