quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A ECONOMIA BRASILEIRA E OS DESAFIOS PARA 2013



A Presidente Dilma está corrigindo muitos aspectos recebidos como herança.
O crédito abundante, usado nos oito anos anteriores, com o objetivo de impulsionar a economia, geraram algumas bolhas indesejadas.
O grande índice de inadimplência de hoje (15%) é resultado do endividamento da população, que comprou muito olhando o valor das parcelas mensais, e não calculou o montante de juros ou o valor total dos bens que adquiriu, na euforia.
Um indicador que chama a atenção, e que mostra a desaceleração econômica, é a redução da produção do papelão para embalagens.
Esse ítem caiu 13% mostrando que, apesar dos esforços de Dilma e sua equipe econômica, com redução de juros, redução prevista do custo de energia, a atividade industrial coloca o pé no freio.
Outro ponto interessante, é que estamos importando mais, enquanto a área industrial se recolhe e aguarda o desenrolar dos fatos.
Se importamos mais e a indústria diminuiu o ritmo, podemos concluir que estamos importanto produtos acabados e não insumos industriais.
E isso não é bom.
Se importarmos tecnologia poderemos gerar valor agregado em novos produtos.
Mas a simples importação, aliada as elevadas somas em dólar deixadas pelos turistas brasileiros no exterior podem gerar desequilíbrios futuros.
No governo anterior, além de ter recebido a moeda brasileira estabilizada, a China estava em momento de expansão, altamente compradora e tomadora de parcerias e investimentos, os Eua ainda não tinham sido atingidos pelo tsunami financeiro especulativo, e a Argentina era boa compradora e parceira econômica para o Brasil.
Hoje, com a China bem mais modesta em suas taxas de expansão, os Eua fugindo do abismo fiscal, e a Europa ainda engatinhando em sua recuperação, a realidade que o Brasil enfrenta é bem mais complexa, e adversa, do que a recebida e vivida pelo governo anterior. E a Argentina passa por fase difícil econômica e politicamente.
O ano de 2013 é emblemático para o sucesso da Presidente Dilma Rousseff, pois o crescimento econômico deverá ficar na casa dos 3,5 ou 4% de crescimento do PIB, para não jogar o Brasil na condição de parceiro não preferencial, posição que hoje se mantém graças ao fator inercial da economia e as medidas já tomadas nestes dois anos de governo.
Mas 2013 também poderá fragilizar a ação governamental, gerencial, pois a situação econômica já está estimulando, e antecipando, a sucessão de 2014.
A Presidente Dilma reune todas as condições para uma reeleição.
Mas sua "base aliada" começa a demonstrar apetites precoces e o panorama da sucessão no Congresso Nacional já mostra no horizontes fartas núvens formadas por densas ambições e por apetites vorazes, que cobrarão da Presidente boas fatias de sua energia, de suas prioridades e de sua gestão.
Hoje, sua maior oposição a um projeto de reeleição parte muito mais de seus pseudo aliados, do que de seus declarados oposicionistas.
Tomara que ela consiga continuar com sua intolerância com a corrupção, com a sua retidão e não se deixe levar por pressões e fogo "amigo", pois o pequeno número de políticos interesseiros não se compara aos 190 milhões de Brasileiros, que nela depositam suas esperanças de consolidação democrática, sem mitômanos e manipuladores, e com desenvolvimento econômico justo e equitativo, para gerar felicidade e bem estar para todos.
E um dado interessante é que a sociedade Brasileira começa a mostrar sua repugnância com a corrupção endêmica, e com o uso indevido do poder, pelos poderosos e seus amigos, fator amplamente combatido por Dilma Rousseff.

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