No dia primeiro de janeiro de 2011 o Brasil inicia uma nova era.
Uma mulher, a primeira na história, passará a governar nosso país.
Além das barreiras culturais que enfrentará para se firmar, e fazer respeitar, numa sociedade masculina e conservadora, a futura Presidente se defrontará com uma realidade brasileira muito menos favorecida que a do governo anterior.
Lula, em 2003, recebeu um país atrelado às políticas impostas pelo FMI, resultantes do Consenso de Washington, que ao mesmo tempo em que ditavam um trilho justo para nosso governo, serviram para salvar o Brasil de uma pancada maior na crise de 2009.
A conjuntura mundial de 2003 a 2008 era plenamente favorável ao Brasil, e a outros paises menos desenvolvidos, devido a fase excelente da economia internacional.
Mesmo assim o Brasil não se desenvolveu tanto como apregoa a propaganda do governo que sai.
Quinto grau de desenvolvimento da América Latina, em 2010, ficou atrás de paises como Uruguai, Paraguai, Argentina e Peru, nos índices de aferição.
Enquanto toda a América latina se desenvolveu, e cresceu, 4,7% o Brasil conseguiu chegar a 4,2%.
Mas o que mais chama a atenção como desafio para a próxima gestão, é o grande fosso existente entre as binárias camadas sociais e econômicas, que se constatam em nosso país.
E nesse ponto o governo que se encerra pouco fez, além das políticas de pronto socorro contra a fome e a miséria.
Temos uma Nação com duas sociedades coexistindo, com uma distância absurda entre elas.
Temos a sociedade dos elevados salários, e ganhos extras de parlamentares e altos funcionários públicos, e a sociedade do salário mínimo e dos corroídos ganhos dos aposentados.
Enquanto a sociedade do andar de cima se contempla com 15 salários, auxílio moradia, telefone, viagens aéreas, e outras benesses pagas com dinheiros de impostos dos trabalhadores e contribuintes brasileiros, a sociedade do andar de baixo tem que conviver, e sobreviver, com valores dramática e indignamente menores.
A sociedade dos bem aventurados financiados empresários e banqueiros quebrados, diante da sociedade inferior dos jovens que precisam inovar e empreender, mas que encontram absurdas taxas bancárias e juros extorsivos proibitivos para os seus sonhos de independência e inovação.
A dramática situação da sociedade do andar de baixo, em termos de saúde, segurança, educação e mobilidade social, diante das aposentadorias e agregações de privilegiados servidores públicos, que se aposentam com proventos integrais sem nunca terem recolhido sequer um centavo para fundos de previdência.
E tudo saindo do mesmo caixa único do Governo, o qual só cita o “déficit” da Previdência, como se culpados fossem os pobres aposentados que recolheram contribuições por toda uma vida de trabalho, mas passam a envelhecer dependendo da pirataria financeira exercida sobre os “empréstimos consignados”, que só diminuem as suas perspectivas de poupança e felicidade, no que seriam os seus “anos dourados” de vida.
Professores, dedicados e abnegados formadores de futuros cidadãos, experimentam uma via crucis permanente diante de seus magros salários, parcos estímulos e baixo reconhecimento governamental e social.
Enquanto isso, “consultores” ganham fortunas em dinheiro público, em organizações não governamentais mantidas, paradoxalmente, por recursos públicos, que remuneram “projetos” e “grandes sacadas”, que nunca chegam a ser aplicadas para melhorar a realidade da educação, hospitais e atendimento popular dos que manteem a fonte pagadora, tão benevolente e generosa nesses casos, e tão rigorosa ao discutir se o salário mínimo será de R$540,00 ou de R$560,00.
Esse sim será o grande salto a enfrentar, o enorme abismo social a superar, a gigantesca injustiça a reparar, pela nova Presidente que assume.
Não lhe será fácil a tarefa. Ela tomará posse num ano em que se esperam juros mais altos para segurar a festa do consumo desenfreado, que pode acelerar a inflação e ameaçar a estabilidade da moeda.
Ela assume num ano em que o mundo rico ainda não superou a crise financeira e no qual a União Européia enfrentará o desafio de manter a zona do euro estável, os Estados Unidos continuarão atacando as causas da corrosão do dólar, e a Ásia enfrentará a crise de crescimento acelerado da China e a situação do Japão.
O Mercosul ainda não bem estruturado e consistente diante de um mundo em mutação, em que o império americano corre o risco de perder seu lugar no podium para o emergente império Chinês, que ainda não disse a que veio, se para salvar a China do caos ou se dentro de uma estratégia de dominar a economia global utilizando sua misteriosa mão de obra barata.
Nesse quadro é que Dilma terá que acabar com essa “guerra civil” não declarada, com essa divisão malvada e frustrante de uma nação com 190 milhões de cidadãos, na qual apenas metade pode chamar-se e considerar-se assim.
Ela terá que enfrentar a crise de um mundo que pode mudar suas relações com o Brasil, criando buracos e indefinições nas parcerias econômicas, no tocante às exportações e importações, com grandes conseqüências para a formação de riqueza, renda e salários no Brasil.
A educação precisa ser revalorizada, os professores necessitam de novo status de formação, reciclagem, remuneração e respeito social.
A saúde vai ter que passar por cirurgia de emergência, para se estancar a hemorragia de recursos, que consomem 75% do caixa do SUS, com atendimentos decorrentes de doenças provenientes da ausência de uma ação preventiva de saúde pública, como diabetes, pressão arterial elevada, e doenças coronarianas e câncer.
Gasta-se muito com a doença e muito pouco com a cura pela prevenção.
Na segurança não mais se poderá atacar somente as emergências em nível policial, pois tudo que se viu até então nos coloca a evidência meridiana de que a prevenção ao crime passa pela inclusão real, com dignidade e justiça, e com as ferramentas integradas da presença do Estado, naqueles bolsões abandonados historicamente para o estado paralelo do crime organizado.
Ou seja, o termo Belindia, que definia um Brasil hermafrodita que convive com dois paises mutuamente excludentes e diferentes, fruto da fusão jocosa de uma Bélgica rica e desenvolvida, e de uma Índia de castas, pobre e ambivalente, dúbia e conservadora, miserável, e deslumbrante, em riquezas e potencialidades.
Dilma viverá a missão de recriar o Brasil, de recriar e implantar “O Brasil”, único, uno e indivisível, resultado do nível de consciência de nossa sociedade, que não mais tolera que se brinque de governo “sério” e “competente” enquanto abriga duas sociedades autofágicas e concorrentes, em que uma vive a saúde e a felicidade, construídas sobre a ruína da outra, relegada, esquecida e “transparente” aos olhos dos privilegiados.
Que sua condição de mulher, inteligente, preparada, e corajosa, que representa uma mudança inédita em nossa sociedade, lhe permita exercer a alternatividade e, por isso, desenhar novos caminhos e implantar soluções até então não experimentadas pela política velha.
quarta-feira, 29 de dezembro de 2010
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
O novo mercado de trabalho, o estímulo às vocações e a escolha profissional
A escolha profissional reflete dilemas e conflitos internos e íntimos da pessoa que precisa decidir, e as pressões familiares e sociais.
Muitas das pressões sociais refletem a reprodução de etapas similares da vida dos pais, que as colocam para seus filhos e filhas, na boa intenção de ajudá-los a escolher. É muito importante conceituar o que é trabalho e o que é profissão.
O trabalho consiste na aplicação de uma determinada capacidade pessoal, durante um certo tempo, que pode ser diário, em jornadas de escala ou em atendimentos pontuais. Essa capacidade representa a aplicação de energias físicas, intelectuais e emocionais na produção de serviços ou produtos.
O mercado de trabalho é um espaço de relação entre empresas/organizações e seus colaboradores, os quais recebem um determinado pagamento pelo aluguel de sua capacidade, e dedicação, por determinado tempo em que ficam à disposição de seus empregadores.
A profissão é uma atividade ou ocupação especializada e que supõe determinado preparo ou capacitação.
Esse preparo pode ser desenvolvido por uma prática adquirida e desenvolvida ao longo de um determinado período ou resultado de um estudo ou de uma pesquisa. Algumas ocupações e profissões, dependendo da época, reuniram mais prestígio social devido aos contextos e prioridades da sociedade.
Já foi de grande destaque, em nosso país, ser empregado do Banco do Brasil, ser militar ou seguir a carreira de professor.
Na década de 60, no século XX, muitos processos de mudanças políticas e sociais foram impulsionados pelo salto tecnológico que a humanidade viveu.
Foram implantadas as redes mundiais de telecomunicações, a informática teve enorme impulso, a tecnologia digital jogou o mundo em outra fase na década de 80 e o campo profissional sofreu significativas mudanças radicais.
As redes de comunicação permitiram que novos conceitos e relações de trabalho fossem adotados e novas ocupações profissionais e profissões surgiram e ganharam destaque. A presença no local de trabalho já não era tão necessária, uma vez que tarefas poderiam ser realizadas à distância, com supervisão e controle pelo uso das novas tecnologias.
A inteligência, a iniciativa, a criatividade, a inovação, e a riqueza intelectual receberam nova e elevada prioridade.
Novas profissões surgiram e se consagraram como de grande prestígio social. Com as redes cobrindo os grandes centros mundiais e o volume de negócios realizados por essas redes aumentando vertiginosamente, corretores, investidores e dirigentes passaram a fazer seus negócios ou a controlar suas operações, muitas vezes, de outras cidades, e até mesmo países, de onde se desenrolavam as atividades produtivas, que geravam seus resultados, ganhos e lucros.
Esse processo trouxe um grande número de novas ocupações e profissões, gerando grande demanda de novos cursos para atender o novo perfil ocupacional.
A presença do computador, a universalização das redes de comunicação e informação, a miniaturização da tecnologia, e outras decorrências, impactaram o ser humano e geraram novas posturas também em outras áreas como saúde, educação e seguraça.
As doenças ocupacionais, a necessidade de estudos ergonômicos mais desenvolvidos, a necessidade das pessoas se exercitarem mais e devidamente, a alimentação mais prática e veloz, e outras decorrências, desaguaram numa sociedade grande consumidora de insumos, alimentos e de serviços especializados para fazer frente a essas novas demandas.
Isso tudo serve para nos mostrar que os contextos que geraram as profissões no século XX sofreram enormes alterações e que o novo mundo, que aí está, estabeleceu uma nova postura para os jovens, principalmente em função dos novos sistemas de saúde e previdência.
Basta lembrar o pacto social existente anteriormente. Uma pessoa que começasse a trabalhar cedo poderia se aposentar 30 ou 35 anos depois, bastando que comprovasse um determinado tempo trabalhado e a existência das empresas a que esteve vinculado. O paternalismo governamental e a inércia dos estados de bem-estar social, mesmo que com enormes rombos financeiros nos tesouros nacionais, garantia as aposentadorias. Com os novos tempos e a pressão da comunidade mundial pelo nivelamento das finanças e controles governamentais, novos parâmetros foram injetados nas áreas de gastos públicos e saúde e previdência alongaram seus prazos de assistência a aposentadoria. O aumento da expectativa de vida, com a medicina mais acessível para todos e os novos medicamentos mais eficazes, trouxe outro desafio para os técnicos atuariais. Como manter com os cofres da mesma sociedade, as novas despesas geradas pelos novos tempos e pelo maior tempo de vida médio que a humanidade alcançou?
Com todas essas mudanças, a geração que inicia sua inserção no mercado de trabalho, com certeza, irá poder aposentar-se somente após uma idade bem mais avançada do que aqueles que já cursaram mais da metade de suas vidas profissionais.
E pagando mais pelos serviços de saúde e previdência, associados a organizações privadas de complementação de valores.
Isso coloca pais e dirigentes numa reflexão: por que continuar exigindo que os jovens decidam sobres seus futuros em idade tenra e precoce, quando sabemos que terão patamares de idade bem mais avançados para se aposentar?
A ocupação do tempo com atividades sadias para os jovens, sem dúvida, é uma atitude correta e terapêutica.
Mas como encaixar as engrenagens sociais e produtivas, que colocarão essas novas gerações em maiores expectativas de vida e com prazos muito maiores para alcançar o patamar de suas aposentadorias, e do tempo livre conquistado, com dignidade e qualidade de vida?
Esse é um dos dilemas gerados pela realidade do século XXI: estudar mais, dar mais atenção às vocações, experimentar atividades diversificadas, conhecer-se melhor e gerar uma base de auto-conhecimento mais sólida, preparando-se para uma jornada bem mais longa ou definir uma linha profissional e mergulhar num mercado em mutação? Essa questão fica lançada para educadores, pais e dirigentes, públicos e empresarias, pois toda a estrutura sócio/econômica/política terá de se ajustar para enfrentar os novos desafios, sem gerar grande número de seres humanos frustrados e sem prazer de viver.
Muitas das pressões sociais refletem a reprodução de etapas similares da vida dos pais, que as colocam para seus filhos e filhas, na boa intenção de ajudá-los a escolher. É muito importante conceituar o que é trabalho e o que é profissão.
O trabalho consiste na aplicação de uma determinada capacidade pessoal, durante um certo tempo, que pode ser diário, em jornadas de escala ou em atendimentos pontuais. Essa capacidade representa a aplicação de energias físicas, intelectuais e emocionais na produção de serviços ou produtos.
O mercado de trabalho é um espaço de relação entre empresas/organizações e seus colaboradores, os quais recebem um determinado pagamento pelo aluguel de sua capacidade, e dedicação, por determinado tempo em que ficam à disposição de seus empregadores.
A profissão é uma atividade ou ocupação especializada e que supõe determinado preparo ou capacitação.
Esse preparo pode ser desenvolvido por uma prática adquirida e desenvolvida ao longo de um determinado período ou resultado de um estudo ou de uma pesquisa. Algumas ocupações e profissões, dependendo da época, reuniram mais prestígio social devido aos contextos e prioridades da sociedade.
Já foi de grande destaque, em nosso país, ser empregado do Banco do Brasil, ser militar ou seguir a carreira de professor.
Na década de 60, no século XX, muitos processos de mudanças políticas e sociais foram impulsionados pelo salto tecnológico que a humanidade viveu.
Foram implantadas as redes mundiais de telecomunicações, a informática teve enorme impulso, a tecnologia digital jogou o mundo em outra fase na década de 80 e o campo profissional sofreu significativas mudanças radicais.
As redes de comunicação permitiram que novos conceitos e relações de trabalho fossem adotados e novas ocupações profissionais e profissões surgiram e ganharam destaque. A presença no local de trabalho já não era tão necessária, uma vez que tarefas poderiam ser realizadas à distância, com supervisão e controle pelo uso das novas tecnologias.
A inteligência, a iniciativa, a criatividade, a inovação, e a riqueza intelectual receberam nova e elevada prioridade.
Novas profissões surgiram e se consagraram como de grande prestígio social. Com as redes cobrindo os grandes centros mundiais e o volume de negócios realizados por essas redes aumentando vertiginosamente, corretores, investidores e dirigentes passaram a fazer seus negócios ou a controlar suas operações, muitas vezes, de outras cidades, e até mesmo países, de onde se desenrolavam as atividades produtivas, que geravam seus resultados, ganhos e lucros.
Esse processo trouxe um grande número de novas ocupações e profissões, gerando grande demanda de novos cursos para atender o novo perfil ocupacional.
A presença do computador, a universalização das redes de comunicação e informação, a miniaturização da tecnologia, e outras decorrências, impactaram o ser humano e geraram novas posturas também em outras áreas como saúde, educação e seguraça.
As doenças ocupacionais, a necessidade de estudos ergonômicos mais desenvolvidos, a necessidade das pessoas se exercitarem mais e devidamente, a alimentação mais prática e veloz, e outras decorrências, desaguaram numa sociedade grande consumidora de insumos, alimentos e de serviços especializados para fazer frente a essas novas demandas.
Isso tudo serve para nos mostrar que os contextos que geraram as profissões no século XX sofreram enormes alterações e que o novo mundo, que aí está, estabeleceu uma nova postura para os jovens, principalmente em função dos novos sistemas de saúde e previdência.
Basta lembrar o pacto social existente anteriormente. Uma pessoa que começasse a trabalhar cedo poderia se aposentar 30 ou 35 anos depois, bastando que comprovasse um determinado tempo trabalhado e a existência das empresas a que esteve vinculado. O paternalismo governamental e a inércia dos estados de bem-estar social, mesmo que com enormes rombos financeiros nos tesouros nacionais, garantia as aposentadorias. Com os novos tempos e a pressão da comunidade mundial pelo nivelamento das finanças e controles governamentais, novos parâmetros foram injetados nas áreas de gastos públicos e saúde e previdência alongaram seus prazos de assistência a aposentadoria. O aumento da expectativa de vida, com a medicina mais acessível para todos e os novos medicamentos mais eficazes, trouxe outro desafio para os técnicos atuariais. Como manter com os cofres da mesma sociedade, as novas despesas geradas pelos novos tempos e pelo maior tempo de vida médio que a humanidade alcançou?
Com todas essas mudanças, a geração que inicia sua inserção no mercado de trabalho, com certeza, irá poder aposentar-se somente após uma idade bem mais avançada do que aqueles que já cursaram mais da metade de suas vidas profissionais.
E pagando mais pelos serviços de saúde e previdência, associados a organizações privadas de complementação de valores.
Isso coloca pais e dirigentes numa reflexão: por que continuar exigindo que os jovens decidam sobres seus futuros em idade tenra e precoce, quando sabemos que terão patamares de idade bem mais avançados para se aposentar?
A ocupação do tempo com atividades sadias para os jovens, sem dúvida, é uma atitude correta e terapêutica.
Mas como encaixar as engrenagens sociais e produtivas, que colocarão essas novas gerações em maiores expectativas de vida e com prazos muito maiores para alcançar o patamar de suas aposentadorias, e do tempo livre conquistado, com dignidade e qualidade de vida?
Esse é um dos dilemas gerados pela realidade do século XXI: estudar mais, dar mais atenção às vocações, experimentar atividades diversificadas, conhecer-se melhor e gerar uma base de auto-conhecimento mais sólida, preparando-se para uma jornada bem mais longa ou definir uma linha profissional e mergulhar num mercado em mutação? Essa questão fica lançada para educadores, pais e dirigentes, públicos e empresarias, pois toda a estrutura sócio/econômica/política terá de se ajustar para enfrentar os novos desafios, sem gerar grande número de seres humanos frustrados e sem prazer de viver.
sábado, 4 de dezembro de 2010
CORRA LULA, CORRA!
Dilma Roussef foi eleita pela maioria do eleitorado brasileiro para ser a Presidente do Brasil, a partir de janeiro de 2011.
Fato histórico e marcante na vida brasileira por ser a primeira mulher a chegar a essa posição.
Essa escolha vai mudar muitos paradigmas de nossa sociedade, principalmente aquele tão enraizado nas cabeças mais limitadas e antigas, de que política é assunto para o segmento masculino.
E o último governo, este que acaba em 31 de dezembro em nada desmentiu essa asneira.
A maioria esmagadora de ministérios e cargos elevados da Republica foram ocupados pelos representantes homens, como o são os dos governos estaduais e, em muitos casos, continuarão sendo.
Tudo isso mesmo estando a população brasileira, e o eleitorado, majoritariamente femininos, conforme atestam os mais atualizados levantamentos do IBGE.
Falta menos de um mês para que Dilma possa começar a governar, do seu jeito e com as premissas que lançou na fase de campanha eleitoral, e as promessas que fez ao eleitorado.
E ela anunciou, para surpresa de alguns e contrariedade de muitos, que pretende levar significativo numero de mulheres para ocupar os principais postos de mando em Brasília.
