A atual Deputada Federal Jaqueline Roriz, foi filmada em 2006, recebendo um maço de dinheiro, de um agente da corrupção, que agora colabora com o Ministério Público e com a Polícia.
Dito agente, foi peça central no escândalo anterior, do segundo "mensalão" e que entregou o ex-Governado Arruda para a Justiça.
O primeiro mensalão, muito mais expressivo e volumoso, em dinheiro e em pessoas envolvidas, ainda não foi a julgamento e corre o sério risco de perder sua eficácia e abrangência legal, considerando as datas para possivel prescrição.
Jaqueline Roriz foi flagrada, filmada, reconhecida como receptadora de dinheiro, mas ocorre que essas cenas foram realizadas quando ela ainda não estava ocupando cargo público, na condição, portanto, de cidadã comum.
Hoje ela vai a julgamento, as 16 horas, no plenário da Câmara Federal, em Brasilia.
Se ela for condenada, pode ser completamente inócuo o resultado, pois seus advogados podem alegar que ela não era Deputada, não caracterizando quebra de decoro paralmentar.
Teria, então que a situação ser investigada pela Policia Civil, a mando da Justiça Comum, para que se tentasse averiguar qual a origem, o destino e a função daquele dinheiro que ela recebeu.
Mas chama a atenção da sociedade brasileira, a celeridade com que esse processo vai ao Plenário da Câmara.
Enquanto isso, os "mensaleiros", e são muitos, mais de 40, alguns ex-ocupantes de cargos com destaque nos poderes Legislativo e Executivo, dormem tranquilos, aguardando o prazo de prescrição pretendido.
Muitos dos que constam do rol de acusados no "mensalão", o primeiro e bem mais robusto que aquele do Gov. Arruda, ocupam cargos em postos da gestão pública.
Para ocupar cargos públicos, os pretendentes, simples mortais, necessitam ter ficha corrida limpa e boas referências, de toda ordem.
Como fazem esses indiciados para serem convidados a esses cargos, mesmo com a cola suja e tendo deixado pegadas, ou impressões digitais, em cofres bancários, malas com dinheiro vivo, e misteriosos saques, feitos muitas vezes em pilhas de notas, e por assessores ou familiares.
Bem sabemos que Jaqueline Roriz não deve ter recebido aquele dinheiro, daquele agente da corrupção, depois arrependido e colaboracionista da polícia, para levar alimentos para pobres e excluidos.
Mas e os exorbitantes valores roubados e pagos aos "mensaleiros", todos em pleno exercício de cargos e ou funçõe públicas, sobejamente filmados, confessados, testemunhados, ainda deixa dúvidas sobre sua origem e destino?
Se limpo fosse, esse dinheiro já poderia estar em mãos de entidades assistenciais.
Mas como adormeceram em bolsos, cofres e contas correntes de muitas pessoas, já arroladas pelo Ministério Público Federal, seria recomendável, que a Câmara Federal, e o Senado da República, dessem bons exemplos para os eleitores que os colocaram naqueles privilegiados cargos, com nababescos salários, e ganhos adicionais, e determinassem velocidade máxima nos julgamentos.
A condenação e execração pública desses ladrões, necessita ser promovida, pois além das notórias mordomias que recebem, e receberam para trabalhar, ainda assaltaram o dinheiro dos impostos recolhidos por cidadãos honestos, trabalhadores deste Brasil.
(este texto foi escrito as 15horas, antes portanto do julgamento de Jaqueline Roriz)
terça-feira, 30 de agosto de 2011
VOCAÇÕES E ESCOLHAS
Escolher uma atividade, seja profissional ou artística, sempre demanda um processo de decisão.
Hoje, por estudos que vêm sendo realizados, e pela observação dos comportamentos, já se sabe que os seres humanos decidem as direções a seguir dependendo do volume de informações que possuem a respeito de seu objeto.
Os jovens, ao final da adolescência, em torno dos 18 anos, são levados a se definir para fazer vestibular.
Todos sabemos que nessa fase acabam predominando as influências familiares, uma vez que os jovens possuem pouca vivência para assumir um caminho, que poderá ser definitivo em suas vidas.
Sabemos, também, que quanto mais informações, e atualizações tivermos, maior será o numero de opções para o campo profissional, e humano.
Em torno dos 28/32 anos, na fase em que o processo de maturidade pessoal começa a oferecer alguns retornos para as pessoas, muitos revisam o que já estão trilhando, para caminhar na direção das preferências individuais, já bem mais conhecidas e conscientes.
Nessa fase muitos relacionamentos afetivos também passam por uma revisão, não sendo incomum mudanças de rumos emocionais, amorosos, e profissionais.
Como somos consumidores vorazes de informação e atualização, e matéria prima não falta, as novas pesquisas cerebrais e comportamentais demonstram que a autonomia para decisões ampliou muito o seu leque, estando as pessoas muito mais confiantes para mudar suas vidas, em qualquer etapa em que se encontrem.
Dessa forma, e com a queda ou relativização dos preconceitos sociais, muitos seres, com idades de mais de 50, de 60, de 70, de 80, se sentem inseridos, aceitos humana e socialmente e turbinam suas existências, assumindo escolhas novas e desafiadoras, em qualquer idade.
Numa palestra recente que fiz para um grupo da terceira idade, lá estavam muitas mulheres e homens, alguns com mais de 90 anos, que espressaram suas vontades de saber mais para viver melhor.
Com essas observações, o que pretendo transmitir, e afirmo sempre isso às pessoas que me solicitam orientação profissional, é que com a amliação das expectativas de vida, melhoria da saúde e diminuição da segregação dos que têm mais de 60 anos, as possibilidades humanas de realização de sonhos e vocações, não declaradas ou desenvolvidas, são imensas, praticamente infinitas.
Assim podemos deixar nossos jovens menos angustiados.
Com os novos limites para a distante aposentadoria, com as descobertas de que as pessoas podem ser muitos mais felizes se acertarem as suas escolhas de acordo com o que pensam e sonham, os mais moços poderão dispor melhor de seu tempo de descobertas e tentativas, não sendo levados a se angustiar em tenra idade, por decisões, que todos já sabemos, o tempo as fará melhores.
As energias da juventude, suas esperanças e sentimentos, se bem vividas e experimentadas, formarão adultos mais felizes e mais centrados em seus gostos e vocações.
E, logicamente, profissionais mais competentes e realizados.
Hoje, por estudos que vêm sendo realizados, e pela observação dos comportamentos, já se sabe que os seres humanos decidem as direções a seguir dependendo do volume de informações que possuem a respeito de seu objeto.
Os jovens, ao final da adolescência, em torno dos 18 anos, são levados a se definir para fazer vestibular.
Todos sabemos que nessa fase acabam predominando as influências familiares, uma vez que os jovens possuem pouca vivência para assumir um caminho, que poderá ser definitivo em suas vidas.
Sabemos, também, que quanto mais informações, e atualizações tivermos, maior será o numero de opções para o campo profissional, e humano.
