(texto também publicado no site www.economiasc.com.br)
Venezuela e Colômbia já se relacionam há um bom tempo em clima de acusações mútuas e ações dúbias de fronteira, e de mídia.
Enquanto a Colômbia recebe e hospeda sete bases militares norteamericanas, muito bem armadas e aparelhadas, com alta tecnologia, sob o pretexto de combate ao narcotráfico e controle de evasão de drogas para o território dos EUA, o governo colombiano mantém combate antigo com as FARC, às quais acusa de não serem forças revolucionárias, de cunho político, e sim tropas de apoio armado à ação de narcotraficantes.
A Venezuela, depois da posse de seu atual Presidente, tem mantido um volume elevado de renovação do armamento de suas forças militares, adquirindo significativos pacotes armamentistas para todos os segmentos terrestres, aéreos e marítimos.
Além disso, dentro de um “renascimento” de identidades históricas, o atual governo revisa conceitos quanto à liderança de seu país, em um processo que seria uma revalorização revolucionária dos papéis históricos dos libertadores da América.
Isso tudo acompanhado de um bom volume de escaramuças fronteiriças, que acabaram desaguando no atual quadro de denúncias da Colômbia e de rompimento de relações pela Venezuela.
Historicamente bastante ligadas Venezuela e Colômbia tiveram suas independências muito próximas, nos anos 1829 e 1830, num processo comandado por vários lideres sulamericanos, principalmente Simon Bolívar, que lutou em ambos os paises, além de muitos outros, que foram libertados com a sua participação.
Bolívar, depois de estudar na Europa e ser influenciado por idéias iluministas, dedicou grande esforço na implantação das repúblicas independentes do domínio espanhol, e difundiu ideais antimonárquicos.
Na atualidade, distantes das lutas de libertação que quase as transformaram em uma única nação, Colômbia e Venezuela, talvez por novas influências da geopolítica deste século XXI, se enfrentam em batalhas midiáticas e propagandisticas, criando uma região de desgaste e conflitos numa América do Sul, que luta para evoluir e partir para uma nova geração de cidadãos, mais sintonizados com a modernidade na esteira das transformações globais.
Como em quase todos os paises do bloco, se exerce pesado personalismo nas ações presidenciais, o que se constitui, ainda, em característica comum aos chefes de governo das nossas ex-“republicas das bananas”.
Nossos governantes, falando português ou espanhol, em sua maioria poderiam fazer parte dos registros mais tragicômicos da filmografia e bibliografia da nossa história, que mostravam atitudes passionais, pouca preocupação com a sociedade e muita motivação com as bravatas ligadas mais à musculatura do que aos neurônios.
A diferença essencial, é que na época de lideres como Simon Bolívar, a destruição das armas poderia produzir efeitos no pouco alcance das balas dos canhões, ou no comprimento das espadas portadas por aquelas figuras.
Venezuela e Colômbia já se relacionam há um bom tempo em clima de acusações mútuas e ações dúbias de fronteira, e de mídia.
Enquanto a Colômbia recebe e hospeda sete bases militares norteamericanas, muito bem armadas e aparelhadas, com alta tecnologia, sob o pretexto de combate ao narcotráfico e controle de evasão de drogas para o território dos EUA, o governo colombiano mantém combate antigo com as FARC, às quais acusa de não serem forças revolucionárias, de cunho político, e sim tropas de apoio armado à ação de narcotraficantes.
A Venezuela, depois da posse de seu atual Presidente, tem mantido um volume elevado de renovação do armamento de suas forças militares, adquirindo significativos pacotes armamentistas para todos os segmentos terrestres, aéreos e marítimos.
Além disso, dentro de um “renascimento” de identidades históricas, o atual governo revisa conceitos quanto à liderança de seu país, em um processo que seria uma revalorização revolucionária dos papéis históricos dos libertadores da América.
Isso tudo acompanhado de um bom volume de escaramuças fronteiriças, que acabaram desaguando no atual quadro de denúncias da Colômbia e de rompimento de relações pela Venezuela.
Historicamente bastante ligadas Venezuela e Colômbia tiveram suas independências muito próximas, nos anos 1829 e 1830, num processo comandado por vários lideres sulamericanos, principalmente Simon Bolívar, que lutou em ambos os paises, além de muitos outros, que foram libertados com a sua participação.
Bolívar, depois de estudar na Europa e ser influenciado por idéias iluministas, dedicou grande esforço na implantação das repúblicas independentes do domínio espanhol, e difundiu ideais antimonárquicos.
Na atualidade, distantes das lutas de libertação que quase as transformaram em uma única nação, Colômbia e Venezuela, talvez por novas influências da geopolítica deste século XXI, se enfrentam em batalhas midiáticas e propagandisticas, criando uma região de desgaste e conflitos numa América do Sul, que luta para evoluir e partir para uma nova geração de cidadãos, mais sintonizados com a modernidade na esteira das transformações globais.
Como em quase todos os paises do bloco, se exerce pesado personalismo nas ações presidenciais, o que se constitui, ainda, em característica comum aos chefes de governo das nossas ex-“republicas das bananas”.
Nossos governantes, falando português ou espanhol, em sua maioria poderiam fazer parte dos registros mais tragicômicos da filmografia e bibliografia da nossa história, que mostravam atitudes passionais, pouca preocupação com a sociedade e muita motivação com as bravatas ligadas mais à musculatura do que aos neurônios.
A diferença essencial, é que na época de lideres como Simon Bolívar, a destruição das armas poderia produzir efeitos no pouco alcance das balas dos canhões, ou no comprimento das espadas portadas por aquelas figuras.
E as conseqüências econômicas teriam o freio natural de pouco expressivas produções de matérias primas.