Em seus primeiros pronunciamentos públicos, nos quais teve o privilégio de não contar com a presença ou a sombra do atual Presidente, ela expressou aspectos muito interessantes de suas crenças.
No primeiro, muito marcante, deixou claro que não aceita censura ou limitação da ação da imprensa, expressando que prefere o barulho de uma imprensa livre ao silencia das ditaduras.
E ditaduras no plural, teve endereços bem certos aos grupos radicais que pretendiam diminuir a atuação da imprensa numa sociedade democrática.
Também enalteceu a importância da mulher na sociedade atual, anunciando, felizmente, um governo mais feminino assegurando renovação e sensibilidade, competência e inovação na gestão federal.
Promessa que destaca a diferença com a masculina composição do ministério do atual Presidente.
Também chama a atenção a exageradamente vigilante postura de Lula sobre a sua sucessora.
Numa entrevista conjunta, em que Dilma quase não falou, Lula deixou no ar uma frase simples e direta, bem do seu estilo objetivo ao extremo, quase rude, que encerrava uma expressiva atitude controladora sobre a autonomia da nova Presidente do Brasil.
Disse Lula: “se ela fizer o dever de casa, e ela sabe o que tem que fazer, ela terá o direito de poder disputar a reeleição em 2014”.
Mas por tudo o que se sabe, o direito de disputar uma reeleição tem todo o ocupante de cargo eletivo, desde que a Justiça Eleitoral o permita, que a legislação existente o preveja, que o partido ao qual o candidato estiver filiado aprove em convenção soberana e, principalmente, que o eleitorado brasileiro o eleja para um segundo mandato.
Essa afirmação de Lula, na verdade, contém um recado para Dilma, como dizendo: presta atenção ao que eu falei, faz direitinho o dever que passei e lá adiante vamos conversar de novo.
Ontem, Lula voltou a se manifestar sobre o ainda nem iniciado Governo Dilma e fez uma afirmação bem menos enigmática e quase afrontadora à autonomia que Dilma busca construir para montar sua equipe.
Não contente em colocar uma grande equipe de homens de seu atual governo para que continuem no próximo, diminuindo os cargos que estariam disponíveis para a Presidente colocar mulheres de sua confiança para tocar a mudança, Lula disparou: “tenho que me cuidar muito para não ficar na oposição a Dilma”.
O que depreender dessa manifestação?
Pode-se entender, mais ou menos, assim: se não fizeres o que te digo e recomendo, podes ter que me enfrentar na oposição a teu governo, a minha e das correntes do partido, que me seguem.
Nem a atual oposição conseguiu enviar recado tão duro para a Presidente eleita, nesta difícil e confusa fase de montar uma equipe.
Além de tudo, Dilma está herdando um governo de Lula, com perspectivas de ter que se elevar juros para evitar inflação causada pela inundação do crédito, com uma divida interna de valores elevadíssimos, com compromissos salariais salgados, com uma elevação de gastos governamentais preocupante pelo governo que sai e finalmente, por uma situação mundial de crise e incertezas, muitas incertezas.
Tudo que irá exigir muita atenção e dedicação da nova Presidente para que a situação econômica do Brasil não vire grande problema para o governo e para a sociedade brasileira.
Lula recebeu o governo de FHC, com a economia estável, uma situação mundial altamente favorável e perspectivas muito tranqüilas.
Seu grande mérito foi não alterar nada e dar continuidade ao que encontrou.
Essa é a grande diferença inicial entre os governos de Dilma e Lula.
Enquanto ele recebeu o governo de FHC, ela o receberá de seu companheiro de partido, em condições mais difíceis, pois não lhe será permitido alegar que o governo anterior lhe deixou um fardo.
Nesta altura, depois de 8 anos na Presidência, faltando pouco mais de 20 dias para o inicio da gestão de Dilma Roussef, poder-se-ia entoar um coro com as palavras adaptadas do conhecido e atual filme alemão, com a atriz Franka Potente, e recomendar ao atual Presidente: corra Lula, corra.
Corra e deixe logo o Governo, dando a necessária tranqüilidade para que sua sucessora possa escolher a sua equipe com autonomia, independência, e a necessária competência técnica, fatores que possam lhe permitir desfazer os nós herdados e enfrentar todos aqueles que a realidade lhe reserva.
Fato histórico e marcante na vida brasileira por ser a primeira mulher a chegar a essa posição.
Essa escolha vai mudar muitos paradigmas de nossa sociedade, principalmente aquele tão enraizado nas cabeças mais limitadas e antigas, de que política é assunto para o segmento masculino.
E o último governo, este que acaba em 31 de dezembro em nada desmentiu essa asneira.
A maioria esmagadora de ministérios e cargos elevados da Republica foram ocupados pelos representantes homens, como o são os dos governos estaduais e, em muitos casos, continuarão sendo.
Tudo isso mesmo estando a população brasileira, e o eleitorado, majoritariamente femininos, conforme atestam os mais atualizados levantamentos do IBGE.
Falta menos de um mês para que Dilma possa começar a governar, do seu jeito e com as premissas que lançou na fase de campanha eleitoral, e as promessas que fez ao eleitorado.
E ela anunciou, para surpresa de alguns e contrariedade de muitos, que pretende levar significativo numero de mulheres para ocupar os principais postos de mando em Brasília.
Em seus primeiros pronunciamentos públicos, nos quais teve o privilégio de não contar com a presença ou a sombra do atual Presidente, ela expressou aspectos muito interessantes de suas crenças.
No primeiro, muito marcante, deixou claro que não aceita censura ou limitação da ação da imprensa, expressando que prefere o barulho de uma imprensa livre ao silencia das ditaduras.
E ditaduras no plural, teve endereços bem certos aos grupos radicais que pretendiam diminuir a atuação da imprensa numa sociedade democrática.
Também enalteceu a importância da mulher na sociedade atual, anunciando, felizmente, um governo mais feminino assegurando renovação e sensibilidade, competência e inovação na gestão federal.
Promessa que destaca a diferença com a masculina composição do ministério do atual Presidente.
Também chama a atenção a exageradamente vigilante postura de Lula sobre a sua sucessora.
Numa entrevista conjunta, em que Dilma quase não falou, Lula deixou no ar uma frase simples e direta, bem do seu estilo objetivo ao extremo, quase rude, que encerrava uma expressiva atitude controladora sobre a autonomia da nova Presidente do Brasil.
Disse Lula: “se ela fizer o dever de casa, e ela sabe o que tem que fazer, ela terá o direito de poder disputar a reeleição em 2014”.
Mas por tudo o que se sabe, o direito de disputar uma reeleição tem todo o ocupante de cargo eletivo, desde que a Justiça Eleitoral o permita, que a legislação existente o preveja, que o partido ao qual o candidato estiver filiado aprove em convenção soberana e, principalmente, que o eleitorado brasileiro o eleja para um segundo mandato.
Essa afirmação de Lula, na verdade, contém um recado para Dilma, como dizendo: presta atenção ao que eu falei, faz direitinho o dever que passei e lá adiante vamos conversar de novo.
Ontem, Lula voltou a se manifestar sobre o ainda nem iniciado Governo Dilma e fez uma afirmação bem menos enigmática e quase afrontadora à autonomia que Dilma busca construir para montar sua equipe.
Não contente em colocar uma grande equipe de homens de seu atual governo para que continuem no próximo, diminuindo os cargos que estariam disponíveis para a Presidente colocar mulheres de sua confiança para tocar a mudança, Lula disparou: “tenho que me cuidar muito para não ficar na oposição a Dilma”.
O que depreender dessa manifestação?
Pode-se entender, mais ou menos, assim: se não fizeres o que te digo e recomendo, podes ter que me enfrentar na oposição a teu governo, a minha e das correntes do partido, que me seguem.
Nem a atual oposição conseguiu enviar recado tão duro para a Presidente eleita, nesta difícil e confusa fase de montar uma equipe.
Além de tudo, Dilma está herdando um governo de Lula, com perspectivas de ter que se elevar juros para evitar inflação causada pela inundação do crédito, com uma divida interna de valores elevadíssimos, com compromissos salariais salgados, com uma elevação de gastos governamentais preocupante pelo governo que sai e finalmente, por uma situação mundial de crise e incertezas, muitas incertezas.
Tudo que irá exigir muita atenção e dedicação da nova Presidente para que a situação econômica do Brasil não vire grande problema para o governo e para a sociedade brasileira.
Lula recebeu o governo de FHC, com a economia estável, uma situação mundial altamente favorável e perspectivas muito tranqüilas.
Seu grande mérito foi não alterar nada e dar continuidade ao que encontrou.
Essa é a grande diferença inicial entre os governos de Dilma e Lula.
Enquanto ele recebeu o governo de FHC, ela o receberá de seu companheiro de partido, em condições mais difíceis, pois não lhe será permitido alegar que o governo anterior lhe deixou um fardo.
Nesta altura, depois de 8 anos na Presidência, faltando pouco mais de 20 dias para o inicio da gestão de Dilma Roussef, poder-se-ia entoar um coro com as palavras adaptadas do conhecido e atual filme alemão, com a atriz Franka Potente, e recomendar ao atual Presidente: corra Lula, corra.
Corra e deixe logo o Governo, dando a necessária tranqüilidade para que sua sucessora possa escolher a sua equipe com autonomia, independência, e a necessária competência técnica, fatores que possam lhe permitir desfazer os nós herdados e enfrentar todos aqueles que a realidade lhe reserva.
sexta-feira, 3 de dezembro de 2010
MUITAS VERDADES INCONVENIENTES
O site WikiLeaks.org já não é mais hóspede de duas empresas americanas. Ele foi devida e tecnologicamente desplugado de seus servidores na grande nação do norte. se transferiu para a Suíça e agora seu endereço é WikiLeaks.ch. tendo deixado as terras do Tio Sam para se instalar onde estão os bons chocolates, relógios famosos e bancos discretos, que também guardam muitas histórias que poderiam, se divulgadas, derrubar muitos governos, desnudar grande numero de “personalidades” e revelar polpudas e secretas fortunas sem procedência. Nos Estados Unidos o WikiLeaks atuava de forma a denunciar documentos “secretos” trocados dentro do governo americano, e com governos de outros paises. Muitas histórias que tiveram suas versões jornalísticas devidamente domesticadas e diminuídas pelos poderes oficiais de várias nações foram divulgadas em documentos tidos como partes de arquivos altamente sensíveis. Repentinamente, quando o WikiLeaks chega à documentação relativa as guerras do Iraque e Afeganistão, os hospedeiros passam a ser bombardeados por hackers, com milhões de ataques, que poderiam “por em risco” as outras empresas de informação lá hospedadas. E o domínio da Fundação WikiLeaks.org foi retirado do ar baseado nessas alegações. Assim, ele agora está em terras Helvéticas, mas continua divulgando mais documentos, prometendo e anunciando um bom volume de megatons em forma de papéis com o timbre oficial de governos americanos e muitos outros.
Interessantes essas ocorrências registradas. Numa fase da história, em que se proclama a liberdade da informação, numa sociedade globalizada e informatizada, justamente o país que seria o baluarte dos direitos humanos e civis se manifesta de maneira categórica contra informações, que muitas das vezes, não passam de algo bem próximo de fofocas típicas de rodas sociais daqueles parasitas estatais, muito bem retratados nos filmes de Woody Allen. Mas onde há fumaça, há fogo. E nesses documentos sobre as situações do Iraque e Afeganistão o que não falta é fogo e fumaça. Só que não são formas figurativas de linguagem, mas é o fogo real de destruição em massa e a fumaça que levou ao espaço fuligem e fragmentos de histórias nunca devidamente reveladas e de grandes negócios, e negociatas, daqueles que vivem da fumaça da pólvora, do comércio das armas e dos milhares de mortes ocultadas sob o hipócrita manto da palavra “segurança”. Esse é um dos aspectos que a WikiLeaks prometia divulgar, e ainda promete. Seria a ocultação dos números reais sobre mortes de soldados americanos naquelas duas guerras e da grande chacina perpetrada contra as populações civis do Iraque e Afeganistão. Também a “terceirização” da guerra pelo governo de George Bush, que utilizando empresas privadas de segurança poderia ter modificado o grande impacto sobre o real patamar de cidadãos daquele país mortos em combates e atentados. Isso sem chegar ainda à documentação sobre os relatórios das agências especializadas da ONU, nos quais era taxativamente negada a existência das vociferadas “armas de destruição em massa”, ou as aludidas ligações de Saddam Hussein com a Al Qaeda uma organização terrorista com conexões com Bin Laden, milionário membro de uma família de investidores, muitos dos quais retirados em avião especial, no dia 11 de setembro de 2001, por ordem expressa do presidente americano, o já citado Bush. O que se percebe em tudo isso é a permanente ação repressora das instâncias de poder, em qualquer país, de esconder da população muitas das reais condições em que certos fatos históricos se deram e manter uma fachada de sociedades livres e informadas. Os governos sejam quais forem, são agentes públicos eleitos e pagos pelos contribuintes para administrar as nações e prestar contas a quem os paga para isso. Atualmente, em nosso Brasil, travam-se escaramuças entre visões mais autoritárias, mesmo travestidas de inovadoras e revolucionárias, e órgãos que defendem os direitos democráticos, humanos e civis, como a OAB. Tentativas de filtrar informação, de comprimir a imprensa, e de abrandar as criticas contra desmandos e desvios são diárias e grandes “autoridades” da hierarquia, e não da ética e da moralidade, mostram suas garras e falam que a liberdade de imprensa não deve, ou não pode, ser tão livre assim. Ou seja, liberdade de informação é boa quando os denunciados são os outros, a oposição, ou inimigos políticos. Mas quando a maré sobe e a água ameaça atingir níveis sensíveis, ai então se usam as armas da censura, do constrangimento e da velhacaria.
O exemplo da WikiLeaks é emblemático para todo o mundo, pois esse manto de silêncio pode ser estendido a questões estratégicas de nosso tempo atual, como o aquecimento global, a produção de alimentos e medicamentos, e a questão de energias alternativas para salvar o mundo da poluição e calor, gerados pelas economias mais desenvolvidas, mas que nem sempre demonstram respeito pelos seres humanos ou pela liberdade de informação. Ainda não se sabe o quanto foi gasto, e talvez nunca venhamos a saber, pois não foram divulgados os imensos valores públicos usados para salvar organizações do “mercado”, que deveriam ter quebrado e arcado com os prejuízos. No mundo todo “sociedades democráticas” escoaram alguns trilhões de dólares, euros e reais para os bolsos de executivos, os quais continuaram se pagando elevados bonus e, surpreendentemente, em menos de 12 meses estavam dando lucro e atestando a sua “competência” como gestores. Valores que teriam resolvido o problema da fome no mundo e do aquecimento global, pois de acordo com a ONU bastariam 8 bilhões de dólares anuais para levar alimento aos seres humanos que roncam estômagos vazios ao redor deste mesmo mundo das finanças escusas.
Não nos interessa saber de assuntos vulgares e banais se um embaixador gosta ou não de certos paises ou governos. Não é necessário tomar conhecimento se um ministro brasileiro difamou seu colega para outras figuras de outros governos. Mas tudo que diz respeito ao que fazem com nosso dinheiro, ao que estabelecem como compromissos futuros com outras nações, e tudo aquilo que pode induzir as populações ao erro e a não compreensão do que se está fazendo em nosso território e em nosso nome, tudo isso deve ser criteriosamente avaliado e decidido pela população brasileira.
Não podemos abrir mão dessas prerrogativas, sob o risco de nos transformarmos numa sociedade de passivos e iludidos imbecis comandados por espertos especialistas em rapinagem. E nossa época não permite alienação da verdade ou protelação da sua divulgação. Nosso tempo é ditado pela natureza e pelo clima e tudo demonstra que esses elementos essenciais precisam de tratamento prioritário de nossa cidadania.
Como disse a futura Presidente Dilma Roussef:
“é melhor o barulho de uma imprensa livre, do que o silêncio das ditaduras”.
E o pior tipo de ditadura não á a forma explicita desse tipo de regime.
O risco é composto pelas ditaduras econômicas, financeiras e pelo jugo da desinformação.
O resto é falácia e ilusão.
Interessantes essas ocorrências registradas. Numa fase da história, em que se proclama a liberdade da informação, numa sociedade globalizada e informatizada, justamente o país que seria o baluarte dos direitos humanos e civis se manifesta de maneira categórica contra informações, que muitas das vezes, não passam de algo bem próximo de fofocas típicas de rodas sociais daqueles parasitas estatais, muito bem retratados nos filmes de Woody Allen. Mas onde há fumaça, há fogo. E nesses documentos sobre as situações do Iraque e Afeganistão o que não falta é fogo e fumaça. Só que não são formas figurativas de linguagem, mas é o fogo real de destruição em massa e a fumaça que levou ao espaço fuligem e fragmentos de histórias nunca devidamente reveladas e de grandes negócios, e negociatas, daqueles que vivem da fumaça da pólvora, do comércio das armas e dos milhares de mortes ocultadas sob o hipócrita manto da palavra “segurança”. Esse é um dos aspectos que a WikiLeaks prometia divulgar, e ainda promete. Seria a ocultação dos números reais sobre mortes de soldados americanos naquelas duas guerras e da grande chacina perpetrada contra as populações civis do Iraque e Afeganistão. Também a “terceirização” da guerra pelo governo de George Bush, que utilizando empresas privadas de segurança poderia ter modificado o grande impacto sobre o real patamar de cidadãos daquele país mortos em combates e atentados. Isso sem chegar ainda à documentação sobre os relatórios das agências especializadas da ONU, nos quais era taxativamente negada a existência das vociferadas “armas de destruição em massa”, ou as aludidas ligações de Saddam Hussein com a Al Qaeda uma organização terrorista com conexões com Bin Laden, milionário membro de uma família de investidores, muitos dos quais retirados em avião especial, no dia 11 de setembro de 2001, por ordem expressa do presidente americano, o já citado Bush. O que se percebe em tudo isso é a permanente ação repressora das instâncias de poder, em qualquer país, de esconder da população muitas das reais condições em que certos fatos históricos se deram e manter uma fachada de sociedades livres e informadas. Os governos sejam quais forem, são agentes públicos eleitos e pagos pelos contribuintes para administrar as nações e prestar contas a quem os paga para isso. Atualmente, em nosso Brasil, travam-se escaramuças entre visões mais autoritárias, mesmo travestidas de inovadoras e revolucionárias, e órgãos que defendem os direitos democráticos, humanos e civis, como a OAB. Tentativas de filtrar informação, de comprimir a imprensa, e de abrandar as criticas contra desmandos e desvios são diárias e grandes “autoridades” da hierarquia, e não da ética e da moralidade, mostram suas garras e falam que a liberdade de imprensa não deve, ou não pode, ser tão livre assim. Ou seja, liberdade de informação é boa quando os denunciados são os outros, a oposição, ou inimigos políticos. Mas quando a maré sobe e a água ameaça atingir níveis sensíveis, ai então se usam as armas da censura, do constrangimento e da velhacaria.
O exemplo da WikiLeaks é emblemático para todo o mundo, pois esse manto de silêncio pode ser estendido a questões estratégicas de nosso tempo atual, como o aquecimento global, a produção de alimentos e medicamentos, e a questão de energias alternativas para salvar o mundo da poluição e calor, gerados pelas economias mais desenvolvidas, mas que nem sempre demonstram respeito pelos seres humanos ou pela liberdade de informação. Ainda não se sabe o quanto foi gasto, e talvez nunca venhamos a saber, pois não foram divulgados os imensos valores públicos usados para salvar organizações do “mercado”, que deveriam ter quebrado e arcado com os prejuízos. No mundo todo “sociedades democráticas” escoaram alguns trilhões de dólares, euros e reais para os bolsos de executivos, os quais continuaram se pagando elevados bonus e, surpreendentemente, em menos de 12 meses estavam dando lucro e atestando a sua “competência” como gestores. Valores que teriam resolvido o problema da fome no mundo e do aquecimento global, pois de acordo com a ONU bastariam 8 bilhões de dólares anuais para levar alimento aos seres humanos que roncam estômagos vazios ao redor deste mesmo mundo das finanças escusas.
Não nos interessa saber de assuntos vulgares e banais se um embaixador gosta ou não de certos paises ou governos. Não é necessário tomar conhecimento se um ministro brasileiro difamou seu colega para outras figuras de outros governos. Mas tudo que diz respeito ao que fazem com nosso dinheiro, ao que estabelecem como compromissos futuros com outras nações, e tudo aquilo que pode induzir as populações ao erro e a não compreensão do que se está fazendo em nosso território e em nosso nome, tudo isso deve ser criteriosamente avaliado e decidido pela população brasileira.
Não podemos abrir mão dessas prerrogativas, sob o risco de nos transformarmos numa sociedade de passivos e iludidos imbecis comandados por espertos especialistas em rapinagem. E nossa época não permite alienação da verdade ou protelação da sua divulgação. Nosso tempo é ditado pela natureza e pelo clima e tudo demonstra que esses elementos essenciais precisam de tratamento prioritário de nossa cidadania.
Como disse a futura Presidente Dilma Roussef:
“é melhor o barulho de uma imprensa livre, do que o silêncio das ditaduras”.
E o pior tipo de ditadura não á a forma explicita desse tipo de regime.
O risco é composto pelas ditaduras econômicas, financeiras e pelo jugo da desinformação.
O resto é falácia e ilusão.
quinta-feira, 2 de dezembro de 2010
A Falta de Solidariedade de Lula À Política Econômica de Barack Obama
O presidente Lula encerra seu governo com uma crítica contundente à política econômica do presidente Barack Obama, externada durante reunião ministerial. Lula alega que o pacote americano, ao injetar 600 bilhões de dólares na economia dos EUA, peca pela falta de solidariedade e pela mediocridade. O que chama a atenção nessa posição do presidente brasileiro é justamente a semelhança de padrões entre os resultados da crise americana de 2008 e da brasileira de 2009/2010, e as medidas tomadas no Brasil, pelo governo Lula. O Brasil foi inundado por recursos para crédito abundante por todos os órgãos sob supervisão direta do governo federal, desde o Banco do Brasil, a Caixa Econômica Federal, o BNDES, até a isenção de impostos sobre vários itens e bens duráveis, para estimular o consumo e não permitir que a economia brasileira entrasse em recessão. Com essa enxurrada de crédito e isenções, o Brasil enfrentou marolas e não tsunamis como anunciou Lula, na época.
Apesar dos cortes de impostos terem afetado os repasses para municípios e estados e a inadimplência ter crescido muito em nosso país, ameaçando a formação de uma \"bolha\" que poderá se manifestar no governo de Dilma Roussef, até o momento, a exuberante injeção de dinheiro e crédito produziu efeitos satisfatórios, não deixando a economia nacional passar para a lista dos combalidos países como Grécia, Espanha, Itália e outros que preocupam os membros da Comunidade Europeia. Além disso, felizmente, o aumento de juros para segurar o volume de moeda circulante e a ameaça de uma inflação de demanda não tem sido necessário, o que segura a dívida pública governamental, apesar de seu montante estar chegando a níveis preocupantes, tendo em vista o valor pago anualmente pelos juros decorrentes de sua permanente renegociação. Mas o que chama a atenção na crítica de Lula, além dos aspectos econômicos, é o lado político dessa posição. Barack Obama é o primeiro presidente negro dos EUA, se elegeu numa virada de situação patrocinada pelo eleitor americano, contra a direita conservadora liderada por George W. Bush e a sua política de privilegiar a indústria bélica e as guerras no Afeganistão e no Iraque. A crise financeira foi causada pela irresponsabilidade do governo de Bush, que afrouxou a regulação sobre os mercados especulativos, permitindo que os fundos lastreados em "derivativos", e outras picaretagens, contaminassem a economia americana e se espalhassem pelo mundo todo ameaçando a formação de uma crise global. Nessa época, não se viu ou ouviu críticas do presidente Lula ao governo Bush como agora se manifesta o dirigente brasileiro em final de mandato. Lula, em recente mensagem presidencial em cadeia de rádio e tv, mostrou orgulho pela derrubada das barreiras de preconceitos, quando o Brasil elegeu um operário para o cargo máximo e uma mulher para a sua sucessora. Sem retirar os méritos que ele e Dilma merecem por estarem nessas posições, é de se estranhar que essa alternatividade saudada aqui no Brasil, não seja devidamente valorizada quando ocorre na sociedade americana, patrocinada pelo alternativo Presidente Obama. Num momento em que se assistem manifestações conservadoras dos setores mais retrógrados dos EUA, representados pelo exótico e ameaçador Tea Party, não seria interessante o alternativo Presidente Brasileiro se solidarizar com o Presidente Obama para que essa onda ortodoxa da direita americana não volte a se espalhar pela América Latina, gerando efeitos já vistos e que deixaram profundas marcas na caminhada democrática de muitos países de nosso continente? Afinal se Lula reclama da falta de solidariedade nas medidas econômicas americanas, não estaria lhe faltando coerência em sua crítica ao pacote econômico do Presidente Obama? Falta de solidariedade e mediocridade, marcaram o Governo Bush, em relação ao mundo todo, quando somente os interesses "de segurança" americanos eram levados em conta e as ameaças de guerras e ocupações foram associadas ao desrespeito aos direitos humanos. Salvar a economia dos EUA pode ser uma das boas heranças que Barack Obama poderá deixar para as relações com o Brasil, ainda mais considerando o nível de transações entre os dois paises
Apesar dos cortes de impostos terem afetado os repasses para municípios e estados e a inadimplência ter crescido muito em nosso país, ameaçando a formação de uma \"bolha\" que poderá se manifestar no governo de Dilma Roussef, até o momento, a exuberante injeção de dinheiro e crédito produziu efeitos satisfatórios, não deixando a economia nacional passar para a lista dos combalidos países como Grécia, Espanha, Itália e outros que preocupam os membros da Comunidade Europeia. Além disso, felizmente, o aumento de juros para segurar o volume de moeda circulante e a ameaça de uma inflação de demanda não tem sido necessário, o que segura a dívida pública governamental, apesar de seu montante estar chegando a níveis preocupantes, tendo em vista o valor pago anualmente pelos juros decorrentes de sua permanente renegociação. Mas o que chama a atenção na crítica de Lula, além dos aspectos econômicos, é o lado político dessa posição. Barack Obama é o primeiro presidente negro dos EUA, se elegeu numa virada de situação patrocinada pelo eleitor americano, contra a direita conservadora liderada por George W. Bush e a sua política de privilegiar a indústria bélica e as guerras no Afeganistão e no Iraque. A crise financeira foi causada pela irresponsabilidade do governo de Bush, que afrouxou a regulação sobre os mercados especulativos, permitindo que os fundos lastreados em "derivativos", e outras picaretagens, contaminassem a economia americana e se espalhassem pelo mundo todo ameaçando a formação de uma crise global. Nessa época, não se viu ou ouviu críticas do presidente Lula ao governo Bush como agora se manifesta o dirigente brasileiro em final de mandato. Lula, em recente mensagem presidencial em cadeia de rádio e tv, mostrou orgulho pela derrubada das barreiras de preconceitos, quando o Brasil elegeu um operário para o cargo máximo e uma mulher para a sua sucessora. Sem retirar os méritos que ele e Dilma merecem por estarem nessas posições, é de se estranhar que essa alternatividade saudada aqui no Brasil, não seja devidamente valorizada quando ocorre na sociedade americana, patrocinada pelo alternativo Presidente Obama. Num momento em que se assistem manifestações conservadoras dos setores mais retrógrados dos EUA, representados pelo exótico e ameaçador Tea Party, não seria interessante o alternativo Presidente Brasileiro se solidarizar com o Presidente Obama para que essa onda ortodoxa da direita americana não volte a se espalhar pela América Latina, gerando efeitos já vistos e que deixaram profundas marcas na caminhada democrática de muitos países de nosso continente? Afinal se Lula reclama da falta de solidariedade nas medidas econômicas americanas, não estaria lhe faltando coerência em sua crítica ao pacote econômico do Presidente Obama? Falta de solidariedade e mediocridade, marcaram o Governo Bush, em relação ao mundo todo, quando somente os interesses "de segurança" americanos eram levados em conta e as ameaças de guerras e ocupações foram associadas ao desrespeito aos direitos humanos. Salvar a economia dos EUA pode ser uma das boas heranças que Barack Obama poderá deixar para as relações com o Brasil, ainda mais considerando o nível de transações entre os dois paises
Mensagem de Heloisa Schurmann e o Dia Mundial de luta Contra a AIDS
Para: "Vilfredo Schurmann" e "Heloisa Schurmann"
Assunto: Mensagem de Resposta a "UM RECADO"
Queridos amigos Vilfredo Schurmann e Heloisa Schurmann
Linda e oportuna a mensagem da Heloisa sobre a prevenção da Aids e os preconceitos
que ainda cercam o tratamento da questão.Comovente rever as fotos da Kat, nós que a conhecemos ainda tão pequena e saltitante.Mas voces conseguem transformar a tristeza dessa perda em um fator de estimulo à lutapela melhoria de tratamento da questão,
ainda tão pouco esclarecida em nossa sociedade,tomada pela pressa, pela corrida ao consumo de bens materiais e coberta pela cortina da ignorância e preconceito, que acabam sendo sinônimos.Temos tudo, e todas as condições, para nos transformar em sociedade evoluida e desenvolvida.O que nos diferencia, ainda, dessa possibilidade, desse patamar, é a postura patrimonialista e pequena de tudo ter que se transformar em poder ou em grana, para se ostentar uma aparência ou uma essência que não se tem.
Machado de Assis, em uma visão antiga de sua época se referia às mulheres dizendo:
" as mulheres saem às ruas para verem e serem vistas..." Lamentavelmente essa premissa carcomida pela poeira do tempo ainda impregna muitas cabeças e mantém nossa sociedade condenada a um atraso planejado e consentido.Mas ai surge essa mensagem da Heloisa, mostrando que as mulheres de nosso mundo atual ai estão para pensar e ajudar a pensar, para inovar e ajudar a inovar, para mudar e ajudar a mudar, para ter coragem e ajudar a ter coragem.Parabéns querida amiga.Tive de ti, sempre, corajosas demonstrações de posturas firmes e corajosas.Não esqueço jamais a tua inestimável ajuda, quando estavamos trabalhando na construção da feira de Blumenau,no Coninfo, para demonstrar o estande da Familia Schurmann, e ajudaste a virar um jogo pessimista e derrotista, que não permitia que nossas elaborações avançassem.Assim é, quem sente, verdadeiramente, as questões que enuncia, sempre tem a coragem de continuar lutando e sempre continua lutando, pela coragem que tem.E coragem não é só o destemor, o entususiasmo pela luta, é o conceito, a definição, a opção por aquilo o que é bom e por aquilo o que vale a pena lutar.Mais uma vez obrigado pela mensagem de hoje, pelas viagens de vocês, todas, as reais e imaginárias,e pelo elenco de boas e positivas recordações que me deixaram como um dos poucos patrimônios que tenho, mas um dos mais significativos que possuo.
E pelo que deixaram para todos aqueles que os assistiram, leram e acompanharam desde 1984, quando se lançaram aos mares, para uma aventura que voces já sabiam grandiosa, mas que muitos duvidaram por usarem lentes pequenas demais para poder observar, e absorver, toda a cena que se anunciava.E lembro daquele dia cinzento de 1984, quando voces e o veleiro se despediam de Floripa para o mundo,num solitário trapiche do Veleiros, em que tive a honra de fazer as únicas fotos de sua partida.E agradeço a oportunidade que tive, de na sua volta a Floripa, de poder me engajar e judá-los a obter o essencial apoio financeiro da Embratel, para uma aventura, da qual as condições objetivas da época não me permitiram acompanhar fisicamente, mas que silenciosamente me encheu de orgulho e alegria.Pelo mapa mundi e por suas crônicas enviadas estive sempre com voces e com o Guapos e Aisso.Como velejador, pude sempre imaginar e sentir as descrições e sonhar junto com voces.
Aventura da qual tomei conhecimento quando assisti seu sonho e inicio conceitual, quando em 1976 estive em seu chalé na Praia de Sto. Antonio, e vi aquele abajour com uma carta náutica e os olhos de voces verdadeiramente marejados de mar, lágrimas de sonho e emoção futurista.Aventura da qual me tornei cúmplice e adepto, admirador e parceiro.
Com muito carinho e admiração
Danilo Cunha
www.danilocunha.blogspot.com
Mensagem de Heloisa e Vilfredo Schurmann para:
danilocunha@terra.com.br
On Qua 1/12/10 17:14 , "Vilfredo Schurmann" vos@schurmann.com.br sent:
De: Heloisa Schurmann [mailto:h.schurmann@gmail.com
Para: danilocunha@terra.com.br
Enviada em: quarta-feira, 1 de dezembro de 2010 16:37
Para: vos@schurmann.com.br
Assunto: UM RECADO
Repasse aos seus amigos por favor
Aos jovens e aos pais desses jovens!
Hoje é dia Mundial do Combate a AIDS
"Achei que nunca aconteceria comigo"
Dia mundial de luta contra a aids foca o preconceito contra jovens soropositivos
A infecção por HIV entre jovens de 13 a 19 anos está se espalhando pelo Brasil.
De 1991 a 2009, aumentou em 53% o número de municípios com casos da doença nessa faixa etária.
São dados de uma pesquisa divulgada na quarta-feira, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, pelo Ministério da Saúde. .
Um recado da Kat, uma adolescente igual as todas.
De 1991 a 2009, aumentou em 53% o número de municípios com casos da doença nessa faixa etária.
Kat Schurmann (1992-2006) cada vez que encontrava adolescentes recem contaminados pelo virus do HIV, dizia para eles: Eu nasci com o virus, mas você poderia ter evitado a doença usando camisinha. Ela se surpreendia porque muitas mães de suas amigas de 11 a 13 anos nunca falaram do assunto com suas filhas. Kat, queria ao completar 14 anos, falar da sua luta contra o vírus com os amigos da escola.Se mostrava indignada com a possibilidade de ser discriminada por isso. Ela gostaria de que as pessoas entendessem que somos todos são iguais. Kat queria quebrar esse preconceito. Não houve tempo...
Dados de hoje 1/12/2010
Heloisa Schurmann
Assunto: Mensagem de Resposta a "UM RECADO"
Queridos amigos Vilfredo Schurmann e Heloisa Schurmann
Linda e oportuna a mensagem da Heloisa sobre a prevenção da Aids e os preconceitos
que ainda cercam o tratamento da questão.Comovente rever as fotos da Kat, nós que a conhecemos ainda tão pequena e saltitante.Mas voces conseguem transformar a tristeza dessa perda em um fator de estimulo à lutapela melhoria de tratamento da questão,
ainda tão pouco esclarecida em nossa sociedade,tomada pela pressa, pela corrida ao consumo de bens materiais e coberta pela cortina da ignorância e preconceito, que acabam sendo sinônimos.Temos tudo, e todas as condições, para nos transformar em sociedade evoluida e desenvolvida.O que nos diferencia, ainda, dessa possibilidade, desse patamar, é a postura patrimonialista e pequena de tudo ter que se transformar em poder ou em grana, para se ostentar uma aparência ou uma essência que não se tem.
Machado de Assis, em uma visão antiga de sua época se referia às mulheres dizendo:
" as mulheres saem às ruas para verem e serem vistas..." Lamentavelmente essa premissa carcomida pela poeira do tempo ainda impregna muitas cabeças e mantém nossa sociedade condenada a um atraso planejado e consentido.Mas ai surge essa mensagem da Heloisa, mostrando que as mulheres de nosso mundo atual ai estão para pensar e ajudar a pensar, para inovar e ajudar a inovar, para mudar e ajudar a mudar, para ter coragem e ajudar a ter coragem.Parabéns querida amiga.Tive de ti, sempre, corajosas demonstrações de posturas firmes e corajosas.Não esqueço jamais a tua inestimável ajuda, quando estavamos trabalhando na construção da feira de Blumenau,no Coninfo, para demonstrar o estande da Familia Schurmann, e ajudaste a virar um jogo pessimista e derrotista, que não permitia que nossas elaborações avançassem.Assim é, quem sente, verdadeiramente, as questões que enuncia, sempre tem a coragem de continuar lutando e sempre continua lutando, pela coragem que tem.E coragem não é só o destemor, o entususiasmo pela luta, é o conceito, a definição, a opção por aquilo o que é bom e por aquilo o que vale a pena lutar.Mais uma vez obrigado pela mensagem de hoje, pelas viagens de vocês, todas, as reais e imaginárias,e pelo elenco de boas e positivas recordações que me deixaram como um dos poucos patrimônios que tenho, mas um dos mais significativos que possuo.
E pelo que deixaram para todos aqueles que os assistiram, leram e acompanharam desde 1984, quando se lançaram aos mares, para uma aventura que voces já sabiam grandiosa, mas que muitos duvidaram por usarem lentes pequenas demais para poder observar, e absorver, toda a cena que se anunciava.E lembro daquele dia cinzento de 1984, quando voces e o veleiro se despediam de Floripa para o mundo,num solitário trapiche do Veleiros, em que tive a honra de fazer as únicas fotos de sua partida.E agradeço a oportunidade que tive, de na sua volta a Floripa, de poder me engajar e judá-los a obter o essencial apoio financeiro da Embratel, para uma aventura, da qual as condições objetivas da época não me permitiram acompanhar fisicamente, mas que silenciosamente me encheu de orgulho e alegria.Pelo mapa mundi e por suas crônicas enviadas estive sempre com voces e com o Guapos e Aisso.Como velejador, pude sempre imaginar e sentir as descrições e sonhar junto com voces.
Aventura da qual tomei conhecimento quando assisti seu sonho e inicio conceitual, quando em 1976 estive em seu chalé na Praia de Sto. Antonio, e vi aquele abajour com uma carta náutica e os olhos de voces verdadeiramente marejados de mar, lágrimas de sonho e emoção futurista.Aventura da qual me tornei cúmplice e adepto, admirador e parceiro.
Com muito carinho e admiração
Danilo Cunha
www.danilocunha.blogspot.com
Mensagem de Heloisa e Vilfredo Schurmann para:
danilocunha@terra.com.br
On Qua 1/12/10 17:14 , "Vilfredo Schurmann" vos@schurmann.com.br sent:
De: Heloisa Schurmann [mailto:h.schurmann@gmail.com
Para: danilocunha@terra.com.br
Enviada em: quarta-feira, 1 de dezembro de 2010 16:37
Para: vos@schurmann.com.br
Assunto: UM RECADO
Repasse aos seus amigos por favor
Aos jovens e aos pais desses jovens!
Hoje é dia Mundial do Combate a AIDS
"Achei que nunca aconteceria comigo"
Dia mundial de luta contra a aids foca o preconceito contra jovens soropositivos
A infecção por HIV entre jovens de 13 a 19 anos está se espalhando pelo Brasil.
De 1991 a 2009, aumentou em 53% o número de municípios com casos da doença nessa faixa etária.
São dados de uma pesquisa divulgada na quarta-feira, Dia Mundial de Luta Contra a Aids, pelo Ministério da Saúde. .
Um recado da Kat, uma adolescente igual as todas.
De 1991 a 2009, aumentou em 53% o número de municípios com casos da doença nessa faixa etária.
Kat Schurmann (1992-2006) cada vez que encontrava adolescentes recem contaminados pelo virus do HIV, dizia para eles: Eu nasci com o virus, mas você poderia ter evitado a doença usando camisinha. Ela se surpreendia porque muitas mães de suas amigas de 11 a 13 anos nunca falaram do assunto com suas filhas. Kat, queria ao completar 14 anos, falar da sua luta contra o vírus com os amigos da escola.Se mostrava indignada com a possibilidade de ser discriminada por isso. Ela gostaria de que as pessoas entendessem que somos todos são iguais. Kat queria quebrar esse preconceito. Não houve tempo...
Dados de hoje 1/12/2010
Heloisa Schurmann
terça-feira, 16 de novembro de 2010
CAPITAL AMBIENTAL E A EXPORTAÇÃO AGREGADA DE INSUMOS NATURAIS
Grandes empresas de consultoria têm diversificado sua atuação para intermediar negócios imobiliários de grande monta no Brasil. Enormes superfícies de terra altamente produtivas, ainda não devidamente integradas ao mapa geo-estratégico de nossa Nação, passaram a ser objeto de cobiça pelos argutos observadores da cena internacional, de outros governos, e organizações comerciais privadas.Com a maior consciência da questão ambiental em todo o mundo, principalmente nos paises mais desenvolvidos e industrializados, grandes organizações globais passam a necessitar de alguns elementos essenciais, que não mais dispõem em seus paises de origem.
Sociedades cada vez mais concentradas nas cidades e crescentemente dependentes de energia elétrica precisam incrementar as suas escalas de produção de alimentos e a disponibilização de conexões para seus habitantes poderem ligar aparelhos e equipamentos, que a sofisticação tecnológica permite. Terra de boa qualidade em grandes extensões, grande índice de insolação, regime de chuvas e abastecimento de água, ventos para gerar energia eólica, cursos d’água com vazão suficiente para implantação de PCH’s e, o que acaba se tornando o fator mais atraente, valores de compra muito baixos em relação ao que se pagaria, pelo pouco, e empobrecido, solo disponível nas nações compradoras. As limitações legais impostas e a elevada carga tributária na Europa e Eua, impelem aqueles conglomerados empresariais e humanos a buscar alternativas de soluções para o que poderá representar a sobrevivência de seus modelos de sociedade. E tudo sempre em ações bem afinadas com os interesses estratégicos de seu governos. A Alemanha já tem grande percentual de sua frota de veículos abastecida com bio-diesel. A Suécia implantou programa ambicioso de só utilizar combustíveis não-fósseis até 2020. A França investe em programas de substituição de fontes de energia, estimulando o uso das bicicletas em suas planas cidades e na adequação de sua matriz energética para a sua salvação ambiental, dentro do quadro estudado e normatizado pela União Européia, que determina calendário curto para essas adequações. Os Eua se debatem entre batalhas políticas e econômicas entre os grupos ambientalistas e progressistas e a visão conservadora dos grandes interesses das empresas petrolíferas, que dirigem seus olhares somente para seus lucros e ganhos, mesmo à custa de grandes desastres ambientais como os derramamentos de petróleo já ocorridos naquele país. O bio-diesel americano, produzido a partir do milho, não chega perto da produtividade das oleaginosas brasileiras, obrigando o governo a ocupar muita terra e elevado valor de subsídios.
Enquanto isso, nosso Brasil, dotado de significativa reserva de solo fértil, onde se plantando tudo dá, principalmente fontes renováveis de insumos que nos próximos anos valerão mais que tudo até agora pesquisado e desenvolvido: combustível limpo para manter a vida e a mobilidade do ser humano e alimento abundante para suportar uma população de 9 bilhões de devoradores de recursos, verdadeiros gafanhotos racionais, cada vez mais virados para seus egocentrismos de consumo e sobrevivência e cada vez mais dependentes de meios de abastecimento, para os quais não dedicam a mínima noção de como são obtidos. Nesse quadro mundial, cada vez mais geral e, ao mesmo tempo, paradoxalmente dependente das questões e fatores locais, o Brasil passa a ser visto, infelizmente, não por seu desenvolvimento ou por suas soluções criativas para combater a miséria e criar a justiça social. Ele passa a ser cobiçado por algo antigo, conceitualmente ultrapassado num mundo que diz valorizar o conhecimento, a formação do saber e a tecnologia inovadora e salvadora da qualidade e expectativa de vida. O velho conceito medieval do valor da terra, que já foi ultrapassado pelo capital e depois pelo conhecimento, volta a ser elemento de agudo interesse no painel do poder mundial. Dizem os especialistas brasileiros, das diversificadas empresas de consultoria que ajudam a vender o rico solo nacional para vorazes estrangeiros sedentos de alimento e energia, que após o Brasil esgotar seu estoque de terras, o que deve ocorrer nos próximos 20 anos, a Africa seria naturalmente a próxima fornecedora desse sangue em forma de terra que o mundo desenvolvido tanto necessitará para manter o privilégio de oferecer vida e energia para seus habitantes.
Fora o aspecto de soberania e a necessária valorização integrada de nossas potencialidades macroeconômicas, e das demandas de nossa população, que deverá chegar aos 250 milhões de habitantes nos próximos anos, é necessário despertar para o fato de que nossas terras, nessa virada conceitual empurrada pela consciência ambiental, passam a se constituir em fator critico e essencial de progresso e evolução de nossa sociedade. Num momento histórico em que grandes passos foram dados nos últimos 20 anos para chegarmos a um patamar minimamente digno de desenvolvimento humano, apesar de um IDH ainda muito baixo, não podemos deixar a euforia nos cegar ao ponto de começarmos a alienar um capital que representará o futuro do Brasil como sociedade humana civilizada. Quando falamos em terra, não nos referimos somente ao solo, ou subsolo e suas riquezas, que podem escoar de nossas mãos, e controle, para os interesses de paises que já esgotaram suas reservas e contaminaram a sua e boa parte da atmosfera de todo o mundo. Precisamos olhar todos os agregados que serão “exportados” juntamente com tudo que for produzido em nossas vendidas terras e sobre as quais corremos o risco de perder a soberania e determinação de uso. Nossas reservas de água, nosso sol, nosso regime de chuvas e irrigação natural, nossos ventos que movimentarão enormes usinas de energia eólica, tudo isso se constitui em um conjunto de valores agregados, altamente significativos e valorizados, que estarão permitindo elevados padrões de vida para os paises que tiverem comprado nossas baratas terras. O preço a pagar poderá ser a transformação do Brasil em um simpático, e primário, fornecedor de folguedos carnavalescos, ensolarado turismo, abundante alimentação e energia barata, que poderá manter nosso país na sua triste tradição de colonizado e, lamentavelmente, ameaçado de destituição de uma independência digna e de uma convivência mundial baseada no respeito mútuo e na aceitação das diferenças. Situação essa, que, se vier a se consolidar, poderá nos colocar novamente nos “tristes trópicos” observados pelo arguto antropólogo francês Levy-Stauss, em sua viagem financiada pelo governo frances, da época. Independência e soberania vão muito além de um histórico levantar de espada e de uma declaração de direitos. Num mundo faminto de fontes de energia, alimentos e medicamentos, nosso solo como grande potencial fornecedor de tudo isso precisa ser valorizado e resguardado, devida e estrategicamente, para que nossas trocas com o restante do mundo sejam de colaboração e complementariedade, mas sempre priorizando os interesses permanentes e essenciais de nossa sociedade e de nosso futuro como Nação.
Sociedades cada vez mais concentradas nas cidades e crescentemente dependentes de energia elétrica precisam incrementar as suas escalas de produção de alimentos e a disponibilização de conexões para seus habitantes poderem ligar aparelhos e equipamentos, que a sofisticação tecnológica permite. Terra de boa qualidade em grandes extensões, grande índice de insolação, regime de chuvas e abastecimento de água, ventos para gerar energia eólica, cursos d’água com vazão suficiente para implantação de PCH’s e, o que acaba se tornando o fator mais atraente, valores de compra muito baixos em relação ao que se pagaria, pelo pouco, e empobrecido, solo disponível nas nações compradoras. As limitações legais impostas e a elevada carga tributária na Europa e Eua, impelem aqueles conglomerados empresariais e humanos a buscar alternativas de soluções para o que poderá representar a sobrevivência de seus modelos de sociedade. E tudo sempre em ações bem afinadas com os interesses estratégicos de seu governos. A Alemanha já tem grande percentual de sua frota de veículos abastecida com bio-diesel. A Suécia implantou programa ambicioso de só utilizar combustíveis não-fósseis até 2020. A França investe em programas de substituição de fontes de energia, estimulando o uso das bicicletas em suas planas cidades e na adequação de sua matriz energética para a sua salvação ambiental, dentro do quadro estudado e normatizado pela União Européia, que determina calendário curto para essas adequações. Os Eua se debatem entre batalhas políticas e econômicas entre os grupos ambientalistas e progressistas e a visão conservadora dos grandes interesses das empresas petrolíferas, que dirigem seus olhares somente para seus lucros e ganhos, mesmo à custa de grandes desastres ambientais como os derramamentos de petróleo já ocorridos naquele país. O bio-diesel americano, produzido a partir do milho, não chega perto da produtividade das oleaginosas brasileiras, obrigando o governo a ocupar muita terra e elevado valor de subsídios.
Enquanto isso, nosso Brasil, dotado de significativa reserva de solo fértil, onde se plantando tudo dá, principalmente fontes renováveis de insumos que nos próximos anos valerão mais que tudo até agora pesquisado e desenvolvido: combustível limpo para manter a vida e a mobilidade do ser humano e alimento abundante para suportar uma população de 9 bilhões de devoradores de recursos, verdadeiros gafanhotos racionais, cada vez mais virados para seus egocentrismos de consumo e sobrevivência e cada vez mais dependentes de meios de abastecimento, para os quais não dedicam a mínima noção de como são obtidos. Nesse quadro mundial, cada vez mais geral e, ao mesmo tempo, paradoxalmente dependente das questões e fatores locais, o Brasil passa a ser visto, infelizmente, não por seu desenvolvimento ou por suas soluções criativas para combater a miséria e criar a justiça social. Ele passa a ser cobiçado por algo antigo, conceitualmente ultrapassado num mundo que diz valorizar o conhecimento, a formação do saber e a tecnologia inovadora e salvadora da qualidade e expectativa de vida. O velho conceito medieval do valor da terra, que já foi ultrapassado pelo capital e depois pelo conhecimento, volta a ser elemento de agudo interesse no painel do poder mundial. Dizem os especialistas brasileiros, das diversificadas empresas de consultoria que ajudam a vender o rico solo nacional para vorazes estrangeiros sedentos de alimento e energia, que após o Brasil esgotar seu estoque de terras, o que deve ocorrer nos próximos 20 anos, a Africa seria naturalmente a próxima fornecedora desse sangue em forma de terra que o mundo desenvolvido tanto necessitará para manter o privilégio de oferecer vida e energia para seus habitantes.
Fora o aspecto de soberania e a necessária valorização integrada de nossas potencialidades macroeconômicas, e das demandas de nossa população, que deverá chegar aos 250 milhões de habitantes nos próximos anos, é necessário despertar para o fato de que nossas terras, nessa virada conceitual empurrada pela consciência ambiental, passam a se constituir em fator critico e essencial de progresso e evolução de nossa sociedade. Num momento histórico em que grandes passos foram dados nos últimos 20 anos para chegarmos a um patamar minimamente digno de desenvolvimento humano, apesar de um IDH ainda muito baixo, não podemos deixar a euforia nos cegar ao ponto de começarmos a alienar um capital que representará o futuro do Brasil como sociedade humana civilizada. Quando falamos em terra, não nos referimos somente ao solo, ou subsolo e suas riquezas, que podem escoar de nossas mãos, e controle, para os interesses de paises que já esgotaram suas reservas e contaminaram a sua e boa parte da atmosfera de todo o mundo. Precisamos olhar todos os agregados que serão “exportados” juntamente com tudo que for produzido em nossas vendidas terras e sobre as quais corremos o risco de perder a soberania e determinação de uso. Nossas reservas de água, nosso sol, nosso regime de chuvas e irrigação natural, nossos ventos que movimentarão enormes usinas de energia eólica, tudo isso se constitui em um conjunto de valores agregados, altamente significativos e valorizados, que estarão permitindo elevados padrões de vida para os paises que tiverem comprado nossas baratas terras. O preço a pagar poderá ser a transformação do Brasil em um simpático, e primário, fornecedor de folguedos carnavalescos, ensolarado turismo, abundante alimentação e energia barata, que poderá manter nosso país na sua triste tradição de colonizado e, lamentavelmente, ameaçado de destituição de uma independência digna e de uma convivência mundial baseada no respeito mútuo e na aceitação das diferenças. Situação essa, que, se vier a se consolidar, poderá nos colocar novamente nos “tristes trópicos” observados pelo arguto antropólogo francês Levy-Stauss, em sua viagem financiada pelo governo frances, da época. Independência e soberania vão muito além de um histórico levantar de espada e de uma declaração de direitos. Num mundo faminto de fontes de energia, alimentos e medicamentos, nosso solo como grande potencial fornecedor de tudo isso precisa ser valorizado e resguardado, devida e estrategicamente, para que nossas trocas com o restante do mundo sejam de colaboração e complementariedade, mas sempre priorizando os interesses permanentes e essenciais de nossa sociedade e de nosso futuro como Nação.
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
O Novo Governo Estadual de SC E As Possibilidades Para O Periodo 2011\2014
(texto publicado no site http://www.economiasc.com.br/)
Nosso Estado tem uma característica histórica em sua caminhada socioeconômica: a ausência de latifúndios, as pequenas propriedades produtivas, a distribuição espacial descentralizada e infraestrutura industrial com uma topologia aderente aos aspectos ambientais, culturais e vocacionais ricamente espalhados, e explorados, em todos os quadrantes.
Nosso Estado tem uma característica histórica em sua caminhada socioeconômica: a ausência de latifúndios, as pequenas propriedades produtivas, a distribuição espacial descentralizada e infraestrutura industrial com uma topologia aderente aos aspectos ambientais, culturais e vocacionais ricamente espalhados, e explorados, em todos os quadrantes.
A herança europeia e uma atitude empreendedora construíram uma sociedade pouco dependente de governos e políticos, valorizando a vida comunitária e o envolvimento coletivo na obtenção de resultados e avanços sociais.
Os modelos de desenvolvimento local e regional foram concebidos justamente nessa visão independente e, de certa forma, apartados das negociações comandas por lideranças personalistas ou caudilhos políticos.
Apesar disso, e paradoxalmente a essa atitude, os processos político partidário e político eleitoral, centralizados no litoral e na capital Florianópolis, tiveram uma história bastante fechada, pouco participativa, que só começou a ser mudada na segunda metade do século vinte, no governo de Celso Ramos e posteriormente com a criação de uma Secretaria de Estado para Negócios do Oeste Catarinense, com sede na cidade de Chapecó.
Nos anos 1980, lemas de união e integração surgiram nas gestões governamentais e, no inicio dos anos 2000, foram criadas Secretarias de Estado de Desenvolvimento Regional, associadas a Conselhos de Desenvolvimento Regional, visando estimular uma nova SC mais sensível aos pleitos locais e incentivando a participação da sociedade em seus destinos.
As SDR`s teriam a missão de desmembrar o gigantesco e ineficaz corpo administrativo e gerencial governamental, cada vez mais centralizado em Florianópolis, dividindo-o em uma menor parte na Capital e em equipes ágeis e autônomas nas regiões.
Passados sete anos de sua criação, vários passos foram dados, desde um novo modelo de orçamento até as reuniões dos Conselhos regionais, passando pela inevitável mudança na representação legislativa, que foi compelida a se voltar para todo o Estado, e não somente nos momentos eleitorais.
Passados sete anos de sua criação, vários passos foram dados, desde um novo modelo de orçamento até as reuniões dos Conselhos regionais, passando pela inevitável mudança na representação legislativa, que foi compelida a se voltar para todo o Estado, e não somente nos momentos eleitorais.
Mas como todo corpo, seja orgânico ou organizacional, as SDR`s entraram na fase corporativista e precisam ser repensadas sob a ótica dos mais modernos instrumentos governamentais e empresariais de atendimento das demandas sociais.
Atualmente, em todo o mundo desenvolvido, já se abandonou o modelo superado dos governos onipresentes e onipotentes.
Atualmente, em todo o mundo desenvolvido, já se abandonou o modelo superado dos governos onipresentes e onipotentes.
As recentes crises dos anos 1980, 1990 e a de 2008 mostraram aos dirigentes que a construção de políticas públicas não pode mais ser uma atribuição unicamente estatal.
As novas concepções mostram a necessária parceria entre as áreas produtivas privadas e os órgãos estatais e governamentais.
As novas concepções mostram a necessária parceria entre as áreas produtivas privadas e os órgãos estatais e governamentais.
Assim como os mercados precisam ser regulados e controlados, as ações públicas necessitam do monitoramento da sociedade e de um trabalho conjunto que privilegie a realidade ambiental, cultural, econômica e social, permitindo que o processo de desenvolvimento seja uma construção conjunta e articulada entre todos os atores.
Um dos pontos fundamentais para a transformação das SDR`s em instrumentos dinâmicos trata das questões atinentes ao desenvolvimento de projetos e à captação de recursos para viabilizá-los.
Um dos pontos fundamentais para a transformação das SDR`s em instrumentos dinâmicos trata das questões atinentes ao desenvolvimento de projetos e à captação de recursos para viabilizá-los.
Essas secretarias nada farão se ficarem somente como partes desmembradas de um corpo central ou como postos avançados de uma gestão ultrapassada.
Sua real vocação, e essa era a inspiração inicial, é a de serem Agências de Desenvolvimento Regional, nos moldes dos serviços de extensão rural e urbano, e que tenham uma estrutura enxuta, capacitada e capacitante, e que possam participar da elaboração de diagnósticos socioeconômicos, projetos técnicos de implantação de soluções efetivas e ações para a captação de recursos financeiros.
É sabido que existem capitais privados e verbas de bancos especializados, que não chegam a ser utilizados por pura ausência de projetos bem elaborados dentro dos ditames das agências de fomento ao desenvolvimento.
Sua real vocação, e essa era a inspiração inicial, é a de serem Agências de Desenvolvimento Regional, nos moldes dos serviços de extensão rural e urbano, e que tenham uma estrutura enxuta, capacitada e capacitante, e que possam participar da elaboração de diagnósticos socioeconômicos, projetos técnicos de implantação de soluções efetivas e ações para a captação de recursos financeiros.
É sabido que existem capitais privados e verbas de bancos especializados, que não chegam a ser utilizados por pura ausência de projetos bem elaborados dentro dos ditames das agências de fomento ao desenvolvimento.
A excessiva presença do Governo Federal na vida dos Estados, além da absurda estrutura arrecadatória que centraliza 65% dos impostos em Brasília, também se deve à falta de uma política pública integrada de desenvolvimento das regiões e dos municípios, que deveria ser uma estratégia prioritária dos governadores.
Se o novo governo estadual souber aproveitar o ímpeto natural da fase de mudança, tendo como base a história e a cultura de independência e empreendedorismo que Santa Catarina ostenta, poderá o novo dirigente catarinense construir uma inovadora camada conceitual para a estrutura de gestão do Estado Barriga Verde, na qual a sociedade passará de um modelo representativo para uma instancia mista, com a sua participação efetiva.