Em torno dos 28/32 anos, na fase em que o processo de maturidade pessoal começa a oferecer alguns retornos para as pessoas, muitos revisam o que já estão trilhando, para caminhar na direção das preferências individuais, já bem mais conhecidas e conscientes.
Nessa fase muitos relacionamentos afetivos também passam por uma revisão, não sendo incomum mudanças de rumos emocionais, amorosos, e profissionais.
Como somos consumidores vorazes de informação e atualização, e matéria prima não falta, as novas pesquisas cerebrais e comportamentais demonstram que a autonomia para decisões ampliou muito o seu leque, estando as pessoas muito mais confiantes para mudar suas vidas, em qualquer etapa em que se encontrem.
Dessa forma, e com a queda ou relativização dos preconceitos sociais, muitos seres, com idades de mais de 50, de 60, de 70, de 80, se sentem inseridos, aceitos humana e socialmente e turbinam suas existências, assumindo escolhas novas e desafiadoras, em qualquer idade.
Numa palestra recente que fiz para um grupo da terceira idade, lá estavam muitas mulheres e homens, alguns com mais de 90 anos, que espressaram suas vontades de saber mais para viver melhor.
Com essas observações, o que pretendo transmitir, e afirmo sempre isso às pessoas que me solicitam orientação profissional, é que com a amliação das expectativas de vida, melhoria da saúde e diminuição da segregação dos que têm mais de 60 anos, as possibilidades humanas de realização de sonhos e vocações, não declaradas ou desenvolvidas, são imensas, praticamente infinitas.
Assim podemos deixar nossos jovens menos angustiados.
Com os novos limites para a distante aposentadoria, com as descobertas de que as pessoas podem ser muitos mais felizes se acertarem as suas escolhas de acordo com o que pensam e sonham, os mais moços poderão dispor melhor de seu tempo de descobertas e tentativas, não sendo levados a se angustiar em tenra idade, por decisões, que todos já sabemos, o tempo as fará melhores.
As energias da juventude, suas esperanças e sentimentos, se bem vividas e experimentadas, formarão adultos mais felizes e mais centrados em seus gostos e vocações.
E, logicamente, profissionais mais competentes e realizados.
sábado, 27 de agosto de 2011
SUBJETIVIDADES, LABIRINTOS E SAÍDAS
Pessoas são especialistas em olhar seus labirintos internos, projetarem suas sombras e medos decorrentes, e construirem grandes miragens geradoras de angústias.
Somos os únicos seres vivos que possuem consciência reflexiva, sabemos que sabemos, sabemos que podemos, portanto podemos poque sabemos.
E assim, nesse rocambole existencial, nessa espiral, que tanto pode ser positiva quanto negativa, nos enredamos, nos amordaçamos, nos algemamos aos terríveis sentimentos que nosso "psicopata" interior cria e alimenta.
Somos seres dúbios, pois temos uma objetividade e, no mínimo, uma subjetividade, que nos dá a oportunidade de alimentarmos dúvidas sobre tudo e todos, mesmo objetivamente estando cercados de certezas.
E assim, vamos interpretando e reinterpretando as diversas realidades, contextos e pessoas que nos cercam.
Quando observamos os animais vemos com alegria, que eles, se estiverem bem cuidados e alimentados, ficarão contemplativos, adormecidos, lânguidos e tranquilos.
Plantas, árvores, flores, são lindos elementos naturais, que se receberem sol, luz, calor, água, ficam exuberantes, nos oferecem sombra e beleza, e não precisam ir à terapia.
Então vemos a tremenda solidão em que vivemos.
Estamos sempre cercados de pessoas, de fotos, de imagens, de sons, de alimentos maravilhosos, de meios de comunicação, mas estamos sempre solitários, com nossas impressões subjetivas, com nossos sofrimentos emocionais, com nossas carências, verdadeiras manchas lunares, mas onde se escondem muitos e mais dragões do que aquele da distante lua.
Nossa dubiedade é um fator importante de relativização e análise, de ponderação e busca de equilíbrio.
Mas não podemos deixar que ela se transforme na eterna dúvida, na gigantesca pergunta, na permanente ansiedade.
Muitas vezes pensamos que o mundo é um grande purgatório, uma diáspora permanente, quando nossa potente cabecinha é que não para de alimentar pequenas e grandes neuroses, insignificantes afastamentos da noção de realidade, mas que, no conjunto, parecem estar nos jogando na demência, na loucura.
Façamos como os seres vivos que tanto amamos.
Vamos nos regozijar com os bons alimentos que ingerimos, vamos tomar sol e relaxar na natureza, apreciar os belos entardeceres, os amanheceres, as chuvas.
Podemos abraçar mais a quem amamos, beijar mais as amigas e os amigos que temos, lembrar de todos os que estão distantes.
Na dúvida, podemos visitar hospitais, levar donativos para lares assistenciais, ajudar moradores de rua, confortar menores abandonados, levar artigos de higiene básica no presídio feminino.
Logo, logo estaremos nos sentindo curados de nossas ansiedades e dramas profundos, pois a realidade nos mostrará o caminho real, e não ficaremos tentados a voltar aos labirintos de ficção, que nossas incompletudes nos legaram.
Meditar, observar os processos naturais, olhar a linha do horizonte, via de regra, nos acalmam, apontando rumos positivos e desafios a vencer.
A felicidade é o grande objetivo e meta a buscar e alcançar.
E a felicidade se alimenta de simplicidade.
Somos os únicos seres vivos que possuem consciência reflexiva, sabemos que sabemos, sabemos que podemos, portanto podemos poque sabemos.
E assim, nesse rocambole existencial, nessa espiral, que tanto pode ser positiva quanto negativa, nos enredamos, nos amordaçamos, nos algemamos aos terríveis sentimentos que nosso "psicopata" interior cria e alimenta.
Somos seres dúbios, pois temos uma objetividade e, no mínimo, uma subjetividade, que nos dá a oportunidade de alimentarmos dúvidas sobre tudo e todos, mesmo objetivamente estando cercados de certezas.
E assim, vamos interpretando e reinterpretando as diversas realidades, contextos e pessoas que nos cercam.
Quando observamos os animais vemos com alegria, que eles, se estiverem bem cuidados e alimentados, ficarão contemplativos, adormecidos, lânguidos e tranquilos.
Plantas, árvores, flores, são lindos elementos naturais, que se receberem sol, luz, calor, água, ficam exuberantes, nos oferecem sombra e beleza, e não precisam ir à terapia.
Então vemos a tremenda solidão em que vivemos.
Estamos sempre cercados de pessoas, de fotos, de imagens, de sons, de alimentos maravilhosos, de meios de comunicação, mas estamos sempre solitários, com nossas impressões subjetivas, com nossos sofrimentos emocionais, com nossas carências, verdadeiras manchas lunares, mas onde se escondem muitos e mais dragões do que aquele da distante lua.
Nossa dubiedade é um fator importante de relativização e análise, de ponderação e busca de equilíbrio.
Mas não podemos deixar que ela se transforme na eterna dúvida, na gigantesca pergunta, na permanente ansiedade.
Muitas vezes pensamos que o mundo é um grande purgatório, uma diáspora permanente, quando nossa potente cabecinha é que não para de alimentar pequenas e grandes neuroses, insignificantes afastamentos da noção de realidade, mas que, no conjunto, parecem estar nos jogando na demência, na loucura.
Façamos como os seres vivos que tanto amamos.
Vamos nos regozijar com os bons alimentos que ingerimos, vamos tomar sol e relaxar na natureza, apreciar os belos entardeceres, os amanheceres, as chuvas.
Podemos abraçar mais a quem amamos, beijar mais as amigas e os amigos que temos, lembrar de todos os que estão distantes.
Na dúvida, podemos visitar hospitais, levar donativos para lares assistenciais, ajudar moradores de rua, confortar menores abandonados, levar artigos de higiene básica no presídio feminino.
Logo, logo estaremos nos sentindo curados de nossas ansiedades e dramas profundos, pois a realidade nos mostrará o caminho real, e não ficaremos tentados a voltar aos labirintos de ficção, que nossas incompletudes nos legaram.
Meditar, observar os processos naturais, olhar a linha do horizonte, via de regra, nos acalmam, apontando rumos positivos e desafios a vencer.
A felicidade é o grande objetivo e meta a buscar e alcançar.
E a felicidade se alimenta de simplicidade.
segunda-feira, 22 de agosto de 2011
AMOR VIVO, AO VIVO, OU VIA REDE
A vida fica melhor, mais colorida e feliz quando desfrutamos o relacionamento com boas amizades.
Pessoas positivas, empreendedoras, que não desanimam nem se cansam à primeira tentativa fazem a existência adquirir novos contornos, cores mais vivas e perpsectivas de felicidade.
Esperança é uma palavra legal, mas que precisa do complemento da realização.
Esperar ter bom circulo de amizades necessita da busca por essas pessoas, que darão novo brilho às nossas existências e, juntos, podemos potencializar a positividade que a vida oferece.
Somar sentimentos é multiplicar amor e solidariedade.
Não se poupa carinho, não se economiza afagos, nem abraços, nem afetos.
Não existe cofre para sentimentos, pois eles são voláteis e perecem muito rapidamente, se não oferecidos ou recebidos.
Sentimentos guardados viram saudade, e como saudade é a presença do ausente, ficamos com a saudade e a ausência de quem amamos.
Demonstrar, abraçar, beijar, ainda é a melhor forma de festejarmos a amizade, o amor, o carinho, e, enfim a vida, em toda a sua plenitude.
Mesmo que isso tudo se dê por vias eletrônicas.
Receber uma mensagem, uma lembrança, é um estímulo único. Melhor ainda se recebemos ao vivo e a cores...
AMOR VIVO, AMOR E VIDA
Sentimos falta das queridas e queridos, amigas e amigos, para abraçar e festejar a amizade e a vida.
Mas, mesmo distantes, ficamos mais próximos com estes meios.
Já tivemos as cartas, os telex, os telegramas, os emails, as mensagens via celular. Na verdade, nada mais são do que instrumentos a serviço dos sentimentos humanos.
O ser humano necessita comunicação.
A teoria da comunicação humana, de Bateson, diz que tudo comunica, e que existe um "padrão que comunica".
Verdade.
Os órgãos internos têm comunicação entre si, as pessoas têm a linguagem comum como meio, os diferentes se comunicam por olhares, sinais, até os animais e plantas entram em comunicação conosco, por manifestações e outros códigos.
Pena que não os entendamos e com isso os prejudicamos, prejudicando o próprio ser humano.
Quando compreendermos que todos os seres vivos, e a Terra é o principal, se comunicam, e passarmos a tentar entender os diferentes estágios e padrões, seremos muito mais felizes, menos predatórios, e mais solidários com todas as formas de vida.
Por isso, exercitar com amigos, e fazer novos amigos, pela via da comunicação tecnológica, é uma forma de tentar abraçar nosso mundo com essa rede que o cobre, levando amor, sentimentos nobres e a necessária mudança e renovação, que lançará a nova era planetária, efetivamente comandada pela ética humana e ambiental, colocando-nos em outra dimensão, em nova frquência, construtiva, positiva e com profunda base holística.
Todos reconheceremos na vida a máxima expressão de avanço e melhoria. E o avanço nada mais será do que a impregnação do amor como sentimento que vai prevalecer nas relações.
Entre humanos, e dos humanos com todas as formas de vida.
quinta-feira, 18 de agosto de 2011
DIÁRIO DE UMA BUSCA - FILME DE FLÁVIA CASTRO
(material do blog PARIS JE T'AIME e do FaceBook do filme Diario de Uma Busca)
-Outubro, 1984. Celso Castro, jornalista com uma longa história de militância de esquerda, é encontrado morto no apartamento de um ex-oficial nazista, onde entrou a força.
A polícia sustenta que se trata de um suicídio.
O episódio, digno de um filme de suspense, é o ponto de partida de Flavia, filha de Celso e diretora do filme que decide reconstruir a história da vida e da morte do homem singular que foi o seu pai.
É uma viagem no tempo e na geografia: a diretora volta a Porto Alegre, Santiago, Buenos Aires, Caracas e Paris, cenários do exílio familiar, da ilusão e do fracasso de um projeto político.
O resultado é um documentário poderoso e comovente que combina magistralmente a intriga policial, os testemunhos de familiares e companheiros e o relato na primeira pessoa de uma infância vivida entre o exílio e a luta armada.
As vozes imbricadas de Celso (de suas cartas) e de sua filha constroem um retrato íntimo de uma relação marcada pela história e pela ausência.
-Considerado por João Moreira Salles como o melhor documentario sobre o exílio politico produzido pelo cinema nacional, Diário de Uma Busca é uma experiência única.
O filme que é uma coprodução entre o Brasil e a França e estreou em Paris e Nova York, recebendo criticas excelentes dos jornalistas franceses e da mídia em geral, vem recebendo prêmios e conquistando críticos e publico.
O primeiro longa de Flávia Castro foi premiado em Gramado, no Rio, no Festival de Biarritz e em Punta del Este.
O filme já foi lançado em Porto Alegre e continua sua trajetória pelas capitais do Brasil a partir do dia 26 de agosto.
Flávia Castro, hoje com 45 anos, vem trabalhando nesse projeto desde que tinha a idade do seu pai, Celso Afonso Gay de Castro, que morreu em circunstâncias misteriosas, em Porto Alegre, aos 41 anos.
O filme nos conduz nessa busca por esclarecimentos e respostas que nem sempre estão disponíveis.
Com a ajuda de seu irmão João Paulo, o Joca, Flávia se aprofunda em algo doloroso no qual ela deve lidar com as lembranças de todos que viveram os acontecimentos ligados ao caso.
Buscando elucidar a morte do seu pai ela realiza um filme que mostra a trajetória de uma vida dedicada à luta politica que se extinguiu de forma trágica e violenta. Sublime olhar sobre uma tragédia que nos comove e impressiona.
-Entrevista de Flavia Castro ao Blog PARIS JE T'AIME-
PJTA: Diário de uma Busca é o seu primeiro longa-metragem e um filme muito pessoal. Como foi o processo de transformar a sua historia de vida e a do seu pai em um projeto cinematografico?
-Acho que passei a infância escrevendo a minha história, transformando o que eu vivia ou presençava em contos, cronicas, além do diário... Então, de alguma forma a relação entre vida e arte, vida e obra sempre foi difusa e natural para mim...
Mas o processo de fazer o filme foi muito longo e dificil, talvez mais por questões de produção do que pessoais...
PJTA: Atuar como roteirista, diretora e editora foi complicado para você que participa diretamente do filme?
-Roteiro, era o que eu dominava melhor, pois sou roteirista. Dirigir, era mais dificil pois eu não podia estar atrás da camera, estava muito envolvida na relação com as pessoas que eu filmava. Tem coisas que eu certamente teria feito diferente. Por outro lado, é a parte do trabalho menos solitário e foi muito legal compartilhar isso com a pequena equipe. Montar, eu aprendi montando! Foi um processo longo, intenso e onde aprendi muito. No inicio, estava com a Jordana Berg, minha amiga e uma grande montadora. Mas acabou o dinheiro e fiquei sozinha com o filme. Mas teve um lado libertador, poder ficar com as imagens, o material, em casa, no meu laptopzinho, durante tanto tempo, arriscando, tentando, sem medo de errar. O filme teria sido outro sem essa experiência e esse tempo: foram dois anos de montagem, de idas e vindas.
PJTA; Os depoimentos que vemos no filme são muito fortes. Foi difícil encontrar e convencer as pessoas que relatam suas vidas no filme?
-Não, pelo contrário. Todos foram muito receptivos.
PJTA: Houve resistência das autoridades oficiais frente as suas interrogacoes? Você encontrou obstáculos nesse sistema que ainda é muito fechado?
-Como eu explico no filme, eu não disse que era filha do meu pai... Certamente não teria sido possível entrevistar os policiais se tivesse dito a verdade. Mas disse meu nome verdadeiro e tudo, só não expliquei quem era.
PJTA; A tentativa de elucidar a morte do seu pai, lidando com uma investigacao e tentando encontrar respostas trouxe novas conclusões e pontos de vista?
-Acho que não
PJTA: O relato de Diário de uma Busca tem um tom muito intimo, que envolve a sua família e amigos. Houve um consenso familiar com relacao a essa exposicao?
-Isso não foi discutido. Eu comecei a fazer o filme e aos poucos todos foram aceitando. Demorou tanto que acho que em alguns momentos ninguém acreditava mais... Quando o filme ficou pronto, acho que todos gostaram...
PJTA: Sentimos que seu irmão, o Joca, as vezes hesita e questiona. Ele é narrador e personagem ao mesmo tempo. Pode-se interpretar isso como um certo desconforto da parte dele?
-Sim, ele lê as cartas do meu pai e é o meu "metafilme". Ele discute comigo o próprio filme e as minhas decisões...Como o próprio Joca diz, "Ele faria o filme de outro jeito", mas ele é fundamental para o filme, justamente por isso, porque é ao mesmo tempo muito tocante quando fala da relação dele com o pai e por outro lado, discute o filme.
PJTA: O filme recebeu excelentes criticas na Franca. Você esperava um sucesso tao grande? Como esta lidando com a mídia?
-Não, claro que eu não esperava ! Só terminar o filme, já teria sido uma grande vitória, pessoal. Mas dai vieram os prêmios, no Brasil, na França, em outros países... É uma sensação muito boa sentir que o que a gente faz é reconhecido e que toca as pessoas.... E pessoas muito diferentes entre si, em países diferentes... E no caso de um filme como o meu, talvez mais ainda, pois tem um grau de exposição tão grande, é meu pai, é minha história que está ali...
PJTA: Novos projetos para o futuro?
-Sim estou preparando um outro filme, ficção, chamado "A memória é um musculo da imaginação".
Diário de Uma Busca de Flavia Castro
Facebook: Diário de Uma Busca
Em cartaz nas capitais brasileiras à partir de 26 de agosto.
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-Outubro, 1984. Celso Castro, jornalista com uma longa história de militância de esquerda, é encontrado morto no apartamento de um ex-oficial nazista, onde entrou a força.
A polícia sustenta que se trata de um suicídio.
O episódio, digno de um filme de suspense, é o ponto de partida de Flavia, filha de Celso e diretora do filme que decide reconstruir a história da vida e da morte do homem singular que foi o seu pai.
É uma viagem no tempo e na geografia: a diretora volta a Porto Alegre, Santiago, Buenos Aires, Caracas e Paris, cenários do exílio familiar, da ilusão e do fracasso de um projeto político.
O resultado é um documentário poderoso e comovente que combina magistralmente a intriga policial, os testemunhos de familiares e companheiros e o relato na primeira pessoa de uma infância vivida entre o exílio e a luta armada.
As vozes imbricadas de Celso (de suas cartas) e de sua filha constroem um retrato íntimo de uma relação marcada pela história e pela ausência.
-Considerado por João Moreira Salles como o melhor documentario sobre o exílio politico produzido pelo cinema nacional, Diário de Uma Busca é uma experiência única.
O filme que é uma coprodução entre o Brasil e a França e estreou em Paris e Nova York, recebendo criticas excelentes dos jornalistas franceses e da mídia em geral, vem recebendo prêmios e conquistando críticos e publico.
O primeiro longa de Flávia Castro foi premiado em Gramado, no Rio, no Festival de Biarritz e em Punta del Este.
O filme já foi lançado em Porto Alegre e continua sua trajetória pelas capitais do Brasil a partir do dia 26 de agosto.
Flávia Castro, hoje com 45 anos, vem trabalhando nesse projeto desde que tinha a idade do seu pai, Celso Afonso Gay de Castro, que morreu em circunstâncias misteriosas, em Porto Alegre, aos 41 anos.
O filme nos conduz nessa busca por esclarecimentos e respostas que nem sempre estão disponíveis.
Com a ajuda de seu irmão João Paulo, o Joca, Flávia se aprofunda em algo doloroso no qual ela deve lidar com as lembranças de todos que viveram os acontecimentos ligados ao caso.
Buscando elucidar a morte do seu pai ela realiza um filme que mostra a trajetória de uma vida dedicada à luta politica que se extinguiu de forma trágica e violenta. Sublime olhar sobre uma tragédia que nos comove e impressiona.
-Entrevista de Flavia Castro ao Blog PARIS JE T'AIME-
PJTA: Diário de uma Busca é o seu primeiro longa-metragem e um filme muito pessoal. Como foi o processo de transformar a sua historia de vida e a do seu pai em um projeto cinematografico?
-Acho que passei a infância escrevendo a minha história, transformando o que eu vivia ou presençava em contos, cronicas, além do diário... Então, de alguma forma a relação entre vida e arte, vida e obra sempre foi difusa e natural para mim...
Mas o processo de fazer o filme foi muito longo e dificil, talvez mais por questões de produção do que pessoais...
PJTA: Atuar como roteirista, diretora e editora foi complicado para você que participa diretamente do filme?
-Roteiro, era o que eu dominava melhor, pois sou roteirista. Dirigir, era mais dificil pois eu não podia estar atrás da camera, estava muito envolvida na relação com as pessoas que eu filmava. Tem coisas que eu certamente teria feito diferente. Por outro lado, é a parte do trabalho menos solitário e foi muito legal compartilhar isso com a pequena equipe. Montar, eu aprendi montando! Foi um processo longo, intenso e onde aprendi muito. No inicio, estava com a Jordana Berg, minha amiga e uma grande montadora. Mas acabou o dinheiro e fiquei sozinha com o filme. Mas teve um lado libertador, poder ficar com as imagens, o material, em casa, no meu laptopzinho, durante tanto tempo, arriscando, tentando, sem medo de errar. O filme teria sido outro sem essa experiência e esse tempo: foram dois anos de montagem, de idas e vindas.
PJTA; Os depoimentos que vemos no filme são muito fortes. Foi difícil encontrar e convencer as pessoas que relatam suas vidas no filme?
-Não, pelo contrário. Todos foram muito receptivos.
PJTA: Houve resistência das autoridades oficiais frente as suas interrogacoes? Você encontrou obstáculos nesse sistema que ainda é muito fechado?
-Como eu explico no filme, eu não disse que era filha do meu pai... Certamente não teria sido possível entrevistar os policiais se tivesse dito a verdade. Mas disse meu nome verdadeiro e tudo, só não expliquei quem era.
PJTA; A tentativa de elucidar a morte do seu pai, lidando com uma investigacao e tentando encontrar respostas trouxe novas conclusões e pontos de vista?
-Acho que não
PJTA: O relato de Diário de uma Busca tem um tom muito intimo, que envolve a sua família e amigos. Houve um consenso familiar com relacao a essa exposicao?
-Isso não foi discutido. Eu comecei a fazer o filme e aos poucos todos foram aceitando. Demorou tanto que acho que em alguns momentos ninguém acreditava mais... Quando o filme ficou pronto, acho que todos gostaram...
PJTA: Sentimos que seu irmão, o Joca, as vezes hesita e questiona. Ele é narrador e personagem ao mesmo tempo. Pode-se interpretar isso como um certo desconforto da parte dele?
-Sim, ele lê as cartas do meu pai e é o meu "metafilme". Ele discute comigo o próprio filme e as minhas decisões...Como o próprio Joca diz, "Ele faria o filme de outro jeito", mas ele é fundamental para o filme, justamente por isso, porque é ao mesmo tempo muito tocante quando fala da relação dele com o pai e por outro lado, discute o filme.
PJTA: O filme recebeu excelentes criticas na Franca. Você esperava um sucesso tao grande? Como esta lidando com a mídia?
-Não, claro que eu não esperava ! Só terminar o filme, já teria sido uma grande vitória, pessoal. Mas dai vieram os prêmios, no Brasil, na França, em outros países... É uma sensação muito boa sentir que o que a gente faz é reconhecido e que toca as pessoas.... E pessoas muito diferentes entre si, em países diferentes... E no caso de um filme como o meu, talvez mais ainda, pois tem um grau de exposição tão grande, é meu pai, é minha história que está ali...
PJTA: Novos projetos para o futuro?
-Sim estou preparando um outro filme, ficção, chamado "A memória é um musculo da imaginação".
Diário de Uma Busca de Flavia Castro
Facebook: Diário de Uma Busca
Em cartaz nas capitais brasileiras à partir de 26 de agosto.
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INVESTINDO EM PESSOAS - TRATANDO BEM O CONSUMIDOR
As empresas que atendem seu mercado por intermédio da área de vendas poderiam investir um pouco mais na preparação de pessoas.
As equipes de vendas são, justamente, o primeiro contato que os consumidores têm com seus produtos ou serviços.
Não poucas vezes se observa que pessoas mal pagas, pouco treinadas, sem qualquer estímulo ou sentimento de pertencimento à equipe, é que atendem os compradores, os quais muitas vezes se afastam daquela marca por falta de um bom atendimento.
Muitas empresas pagam pequenos salários fixos acrescidos de comissões percentuais a sua equipe de vendas.
Mas esses empregados parecem pertencer a outras organizações, ou a uma camada inferior na que estão.
Nas revendas de veículos isso é muito comum.
É dificil encontrar quem nos atenda bem, quem tenha bom nível e preparo, para receber quem quer comprar um bem que vale vários milhares de reais.
Não basta um prédio luxuoso, um carro brilhante, um test-drive fantástico, e quando se vai à negociação final, muitas vezes se é surpreendido por comportamentos completamente deslocados dos que deveriam ser ostentados pelos vendedores.
Tenho um cliente que foi comprar um veículo, já com a decisão tomada, e ouviu o seguinte de uma vendedora: "bah, mas não fica pedindo muito não, pois isto aqui não é um leilão..."
Outro cliente, em nome de sua empresa, foi fechar uma compra de veículos aproveitando a hora do almoço.
Ao chegar na loja foi surprendido pelo vendedor, que o esperava, mas que já estava de saida: "sabe o que é, é que está na hora do meu almoço..."
E deixou o cliente parado, literalmente boquiaberto, plantado na porta, de onde deu meia volta e se foi.
Acabou adquirindo veículo de outra marca, quando já estava decidido, mas foi expulso por um vendedor esfaimado.
E assim existem muitos depoimentos de consumidores, de muitos segmentos de produtos e serviços, que deveriam investir na preparação, capacitação, motivação e engajamento de seus colaboradores, para evitar que uma compra se transforme numa escalada penosa e num exercício de paciência para os compradores.
Esquecem, ou descuidam, esses empresários que não apóiam nem desenvolvem seus e suas vendedoras, que o mercado está em fase de muita consciência dos compradores, os quais ficam cada vez mais seletivos e exigentes, merecendo especial atenção dos fornecedores.
O ser humano é movido a impressões, sensações, expectativas e visualizações.
Se entre os consumidores e os bens que eles pretendem adquirir se interpuserem pessoas desqualificadas, mal pagas e sem preparo adequado, as miragens virarão pó e outros locais, com melhor receptividade e acolhimento, é que serão contemplados com fechamentos de vendas.
Investir em qualidade de pessoal e formação de equipes ainda é a base do bom atendimento.
Máquinas não dão sorrisos, não lembram do seu nome, não entendem as subjetividades dos clientes nem sabem atender um acompanhante.
