segunda-feira, 1 de agosto de 2011

CRISE AMERICANA: PRIVILÉGIOS E PRIVILEGIADOS X DEMOCRACIA E ESTADO JUSTO

Em 02.08.2011, as 04:00h


É incrivel o que fazem os conservadores norte-americanos, estejam eles no partido Democrata ou Republicano, para assegurar mais "direitos" sobre os demais cidadãos americanos.
É tão louca a crise gerada por esses grupos, que os EUA correm o risco de abalar a sua própria economia, para que eles não tenham os impostos aumentados sobre os mais ricos, ou seja, pessoas que ganham mais de usd 240.000/ano.
Como 53% da divida americana está nas mãos de empresas daquele país, que investiram em títulos do Tesouro dos Eua, essas empresas podem quebrar se o Governo não saldar as suas dívidas, a partir de hoje, dia 02.08.2011.
O risco atual é de se extinguirem 1.600.000, isso mesmo, um milhão e seiscentos mil postos de trabalho, jogando um exército de desempregados nas ruas americanas.
E os defensores dos privilégios para poucos são tão insanos que além de quebrar a própria nação, ainda podem contaminar todo o mundo nessa demência elitista e deslumbrada, egoista e insana.
Querem, também, que haja cortes severos sobre os serviços sociais prestados pelo Estado Norte-Americano, para os mais necessitados, que muitas vezes morrem nas portas de hospitais, por não terem planos de saúde.
Esses cortes podem jogar mais "sangue e carne fresca" para seus negócios, pois na ausência do estado, algumas empresas privadas oferecerão novos "serviços" aos abandonados e condenados à morte pelos vampiros, que vivem da desgraça alheia, das guerras e da prepotência do poder.
Nessa atitude egocêntrica e destrutiva, outro objetivo está embutido.
Não permitir que os Eua tenham a reeleição de Obama e que a União Européia se consolide, como uma terceira força mundial.
A Europa pode ser muito atingida pela crise urdida pelos membros da Tea Party, grupo que ainda não ingressou no século XIX, mas que sabe que o mundo está evoluindo para regimes democráticos, participativos e mais igualitários.
E esse panorama futuro assusta aos terroristas econômicos, os medievais
conservadores, que ainda se imaginam donos de terras e escravos.
Como a Europa vive a crise normal do processo de unificação, em vários níveis, a moeda Euro está em fase de amadurecimento depois de um longo processo que iniciou em 1957.
E os europeus conseguiram um verdadeiro milagre cultural, implantaram uma moeda única, um Banco Central único europeu, sem ofender as soberanias individuais das Nações que compõem a UE.
Essa crise na verdade denuncia uma etapa histórica que vem sendo protelada há muito tempo pelos capitalistas ortodoxos, que não aceitam admitir a evolução.
Assim como os regimes socialistas tiveram profundas e radicais mudanças, o capitalismo também entrou em rota de transformação, com a crise de 1989.
Não foi só o Muro de Berlim que caiu.
O processo histórico é sistêmico e não tem preferências ideológicas.
As sacudidas posteriores, como a quebra americana dos derivativos de 2008, já enunciaram essa situação.
Os que vivem dos lucros de lucros nem querem pensar em ter que reaplicar seus recursos em atividades produtivas, gerando empregos, menores preços e riqueza distribuida.
Preferem a especulação suicida e cega.
Mas o esgotamento ambiental de nosso mundo se encarregará de mostrar a eles que esse modelo que ai está já faliu e está sendo mantido artificialmente, em UTI do poder econômico, pelos "reis midas" da atualidade, que só querem pensar em ouro e a tudo transformar nesse metal.
Antes, esses monetaristas conservadores, colonizavam territórios, financiavam golpes e quebras de paises em nações empobrecidas e periféricas.
Agora, com a globalização, se viram contra as vísceras de seu próprio país para tentar acumular mais poder e mais ganhos.
Coitados, nada aprenderam com a histórica.
Faltaram à aula em que o episódio de Maria Antonieta, e asseclas, que foram guilhotinados, foi ensinado.
Além do desprezo do mundo todo, e de uma possivel manifestação violenta de seus próprios cidadãos, estarão condenados ao mesmo destino do mitológico Rei Midas, e a tudo transformarão naquele metal, até suas famílias, seus sentimentos, o ar que respiram, e enterrados serão em grandes caixões dourados, forrados com os papéis sem valor, gerados pelas crises que engendraram.
Apesar da riqueza material que puderem acumular, acabarão como os pobres e abandonados norteamericanos, finitos que são e ignorantes que nunca aprenderam nada sobre a vida que tiveram, achando-se acima da comum e humana condição de morrer.

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