Agora, as repercussões, além de uma destruição física em padrões vietnamitas ou iraquianos, podem gerar problemas econômicos de grande envergadura em vários continentes.
Além das armas com grande poder destrutivo, as relações econômicas num mundo integrado e interligado por relações bi e multilaterais podem alcançar conseqüências inimagináveis, equivalentes à crise Grega recente, que não ameaçou somente a zona do Euro, mas a todo o mundo, recém saído de uma crise financeira especulativa.
A Venezuela é um dos maiores produtores e exportadores de petróleo, do mundo.
Agora, as repercussões, além de uma destruição física em padrões vietnamitas ou iraquianos, podem gerar problemas econômicos de grande envergadura em vários continentes.
Além das armas com grande poder destrutivo, as relações econômicas num mundo integrado e interligado por relações bi e multilaterais podem alcançar conseqüências inimagináveis, equivalentes à crise Grega recente, que não ameaçou somente a zona do Euro, mas a todo o mundo, recém saído de uma crise financeira especulativa.
A Venezuela é um dos maiores produtores e exportadores de petróleo, do mundo.
A Colômbia tem uma pauta de exportações muito significativa para a Venezuela.
Somente esses aspectos já são suficientes para que a UNASUL, a OEA e a própria ONU, passem a se envolver e se preocupar com a extensão e os resultados que uma crise de personalismos possa se transformar numa guerra real, econômica e/ou militar.
Aos vendedores de armamentos é lógico que interessa uma “guerrinha” de vez em quando. Afinal com a diminuição da intensidade das guerras no Iraque e Afeganistão, novos conflitos precisam alimentar um dos três comércios mais rentáveis do mundo, fora o tráfico de pessoas e órgãos, e o de drogas.
Mas para a América do Sul, já tão castigada por outros combates contra a fome, a injustiça social e a concentração de renda em poucas mãos, afinal de contas ainda somos o continente mais desigual do mundo, esse novo combate entre dois paises irmãos só pode gerar perda de qualidade e novos atrasos em sua caminhada histórica, e busca de novos horizontes.
Uma eventual mediação brasileira, nesta fase final do governo atual de nosso país, merecerá muito cuidado para que envolvimentos pessoais de governantes não venham a substituir intervenções diplomáticas e se constituir em preocupantes heranças para quem assumir a Presidência do Brasil em janeiro de 2011.
Toda a situação é muito transitória para que se venham a tomar medidas e assumir compromissos permanentes.
Na Colômbia, o novo Presidente eleito tomará posse em suas funções em pouco tempo e precisará de um prazo mínimo para estudar a situação criada pelas acusações de seu antecessor contra o mandatário venezuelano.
O Brasil só poderá desempenhar um papel de mediador, se tiver a delegação das organizações como UNASUL e/ou OEA.
Não poderá correr novo risco de ficar isolado numa iniciativa individual, como na situação em que se envolveu junto com a Turquia e Irã.
Alem disso, todo esse “imbroglio” merece uma atuação de estadistas e de diplomatas, com a influência das melhores escolas humanistas e pacifistas, para que não se corra o risco de retrocessos se atuarem nessa crise presente os folclóricos representantes forjados nas escolas da típica “Macondo”, fruto da alegre crítica do consagrado escritor Gabriel Garcia Marques aos “compadritos” sem valores éticos e aos muito locais fazedores de uma história, que só se explica e alcança alguma lógica nos domínios do realismo fantástico de seu famoso best-seller "Cem Anos de Solidão".
Somente esses aspectos já são suficientes para que a UNASUL, a OEA e a própria ONU, passem a se envolver e se preocupar com a extensão e os resultados que uma crise de personalismos possa se transformar numa guerra real, econômica e/ou militar.
Aos vendedores de armamentos é lógico que interessa uma “guerrinha” de vez em quando. Afinal com a diminuição da intensidade das guerras no Iraque e Afeganistão, novos conflitos precisam alimentar um dos três comércios mais rentáveis do mundo, fora o tráfico de pessoas e órgãos, e o de drogas.
Mas para a América do Sul, já tão castigada por outros combates contra a fome, a injustiça social e a concentração de renda em poucas mãos, afinal de contas ainda somos o continente mais desigual do mundo, esse novo combate entre dois paises irmãos só pode gerar perda de qualidade e novos atrasos em sua caminhada histórica, e busca de novos horizontes.
Uma eventual mediação brasileira, nesta fase final do governo atual de nosso país, merecerá muito cuidado para que envolvimentos pessoais de governantes não venham a substituir intervenções diplomáticas e se constituir em preocupantes heranças para quem assumir a Presidência do Brasil em janeiro de 2011.
Toda a situação é muito transitória para que se venham a tomar medidas e assumir compromissos permanentes.
Na Colômbia, o novo Presidente eleito tomará posse em suas funções em pouco tempo e precisará de um prazo mínimo para estudar a situação criada pelas acusações de seu antecessor contra o mandatário venezuelano.
O Brasil só poderá desempenhar um papel de mediador, se tiver a delegação das organizações como UNASUL e/ou OEA.
Não poderá correr novo risco de ficar isolado numa iniciativa individual, como na situação em que se envolveu junto com a Turquia e Irã.
Alem disso, todo esse “imbroglio” merece uma atuação de estadistas e de diplomatas, com a influência das melhores escolas humanistas e pacifistas, para que não se corra o risco de retrocessos se atuarem nessa crise presente os folclóricos representantes forjados nas escolas da típica “Macondo”, fruto da alegre crítica do consagrado escritor Gabriel Garcia Marques aos “compadritos” sem valores éticos e aos muito locais fazedores de uma história, que só se explica e alcança alguma lógica nos domínios do realismo fantástico de seu famoso best-seller "Cem Anos de Solidão".
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