Pessoas decidem comprar, pessoas escolhem produtos e serviços, e gostam de ser bem acolhidas por outras pessoas.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
O ASSASSINATO DA JUIZA PATRICIA ACIOLI - ATENTADO CONTRA O ESTADO E A DEMOCRACIA
Dois dias antes de seu assassinato, a 21 tiros disparados por dois homens, Patricia Acioli tinha declarado a um jornal, em entrevista, que não acreditava que poderia ser morta por seu trabalho.
Ela, efetivamente, não foi morta por seu trabalho, ela foi assassinada justamente por cumprir a sua tarefa, a sua missão como servidora pública da nação brasileira. Ela foi morta por estar cumprindo aquilo que o Brasil espera de seus servidores. Ela foi assassinada por estar a serviço do Estado brasileiro.
E ai a sua morte assume outra dimensão, entra em outra órbita, invade um espaço que deveria ser sagrado para todos os cidadãos brasileiros.
O assassinato de Patricia Acioli não foi somente a tentativa de calar a justiça, de silenciar a ação necessária e essencial de um Poder Judiciário, peça elementar de uma sociedade organizada e civilizada.
Sim, pois quando se mata uma juiza, quando se elimina uma Magistrada, quando se assassina uma Servidora Pública, está se cometendo um crime, bárbaro, covarde, hediondo, contra o Estado, contra o pacto social mais amplo que existe.
E crimes contra o Estado, são crimes contra a organização social mais crítica, mais essencial de uma sociedade.
A figura do Estado é que define os parâmetros básicos da construção de uma Democracia, de uma República, de um regime que foi construido pela cidadania, e para a cidadania.
Atentar contra o Estado é ir contra toda a construção democrática, contra todo o ordenamento jurídico e legal, pois o grave nessa situação é que a Democracia é Lei-Dependente e Estado-Dependente.
Não existe Democracia e República, sem Lei e sem Estado.
A cidadã Patricia Acioli foi assassinada a 21 tiros por dois homens, e isso já é um cirme covarde, bárbaro e que merece a mão pesada da Lei e suas consequências.
Mas quando constatamos que a Juiza Patricia Acioli foi eliminada, assassinada, exatamente por estar no exercício de suas funções como Servidora Pública do Estado Brasileiro, como Magistrada que conduzia processo por crimes cometidos, graves, sua eliminação alcança toda a Nação Brasileira, deixando de ser um mais homicídio a ser investigado.
A morte de Patricia Acioli precisa da mobilização da sociedade brasileira, de todos os cidadãos deste país, pois se contitui em crime contra tudo que se construiu até então como parâmetro de civilização e avanço doutrinário para a construção da Democracia.
Em outros países, em outras sociedades, quando ocorreram episódios de violência contra a Democracia, e seus símbolos, houve ampla e vigorosa revolta, e demonstrações da sociedade civil, como o foram na Itália, quando a máfia tentou dominar, pela força, aquela sociedade.
No Brasil não pode ser diferente.
Precisamos nos posicionar veementemente contra essa barbárie perpetrada contra a vida de uma mulher, de uma servidora pública, de uma magistrada, de uma defensora da Lei, e do Estado.
Ou a sociedade brasileira demonstra sua revolta e seu repúdio, de forma contundente e bem clara, ou estaremos estimulando, pela omissão, e acomodamento, que a Democracia e o Estado, possam ser fragilizados pela força e pela impunidade de quadrilhas de assassinos e corruptos, que sonham em se apoderar dos destinos de Nossa Nação.
Quando a sociedade civil se cala, se acomoda, ela consente com a formação de regimes pouco decentes, nada democráticos e prejudiciais à ordem democrática.
Assim o foi com as ditaduras, com a corrupção e com os desmandos de autoritários e oportunistas.
Já temos suficientes experiências históricas para sabermos que a alienação conduz à usurpação de nossos direitos e prerrogativas legais.
Sabemos, também, que o apodrecimento do aparato Estatal só interessa, e serve, aos grupos que querem sugar as entranhas do Brasil, condenado-o a uma pouco edificante "república" de bananas.
Ela, efetivamente, não foi morta por seu trabalho, ela foi assassinada justamente por cumprir a sua tarefa, a sua missão como servidora pública da nação brasileira. Ela foi morta por estar cumprindo aquilo que o Brasil espera de seus servidores. Ela foi assassinada por estar a serviço do Estado brasileiro.
E ai a sua morte assume outra dimensão, entra em outra órbita, invade um espaço que deveria ser sagrado para todos os cidadãos brasileiros.
O assassinato de Patricia Acioli não foi somente a tentativa de calar a justiça, de silenciar a ação necessária e essencial de um Poder Judiciário, peça elementar de uma sociedade organizada e civilizada.
Sim, pois quando se mata uma juiza, quando se elimina uma Magistrada, quando se assassina uma Servidora Pública, está se cometendo um crime, bárbaro, covarde, hediondo, contra o Estado, contra o pacto social mais amplo que existe.
E crimes contra o Estado, são crimes contra a organização social mais crítica, mais essencial de uma sociedade.
A figura do Estado é que define os parâmetros básicos da construção de uma Democracia, de uma República, de um regime que foi construido pela cidadania, e para a cidadania.
Atentar contra o Estado é ir contra toda a construção democrática, contra todo o ordenamento jurídico e legal, pois o grave nessa situação é que a Democracia é Lei-Dependente e Estado-Dependente.
Não existe Democracia e República, sem Lei e sem Estado.
A cidadã Patricia Acioli foi assassinada a 21 tiros por dois homens, e isso já é um cirme covarde, bárbaro e que merece a mão pesada da Lei e suas consequências.
Mas quando constatamos que a Juiza Patricia Acioli foi eliminada, assassinada, exatamente por estar no exercício de suas funções como Servidora Pública do Estado Brasileiro, como Magistrada que conduzia processo por crimes cometidos, graves, sua eliminação alcança toda a Nação Brasileira, deixando de ser um mais homicídio a ser investigado.
A morte de Patricia Acioli precisa da mobilização da sociedade brasileira, de todos os cidadãos deste país, pois se contitui em crime contra tudo que se construiu até então como parâmetro de civilização e avanço doutrinário para a construção da Democracia.
Em outros países, em outras sociedades, quando ocorreram episódios de violência contra a Democracia, e seus símbolos, houve ampla e vigorosa revolta, e demonstrações da sociedade civil, como o foram na Itália, quando a máfia tentou dominar, pela força, aquela sociedade.
No Brasil não pode ser diferente.
Precisamos nos posicionar veementemente contra essa barbárie perpetrada contra a vida de uma mulher, de uma servidora pública, de uma magistrada, de uma defensora da Lei, e do Estado.
Ou a sociedade brasileira demonstra sua revolta e seu repúdio, de forma contundente e bem clara, ou estaremos estimulando, pela omissão, e acomodamento, que a Democracia e o Estado, possam ser fragilizados pela força e pela impunidade de quadrilhas de assassinos e corruptos, que sonham em se apoderar dos destinos de Nossa Nação.
