terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

FASE DA MUDANÇA - II: NO AMOR E NA POLÍTICA A FIDELIDADE É ESSENCIAL

FASE DA MUDANÇA-II
-NO AMOR E NA POLÍTICA A FIDELIDADE É ESSENCIAL-

Quando amamos alguém, fruto de uma escolha mútua, ocorrida por constatar afinidades e convergências, dedicamos nossa vida a esse relacionamento.
Tudo é motivação para lembrar da pessoa que amamos, tudo conduz para ações que enriqueçam e engrandeçam a relação.
Lembrar de datas, de pequenas vontades, de gostos particulares, de flores e presentes, além de uma alegria imensa, é fonte de renovação de energias afetivas.
O amor motiva, não cansa, renova, torna a vida romântica, e tudo o mais é encarado como algo que temos que suportar, ou conviver, para compatibilizar com a vida a dois, colorida por um lindo romance feliz.
Mas tudo isso pode virar dor se traições começarem a ocorrer.
Não só as físicas, as pessoais, mas, principalmente, no tocante a valores éticos e morais, a pequenos e grandes desgostos advindos de gestos de esquecimento, de abandono, de egoismo, de condenação à solidão.
A dor, o desamparo, a carga emocional não devidamente recebida e absorvida, começam a construir a ponte da distância, a estrada que não chega nunca, a porta que não se abre mais, as cores que não são mais notadas, substituídas que foram pelo abandono, pela rejeição, pela frieza, pelo desamor.
A partir dese ponto a incredulidade toma conta da pessoa, a descrença em tudo o que ocorre aparece e substitui laços anteriores, a estupefação entra no lugar da confiança plena, da dedicação exagerada, da doação sem limites.
Depois de uma longa fase de muito sofrer, de enorme dor, a própria vida empurra para a superação.
Se já não há mais o que fazer, se a situação já se deteriorou a esse ponto, a reação, e a mudança de escolha começam a ocupar o maior espaço no ser traído, abandonado, indiferenciado.
O rompimento, e o afastamento, passam a ser uma questão de tempo.
Tempo dado pelo auto-respeito, pela sensação de necessidade de preservação, por coerência com os próprios princípios e valores.

Assim, também, ocorre na relação política de representação.
Quando ingressamos em algum partido, ou qualquer que seja a organização de representação política, nos aproximamos por observar um conjunto de identidades, que passam a justificar a nossa adesão.
Somos seres coletivos, nos realizamos no grupo, na equipe, no conjunto, e a vida partidária passa a ser um grande momento de alegrias.
Notamos e somos notados, somos conhecidos e reconhecidos, nossas palavras parecem surtir efeito, e nos sentimos colaborando com a construção de nossa sociedade, de nossa nação, de nossa cultura, e vivemos a alegria da possibilidade de deixarmos um legado para as próximas gerações.
É uma atividade desinteressada, unidirecional, que parte de nós, e que culmina numa dedicação expressiva.
Ajudamos em reuniões, trabalhamos finais de semana, convidamos mais pessoas, participamos de grupos de trabalho para fornecer ideias e programas de ação, afinal, estamos em "nosso" partido, em nossa parte da representação de uma parcela de vontades, que, no conjunto, formarão o grande mosaico democrático de uma república moderna, madura, justa e igualitária, que deixaremos para nossos filhos e netos, e que será motivo de imensa alegria, e energia, para nós, enquanto vivermos.

Tudo seria lindo, maravilhoso, recompensador, gratificante, se não ocorressem as mesmas situações, as traições acima já descritas.
Após o primeiro abandono, a primeira distância entre intenção declarada e o gesto, ainda poderá restar alguma esperança.
Mas a repetição dos comportamentos oportunistas, a postura cínica de quem enganou só para obter o voto, só para chegar ao "poder", só para se transformar numa "autoridade", mesmo que sem qualquer parâmetro moral, que justifique esses rótulos, se encarrega de destruir as expectativas em quem acreditou, em quem se dedicou, em quem trabalhou para isso.
E daí para o desencanto, para a verificação da verdade, que a nova realidade aponta, é um passo rápido, um átimo de tempo, um lapso em nossa existência, que nos conduz ao rompimento.
E à uma postura de consciência de que a política é feita por representantes eleitos por nós, e que nos traem e se apossam dos mandatos que lhes demos para negociar, trocar, blefar, valorizar seus passes, abandonar a sociedade à própria sorte.
Nem todos os representantes agem assim, mas uma significativa parcela, um percentual grande, é plenamente coerente com essas desqualidades, com essas quebras de conduta, com essa atração pelo menos honesto, pela falta de ética, pela não observância e respeito às leis.
Após esse ponto fica claro que nossa postura tem que mudar, que nossas escolhas têm que ser outras, que nossa participação política na sociedade deve ser repensada.
E o rompimento com essa velhacaria se transforma num novo despertar, mais maduro, mais alerta, menos ilusório, menos ingênuo.
Para tudo existe um tempo, um processo, uma descoberta.
E esse tempo pode ser este ano de 2014, quando fatos e eventos de toda a ordem estão nos mostrando que talvez tenha chegado a hora da mudança, do rompimento com a situação mofada e superada.
O eleitor está abandonado, os partidos nada mais representam, as instituições correm riscos de desabar, por podridão no processo político, por abandono da nação, por atentados cometidos contra a ordem legal, moral e ética.
Diante da situação, como donos e partícipes da nossa incompleta república, da nossa democracia capenga, da ausência de honestidade em vários mandatários, vamos para a nova atitude, para a nova postura, para o resgate da honestidade, por sermos honestos, do verdadeiro valor do trabalho, por sermos trabalhadores dedicados, do atendimento das demandas sociais, por entendermos que não suportamos mais a podridão em que algumas partes de nossa sociedade estão se transformando.
Basta de olhar para outras nações mais bem resolvidas e sonhar com uma mudança para lá.
Vamos construir a nossa nação dos sonhos aqui mesmo, em nosso Brasil.
Mas vamos limpar o cenário, renovar os atores, demitir os maus, expulsar os desonestos.
Vamos tomar o poder democrático em nossas mãos.
Vamos usar o voto como arma limpadora, dedetizadora da cena política, vamos levantar o tapete e acabar com a sujeira escondida embaixo dele. 
Vamos ser eleitores conscientes em 2014, ano em que a nova era está sendo erguida pelas mãos da cidadania ativa e consciente, que cansou desse falso teatro de horrores, em que se transformaram a gestão pública, a política no Brasil velho.
Velho porque vamos deixá-lo para trás, vamos jogá-lo ao mar, sem cerimônia de adeus.
Pois a velharia, a velhacaria, já vai tarde.
Vamos para a festa da renovação, para os festejos do novo país que vai nascer, erigido pelo conjunto de cidadãos conscientes, em que se transformou a população brasileira, que deseja a felicidade, que sabe ser possível lá chegar, e que decidiu mudar para melhor!!!




Nenhum comentário: