terça-feira, 30 de agosto de 2011

VOCAÇÕES E ESCOLHAS

Escolher uma atividade, seja profissional ou artística, sempre demanda um processo de decisão.
Hoje, por estudos que vêm sendo realizados, e pela observação dos comportamentos, já se sabe que os seres humanos decidem as direções a seguir dependendo do volume de informações que possuem a respeito de seu objeto.
Os jovens, ao final da adolescência, em torno dos 18 anos, são levados a se definir para fazer vestibular.
Todos sabemos que nessa fase acabam predominando as influências familiares, uma vez que os jovens possuem pouca vivência para assumir um caminho, que poderá ser definitivo em suas vidas.
Sabemos, também, que quanto mais informações, e atualizações tivermos, maior será o numero de opções para o campo profissional, e humano.
Em torno dos 28/32 anos, na fase em que o processo de maturidade pessoal começa a oferecer alguns retornos para as pessoas, muitos revisam o que já estão trilhando, para caminhar na direção das preferências individuais, já bem mais conhecidas e conscientes.
Nessa fase muitos relacionamentos afetivos também passam por uma revisão, não sendo incomum mudanças de rumos emocionais, amorosos, e profissionais.
Como somos consumidores vorazes de informação e atualização, e matéria prima não falta, as novas pesquisas cerebrais e comportamentais demonstram que a autonomia para decisões ampliou muito o seu leque, estando as pessoas muito mais confiantes para mudar suas vidas, em qualquer etapa em que se encontrem.
Dessa forma, e com a queda ou relativização dos preconceitos sociais, muitos seres, com idades de mais de 50, de 60, de 70, de 80, se sentem inseridos, aceitos humana e socialmente e turbinam suas existências, assumindo escolhas novas e desafiadoras, em qualquer idade.
Numa palestra recente que fiz para um grupo da terceira idade, lá estavam muitas mulheres e homens, alguns com mais de 90 anos, que espressaram suas vontades de saber mais para viver melhor.
Com essas observações, o que pretendo transmitir, e afirmo sempre isso às pessoas que me solicitam orientação profissional, é que com a amliação das expectativas de vida, melhoria da saúde e diminuição da segregação dos que têm mais de 60 anos, as possibilidades humanas de realização de sonhos e vocações, não declaradas ou desenvolvidas, são imensas, praticamente infinitas.
Assim podemos deixar nossos jovens menos angustiados.
Com os novos limites para a distante aposentadoria, com as descobertas de que as pessoas podem ser muitos mais felizes se acertarem as suas escolhas de acordo com o que pensam e sonham, os mais moços poderão dispor melhor de seu tempo de descobertas e tentativas, não sendo levados a se angustiar em tenra idade, por decisões, que todos já sabemos, o tempo as fará melhores.
As energias da juventude, suas esperanças e sentimentos, se bem vividas e experimentadas, formarão adultos mais felizes e mais centrados em seus gostos e vocações.
E, logicamente, profissionais mais competentes e realizados.

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