Quando a sociedade civil se cala, se acomoda, ela consente com a formação de regimes pouco decentes, nada democráticos e prejudiciais à ordem democrática.
Assim o foi com as ditaduras, com a corrupção e com os desmandos de autoritários e oportunistas.
Já temos suficientes experiências históricas para sabermos que a alienação conduz à usurpação de nossos direitos e prerrogativas legais.
Sabemos, também, que o apodrecimento do aparato Estatal só interessa, e serve, aos grupos que querem sugar as entranhas do Brasil, condenado-o a uma pouco edificante "república" de bananas.
sexta-feira, 5 de agosto de 2011
DEDICADO AOS AMIGOS VERDADEIROS
Dizem que amigos verdadeiros podem passar longos períodos sem se falar e jamais questionar essa amizade.
Quando se encontram, independente do tempo e da distância, parece que se viram ontem, e nunca guardam mágoas ou rancor.
Entendem que a vida é corrida, mas que você os amará PARA SEMPRE.
Cultive amigos e viva melhor.
Quando se encontram, independente do tempo e da distância, parece que se viram ontem, e nunca guardam mágoas ou rancor.
Entendem que a vida é corrida, mas que você os amará PARA SEMPRE.
Cultive amigos e viva melhor.
PESSOAS ESPECIAIS: TRANSFORMANDO SOFRIMENTO EM ESPERANÇA E MUDANÇA
Devemos agradecer às pessoas que nos fazem sofrer, ou sentir dor.
Elas nos prestam um grande serviço.
Ativam nossas formas criativas de oferecer respostas positivas e irreverentes às maldades, planejadas ou impensadas.
O sofrimento é como o erro.
Nós quando acertamos algo, só constatamos o que já sabiamos.
Nós só aprendemos quando erramos, pois o erro é uma tentativa, e quem não erra é por não ter tentado.
Nas tentativas é que avançamos, conhecemos novos espaços fisicos e humanos, existenciais e espirituais.
No sofrimento somos obrigados a buscar saídas para que nossos sentimentos possam fluir novamente.
Muitas vezes a simples apreciação de um amanhecer, anoitecer, chuva ou qualquer outra manifestação da natureza, já são suficientes para nos recolocar no eixo do equilibrio emocional.
O erro e o sofrimento nos motivam na busca de amigos e pessoas que nos amem e queiram nosso bem.
Vamos admirar esse céu maravilhosamente azul e o sol dourado que nos acalenta com seus raios?
Elas nos prestam um grande serviço.
Ativam nossas formas criativas de oferecer respostas positivas e irreverentes às maldades, planejadas ou impensadas.
O sofrimento é como o erro.
Nós quando acertamos algo, só constatamos o que já sabiamos.
Nós só aprendemos quando erramos, pois o erro é uma tentativa, e quem não erra é por não ter tentado.
Nas tentativas é que avançamos, conhecemos novos espaços fisicos e humanos, existenciais e espirituais.
No sofrimento somos obrigados a buscar saídas para que nossos sentimentos possam fluir novamente.
Muitas vezes a simples apreciação de um amanhecer, anoitecer, chuva ou qualquer outra manifestação da natureza, já são suficientes para nos recolocar no eixo do equilibrio emocional.
O erro e o sofrimento nos motivam na busca de amigos e pessoas que nos amem e queiram nosso bem.
Vamos admirar esse céu maravilhosamente azul e o sol dourado que nos acalenta com seus raios?
PESSOAS ESPECIAIS
A poesia é um espaço subjetivo de nosso ser, que aparece de forma objetiva nos textos.
A motivação para os sentimentos poéticos vem das emoções, positivas e negativas, que nos alegram ou fazem sofrer.
O importante é escrever a partir da alma, que é nosso espaço maior de liberdade.
Em nossa alma somente nós mesmos penetramos, ou aquelas pessoas que permitimos, ou que por qualidades muito especiais, consigam abrir nossas camadas de defesa e proteção, e descobrir nossos espiritos e penetrar nos domínios de nosso íntimo.
Essas pessoas que conseguem essa proeza, o fazem por nos amarem verdadeiramente, mesmo sem nunca terem se aproximado muito de nós.
São pessoas especiais, verdadeiros anjos, que possuem o dom da delicadeza, da suavidade e do amor.
A motivação para os sentimentos poéticos vem das emoções, positivas e negativas, que nos alegram ou fazem sofrer.
O importante é escrever a partir da alma, que é nosso espaço maior de liberdade.
Em nossa alma somente nós mesmos penetramos, ou aquelas pessoas que permitimos, ou que por qualidades muito especiais, consigam abrir nossas camadas de defesa e proteção, e descobrir nossos espiritos e penetrar nos domínios de nosso íntimo.
Essas pessoas que conseguem essa proeza, o fazem por nos amarem verdadeiramente, mesmo sem nunca terem se aproximado muito de nós.
São pessoas especiais, verdadeiros anjos, que possuem o dom da delicadeza, da suavidade e do amor.
segunda-feira, 1 de agosto de 2011
CRISE AMERICANA: PRIVILÉGIOS E PRIVILEGIADOS X DEMOCRACIA E ESTADO JUSTO
Em 02.08.2011, as 04:00h
É incrivel o que fazem os conservadores norte-americanos, estejam eles no partido Democrata ou Republicano, para assegurar mais "direitos" sobre os demais cidadãos americanos.
É tão louca a crise gerada por esses grupos, que os EUA correm o risco de abalar a sua própria economia, para que eles não tenham os impostos aumentados sobre os mais ricos, ou seja, pessoas que ganham mais de usd 240.000/ano.
Como 53% da divida americana está nas mãos de empresas daquele país, que investiram em títulos do Tesouro dos Eua, essas empresas podem quebrar se o Governo não saldar as suas dívidas, a partir de hoje, dia 02.08.2011.
O risco atual é de se extinguirem 1.600.000, isso mesmo, um milhão e seiscentos mil postos de trabalho, jogando um exército de desempregados nas ruas americanas.
E os defensores dos privilégios para poucos são tão insanos que além de quebrar a própria nação, ainda podem contaminar todo o mundo nessa demência elitista e deslumbrada, egoista e insana.
Querem, também, que haja cortes severos sobre os serviços sociais prestados pelo Estado Norte-Americano, para os mais necessitados, que muitas vezes morrem nas portas de hospitais, por não terem planos de saúde.
Esses cortes podem jogar mais "sangue e carne fresca" para seus negócios, pois na ausência do estado, algumas empresas privadas oferecerão novos "serviços" aos abandonados e condenados à morte pelos vampiros, que vivem da desgraça alheia, das guerras e da prepotência do poder.
Nessa atitude egocêntrica e destrutiva, outro objetivo está embutido.
Não permitir que os Eua tenham a reeleição de Obama e que a União Européia se consolide, como uma terceira força mundial.
A Europa pode ser muito atingida pela crise urdida pelos membros da Tea Party, grupo que ainda não ingressou no século XIX, mas que sabe que o mundo está evoluindo para regimes democráticos, participativos e mais igualitários.
