quarta-feira, 29 de maio de 2013

RECONCILIAÇÃO



 O ser humano construiu um mundo moderno, veloz, com muita tecnologia, com armas, guerras, dominação, jogos de interesses, especulações, ganhos financeiros, injustiça, concentração de renda, agressão ambiental.
Isso trouxe muitas expectativas, consumismo agudo, buscas materiais intensas, ansiedade e angústia.
E como não se pode ter tudo que se deseja, ou que o consumismo nos oferece, surgiu a frustração, a sensação de impotência, a incompletude desenfreada, o buraco na alma, o medo.

Como dizem os índios, quem corre muito deixa a alma para trás.

E o ser humano necessita, urgentemente, reencontrar sua alma, sua essência, e se reencontrar com a alegria de viver, de conviver.

Precisamos nos reconciliar conosco, com as outras pessoas, com os sentimentos bons e legítimos que unem e motivam os seres humanos a serem felizes.

Precisamos nos reconciliar com as nossas famílias, núcleos fundamentais para nossa estabilidade emocional, para nossa inserção social, para formar nossos filhos, no amor, no carinho, na solidariedade, na generosidade.

Precisamos nos reconciliar, enfim, com a vida, com o sentido maior de nossa passagem por este mundo, e com a preservação da vida, o meio ambiente, que sofre por nosso imediatismo, que se destrói por nossa visão pequena e míope, que só quer extrair riquezas finitas, para atender necessidades fúteis, não essenciais, criadas pela nossa busca desenfreada de símbolos materiais, para tentar aplacar nosso vazio existencial.

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