segunda-feira, 25 de julho de 2011

MORTES EM OSLO

A Noruega, país cuja população cabe duas vezes na cidade de São Paulo, foi palco de violentissimas cenas de morte e destruição.
Numa ilha, onde ocorria encontro da ala jovem de um partido, foram fuzilados quase 90adolescentes, que lá passariam o final de semana em encontro lúdico.
No centro da cidade, em frente ao prédio onde fica o gabinete do primeiro ministro, explosões destruiram grande área e mataram mais sete pessoas.
Que final de semana triste, morreram jovens que representam justamente o futuro da sociedade.
Mas qual a causa, quem cometeu essa chacina monstruosa?
Um fanático? vários fanáticos? organizações terroristas?
Isso a polícia vai investigar e descobrir, sem dúvida.
Mas o que está atrás dessas mortes absurdas é a intolerância, a prepotência, o não saber lidar com as diferenças, e os diferentes.
Numa sociedade democrática a lei é o principal baluarte garantidor das relações entre as diferentes formas de pensar e agir.
Por isso, essa matança, e as explosões, na verdade, foram contra a democracia, pois quem vai contra a vida, contra a liberdade de expressão, contra o convívio dos diferentes, está contra a democracia.
Para o criminoso, ou criminosos, o peso da lei.
Mas para quem alimenta esses sentimentos de ressentimento e violência, a sociedade democrática precisa se posicionar, na Noruega e em todo o Mundo, pois como estamos vivenciando um novo ciclo de liberdades individuais, em todo o globo, precisamos reforçar as posições em defesa da democracia, para que direitos humanos básicos e essenciais sejam garantidos e enaltecidos.
Um mundo que marcha, cada dia, para uma maior complexidade, mas que por reacomodações geo-politicas está se modificando aceleradamente, está sendo palco de uma aproximação étnica como nunca ocorreu na história.
Com as etnias, também se aproximam religiões e crenças diferentes, costumes culturais até então herméticos uns para os outros passam por revisão graças ao convívio que surge com as ondas migratórias.
Esse novo mundo que surgirá dessas novas relações humanas será, com certeza, um espaço mais tolerante, mais solidário, e mais progressista.
Uma série de barreiras cairão e haverá a clara consciência de que todos somos um, e que a vida de cada um é patrimônio de todos.
Essa nova consciência, efetivamente planetária, desaguará na proteção da vida e da preservação da vida.
Ou seja, na proteção das pessoas e seus direitos, e na proteção ao ambiente natural, único grande mantenedor da vida na face da terra.

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