Os resultados poderão ser a descoberta de uma identidade catarinense, que permitirá uma aliança de valores e consciências locais com as mais atuais expressões mundiais de desenvolvimento.
Se o novo governo estadual souber aproveitar o ímpeto natural da fase de mudança, tendo como base a história e a cultura de independência e empreendedorismo que Santa Catarina ostenta, poderá o novo dirigente catarinense construir uma inovadora camada conceitual para a estrutura de gestão do Estado Barriga Verde, na qual a sociedade passará de um modelo representativo para uma instancia mista, com a sua participação efetiva.
Os resultados poderão ser a descoberta de uma identidade catarinense, que permitirá uma aliança de valores e consciências locais com as mais atuais expressões mundiais de desenvolvimento.
Nossos capitais humano e ambiental permitem e propiciam arrojadas e corajosas iniciativas. Votos para isso o novo governador recebeu.
Apoio político não lhe será negado para essa empreitada.
Tudo dependerá de seu timing, de sua sensibilidade e de seu senso de oportunidade.
A partir de janeiro de 2011 saberemos se o desafio será enfrentado.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
Os Doutores De Coração
O titulo deste texto pode parecer que gostaríamos de escrever sôbre médicos e médicas dedicados a assuntos cardíacos, puramente clínicos.
Mas a intenção é realmente falarmos sôbre médicos e médicas que trabalham de forma dedicada, carinhosa e receptiva, valorizando a qualidade de vida e a felicidade de seus pacientes.
Recentemente, fazendo um percorrido por consultórios e laboratórios, para a realização de um check-up, na cidade de São Paulo, constatei um quadro muito alentador.
Aquela cidade, por sua formação como grande centro industrial, forjou uma cultura de elevado padrão de produzir algo para alguém.
Esse aspecto, além da alta qualidade em produtos e serviços oferecidos, em todas as áreas, repercute no campo da saúde, onde se pode encontrar desde atendimento elegante e eficaz das áreas de recepção até a competência e especialização nos diversos segmentos da medicina.
No Incor do Hospital das Clinicas, o maravilhoso atendimento de todos os seus centros de exames passa a ser melhor entendido quando nos consultamos com o Dr. Fábio Fernandes, atencioso especialista, que dá uma dimensão ampla à sua profissão, quando envolve seus pacientes com desvelo a comprometimento, demonstrando a sua crença na superação graças à confiabilidade e a um padrão de humanidade que estabelece laços altamente curativos para os seres humanos;
No Centro Médico Rebouças, a maternal Dra. Rosane D'Arezzo Darrieux só tem suas bondade e carinhosa atitude ultrapassadas por sua competência técnica e pessoal.
Sua consulta é abrangente, envolvente e motivadora mostrando-nos que somos agentes ativos em nossas vidas e que podemos participar positivamente e em vários níveis na renovação de nossas caminhadas e jornadas.
A Dra. Simone Perez Pilli, do Hospital Samaritano, é de uma delicadeza única, minimizando os receios e injetando segurança, com sua suavidade e acolhimento.
Seus olhos prescrutam corpo e alma, transmitindo segurança e bons fluídos.
Cerca seus pacientes com sua tranquilidade, trazida da bela Piracicaba, cidade que trocou por São Paulo, para alegria e júbilo de quem recorre a esta gigantesca cidade, que reune pessoas tão diversas e maravilhosas.
E assim podem ser descritas essas pessoas que nos dão carinho, beleza, suavidade e compreensão.
Cuidam do campo não-material dos pacientes, com os mesmos olhos e rituais especializados, que aplicam ao usar seus conhecimentos de ponta para melhorar vidas e construir esperanças.
São, efetivamente, médicos e médicas de coração.
Trabalham com ele, atraves dele e chegam aos corações de seus atendidos.
A megalópole paulista até fica pequena e agradável, como pequenas e solidárias cidades interioranas, quando se encontram profissionais com esses perfís.
Eles provam com suas atuações humanas exemplares que o amor e a delicadeza são os principais remédios no processo de cura.
Que seus exemplos iluminem outros campos profissionais.
terça-feira, 7 de setembro de 2010
BRASIL POTÊNCIA REGIONAL: MENOS GASTOS PÚBLICOS, MAIS POUPANÇA E INVESTIMENTOS E PRIORIZAÇÃO PARA A INFRAESTRUTURA
Nosso país está entre os três mais preferidos pelas grandes organizações multinacionais para receber investimentos, em todo o mundo.
Os dois primeiros são China e Índia e, com exceção dos EUA, que ocupam a quarta posição, os
emergentes estão nas primeiras cinco posições, com a Rússia na quinta.
Não é à toa essa priorização.
Os donos do capital financeiro, uma fatia de mais de um trilhão de dólares, precisam de matérias primas, commodities, e mercados internos com boas condições de oferta de crédito e consumo, como é o caso brasileiro.
Essa procura se justifica em um mundo onde o buraco ambiental começa a assustar o modelo extrativista e as escalas de produção e consumo mostram sinais de exaustão e exigem mudanças de padrão.
Por outro lado além das expansões de operações pouco ortodoxas do Banco do Brasil e do BNDES, que a pedido da Presidência da Republica financiam operações para outros países em territórios não brasileiros, o Brasil alcança uma preocupante aceleração nas importações, batendo o recorde de déficit nessa conta, importando desde têxteis da China até lustres da Áustria, fazendo com que tenhamos importado até julho de 2010 45% a mais que em todo o ano
passado.
Nossas exportações subiram somente 27% nesse período.
Foram criadas 3.883 empresas importadoras até julho, o que faz prever a soma de mais de 40.000 até o final
deste ano.
Enquanto isso, teremos menos da metade de empresas exportadoras, algo em torno de 19.200.
Esses dados aliados a mais alguns podem nos fornecer uma matriz preocupante.
Nosso investimento está em 18% do PIB, enquanto a China chega a 44%.
O Brasil poupa 15% do PIB, enquanto a China vai a 54,5% e a India chega a 31,4%.
Entre 1994 o gasto público subiu mais de 500 bilhões de reais e a mordidaTributária abocanhou 46% do PIB.
A valorização do Real e os restos da crise financeira mundial podem jogar nosso país num caminho de deslumbramento fazendo com que comecemos aassumir compromissos de país rico, quando ainda temos muitas carências essencias, de país pobre e muito desigual, para começar a
atender.
O Banco do Brasil está financiando uma operação de uma empresa Israelense na Colômbia, onde será implantada uma usina de álcool, num valor de 230 milhões de dólares.
Tudo isso para que a empresa de Israel compre alguns equipamentos da industria nacional.
Não seria mais interessante para a Nação Brasileira alocar esses recursos para a divulgação, promoção e financiamento de industrias brasileiras para que elas atingissem o patamar necessário para concorrer com as estrangeiras?
Outra prioridade brasileira, muito preocupante para a expansão de nossas atividades econômicas é a questão das estradas, das ferrovias, dos portos e aeroportos.
Além do processo de desenvolvimento econômico, os compromissos recentemente assumidos pelo Brasil com a realização de uma Copa do Mundo e da Olimpiada de 2016, nos aumentam a lista de pendências e prioridades.
A construção de um projeto de Brasil Potência terá que passar, necessariamente, ´por uma agenda positiva que contemple as efetivas e coerentes prioridades da sociedade brasileira, para evitar que nos transformemos num pesado monumento assentado sobre pés de barro.
sábado, 21 de agosto de 2010
Momento de Decisão: A Sociedade do Conhecimento E A Formação do Saber Para Colocar Nosso Estado No Terceiro Milênio
O ano de 2010 oferece à cidadania brasileira a rara oportunidade de renovar os representantes legislativos, em nível estadual e federal, os cargos de governador e presidente da República.
Esse momento encerra uma ampla possibilidade de mudança e renovação, que pode ecoar em toda a sociedade.
Que, em suma, é a essência da democracia republicana.
Renovar para inovar, mantendo a impessoalidade do processo.
Vivemos a primeira década do terceiro milênio, fase de abundante tecnologia de ponta, que disponibiliza para todos um enorme volume de informação.
A informação como insumo na formação do conhecimento é essencial, e para isso precisamos entendê-la devidamente e classificá-la para transformá-la em saber.
Esse estágio, o do saber, nos permite analisar, correlacionar, organizar dados, inferências, para que possamos tomar decisões, de forma geral, que acabam formando nosso quadro de direções e sentidos atribuídos à nossa vida.
As diversas formas de mídia existentes, jornais, rádios, televisões, redes sociais, e tantas outras, exibem o espectro informacional, oferecendo uma cobertura ampla, instantânea e ilustrada da realidade humana mundial.
Se a informação é um importante insumo, por sua abundância, não deveriam faltar decisões adequadas, e corretas, para os seres humanos.
Nesta primeira década milenar, também constatamos que a vida no globo se transformou numa grande aglomeração urbana, em busca de brilho, luzes, confortos, escalas de produção e consumo, lazer, cultura, educação, trabalho, e realização pessoal.
A calma rural, a tranqüilidade dos campos, a placidez das imensas paisagens, a direta observação dos fenômenos naturais, foram trocadas pela vida em cubículos, preço a pagar pelas menores superfícies disponíveis, pelas racionalizações de espaços e pelos valores e relacionamentos humanos criados a partir da verticalização das soluções imobiliárias e de espaços cada vez mais exíguos.
Grandes redes, em todos os níveis, servem essas concentrações, ocupando espaços subterrâneos, permitindo que várias formas de energia, redes de comunicação, informação e lazer, estejam presentes, ou pelo menos disponíveis, em quase todas as habitações e unidades comerciais.
As pessoas se movimentam em espaços crescentemente limitados, como elevadores, táxis, ônibus, metrôs, trens, lotações, e, quando conseguem, em seus próprios carros.
A par dessa realidade que se aproxima dos escritos e prospecções de Aldous Huxley e George Orwell, pelos avanços das tecnologias do século XX e da nanotecnologia do século XXI, ainda convivemos com aspectos muito prosaicos, atrasados, primários, rudes e desconcertantes para nossa atualidade.
Nosso Estado, grande fator de demonstração de uma série de primeiros lugares em produção de alimentos, de exportação, de pólos de tecnologia da informação, de grande número de campi universitários, paradoxalmente ainda exibe, também, primeiras pouco elogiáveis colocações em saneamento básico, suprimento de água potável, desnível social e concentração de renda.
Esses tópicos nos remetem, pela força de seus números, não ao século passado, lamentavelmente, mas ao século XIX, quando as sociedades, em todo o mundo, desenvolviam grandes esforços para acabar com a peste, com as contaminações e com a injustiça social, acalentadoras de oportunistas e ditadores, e fomentadoras de grandes e emotivos movimentos de massas, que no inicio do século passado foram equacionados ou resolvidos por aquelas sociedades, que se transformaram nas atuais mais desenvolvidas do mundo.
Hoje os sindicatos estão domesticados pelos dispositivos de poder, os movimentos sociais efetivos e coerentes possuem pouca força institucional para reivindicar direitos e opções para as classes menos favorecidas, e o crédito abundante, barato e aprisionante, pelo elevado numero de prestações, se transformou na grande e embriagadora mão invisível dos governos para manipular os empobrecidos na sensação de saciedade material.
Eletrodomésticos e carrinhos mil cilindradas enchem as casas e cidades, congestionando ruas e tapando os buracos das almas humanas, que não conseguem respostas para as questões mais existenciais, como a falta de cortesia, a ausência de solidariedade, as indelicadezas nas ruas e a massificação da grosseria e da violência, indiscriminadas.
Esse “salve-se quem puder” acaba sendo objeto dos consultórios médicos e psicológicos, para os que podem a eles se candidatar, e pagar, ou então para as Igrejas, que atualmente assumiram o grande papel de acalmar as almas aflitas, e desajustadas, por essa sociedade do muito ter e ou da enorme frustração de nada conseguir.
Essa grande demanda de objetos financiados, carnês com muitas folhas para pagar todo o mês, tem seu lado estruturante de uma nova economia “pujante”, apesar dos preocupantes níveis de baixa qualidade da educação, da saúde, dos transportes e da falta de serviços de segurança pública, à altura das complexas relações sociais entre os que muito tem, os que começam a ter alguma coisa e o grande contingente dos que continua nada tendo, mas muito motivados a buscar seus direitos, nem que seja pela violência física ou das armas.
A entrada no terceiro milênio, para o mundo todo, está se caracterizando pela busca imediata de novas fontes de energias alternativas para evitar o aumento do buraco ambiental e das manifestações anômalas do clima, que se altera visivelmente.
Salvar o planeta é uma emergência para que se possa caminhar rumo a uma etapa mais sábia de vida, quando se poderá aplicar todo o aprendido no século da revolução industrial, da urbanização e da ciência de ponta.
Mas continuar carregando as incompletudes estruturais, sociais, sociológicas, das chagas deixadas por administradores e governantes pouco escrupulosos de suas obrigações republicanas, éticas e morais pode gerar grande atraso para que a sociedade catarinense venha a se ombrear com outros estados, e nações, que já veem atribuindo seriedade e coerência para as gestões públicas, voltadas ao resgate real das necessidades básicas das pessoas, que passam pelas obras que há muito já deveriam ter saído do rol de promessas vazias e demagógicas de campanhas políticas milionárias, e sem continuidade.
Se os homens públicos tanto se gabam de muito viajar, e circundar o mundo várias vezes, que essa ocupação se transforme em replicação de exitosas experiências observadas em seus périplos, muito caros e de retorno discutível, quando tomam contato com dirigentes que estão efetivando os saltos qualitativos de suas sociedades.
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
O Risco Ambiental E O Binômio (Probabilidade x Consequência) Diante Dos Novos Investimentos
A emocionalidade e o imediatismo são ingredientes questionáveis quando se precisa avaliar opções para investimentos, que possam envolver grandes impactos ambientais, investimentos elevados, promessas de muitos empregos e dispensa de obrigações públicas e isenções fiscais.
Mobilizações políticas e de lideranças da sociedade, ainda mais em ano eleitoral, precisariam de bom embasamento especializado técnico/científico para balizar posições assumidas e dimensionar riscos, probabilidades e conseqüências.
Nas empresas, de acordo com pesquisa divulgada por John Elkington, autoridade reconhecida mundialmente em sustentabilidade, apenas trinta por cento dos executivos estão realmente envolvidos e procurando soluções novas para a questão da ação industrial sobre o ambiente natural.
Em várias organizações os programas de responsabilidade social corporativa muitas vezes são interpretados, ou confundidos, como se a empresa adotasse práticas sustentáveis.
Também não se pode interpretar o equilíbrio entre o produtivo, o social e o ambiental, como uma política sustentável efetiva e correta.
As atividades empresariais e seus conceitos, muitos deles ainda dos séculos XIX e XX precisam se reciclar, e atualizar, para a complexidade do momento que se vive, e para o futuro que está sendo deixado para as próximas gerações.
Um dos principais aspectos a ser estudado, profundamente, antes de qualquer pronunciamento, ou aprovação de novas plantas industriais, é o relativo a um sério e abrangente estudo sobre o risco ambiental.
O risco é diretamente ligado a dois fatores fundamentais: a probabilidade de ocorrência de acidente e a conseqüência que possa decorrer.
Assim, a equação risco ambiental = probabilidade x conseqüência, nos daria uma avaliação realista de todos os fatores envolvidos, evitando a superficialidade e o imediatismo em posições assumidas.
Um investimento pode representar uma probabilidade baixa de acidentes, mas a avaliação das possíveis conseqüências danosas, mesmo de um pouco provável acidente ambiental, pode nos colocar em posição de muita cautela, pois mesmo distante da implantação, uma conseqüência pode ser muito destrutiva em termos de vidas humanas e danos ambientais.
No vale do Itajaí a ocupação, nos 20 anos depois das enchentes de 83 e 84, das encostas e topos de morros apresentou, aparentemente, baixa probabilidade de acidente por um bom tempo.
Só que as conseqüências, quando vieram, foram catastróficas e letais, em grande escala.
Os custos elevados em vidas, o abalo social e psicológico, a queda da produção industrial, o elevado custo público denunciaram, com muito atraso, que a aparente baixa probabilidade constatada nos anos oitenta, foi superada de forma surpreendente e brutal por uma conseqüência mal avaliada duas décadas antes.
Esse é outro aspecto importante.
Muitas vezes a distância cronológica entre a baixa probabilidade de acidente, na fase da implantação e a conseqüência faz com que não se estabeleça uma relação, de causa e efeito, entre esses dois fatores.
Por isso ambos devem ser muito bem estudados na fase de licenciamento de qualquer investimento, evitando que o entusiasmo imediato substitua a informação científica e de boa qualidade técnica, que poderá alertar para quadros como o que causou grande destruição em Blumenau e região em 2008, e que ainda registra metástases humanas, com pessoas e famílias vivendo em situações provisórias, e verbas prometidas, a posteriori, e ainda não repassadas de todo.
Por isso ambos devem ser muito bem estudados na fase de licenciamento de qualquer investimento, evitando que o entusiasmo imediato substitua a informação científica e de boa qualidade técnica, que poderá alertar para quadros como o que causou grande destruição em Blumenau e região em 2008, e que ainda registra metástases humanas, com pessoas e famílias vivendo em situações provisórias, e verbas prometidas, a posteriori, e ainda não repassadas de todo.
E tudo com um custo ambiental exponencial, se comparado ao que se teria investido em educação ambiental e relocação de casas e pessoas para que os morros não fossem comprometidos com a remoção da cobertura verde nativa.
Normalmente, a análise do aspecto puramente econômico deixa um bom número de lideranças e representantes políticos muito animados com as possibilidades de alguns milhares de empregos, de discutíveis valores de impostos a ser recolhidos diante das promessas das administrações municipais de renúncias ou isenções tributárias.
Muitos aspectos puramente subjetivos, como a vaidade de governantes e entidades associativas, pesam significativamente mesmo quando a prudência recomendaria a contratação de estudos altamente especializados, de técnicos e pesquisadores das nossas boas universidades e de centros de pesquisa, neutros e isentos.
O recente acidente com uma plataforma de captação de petróleo de grande profundidade, nas costas da parte sul dos Estados Unidos, é uma demonstração que a fórmula risco = probabilidade x conseqüência não foi devida e preventivamente estudada.
A tecnologia utilizada pela BP, supostamente já bem dominada ao longo de muitos anos, gerou um relaxamento na avaliação da possível conseqüência de um acidente, numa profundidade de 1.500 metros, menor que muitas outras sondas que são utilizadas em fossas marítimas mais profundas.
Os resultados ai estão, sobejamente noticiados e fotografados pela mídia mundial, que atesta o horror da destruição ambiental, numa vasta região que levará, se conseguir em sua totalidade, se reequilibrar ambientalmente ao longo de, no mínimo, meio século de bem trabalhadas providências.
Normalmente, a análise do aspecto puramente econômico deixa um bom número de lideranças e representantes políticos muito animados com as possibilidades de alguns milhares de empregos, de discutíveis valores de impostos a ser recolhidos diante das promessas das administrações municipais de renúncias ou isenções tributárias.
Muitos aspectos puramente subjetivos, como a vaidade de governantes e entidades associativas, pesam significativamente mesmo quando a prudência recomendaria a contratação de estudos altamente especializados, de técnicos e pesquisadores das nossas boas universidades e de centros de pesquisa, neutros e isentos.
O recente acidente com uma plataforma de captação de petróleo de grande profundidade, nas costas da parte sul dos Estados Unidos, é uma demonstração que a fórmula risco = probabilidade x conseqüência não foi devida e preventivamente estudada.
