quinta-feira, 18 de agosto de 2011

INVESTINDO EM PESSOAS - TRATANDO BEM O CONSUMIDOR



As empresas que atendem seu mercado por intermédio da área de vendas poderiam investir um pouco mais na preparação de pessoas.
As equipes de vendas são, justamente, o primeiro contato que os consumidores têm com seus produtos ou serviços.
Não poucas vezes se observa que pessoas mal pagas, pouco treinadas, sem qualquer estímulo ou sentimento de pertencimento à equipe, é que atendem os compradores, os quais muitas vezes se afastam daquela marca por falta de um bom atendimento.
Muitas empresas pagam pequenos salários fixos acrescidos de comissões percentuais a sua equipe de vendas.
Mas esses empregados parecem pertencer a outras organizações, ou a uma camada inferior na que estão.
Nas revendas de veículos isso é muito comum.
É dificil encontrar quem nos atenda bem, quem tenha bom nível e preparo, para receber quem quer comprar um bem que vale vários milhares de reais.
Não basta um prédio luxuoso, um carro brilhante, um test-drive fantástico, e quando se vai à negociação final, muitas vezes se é surpreendido por comportamentos completamente deslocados dos que deveriam ser ostentados pelos vendedores.
Tenho um cliente que foi comprar um veículo, já com a decisão tomada, e ouviu o seguinte de uma vendedora: "bah, mas não fica pedindo muito não, pois isto aqui não é um leilão..."
Outro cliente, em nome de sua empresa, foi fechar uma compra de veículos aproveitando a hora do almoço.
Ao chegar na loja foi surprendido pelo vendedor, que o esperava, mas que já estava de saida: "sabe o que é, é que está na hora do meu almoço..."
E deixou o cliente parado, literalmente boquiaberto, plantado na porta, de onde deu meia volta e se foi.
Acabou adquirindo veículo de outra marca, quando já estava decidido, mas foi expulso por um vendedor esfaimado.
E assim existem muitos depoimentos de consumidores, de muitos segmentos de produtos e serviços, que deveriam investir na preparação, capacitação, motivação e engajamento de seus colaboradores, para evitar que uma compra se transforme numa escalada penosa e num exercício de paciência para os compradores.
Esquecem, ou descuidam, esses empresários que não apóiam nem desenvolvem seus e suas vendedoras, que o mercado está em fase de muita consciência dos compradores, os quais ficam cada vez mais seletivos e exigentes, merecendo especial atenção dos fornecedores.
O ser humano é movido a impressões, sensações, expectativas e visualizações.
Se entre os consumidores e os bens que eles pretendem adquirir se interpuserem pessoas desqualificadas, mal pagas e sem preparo adequado, as miragens virarão pó e outros locais, com melhor receptividade e acolhimento, é que serão contemplados com fechamentos de vendas.
Investir em qualidade de pessoal e formação de equipes ainda é a base do bom atendimento.
Máquinas não dão sorrisos, não lembram do seu nome, não entendem as subjetividades dos clientes nem sabem atender um acompanhante.
Pessoas decidem comprar, pessoas escolhem produtos e serviços, e gostam de ser bem acolhidas por outras pessoas.

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