terça-feira, 30 de agosto de 2011

JAQUELINE RORIZ - SUBORNO, CORRUPÇÃO: QUEBRA DE DECORO PARLAMENTAR?

A atual Deputada Federal Jaqueline Roriz, foi filmada em 2006, recebendo um maço de dinheiro, de um agente da corrupção, que agora colabora com o Ministério Público e com a Polícia.
Dito agente, foi peça central no escândalo anterior, do segundo "mensalão" e que entregou o ex-Governado Arruda para a Justiça.
O primeiro mensalão, muito mais expressivo e volumoso, em dinheiro e em pessoas envolvidas, ainda não foi a julgamento e corre o sério risco de perder sua eficácia e abrangência legal, considerando as datas para possivel prescrição.
Jaqueline Roriz foi flagrada, filmada, reconhecida como receptadora de dinheiro, mas ocorre que essas cenas foram realizadas quando ela ainda não estava ocupando cargo público, na condição, portanto, de cidadã comum.
Hoje ela vai a julgamento, as 16 horas, no plenário da Câmara Federal, em Brasilia.
Se ela for condenada, pode ser completamente inócuo o resultado, pois seus advogados podem alegar que ela não era Deputada, não caracterizando quebra de decoro paralmentar.
Teria, então que a situação ser investigada pela Policia Civil, a mando da Justiça Comum, para que se tentasse averiguar qual a origem, o destino e a função daquele dinheiro que ela recebeu.
Mas chama a atenção da sociedade brasileira, a celeridade com que esse processo vai ao Plenário da Câmara.
Enquanto isso, os "mensaleiros", e são muitos, mais de 40, alguns ex-ocupantes de cargos com destaque nos poderes Legislativo e Executivo, dormem tranquilos, aguardando o prazo de prescrição pretendido.
Muitos dos que constam do rol de acusados no "mensalão", o primeiro e bem mais robusto que aquele do Gov. Arruda, ocupam cargos em postos da gestão pública.
Para ocupar cargos públicos, os pretendentes, simples mortais, necessitam ter ficha corrida limpa e boas referências, de toda ordem.
Como fazem esses indiciados para serem convidados a esses cargos, mesmo com a cola suja e tendo deixado pegadas, ou impressões digitais, em cofres bancários, malas com dinheiro vivo, e misteriosos saques, feitos muitas vezes em pilhas de notas, e por assessores ou familiares.
Bem sabemos que Jaqueline Roriz não deve ter recebido aquele dinheiro, daquele agente da corrupção, depois arrependido e colaboracionista da polícia, para levar alimentos para pobres e excluidos.
Mas e os exorbitantes valores roubados e pagos aos "mensaleiros", todos em pleno exercício de cargos e ou funçõe públicas, sobejamente filmados, confessados, testemunhados, ainda deixa dúvidas sobre sua origem e destino?
Se limpo fosse, esse dinheiro já poderia estar em mãos de entidades assistenciais.
Mas como adormeceram em bolsos, cofres e contas correntes de muitas pessoas, já arroladas pelo Ministério Público Federal, seria recomendável, que a Câmara Federal, e o Senado da República, dessem bons exemplos para os eleitores que os colocaram naqueles privilegiados cargos, com nababescos salários, e ganhos adicionais, e determinassem velocidade máxima nos julgamentos.
A condenação e execração pública desses ladrões, necessita ser promovida, pois além das notórias mordomias que recebem, e receberam para trabalhar, ainda assaltaram o dinheiro dos impostos recolhidos por cidadãos honestos, trabalhadores deste Brasil.

(este texto foi escrito as 15horas, antes portanto do julgamento de Jaqueline Roriz)

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