A tecnologia utilizada pela BP, supostamente já bem dominada ao longo de muitos anos, gerou um relaxamento na avaliação da possível conseqüência de um acidente, numa profundidade de 1.500 metros, menor que muitas outras sondas que são utilizadas em fossas marítimas mais profundas.
Os resultados ai estão, sobejamente noticiados e fotografados pela mídia mundial, que atesta o horror da destruição ambiental, numa vasta região que levará, se conseguir em sua totalidade, se reequilibrar ambientalmente ao longo de, no mínimo, meio século de bem trabalhadas providências.
E tudo a um elevado custo para os cidadãos e seus impostos.
Ou seja, os aparentes ganhos inicialmente constatados, foram apagados pela destruição em escala gigantesca.
A conseqüência, e eventuais dispositivos para combate-la, foram menosprezadas pelo investidor, e governo norteamericano, considerando que, até então, aquele tipo de probabilidade era, estatisticamente, muito baixa.
É lógico que a sociedade humana, às vésperas de contabilizar seus sete bilhões de seres sobre a face da terra, necessitando de alimento, abrigo, roupa, saúde e trabalho, precisa pensar em escalas que venham a atender esse quadro dos próximos 50 anos, quando poderemos chegar aos 9 bilhões.
Mas não podemos mais ignorar e desconsiderar que a exaustão das potencialidades de nosso patrimônio ambiental está chegando ao seu limite, diante deste modelo de escala que ai está e, que se quisermos sobreviver, como raça humana, teremos que abandonar visões ultrapassadas ou imediatistas, para construir uma nova relação de produção e consumo, que respeite as limitações de nossa Terra.
Não será muito difícil, se nos dispusermos a estudar e ouvir os cientistas e técnicos, que, há muito tempo, pesquisam e estudam o novo mundo possível.
Ou seja, os aparentes ganhos inicialmente constatados, foram apagados pela destruição em escala gigantesca.
A conseqüência, e eventuais dispositivos para combate-la, foram menosprezadas pelo investidor, e governo norteamericano, considerando que, até então, aquele tipo de probabilidade era, estatisticamente, muito baixa.
É lógico que a sociedade humana, às vésperas de contabilizar seus sete bilhões de seres sobre a face da terra, necessitando de alimento, abrigo, roupa, saúde e trabalho, precisa pensar em escalas que venham a atender esse quadro dos próximos 50 anos, quando poderemos chegar aos 9 bilhões.
Mas não podemos mais ignorar e desconsiderar que a exaustão das potencialidades de nosso patrimônio ambiental está chegando ao seu limite, diante deste modelo de escala que ai está e, que se quisermos sobreviver, como raça humana, teremos que abandonar visões ultrapassadas ou imediatistas, para construir uma nova relação de produção e consumo, que respeite as limitações de nossa Terra.
Não será muito difícil, se nos dispusermos a estudar e ouvir os cientistas e técnicos, que, há muito tempo, pesquisam e estudam o novo mundo possível.
O "Conflito" Venezuela x Colômbia, A Política Externa Brasileira E As Heranças Para 2011- Repercussões Econômicas e Militares
(texto também publicado no site www.economiasc.com.br)
Venezuela e Colômbia já se relacionam há um bom tempo em clima de acusações mútuas e ações dúbias de fronteira, e de mídia.
Enquanto a Colômbia recebe e hospeda sete bases militares norteamericanas, muito bem armadas e aparelhadas, com alta tecnologia, sob o pretexto de combate ao narcotráfico e controle de evasão de drogas para o território dos EUA, o governo colombiano mantém combate antigo com as FARC, às quais acusa de não serem forças revolucionárias, de cunho político, e sim tropas de apoio armado à ação de narcotraficantes.
A Venezuela, depois da posse de seu atual Presidente, tem mantido um volume elevado de renovação do armamento de suas forças militares, adquirindo significativos pacotes armamentistas para todos os segmentos terrestres, aéreos e marítimos.
Além disso, dentro de um “renascimento” de identidades históricas, o atual governo revisa conceitos quanto à liderança de seu país, em um processo que seria uma revalorização revolucionária dos papéis históricos dos libertadores da América.
Isso tudo acompanhado de um bom volume de escaramuças fronteiriças, que acabaram desaguando no atual quadro de denúncias da Colômbia e de rompimento de relações pela Venezuela.
Historicamente bastante ligadas Venezuela e Colômbia tiveram suas independências muito próximas, nos anos 1829 e 1830, num processo comandado por vários lideres sulamericanos, principalmente Simon Bolívar, que lutou em ambos os paises, além de muitos outros, que foram libertados com a sua participação.
Bolívar, depois de estudar na Europa e ser influenciado por idéias iluministas, dedicou grande esforço na implantação das repúblicas independentes do domínio espanhol, e difundiu ideais antimonárquicos.
Na atualidade, distantes das lutas de libertação que quase as transformaram em uma única nação, Colômbia e Venezuela, talvez por novas influências da geopolítica deste século XXI, se enfrentam em batalhas midiáticas e propagandisticas, criando uma região de desgaste e conflitos numa América do Sul, que luta para evoluir e partir para uma nova geração de cidadãos, mais sintonizados com a modernidade na esteira das transformações globais.
Como em quase todos os paises do bloco, se exerce pesado personalismo nas ações presidenciais, o que se constitui, ainda, em característica comum aos chefes de governo das nossas ex-“republicas das bananas”.
Nossos governantes, falando português ou espanhol, em sua maioria poderiam fazer parte dos registros mais tragicômicos da filmografia e bibliografia da nossa história, que mostravam atitudes passionais, pouca preocupação com a sociedade e muita motivação com as bravatas ligadas mais à musculatura do que aos neurônios.
A diferença essencial, é que na época de lideres como Simon Bolívar, a destruição das armas poderia produzir efeitos no pouco alcance das balas dos canhões, ou no comprimento das espadas portadas por aquelas figuras.
Venezuela e Colômbia já se relacionam há um bom tempo em clima de acusações mútuas e ações dúbias de fronteira, e de mídia.
Enquanto a Colômbia recebe e hospeda sete bases militares norteamericanas, muito bem armadas e aparelhadas, com alta tecnologia, sob o pretexto de combate ao narcotráfico e controle de evasão de drogas para o território dos EUA, o governo colombiano mantém combate antigo com as FARC, às quais acusa de não serem forças revolucionárias, de cunho político, e sim tropas de apoio armado à ação de narcotraficantes.
A Venezuela, depois da posse de seu atual Presidente, tem mantido um volume elevado de renovação do armamento de suas forças militares, adquirindo significativos pacotes armamentistas para todos os segmentos terrestres, aéreos e marítimos.
Além disso, dentro de um “renascimento” de identidades históricas, o atual governo revisa conceitos quanto à liderança de seu país, em um processo que seria uma revalorização revolucionária dos papéis históricos dos libertadores da América.
Isso tudo acompanhado de um bom volume de escaramuças fronteiriças, que acabaram desaguando no atual quadro de denúncias da Colômbia e de rompimento de relações pela Venezuela.
Historicamente bastante ligadas Venezuela e Colômbia tiveram suas independências muito próximas, nos anos 1829 e 1830, num processo comandado por vários lideres sulamericanos, principalmente Simon Bolívar, que lutou em ambos os paises, além de muitos outros, que foram libertados com a sua participação.
Bolívar, depois de estudar na Europa e ser influenciado por idéias iluministas, dedicou grande esforço na implantação das repúblicas independentes do domínio espanhol, e difundiu ideais antimonárquicos.
Na atualidade, distantes das lutas de libertação que quase as transformaram em uma única nação, Colômbia e Venezuela, talvez por novas influências da geopolítica deste século XXI, se enfrentam em batalhas midiáticas e propagandisticas, criando uma região de desgaste e conflitos numa América do Sul, que luta para evoluir e partir para uma nova geração de cidadãos, mais sintonizados com a modernidade na esteira das transformações globais.
Como em quase todos os paises do bloco, se exerce pesado personalismo nas ações presidenciais, o que se constitui, ainda, em característica comum aos chefes de governo das nossas ex-“republicas das bananas”.
Nossos governantes, falando português ou espanhol, em sua maioria poderiam fazer parte dos registros mais tragicômicos da filmografia e bibliografia da nossa história, que mostravam atitudes passionais, pouca preocupação com a sociedade e muita motivação com as bravatas ligadas mais à musculatura do que aos neurônios.
A diferença essencial, é que na época de lideres como Simon Bolívar, a destruição das armas poderia produzir efeitos no pouco alcance das balas dos canhões, ou no comprimento das espadas portadas por aquelas figuras.
E as conseqüências econômicas teriam o freio natural de pouco expressivas produções de matérias primas.
Agora, as repercussões, além de uma destruição física em padrões vietnamitas ou iraquianos, podem gerar problemas econômicos de grande envergadura em vários continentes.
Além das armas com grande poder destrutivo, as relações econômicas num mundo integrado e interligado por relações bi e multilaterais podem alcançar conseqüências inimagináveis, equivalentes à crise Grega recente, que não ameaçou somente a zona do Euro, mas a todo o mundo, recém saído de uma crise financeira especulativa.
A Venezuela é um dos maiores produtores e exportadores de petróleo, do mundo.
Agora, as repercussões, além de uma destruição física em padrões vietnamitas ou iraquianos, podem gerar problemas econômicos de grande envergadura em vários continentes.
Além das armas com grande poder destrutivo, as relações econômicas num mundo integrado e interligado por relações bi e multilaterais podem alcançar conseqüências inimagináveis, equivalentes à crise Grega recente, que não ameaçou somente a zona do Euro, mas a todo o mundo, recém saído de uma crise financeira especulativa.
A Venezuela é um dos maiores produtores e exportadores de petróleo, do mundo.
A Colômbia tem uma pauta de exportações muito significativa para a Venezuela.
Somente esses aspectos já são suficientes para que a UNASUL, a OEA e a própria ONU, passem a se envolver e se preocupar com a extensão e os resultados que uma crise de personalismos possa se transformar numa guerra real, econômica e/ou militar.
Aos vendedores de armamentos é lógico que interessa uma “guerrinha” de vez em quando. Afinal com a diminuição da intensidade das guerras no Iraque e Afeganistão, novos conflitos precisam alimentar um dos três comércios mais rentáveis do mundo, fora o tráfico de pessoas e órgãos, e o de drogas.
Mas para a América do Sul, já tão castigada por outros combates contra a fome, a injustiça social e a concentração de renda em poucas mãos, afinal de contas ainda somos o continente mais desigual do mundo, esse novo combate entre dois paises irmãos só pode gerar perda de qualidade e novos atrasos em sua caminhada histórica, e busca de novos horizontes.
Uma eventual mediação brasileira, nesta fase final do governo atual de nosso país, merecerá muito cuidado para que envolvimentos pessoais de governantes não venham a substituir intervenções diplomáticas e se constituir em preocupantes heranças para quem assumir a Presidência do Brasil em janeiro de 2011.
Toda a situação é muito transitória para que se venham a tomar medidas e assumir compromissos permanentes.
Na Colômbia, o novo Presidente eleito tomará posse em suas funções em pouco tempo e precisará de um prazo mínimo para estudar a situação criada pelas acusações de seu antecessor contra o mandatário venezuelano.
O Brasil só poderá desempenhar um papel de mediador, se tiver a delegação das organizações como UNASUL e/ou OEA.
Não poderá correr novo risco de ficar isolado numa iniciativa individual, como na situação em que se envolveu junto com a Turquia e Irã.
Alem disso, todo esse “imbroglio” merece uma atuação de estadistas e de diplomatas, com a influência das melhores escolas humanistas e pacifistas, para que não se corra o risco de retrocessos se atuarem nessa crise presente os folclóricos representantes forjados nas escolas da típica “Macondo”, fruto da alegre crítica do consagrado escritor Gabriel Garcia Marques aos “compadritos” sem valores éticos e aos muito locais fazedores de uma história, que só se explica e alcança alguma lógica nos domínios do realismo fantástico de seu famoso best-seller "Cem Anos de Solidão".
Somente esses aspectos já são suficientes para que a UNASUL, a OEA e a própria ONU, passem a se envolver e se preocupar com a extensão e os resultados que uma crise de personalismos possa se transformar numa guerra real, econômica e/ou militar.
Aos vendedores de armamentos é lógico que interessa uma “guerrinha” de vez em quando. Afinal com a diminuição da intensidade das guerras no Iraque e Afeganistão, novos conflitos precisam alimentar um dos três comércios mais rentáveis do mundo, fora o tráfico de pessoas e órgãos, e o de drogas.
Mas para a América do Sul, já tão castigada por outros combates contra a fome, a injustiça social e a concentração de renda em poucas mãos, afinal de contas ainda somos o continente mais desigual do mundo, esse novo combate entre dois paises irmãos só pode gerar perda de qualidade e novos atrasos em sua caminhada histórica, e busca de novos horizontes.
Uma eventual mediação brasileira, nesta fase final do governo atual de nosso país, merecerá muito cuidado para que envolvimentos pessoais de governantes não venham a substituir intervenções diplomáticas e se constituir em preocupantes heranças para quem assumir a Presidência do Brasil em janeiro de 2011.
Toda a situação é muito transitória para que se venham a tomar medidas e assumir compromissos permanentes.
Na Colômbia, o novo Presidente eleito tomará posse em suas funções em pouco tempo e precisará de um prazo mínimo para estudar a situação criada pelas acusações de seu antecessor contra o mandatário venezuelano.
O Brasil só poderá desempenhar um papel de mediador, se tiver a delegação das organizações como UNASUL e/ou OEA.
Não poderá correr novo risco de ficar isolado numa iniciativa individual, como na situação em que se envolveu junto com a Turquia e Irã.
Alem disso, todo esse “imbroglio” merece uma atuação de estadistas e de diplomatas, com a influência das melhores escolas humanistas e pacifistas, para que não se corra o risco de retrocessos se atuarem nessa crise presente os folclóricos representantes forjados nas escolas da típica “Macondo”, fruto da alegre crítica do consagrado escritor Gabriel Garcia Marques aos “compadritos” sem valores éticos e aos muito locais fazedores de uma história, que só se explica e alcança alguma lógica nos domínios do realismo fantástico de seu famoso best-seller "Cem Anos de Solidão".
quinta-feira, 22 de julho de 2010
BRASIL 2011: PRIORIDADE DEVE SER A REVOLUÇÃO EM EDUCAÇÃO E INOVAÇÃO
(artigo também publicado no site www.economiasc.com.br)
O “gigante” continua adormecido em berço nem tão esplêndido.
O Brasil não está bem na área de educação formal pública.
O “gigante” continua adormecido em berço nem tão esplêndido.
O Brasil não está bem na área de educação formal pública.
Os recentes exames de avaliação promovidos pelo próprio Ministério da Educação comprovam o grande atraso da estrutura que deveria estar preparando o país para seu futuro.
O novo presidente da República, os eleitos governadores dos estados e os legisladores receberão uma herança pesada e irresponsável de seus antecessores.
O novo presidente da República, os eleitos governadores dos estados e os legisladores receberão uma herança pesada e irresponsável de seus antecessores.
São muitos os países que superaram, em curto prazo, situações de defasagem em relação a outros, devido a uma história de abandono da área educacional.
Mas o Brasil, que muito tem investido em assistencialismo e ações pontuais, começa a perceber, formalmente, o que já se sabia por meio de outras avaliações transversais de sua realidade.
A falta de uma cidadania mais ativa e controladora das ações governamentais e legislativas, a ausência de uma postura construtiva, desde primários relacionamentos de vizinhança até o resguardo dos recursos públicos, e de como são aplicados, reflete uma servidão que deságua na alienação as vezes muito desejada pelo poder.
No setor empresarial, não são poucas as oportunidades em que as carências da educação formal são denunciadas a ponto de faltar mão de obra preparada e especializada para vários segmentos que pretendem e necessitam ampliar seus quadros de pessoal.
Os diagnósticos não são novos, nem surpreendentes: professores muito mal pagos, pouco valorizados e desmotivados; falta de reciclagem, capacitações e treinamentos especializados e que os preparem para lidar com a inovação que invade as casas dos alunos e que compete com as salas de aula velhas, desaparelhadas e sem qualquer modernização de meios e recursos.
Todo o universo escolar precisa ser revisto, reavaliado e recolocado em termos de orçamento público, prioridades de aplicação de recursos e de reconhecimento pela sociedade.
A falta de uma cidadania mais ativa e controladora das ações governamentais e legislativas, a ausência de uma postura construtiva, desde primários relacionamentos de vizinhança até o resguardo dos recursos públicos, e de como são aplicados, reflete uma servidão que deságua na alienação as vezes muito desejada pelo poder.
No setor empresarial, não são poucas as oportunidades em que as carências da educação formal são denunciadas a ponto de faltar mão de obra preparada e especializada para vários segmentos que pretendem e necessitam ampliar seus quadros de pessoal.
Os diagnósticos não são novos, nem surpreendentes: professores muito mal pagos, pouco valorizados e desmotivados; falta de reciclagem, capacitações e treinamentos especializados e que os preparem para lidar com a inovação que invade as casas dos alunos e que compete com as salas de aula velhas, desaparelhadas e sem qualquer modernização de meios e recursos.
Todo o universo escolar precisa ser revisto, reavaliado e recolocado em termos de orçamento público, prioridades de aplicação de recursos e de reconhecimento pela sociedade.
Os brasileiros precisam ter orgulho de seus mestres e de seu sistema educacional.
A autoestima do país é um dado aparentemente subjetivo, mas é insumo de soberania e respeito.
O risco de uma avaliação burocrática e intramuros, como vem sendo objeto a educação no Brasil, pode nos condenar a um segmento global de segunda mão, justamente num momento histórico em que todo o mundo se ocupa em renovar conceitos de desenvolvimento associados ao saber e à inovação.
Desde as secretarias municipais, passando pelas estaduais e chegando ao mamútico Ministério, são inúmeros grupos de trabalho, grandes equipes “multidisciplinares” e elevado numero de convênios e repasses que se revelam inúteis mantenedores de atividades-meio improdutivas, e grandes gastos de dinheiro público, com resultados medíocres e sem compromisso com o produto final, que deveria ser a excelência em formação dos futuros cidadãos.
Quando um país está em fase de investimento em desenvolvimento, a importação de tecnologia e equipamentos até é compreendida como uma aplicação futura em novas indústrias e em inovadores produtos.
O risco de uma avaliação burocrática e intramuros, como vem sendo objeto a educação no Brasil, pode nos condenar a um segmento global de segunda mão, justamente num momento histórico em que todo o mundo se ocupa em renovar conceitos de desenvolvimento associados ao saber e à inovação.
Desde as secretarias municipais, passando pelas estaduais e chegando ao mamútico Ministério, são inúmeros grupos de trabalho, grandes equipes “multidisciplinares” e elevado numero de convênios e repasses que se revelam inúteis mantenedores de atividades-meio improdutivas, e grandes gastos de dinheiro público, com resultados medíocres e sem compromisso com o produto final, que deveria ser a excelência em formação dos futuros cidadãos.
Quando um país está em fase de investimento em desenvolvimento, a importação de tecnologia e equipamentos até é compreendida como uma aplicação futura em novas indústrias e em inovadores produtos.
A preocupação é quando o país, sem estar investindo em seu futuro, começa a importar produtos com grande volume de tecnologia embarcada, somente para consumo deletério e fútil de seus habitantes.
Pior será o quadro Brasileiro se tivermos que chegar a ponto de importar mão de obra com elevados níveis de conhecimento e especialização “embarcados”.
Muitos são os pesquisadores e especialistas que recomendam mudanças radicais no que hoje se faz em educação.