E esse panorama futuro assusta aos terroristas econômicos, os medievais
conservadores, que ainda se imaginam donos de terras e escravos.
Como a Europa vive a crise normal do processo de unificação, em vários níveis, a moeda Euro está em fase de amadurecimento depois de um longo processo que iniciou em 1957.
E os europeus conseguiram um verdadeiro milagre cultural, implantaram uma moeda única, um Banco Central único europeu, sem ofender as soberanias individuais das Nações que compõem a UE.
Essa crise na verdade denuncia uma etapa histórica que vem sendo protelada há muito tempo pelos capitalistas ortodoxos, que não aceitam admitir a evolução.
Assim como os regimes socialistas tiveram profundas e radicais mudanças, o capitalismo também entrou em rota de transformação, com a crise de 1989.
Não foi só o Muro de Berlim que caiu.
O processo histórico é sistêmico e não tem preferências ideológicas.
As sacudidas posteriores, como a quebra americana dos derivativos de 2008, já enunciaram essa situação.
Os que vivem dos lucros de lucros nem querem pensar em ter que reaplicar seus recursos em atividades produtivas, gerando empregos, menores preços e riqueza distribuida.
Preferem a especulação suicida e cega.
Mas o esgotamento ambiental de nosso mundo se encarregará de mostrar a eles que esse modelo que ai está já faliu e está sendo mantido artificialmente, em UTI do poder econômico, pelos "reis midas" da atualidade, que só querem pensar em ouro e a tudo transformar nesse metal.
Antes, esses monetaristas conservadores, colonizavam territórios, financiavam golpes e quebras de paises em nações empobrecidas e periféricas.
Agora, com a globalização, se viram contra as vísceras de seu próprio país para tentar acumular mais poder e mais ganhos.
Coitados, nada aprenderam com a histórica.
Faltaram à aula em que o episódio de Maria Antonieta, e asseclas, que foram guilhotinados, foi ensinado.
Além do desprezo do mundo todo, e de uma possivel manifestação violenta de seus próprios cidadãos, estarão condenados ao mesmo destino do mitológico Rei Midas, e a tudo transformarão naquele metal, até suas famílias, seus sentimentos, o ar que respiram, e enterrados serão em grandes caixões dourados, forrados com os papéis sem valor, gerados pelas crises que engendraram.
Apesar da riqueza material que puderem acumular, acabarão como os pobres e abandonados norteamericanos, finitos que são e ignorantes que nunca aprenderam nada sobre a vida que tiveram, achando-se acima da comum e humana condição de morrer.
É incrivel o que fazem os conservadores norte-americanos, estejam eles no partido Democrata ou Republicano, para assegurar mais "direitos" sobre os demais cidadãos americanos.
É tão louca a crise gerada por esses grupos, que os EUA correm o risco de abalar a sua própria economia, para que eles não tenham os impostos aumentados sobre os mais ricos, ou seja, pessoas que ganham mais de usd 240.000/ano.
Como 53% da divida americana está nas mãos de empresas daquele país, que investiram em títulos do Tesouro dos Eua, essas empresas podem quebrar se o Governo não saldar as suas dívidas, a partir de hoje, dia 02.08.2011.
O risco atual é de se extinguirem 1.600.000, isso mesmo, um milhão e seiscentos mil postos de trabalho, jogando um exército de desempregados nas ruas americanas.
E os defensores dos privilégios para poucos são tão insanos que além de quebrar a própria nação, ainda podem contaminar todo o mundo nessa demência elitista e deslumbrada, egoista e insana.
Querem, também, que haja cortes severos sobre os serviços sociais prestados pelo Estado Norte-Americano, para os mais necessitados, que muitas vezes morrem nas portas de hospitais, por não terem planos de saúde.
Esses cortes podem jogar mais "sangue e carne fresca" para seus negócios, pois na ausência do estado, algumas empresas privadas oferecerão novos "serviços" aos abandonados e condenados à morte pelos vampiros, que vivem da desgraça alheia, das guerras e da prepotência do poder.
Nessa atitude egocêntrica e destrutiva, outro objetivo está embutido.
Não permitir que os Eua tenham a reeleição de Obama e que a União Européia se consolide, como uma terceira força mundial.
A Europa pode ser muito atingida pela crise urdida pelos membros da Tea Party, grupo que ainda não ingressou no século XIX, mas que sabe que o mundo está evoluindo para regimes democráticos, participativos e mais igualitários.
E esse panorama futuro assusta aos terroristas econômicos, os medievais
conservadores, que ainda se imaginam donos de terras e escravos.
Como a Europa vive a crise normal do processo de unificação, em vários níveis, a moeda Euro está em fase de amadurecimento depois de um longo processo que iniciou em 1957.
E os europeus conseguiram um verdadeiro milagre cultural, implantaram uma moeda única, um Banco Central único europeu, sem ofender as soberanias individuais das Nações que compõem a UE.
Essa crise na verdade denuncia uma etapa histórica que vem sendo protelada há muito tempo pelos capitalistas ortodoxos, que não aceitam admitir a evolução.
Assim como os regimes socialistas tiveram profundas e radicais mudanças, o capitalismo também entrou em rota de transformação, com a crise de 1989.
Não foi só o Muro de Berlim que caiu.
O processo histórico é sistêmico e não tem preferências ideológicas.
As sacudidas posteriores, como a quebra americana dos derivativos de 2008, já enunciaram essa situação.
Os que vivem dos lucros de lucros nem querem pensar em ter que reaplicar seus recursos em atividades produtivas, gerando empregos, menores preços e riqueza distribuida.
Preferem a especulação suicida e cega.
Mas o esgotamento ambiental de nosso mundo se encarregará de mostrar a eles que esse modelo que ai está já faliu e está sendo mantido artificialmente, em UTI do poder econômico, pelos "reis midas" da atualidade, que só querem pensar em ouro e a tudo transformar nesse metal.
Antes, esses monetaristas conservadores, colonizavam territórios, financiavam golpes e quebras de paises em nações empobrecidas e periféricas.
Agora, com a globalização, se viram contra as vísceras de seu próprio país para tentar acumular mais poder e mais ganhos.
Coitados, nada aprenderam com a histórica.
Faltaram à aula em que o episódio de Maria Antonieta, e asseclas, que foram guilhotinados, foi ensinado.
Além do desprezo do mundo todo, e de uma possivel manifestação violenta de seus próprios cidadãos, estarão condenados ao mesmo destino do mitológico Rei Midas, e a tudo transformarão naquele metal, até suas famílias, seus sentimentos, o ar que respiram, e enterrados serão em grandes caixões dourados, forrados com os papéis sem valor, gerados pelas crises que engendraram.
Apesar da riqueza material que puderem acumular, acabarão como os pobres e abandonados norteamericanos, finitos que são e ignorantes que nunca aprenderam nada sobre a vida que tiveram, achando-se acima da comum e humana condição de morrer.
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