quarta-feira, 4 de setembro de 2013

A FRANÇA SENTE SAUDADES DO VIETNAM E DA ARGÉLIA???


A França é um país misterioso.
Repentinamente seu substrato colonialista ressurge em pleno governo do socialista(?) Hollande.
Ameaças já foram endereçadas ao governo da Síria, e uma linguagem de guerra é usada pelo governo francês, há vários dias.
Mas a França mostra um lado titubeante, e pouco soberano, ao dizer que espera a decisão do congresso dos USA para atacar, em conjunto, a Síria, já fragilizada por uma guerra interna, que ninguém conseguiu entender ainda, pois os "rebeldes" recebem armas de países europeus e dos USA.
Quem paga essas armas?
Qual a identidade dos "rebeldes" sírios, a quem prestam lealdade, hierarquia, e quais seus objetivos?

A decisão americana é que comandará a entrada da França nessa guerra?
E o legislativo francês, obedecerá o congresso americano?
O que motiva a França nessa empreitada?

Serão as saudades de sua ultrapassada ação colonialista?
Sentem falta da guerra do Vietnam, quando a França foi derrotada na batalha de Diem Ben Phu, em 1954, pelas mesmas forças nacionalistas que derrotaram os americanos em 1974?

Ou a França sente falta da guerra suja que moveu contra a Argélia, quando, como agora na base americana de Guantánamo, usava desbragadamente a tortura como instrumento de intimidação dos insurgentes argelinos?

A primeira metade do século XX pode estar embalando os belicistas americanos e franceses.
Mas é bom lembrar que a estrutura de informação daquela época nem se compara com o nível de popularização que se tem atualmente, em todo o mundo.

Hoje, meios alternativos, com imensa aceitação como difusores de informações verdadeiras, inundam a internet, disponibilizando todo tipo de notícias, inclusive aquelas que os poderes não gostariam que fossem veiculadas.

O asilo russo ao técnico americano Snowden deixou o mundo muito bem informado das jogadas de poder para que os USA obtenham informações sobre a vida de governos e cidadãos.

A espionagem rapineira dos USA foi alcaguetada por aquele jovem, que mostrou ao mundo a faceta pouco democrática do governo americano, que espiona e comete crime de invasão de espaços soberanos, até mesmo de países aliados, desrespeitando legislação internacional, e a Constituição de muitas nações, ao enfiar seus espiões digitais na vida íntima de pessoas e governos.

O que move François Hollande? qual a razão de uma combalida economia francesa querer mostrar sua força militar, quando deveria estar ocupada em reparar os buracos deixados pelos movimentos de bancos especuladores americanos de 2008, que deixaram aquele país quase quebrado?

Ontem, jornal inglês denunciou que elementos químicos, que serviriam para a produção do venenoso gás Sarin, que teria sido usado na Síria, foi para lá exportado pela Inglaterra, em 2012.
Seria por isso que o parlamento inglês não autorizou a guerra contra a Síria?

Hollande não conseguiu a notoriedade de seu colega americano, Barack Obama, pois ele é branco, medíocre, e nada prometeu de alternativo em sua campanha, além da atuação irada e controladora de sua nova companheira, comparada pela imprensa francesa a um cão da raça rotweiler.

A diferença é que Obama está mostrando que também é medíocre, apenas é negro e se destacou por ser o primeiro presidente americano nessa condição.

No mais, ambos são iguais, produtos da arrogância destronada de países que já foram imperialistas, e que agora, em plena decadência, desejam matar mais alguns milhares de inocentes, somente para reafirmar sua condição de bem manipulados governantes, pelos esquemas de poder real, que gostam de usar esses ventríloquos, que só imitam gestos, mas falam com as vozes de seus patrões.

Hollyood é a esperança, pois personagens bem melhores já foram produzidos em suas ficções, científicas e românticas. E naqueles filmes, idealistas, os mocinhos sempre são éticos e lutam contra o poder do mal.

No cinema, pelo menos sabemos que, no máximo, em 90 minutos o suplício dos maus atores estará terminado.








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