Muitos são os pesquisadores e especialistas que recomendam mudanças radicais no que hoje se faz em educação.
Escolas mais modernas, tecnologias disponibilizadas para professores e alunos, meios e recursos presentes nas salas de aula, laboratórios de todos os segmentos incorporados ao cotidiano do processo.
Maior interação com os setores produtivos, desenvolvimento de novos produtos, associados a uma visão abrangente do mercado mundial e nacional.
A questão vocacional e os perfis ocupacionais deverão merecer foco, e atenção redobrada. Jornadas integrais, com cargas diárias de no mínimo seis horas de estudos e práticas.
Enfim, uma revolução em que só haverá vencedores, pois a Nação Brasileira será a herdeira dos resultados que nos colocarão no patamar que sempre sonhamos, mas que estamos constatando ser apenas letra de um hino.
Podemos aplicar recursos em infraestrutura, promover elevado numero de concursos públicos para aparelhar o Estado para atender a complexidade crescente de nossa sociedade, promover campanhas internacionais para captar copas do mundo e olimpíadas, mas se não tivermos a coragem e a noção de “timing” histórico, podemos condenar nossos futuros cidadãos a ficar sonhando, sempre, com um futuro melhor.
E a resposta que teremos desse mesmo mundo será impiedosa e fria, como pode ser o desprezo por quem não se valoriza ou aproveita mal as oportunidades que tem.
Enfim, uma revolução em que só haverá vencedores, pois a Nação Brasileira será a herdeira dos resultados que nos colocarão no patamar que sempre sonhamos, mas que estamos constatando ser apenas letra de um hino.
Podemos aplicar recursos em infraestrutura, promover elevado numero de concursos públicos para aparelhar o Estado para atender a complexidade crescente de nossa sociedade, promover campanhas internacionais para captar copas do mundo e olimpíadas, mas se não tivermos a coragem e a noção de “timing” histórico, podemos condenar nossos futuros cidadãos a ficar sonhando, sempre, com um futuro melhor.
E a resposta que teremos desse mesmo mundo será impiedosa e fria, como pode ser o desprezo por quem não se valoriza ou aproveita mal as oportunidades que tem.
Já se gastou muito dinheiro público com mordomias, vantagens cumulativas para servidores, já muito bem pagos, com todas as maravilhas da decoração, prédios públicos transformados em verdadeiras pirâmides de mármores e vidros exóticos etc, que confortam gestores governamentai.
Aviões e helicópteros transportam autoridades, como se elas não devessem se conspurcar com os injustos e antigos quadros retratados no mosaico social da distante superfície sobrevoada.
Agora chegou a hora do basta.
Agora chegou a hora do basta.
Pode até haver dinheiro para esses deslumbrados brinquedinhos de estupefatos usuários, mas o momento e os próximos anos serão de compromisso sério e coerente com o futuro de nossa Nação Brasileira.
E esse futuro passa pela erradicação dos conceitos antigos, da corajosa ação dos novos governantes, que terão a obrigação de refazer a educação neste país, colocando-a, com letra maiúscula, nos orçamentos públicos e planos estratégicos e como objetivo permanente de desenvolvimento.
Ou continuarão a sobrevoar uma Nação que poderia ter sido e não foi.
Algo como a música, que tanto queremos negar e que fala “que o Haiti é aqui”.
Algo como a música, que tanto queremos negar e que fala “que o Haiti é aqui”.
sábado, 10 de julho de 2010
Muito Além da Covardia
Para Senhor Paulo Jorge Marques - Editor Executivo do Jornal Noticias do Dia-
Para Senhora Adriana Ferronatto - Editora-Chefe do Jornal Noticias do Dia-
Para Senhor Luis Meneghim - Diretor de Redação do Jornal Noticias do Dia
Nota de repúdio e protesto apresentada ao Sr Paulo Jorge Marques – Editor Executivo do Jornal Notícias do Dia
Muito Além da Covardia
Recentemente, após ter feito a assinatura desse Jornal, enviei-lhe mensagem de congratulações pela excelente atuação jornalística e pela cobertura ampla e abrangente das realidades locais.
Hoje, lamentavelmente, venho apresentar um protesto, veemente, movido pela obrigação ética e moral de não deixar passar uma afronta aos direitos humanos das mulheres e uma ameaça à banalização da violência que as mulheres sofrem em nossa sociedade.
Na página 20 da edição de hoje, 10.07.2010, sob o título “Tira”, uma charge brinca com o recente crime cometido contra uma mulher.
Se refere a “Tira” ao principal suspeito de ser o mandante e partícipe do bárbaro assassinato, como um goleiro que poderia substituir o da seleção brasileira no “Mata-Mata”.
Tudo isso apresentado em tom que se pretende cômico, ou irônico, mas que repugna pela vulgaridade, irresponsabilidade e desrespeito às leis e à vida.
Como pode um chargista, usando espaço oficial dessa publicação, fazer chistes com situação tão absurda, que tem impactado toda a sociedade brasileira, pela crueldade, violência desmedida, frieza e covardia empregados no ignóbil e desumano ataque de vários homens sobre uma mulher indefesa, e em situação de inferioridade e desvantagem absoluta de possibilidades de defesa, diante da canalhice desmedida de seus algozes, todos homens e muito mais fortes?
A cultura machista de nossa sociedade, e as atitudes de virilidade ostensiva ainda seguram a evolução conceitual no Brasil, fazendo com que as heranças medievais e primárias da força bruta continuem sendo aceitas e propaladas no seio das famílias, no meio profissional e social, como se a simples condição de homem pudesse atribuir qualquer nuance de superioridade a um ser completamente igual à mulher e, pelo contrário, inferior em alguns aspectos relativos à vida e à sensibilidade relacional, justamente pela pesada descendência de primarismo, herdada ainda da brutalidade com que as mulheres índias foram agredidas e violentadas pelo colonizador português, no distante processo histórico de colonialismo, infelizmente ainda tão presente em nossa atualidade.
Na mesma edição de hoje, na página 28, uma notícia relata a repetição da brutalidade contra a mulher, quando conta que três homens amarraram, espancaram e, ainda estando a mulher com vida, a afogaram em um pântano.
Esse mesmo Jornal, em recente edição, noticiou a bárbara agressão física, e sexual, de dois ou mais homens contra uma mulher, uma criança do sexo feminino de apenas 13 anos, tendo a violência chegado aos limites de qualquer tolerância que se possa vir a ter com eles, mesmo considerando serem “adolescentes”.
E tudo isso acontece com uma certa complacência, mesmo que sutil e subjetiva, dadas as condições do psicossocial desta nossa sociedade contemporânea, que muitas vezes ainda externa seus preconceitos e estereótipos contra a mulher, com comentários estúpidos e irracionais como o que se ouviu recentemente de outras mulheres: “..mas quem mandou ela se envolver com aquele goleiro”.
Comentários agravados pela parcialidade com que parte da imprensa nacional ainda se refere à mulher morta no Rio de Janeiro, como a “amante do goleiro”, “participante de orgias”, tudo parte da argumentação do criminoso, que visa desqualificar a pessoa assassinada, pois estando ela morta tudo pode lhe ser atribuído e ela jamais poderá se defender dessa condenação moralista, preconceituosa, de um julgamento social eivado de condicionamentos conservadores e canalhas, pois se dá após a sua morte, quando ela nada mais pode expressar, na sua condição de esquartejada e desaparecida.
Como Educador não poderia ser conivente com essa atitude, mesmo que impensada e inconseqüente, contida em seu Jornal, e peço que esse assunto seja tratado de forma que venha a ajudar na reformulação e evolução dos conceitos aos quais me referi, que por sua perpetuação podem manter nossa sociedade numa condição de falta de respeito com a condição da mulher, impedindo o desenvolvimento pleno das potencialidades humanistas das novas gerações, e comprometendo o futuro do Brasil como Nação evoluída e inteligente.
Muito Além da Covardia
Recentemente, após ter feito a assinatura desse Jornal, enviei-lhe mensagem de congratulações pela excelente atuação jornalística e pela cobertura ampla e abrangente das realidades locais.
Hoje, lamentavelmente, venho apresentar um protesto, veemente, movido pela obrigação ética e moral de não deixar passar uma afronta aos direitos humanos das mulheres e uma ameaça à banalização da violência que as mulheres sofrem em nossa sociedade.
Na página 20 da edição de hoje, 10.07.2010, sob o título “Tira”, uma charge brinca com o recente crime cometido contra uma mulher.
Se refere a “Tira” ao principal suspeito de ser o mandante e partícipe do bárbaro assassinato, como um goleiro que poderia substituir o da seleção brasileira no “Mata-Mata”.
Tudo isso apresentado em tom que se pretende cômico, ou irônico, mas que repugna pela vulgaridade, irresponsabilidade e desrespeito às leis e à vida.
Como pode um chargista, usando espaço oficial dessa publicação, fazer chistes com situação tão absurda, que tem impactado toda a sociedade brasileira, pela crueldade, violência desmedida, frieza e covardia empregados no ignóbil e desumano ataque de vários homens sobre uma mulher indefesa, e em situação de inferioridade e desvantagem absoluta de possibilidades de defesa, diante da canalhice desmedida de seus algozes, todos homens e muito mais fortes?
A cultura machista de nossa sociedade, e as atitudes de virilidade ostensiva ainda seguram a evolução conceitual no Brasil, fazendo com que as heranças medievais e primárias da força bruta continuem sendo aceitas e propaladas no seio das famílias, no meio profissional e social, como se a simples condição de homem pudesse atribuir qualquer nuance de superioridade a um ser completamente igual à mulher e, pelo contrário, inferior em alguns aspectos relativos à vida e à sensibilidade relacional, justamente pela pesada descendência de primarismo, herdada ainda da brutalidade com que as mulheres índias foram agredidas e violentadas pelo colonizador português, no distante processo histórico de colonialismo, infelizmente ainda tão presente em nossa atualidade.
Na mesma edição de hoje, na página 28, uma notícia relata a repetição da brutalidade contra a mulher, quando conta que três homens amarraram, espancaram e, ainda estando a mulher com vida, a afogaram em um pântano.
Esse mesmo Jornal, em recente edição, noticiou a bárbara agressão física, e sexual, de dois ou mais homens contra uma mulher, uma criança do sexo feminino de apenas 13 anos, tendo a violência chegado aos limites de qualquer tolerância que se possa vir a ter com eles, mesmo considerando serem “adolescentes”.
E tudo isso acontece com uma certa complacência, mesmo que sutil e subjetiva, dadas as condições do psicossocial desta nossa sociedade contemporânea, que muitas vezes ainda externa seus preconceitos e estereótipos contra a mulher, com comentários estúpidos e irracionais como o que se ouviu recentemente de outras mulheres: “..mas quem mandou ela se envolver com aquele goleiro”.
Comentários agravados pela parcialidade com que parte da imprensa nacional ainda se refere à mulher morta no Rio de Janeiro, como a “amante do goleiro”, “participante de orgias”, tudo parte da argumentação do criminoso, que visa desqualificar a pessoa assassinada, pois estando ela morta tudo pode lhe ser atribuído e ela jamais poderá se defender dessa condenação moralista, preconceituosa, de um julgamento social eivado de condicionamentos conservadores e canalhas, pois se dá após a sua morte, quando ela nada mais pode expressar, na sua condição de esquartejada e desaparecida.
Como Educador não poderia ser conivente com essa atitude, mesmo que impensada e inconseqüente, contida em seu Jornal, e peço que esse assunto seja tratado de forma que venha a ajudar na reformulação e evolução dos conceitos aos quais me referi, que por sua perpetuação podem manter nossa sociedade numa condição de falta de respeito com a condição da mulher, impedindo o desenvolvimento pleno das potencialidades humanistas das novas gerações, e comprometendo o futuro do Brasil como Nação evoluída e inteligente.
Danilo Cunha
Consultor e Educador
Mulheres Modernas - De Bertha Lut.............................................z. a. .G..i.se.le. Bü.nd.ch.en .- In.telig.ênc.ia, E.stéti.ca .e. E.ss.ên.c...i..................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
Mulher moderna é a mulher sintonizada com seu tempo, consciente de seu passado e construtora de seu futuro.
O passado da mulher no Brasil aponta para várias figuras de destaque na vida, e na evolução da sociedade brasileira.
As mulheres foram peça básica na educação, nas artes, na saúde e, até mesmo, na guerra, mesmo sendo uma atividade nunca desejada por elas.
Como diz a sensível escritora e poeta Marina Colasanti:
“As mulheres sempre perdem a guerra. Não a querem, mas a perdem. Perdem quando estão no caminho dos exércitos e se tornam botim. Perdem quando batalham em silêncio nas cidades esvaziadas de seus homens, para manter sólida a retaguarda e conservar a ordem do país. Perdem quando recebem seus homens num caixão ou quando eles voltam com o equilíbrio despedaçado. Perdem quando se apaixonam pelo inimigo e quando o inimigo se apaixona por elas.”
Na FEB - Força Expedicionária Brasileira, quando o Brasil declarou guerra ao eixo e enviou forças para a Europa, na segunda guerra mundial, mesmo contrárias à destruição representada pela guerra foram mulheres brasileiras as primeiras a desembarcar na Itália, e as últimas a retornar para solo brasileiro.
E o fizeram na condição de enfermeiras, ajudando a salvar vidas e a curar feridas, em meio aos horrores da destruição.
Mas conhecer mais seu passado só remete as mulheres brasileiras a bons motivos para se encherem de orgulho.
Muitas foram as mulheres que ajudaram na evolução e na melhoria da qualidade da sociedade brasileira.
Um nome emblemático, um ícone dessa participação, é o da líder feminista e bióloga Bertha Lutz.
Mas conhecer mais seu passado só remete as mulheres brasileiras a bons motivos para se encherem de orgulho.
Muitas foram as mulheres que ajudaram na evolução e na melhoria da qualidade da sociedade brasileira.
Um nome emblemático, um ícone dessa participação, é o da líder feminista e bióloga Bertha Lutz.
Ela foi pioneira da luta feminista no Brasil.
E foi uma mulher moderna em seu tempo, num tempo em que as mulheres não tinham direitos assegurados e no qual ser mulher era uma condição limitada e subalterna, até mesmo nas leis da época.
Muito jovem, foi estudar na Europa e lá se conectou as lutas das sufragistas inglesas, que se organizavam e protestavam pelo direito ao voto das mulheres.
Em 1918 licenciou-se em ciências na Universidade de Sorbonne e em seu retorno ao Brasil, ingressou, através de concurso público, como bióloga no Museu Nacional.
Mesmo tendo uma atuação muito ativa como cientista e professora, ao longo de 46 anos, Bertha Lutz abraçou a causa feminina e foi decisiva na derrubada de limites, na construção dos direitos da mulher, e na inclusão, na cultura masculina, de uma atitude de constatação e da aceitação da mulher como uma igual.
Em 1918 redigiu e publicou manifesto na “Revista da Semana” intitulado “Somos Filhos de Tais Mulheres”, respondendo a um jornalista carioca, que havia menosprezado a ebulição feminista que ocorria na Europa e diminuído o efeito que aquelas movimentações poderiam ter sobre as mulheres brasileiras.
Em 1919 Bertha Lutz representou o Brasil no Conselho Feminino Internacional, onde foram aprovados os princípios de salário igual para ambos os sexos e a inclusão da mulher no serviço de proteção aos trabalhadores.
Na volta ao Brasil Bertha Lutz empenhou-se radicalmente na luta pelo voto feminino e junto com outras mulheres criou, ainda em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da importante Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.
Na década de 1920 foram travadas muitas lutas no Congresso Nacional para fazer passar o direito das mulheres de poder votar e ser votadas.
Em 1929 Bertha Lutz participou da criação da União Universitária Feminina e ingressou em mais um curso universitário, agora o de direito, para capacitar-se na luta legislativa para a conquista do voto feminino.
Graduou-se em 1933 e participou de forma decisiva na elaboração e aprovação do projeto de lei que, em 1932, incluiu a mulher brasileira como um ser com direito a escolher pelo voto os destinos de seu país.
Em 1934 ocorreram eleições gerais no Brasil e, graças aos esforços e dedicação de Bertha e outras mulheres engajadas nessa luta, foram eleitas 9 deputadas estaduais, em vários estados brasileiros.
A representação legislativa feminina estava assegurada, a partir da luta pelo direito de votar.
Nessa eleição foi eleita a catarinense Antonieta de Barros professora e jornalista e primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil e a primeira mulher a participar do legislativo catarinense.
Além dessa importante e emocionada participação feminina, e feminista, Bertha Lutz foi reconhecida internacionalmente por sua contribuição como bióloga, na pesquisa zoológica, especificamente na descoberta de várias espécies anfíbias brasileiras.
Bertha Lutz faleceu no Rio de Janeiro, em 1976.
Nessa década de 1970 também faleceu Leila Diniz, em 1972.
Símbolo da liberdade feminina da geração dos anos 60, Leila nos deixou em um desastre aéreo, aos 27 anos, quando retornava da Índia para o Brasil.
Leila foi uma líder moderna em seu tempo.
Ajudou a associar a leveza da alegria de ser mulher à alegria das escolhas próprias e de assumir o destino em suas mãos.
Foi professora de pré-primário, atriz de teatro e cinema e representou, com força, elegância e pertinácia, a caminhada da mulher brasileira em direção à autonomia e independência.
Viveu a efervescência cultural, política e social dos anos 60, protestou contra posturas conservadoras, desafiou padrões pré-estabelecidos e ajudou a derrubar tabus quanto à sexualidade e posturas da mulher na sociedade.
Graças a uma entrevista que deu ao irreverente jornal carioca “O Pasquim” o ministro da Justiça do governo militar da época, Alfredo Buzaid, determinou a implantação da censura prévia no Brasil, apelidado de “Decreto Leila Diniz” graças à sua coragem e destemor. O governo acusava Leila de usar muitos palavrões e de não ser um bom exemplo moral.
Dona de uma loja de artigos de moda para gestantes exibia sua barriga, com um biquíni, com muita alegria nas praias do Rio de Janeiro, rompendo com o preconceito de que a gravidez poderia ser um sacrifício ou a renúncia para aparecer bonita, elegante e saudável.
Leila foi uma mulher das artes, moderna em seu tempo e, também, da moda.
A definição de moda é de algo moderno.
Moderno é o presente, o que está na moda, o que está em voga, aquilo que se transforma em uso e costume, principalmente ligado à beleza, à elegância e à estética.
Mas a moda vai ao campo da arte, do cinema, da tecnologia e do comportamento. A moda influencia e é influenciada pela sociedade.
Muitos são os padrões culturais que agem sobre a formação de moda e a moda, por ser moderna, age sobre aspectos culturais.
Graças a mulheres modernas em seus tempos, como Bertha Lutz, Antonieta de Barros e Leila Diniz, a mulher moderna brasileira, a mulher de nosso tempo presente, pode desfrutar de liberdade de escolha, do direito de votar e ser votada e de viver a sua vida como bem entender.
Mas a mulher contemporânea, valorizando a sua auto-estima, a sua beleza, pela estética e pela sensualidade pode hoje ter sua representação, e modelo de vida, literalmente, em alguém que leva a vida como modelo.
E tudo isso, acumulando as camadas do passado, camadas históricas, que servem como estrutura, como essência da atual mulher brasileira.
A mulher moderna traz consigo o substrato de suas antecessoras, que lhes deixaram como herança o gosto pela liberdade, o direito de viver como mulher e o direito de participar dos destinos e da construção do futuro de nosso país.
Nem por isso renuncia a mulher à sua condição feminina de ser mãe, de constituir família e de gerar novos seres, com novos valores para melhorar e fazer avançar a nova sociedade que surge a cada tempo.
E ai está a modelo Gisele Bündchen, bela, lançadora de moda e muito consciente de seus direitos e de seu papel.
Desfila, encanta, é requisitada em todo o mundo, e tudo que diz, usa e veste pode virar moda.
E ela nos mostra o que é ter a essência das corajosas mulheres brasileiras que dedicaram suas caminhadas para deixar uma melhor condição, mais feliz, não só para as mulheres, mas também, e principalmente, para os homens brasileiros, que muito se beneficiam da maior leveza nas relações, de uma mulher mais decidida e participativa e de um país em que o contingente feminino já está mais capacitado que o masculino, ajudando a construir um país menos violento, mais solidário e afetivo.
E Gisele, mostrando ser um símbolo da mulher moderna, é bela, desfila, usa roupas bonitas, investe em estética e carrega a essência feminina, de ser íntegra, inteira, e de reforçar a sua auto-estima com adereços e acessórios, que, como espelhos, ajudam os que nela se mirarem a perceber que podem também ser mais bonitos e alegres.
E Gisele é mãe, gosta de ser mãe e de ter sua vida em família, e diz isso com a mesma serenidade com que afirma que gosta de trabalhar como modelo e de desfilar as novidades que estão na moda, ou que farão a moda da próxima estação.
E assim a história da mulher brasileira nos oferece alguns fundamentais exemplos de feminilidade, inteligência, beleza e coerência. E nos deixa a bandeira transmitida por Bertha Lutz, Antonieta de Barros e Leila Diniz, que hoje é carregada por todas as mulheres que trabalham, produzem e cuidam de suas famílias, sonham, amam e têm consciência de que ser moderna é continuar a caminhada por uma sociedade mais bonita, interna e externamente, mais justa e solidária.
Para que um dia, quando tiverem passado muitos anos, outras mulheres, e homens, possam pensar, e agradecer-lhes, por terem sido mulheres modernas em seu tempo, e terem ajudado a deixar um mundo melhor.
Como deixaram um mundo melhor, deixaram um mundo mulher.
E foi uma mulher moderna em seu tempo, num tempo em que as mulheres não tinham direitos assegurados e no qual ser mulher era uma condição limitada e subalterna, até mesmo nas leis da época.
Muito jovem, foi estudar na Europa e lá se conectou as lutas das sufragistas inglesas, que se organizavam e protestavam pelo direito ao voto das mulheres.
Em 1918 licenciou-se em ciências na Universidade de Sorbonne e em seu retorno ao Brasil, ingressou, através de concurso público, como bióloga no Museu Nacional.
Mesmo tendo uma atuação muito ativa como cientista e professora, ao longo de 46 anos, Bertha Lutz abraçou a causa feminina e foi decisiva na derrubada de limites, na construção dos direitos da mulher, e na inclusão, na cultura masculina, de uma atitude de constatação e da aceitação da mulher como uma igual.
Em 1918 redigiu e publicou manifesto na “Revista da Semana” intitulado “Somos Filhos de Tais Mulheres”, respondendo a um jornalista carioca, que havia menosprezado a ebulição feminista que ocorria na Europa e diminuído o efeito que aquelas movimentações poderiam ter sobre as mulheres brasileiras.
Em 1919 Bertha Lutz representou o Brasil no Conselho Feminino Internacional, onde foram aprovados os princípios de salário igual para ambos os sexos e a inclusão da mulher no serviço de proteção aos trabalhadores.
Na volta ao Brasil Bertha Lutz empenhou-se radicalmente na luta pelo voto feminino e junto com outras mulheres criou, ainda em 1919, a Liga para a Emancipação Intelectual da Mulher, que foi o embrião da importante Federação Brasileira pelo Progresso Feminino.
Na década de 1920 foram travadas muitas lutas no Congresso Nacional para fazer passar o direito das mulheres de poder votar e ser votadas.
Em 1929 Bertha Lutz participou da criação da União Universitária Feminina e ingressou em mais um curso universitário, agora o de direito, para capacitar-se na luta legislativa para a conquista do voto feminino.
Graduou-se em 1933 e participou de forma decisiva na elaboração e aprovação do projeto de lei que, em 1932, incluiu a mulher brasileira como um ser com direito a escolher pelo voto os destinos de seu país.
Em 1934 ocorreram eleições gerais no Brasil e, graças aos esforços e dedicação de Bertha e outras mulheres engajadas nessa luta, foram eleitas 9 deputadas estaduais, em vários estados brasileiros.
A representação legislativa feminina estava assegurada, a partir da luta pelo direito de votar.
Nessa eleição foi eleita a catarinense Antonieta de Barros professora e jornalista e primeira mulher negra a assumir um mandato popular no Brasil e a primeira mulher a participar do legislativo catarinense.
Além dessa importante e emocionada participação feminina, e feminista, Bertha Lutz foi reconhecida internacionalmente por sua contribuição como bióloga, na pesquisa zoológica, especificamente na descoberta de várias espécies anfíbias brasileiras.
Bertha Lutz faleceu no Rio de Janeiro, em 1976.
Nessa década de 1970 também faleceu Leila Diniz, em 1972.
Símbolo da liberdade feminina da geração dos anos 60, Leila nos deixou em um desastre aéreo, aos 27 anos, quando retornava da Índia para o Brasil.
Leila foi uma líder moderna em seu tempo.
Ajudou a associar a leveza da alegria de ser mulher à alegria das escolhas próprias e de assumir o destino em suas mãos.
Foi professora de pré-primário, atriz de teatro e cinema e representou, com força, elegância e pertinácia, a caminhada da mulher brasileira em direção à autonomia e independência.
Viveu a efervescência cultural, política e social dos anos 60, protestou contra posturas conservadoras, desafiou padrões pré-estabelecidos e ajudou a derrubar tabus quanto à sexualidade e posturas da mulher na sociedade.
Graças a uma entrevista que deu ao irreverente jornal carioca “O Pasquim” o ministro da Justiça do governo militar da época, Alfredo Buzaid, determinou a implantação da censura prévia no Brasil, apelidado de “Decreto Leila Diniz” graças à sua coragem e destemor. O governo acusava Leila de usar muitos palavrões e de não ser um bom exemplo moral.
Dona de uma loja de artigos de moda para gestantes exibia sua barriga, com um biquíni, com muita alegria nas praias do Rio de Janeiro, rompendo com o preconceito de que a gravidez poderia ser um sacrifício ou a renúncia para aparecer bonita, elegante e saudável.
Leila foi uma mulher das artes, moderna em seu tempo e, também, da moda.
A definição de moda é de algo moderno.
Moderno é o presente, o que está na moda, o que está em voga, aquilo que se transforma em uso e costume, principalmente ligado à beleza, à elegância e à estética.
Mas a moda vai ao campo da arte, do cinema, da tecnologia e do comportamento. A moda influencia e é influenciada pela sociedade.
Muitos são os padrões culturais que agem sobre a formação de moda e a moda, por ser moderna, age sobre aspectos culturais.
Graças a mulheres modernas em seus tempos, como Bertha Lutz, Antonieta de Barros e Leila Diniz, a mulher moderna brasileira, a mulher de nosso tempo presente, pode desfrutar de liberdade de escolha, do direito de votar e ser votada e de viver a sua vida como bem entender.
Mas a mulher contemporânea, valorizando a sua auto-estima, a sua beleza, pela estética e pela sensualidade pode hoje ter sua representação, e modelo de vida, literalmente, em alguém que leva a vida como modelo.
E tudo isso, acumulando as camadas do passado, camadas históricas, que servem como estrutura, como essência da atual mulher brasileira.
A mulher moderna traz consigo o substrato de suas antecessoras, que lhes deixaram como herança o gosto pela liberdade, o direito de viver como mulher e o direito de participar dos destinos e da construção do futuro de nosso país.
Nem por isso renuncia a mulher à sua condição feminina de ser mãe, de constituir família e de gerar novos seres, com novos valores para melhorar e fazer avançar a nova sociedade que surge a cada tempo.
E ai está a modelo Gisele Bündchen, bela, lançadora de moda e muito consciente de seus direitos e de seu papel.
Desfila, encanta, é requisitada em todo o mundo, e tudo que diz, usa e veste pode virar moda.
E ela nos mostra o que é ter a essência das corajosas mulheres brasileiras que dedicaram suas caminhadas para deixar uma melhor condição, mais feliz, não só para as mulheres, mas também, e principalmente, para os homens brasileiros, que muito se beneficiam da maior leveza nas relações, de uma mulher mais decidida e participativa e de um país em que o contingente feminino já está mais capacitado que o masculino, ajudando a construir um país menos violento, mais solidário e afetivo.
E Gisele, mostrando ser um símbolo da mulher moderna, é bela, desfila, usa roupas bonitas, investe em estética e carrega a essência feminina, de ser íntegra, inteira, e de reforçar a sua auto-estima com adereços e acessórios, que, como espelhos, ajudam os que nela se mirarem a perceber que podem também ser mais bonitos e alegres.
E Gisele é mãe, gosta de ser mãe e de ter sua vida em família, e diz isso com a mesma serenidade com que afirma que gosta de trabalhar como modelo e de desfilar as novidades que estão na moda, ou que farão a moda da próxima estação.
E assim a história da mulher brasileira nos oferece alguns fundamentais exemplos de feminilidade, inteligência, beleza e coerência. E nos deixa a bandeira transmitida por Bertha Lutz, Antonieta de Barros e Leila Diniz, que hoje é carregada por todas as mulheres que trabalham, produzem e cuidam de suas famílias, sonham, amam e têm consciência de que ser moderna é continuar a caminhada por uma sociedade mais bonita, interna e externamente, mais justa e solidária.
Para que um dia, quando tiverem passado muitos anos, outras mulheres, e homens, possam pensar, e agradecer-lhes, por terem sido mulheres modernas em seu tempo, e terem ajudado a deixar um mundo melhor.
Como deixaram um mundo melhor, deixaram um mundo mulher.
Um Projeto de Nação Para o Brasil - O Movimento Brasil Eficiente Entra em Campo
(texto publicado no site www.economiasc.com.br)
A área produtiva de nosso país está entrando em campo para um campeonato mais emocionante e permanente que a Copa do Mundo de Futebol, que acabou mais cedo para o Brasil.
Sempre com um olho na realidade mundial, e preocupados em obter uma boa colocação no certame internacional da economia, muitos empresários brasileiros estão escalando atividades, equipes e prioridades para participar mais ativamente do controle social das ações governamentais, exigindo melhor uso dos recursos públicos, mais produtividade e maior racionalidade na cobrança de impostos.
A Aemflo entidade associativa das empresas da grande Florianópolis já deslanchou seu programa de conscientização política, e está realizando debates com todos os candidatos ao governo do Estado, exigindo-lhes programas e compromissos de gestão.
De Joinville, o dirigente empresarial e Presidente da ACIJ, Carlos Rodolfo Schneider, lança uma frente de ação pela eficiência na gestão de recursos públicos.
A equipe escalada é de elevada competência e tem entre seus craques nomes com o economista Paulo Rabelo de Castro e o tributarista, e renomado jurista, Ives Gandra Martins.
Alguns dados iniciais já foram levantados e são mais que suficientes para indicar uma maior cobrança da sociedade brasileira sobre os dirigentes da nação.
Números de 2007 indicam que o consumo industrial de energia pagou a tarifa mais cara do mundo.
Isso devido a 51,6% do preço da energia elétrica serem relativos a impostos.
A carga tributária brasileira já atinge a cifra de 37,4% do PIB, enquanto na Argentina essa relação é de 26,8% e no Uruguai, de 25%.
Em tempos de Mercosul, atuamos no bloco regional com perda inicial graças à desvantagem representada pelos impostos no custo Brasil.
Do total arrecadado pela máquina federal, em 2008, 12,2% eram destinados aos pensionistas da União.
A área produtiva de nosso país está entrando em campo para um campeonato mais emocionante e permanente que a Copa do Mundo de Futebol, que acabou mais cedo para o Brasil.
Sempre com um olho na realidade mundial, e preocupados em obter uma boa colocação no certame internacional da economia, muitos empresários brasileiros estão escalando atividades, equipes e prioridades para participar mais ativamente do controle social das ações governamentais, exigindo melhor uso dos recursos públicos, mais produtividade e maior racionalidade na cobrança de impostos.
A Aemflo entidade associativa das empresas da grande Florianópolis já deslanchou seu programa de conscientização política, e está realizando debates com todos os candidatos ao governo do Estado, exigindo-lhes programas e compromissos de gestão.
De Joinville, o dirigente empresarial e Presidente da ACIJ, Carlos Rodolfo Schneider, lança uma frente de ação pela eficiência na gestão de recursos públicos.
A equipe escalada é de elevada competência e tem entre seus craques nomes com o economista Paulo Rabelo de Castro e o tributarista, e renomado jurista, Ives Gandra Martins.
Alguns dados iniciais já foram levantados e são mais que suficientes para indicar uma maior cobrança da sociedade brasileira sobre os dirigentes da nação.
Números de 2007 indicam que o consumo industrial de energia pagou a tarifa mais cara do mundo.
Isso devido a 51,6% do preço da energia elétrica serem relativos a impostos.
A carga tributária brasileira já atinge a cifra de 37,4% do PIB, enquanto na Argentina essa relação é de 26,8% e no Uruguai, de 25%.
Em tempos de Mercosul, atuamos no bloco regional com perda inicial graças à desvantagem representada pelos impostos no custo Brasil.
Do total arrecadado pela máquina federal, em 2008, 12,2% eram destinados aos pensionistas da União.
No ano de 1987, esse número era de 6,2%.
Esse aspecto exige uma ação imediata e uma reforma nessa área é urgente.
Os altos salários, que nem sempre respeitam os limites e tetos estabelecidos em lei, e que são pagos a funcionários públicos, continuam integrais na aposentadoria, sem que tenham recolhido qualquer contribuição para um plano previdenciário, como o fazem todos os trabalhadores privados no Brasil.
E são pagos pelo caixa único da nação, de onde deveriam sair mais recursos para investimentos prioritários.
Na área de infraestrutura alguns números são assustadores no tocante ao descuido e falta de gestão sobre área fundamental para o desenvolvimento nacional.
Aeroportos e estradas já são responsáveis por grande parcela das preocupações em um país de grande extensão como o nosso.
Das rodovias mantidas por recursos estatais, foram enquadradas como péssimas, ruins ou regulares, entre 2003 e 2007, um total de assustadores 80%.
Atualmente a economia cresce em termos positivos, e tende a apresentar dados muito bons no crescimento do PIB neste ano de 2010, mas a infraestrutura sucateada e mal gerida já é um obstáculo significativo para suportar esse crescimento previsto.
O Movimento Brasil Eficiente terá seu lançamento oficial em 15 de julho, na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.
Serão apresentadas propostas para os candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais, de forma a incitar os novos governantes do país a se engajarem nessa cruzada por mais eficácia.
Foi elaborado um amplo diagnóstico que será distribuído para os candidatos e população em geral, que contém 400 páginas sobre o que funciona bem e o que precisa ser reformulado, alterado ou erradicado.
Uma das fontes de maior preocupação é a questão dos gastos e despesas públicas.
Toda vez que o país avança o sinal e gasta mais do que pode, a conta acaba sendo paga pelos contribuintes com a elevação de impostos, de forma explicita ou disfarçada.
As despesas com assistencialismo, que não levam a um desenvolvimento e autonomia da cidadania, preocupam igualmente, pois representam um aumento na dependência de grandes camadas sociais do orçamento público, quando deveriam ser estimuladas na direção da autonomia e do empreendedorismo.
Os elevado índices de despesas públicas, se não forem devidamente freados e adaptados em outra direção podem, a curto prazo, prejudicar o nível de crescimento do PIB.
O investimento em desenvolvimento, com baixas taxas e menores riscos de inflação, associados a investimentos públicos e privados, deverão colocar o Brasil em novo patamar de crescimento econômico, com reflexos diretos na elevação da renda nacional e na abertura de novas perspectivas para o futuro.
E o processo político/eleitoral deste ano passa a ser fundamental na construção desse futuro, que, sem qualquer dúvida, passará pela melhoria da gestão dos recursos nacionais e por mais eficiência da máquina pública, como pede o Movimento coordenado por Carlos Schneider.
A transformação do Brasil em uma nação forte e desenvolvida, com justiça social, nascerá de uma nova mentalidade e de uma cultura de gestão pública que coloque a máquina estatal a serviço de um desenvolvimento pujante e instigante, que valorize a iniciativa e as novas relações de trabalho.
Esse aspecto exige uma ação imediata e uma reforma nessa área é urgente.
Os altos salários, que nem sempre respeitam os limites e tetos estabelecidos em lei, e que são pagos a funcionários públicos, continuam integrais na aposentadoria, sem que tenham recolhido qualquer contribuição para um plano previdenciário, como o fazem todos os trabalhadores privados no Brasil.
E são pagos pelo caixa único da nação, de onde deveriam sair mais recursos para investimentos prioritários.
Na área de infraestrutura alguns números são assustadores no tocante ao descuido e falta de gestão sobre área fundamental para o desenvolvimento nacional.
Aeroportos e estradas já são responsáveis por grande parcela das preocupações em um país de grande extensão como o nosso.
Das rodovias mantidas por recursos estatais, foram enquadradas como péssimas, ruins ou regulares, entre 2003 e 2007, um total de assustadores 80%.
Atualmente a economia cresce em termos positivos, e tende a apresentar dados muito bons no crescimento do PIB neste ano de 2010, mas a infraestrutura sucateada e mal gerida já é um obstáculo significativo para suportar esse crescimento previsto.
O Movimento Brasil Eficiente terá seu lançamento oficial em 15 de julho, na Fundação Getúlio Vargas, em São Paulo.
Serão apresentadas propostas para os candidatos à Presidência da República e aos governos estaduais, de forma a incitar os novos governantes do país a se engajarem nessa cruzada por mais eficácia.
Foi elaborado um amplo diagnóstico que será distribuído para os candidatos e população em geral, que contém 400 páginas sobre o que funciona bem e o que precisa ser reformulado, alterado ou erradicado.
Uma das fontes de maior preocupação é a questão dos gastos e despesas públicas.
Toda vez que o país avança o sinal e gasta mais do que pode, a conta acaba sendo paga pelos contribuintes com a elevação de impostos, de forma explicita ou disfarçada.
As despesas com assistencialismo, que não levam a um desenvolvimento e autonomia da cidadania, preocupam igualmente, pois representam um aumento na dependência de grandes camadas sociais do orçamento público, quando deveriam ser estimuladas na direção da autonomia e do empreendedorismo.
Os elevado índices de despesas públicas, se não forem devidamente freados e adaptados em outra direção podem, a curto prazo, prejudicar o nível de crescimento do PIB.
O investimento em desenvolvimento, com baixas taxas e menores riscos de inflação, associados a investimentos públicos e privados, deverão colocar o Brasil em novo patamar de crescimento econômico, com reflexos diretos na elevação da renda nacional e na abertura de novas perspectivas para o futuro.
E o processo político/eleitoral deste ano passa a ser fundamental na construção desse futuro, que, sem qualquer dúvida, passará pela melhoria da gestão dos recursos nacionais e por mais eficiência da máquina pública, como pede o Movimento coordenado por Carlos Schneider.
A transformação do Brasil em uma nação forte e desenvolvida, com justiça social, nascerá de uma nova mentalidade e de uma cultura de gestão pública que coloque a máquina estatal a serviço de um desenvolvimento pujante e instigante, que valorize a iniciativa e as novas relações de trabalho.
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