segunda-feira, 31 de outubro de 2011

RESILIÊNCIA

A vida urbana, com o acesso a muitas facilidades ergonômicas, de lazer, e outros confortos, caracteriza o nosso presente.
No mundo todo o ser humano procura viver em cidades, grandes centros iluminados, movimentados e bem abastecidos.
Fora alguns países que mantêm grandes desníveis sociais, com flagrantes injustiças e concentração de renda, os maiores centros urbanos passaram a oferecer muita comodidade física, acesso ao conhecimento, abundante tecnologia, e fartura de alimentação.
A concentração humana, normalmente, se dá pela busca de trabalho, igualmente concentrado, que obriga as pessoas a uma vida padronizada, com os horários destinados às atividades profissionais sendo preponderantes sobre os convívios, principalmente os familiares.
Esse fator gerou um afastamento geracional, que está sendo preenchido por atividades extra-classe para crianças e adolescentes, que acabam convivendo mais com terceiros, do que com seus pais e demais parentes.
Nas empresas, e organizações, a competição exacerbada, a busca permanente da realização material, a aplicação de muito tempo em aperfeiçoamento técnico e profissional, coloca os adultos, pais e mães, em condições estressantes, que lhes retiram muito da disponibilidade que gostariam de poder oferecer a seus filhos.
Os poucos momentos disponíveis, via de regra nos finais de semana, criam intensa concorrência, entre a aguda necessidade de reposição das forças físicas e psíquicas, com a saudade dos filhos, e a vontade de com eles conviver.
Ambas as situações relatadas se constituem em fatores estressores da vida familiar, e profissional, contribuindo para a formação dos "buracos" e "bolhas" na alma, que permitem posturas e comportamentos ansiosos, que podem levar a perda da estabilidade, com tempos dilatados para o retorno à ponderação.
O desenvolvimento da resiliência, como uma competência relacional, e comportamental, é uma ferramenta para estimular o mais rápido retorno aos eixos de equilíbrio, emocional, afetivo, e vivencial.
Os contextos familiares, e profissionais, pelo menos a curto prazo, não devem se alterar.
Por isso, a iniciativa de escolas, empresas e organizações, e entidades sem fim lucrativo, como associações de moradores, condomínios, clubes de serviço, e outras, de estimular programas de reforço da resiliência, podem muito colaborar com uma maior estabilidade emocional, dos convívios na sociedade.
E, portanto, com a melhoria da qualidade de vida, da sociedade como um todo.

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

VIDA

Nunca estamos sós.
Quem tem o privilégio de dividir, e participar, sua vida com tantas outras pessoas, só pode se sentir feliz.
É uma sensação agradável, suave, terna, sentir, perceber, constatar, que muitas pessoas fazem parte de nossa existência, e que nós fazemos parte de outras tantas vidas.
É uma constatação quântica, do processo dos convívios.
O simples observador altera os processos, com a sua participação, mesmo que muda, ou sem nada registrar.
É como ver a beleza de uma flor, colher uma pitanga madura, acenar para alguém, receber um cumprimento pelo olhar, sorrir com uma criança, receber o afago de um animal de estimação, abraçar pessoas com carinho.
No simples olhar, estamos emitindo energias, e recebendo-as, de variadas intensidades e coloridos, mas sempre interagindo.
Essas particulas de vida, essa força essencial, que abastece nossas almas e enche nossas vidas de felicidade vem de atos simples, de pequenas ações corriqueiras, para as quais basta deixar que elas cheguem em nós, nos inundem com as suas repercussões cálidas e benfazejas.
A todas e todos muito carinho, muitos abraços neste belo dia que se inicia com essa maravilhosa natureza, que nos cerca, e que nos dá a vida, todos os dias.
Olhando em torno, temos a sensação de um carossel de flores, de céus azuis, de pássaros cantadores, de leveza, de encantamento, e adoração.
Que tenhamos, sempre, essas maravilhosas imagens, e sons, que nos fazem mais felizes, sem nada cobrar, sem nada esperar.
Sob esse céu que nos protege.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Felicidade

Seja forte.
Lembre sempre das suas convicções.
Não abra mão dos seus princípios e crenças.
Alimente seus sonhos.
Não permita que pensamentos negativos a dominem.
Resgate a sua alegria, e o que a torna feliz.
Observe outras pessoas, aquelas que abandonaram seus objetivos e sonhos, ou os deixaram em outras mãos, encontram muito mais dificuldades para realizá-los.
Ninguém melhor do que nós mesmos sabe o que nos é mais necessário.
Desenvolva seu amor próprio.
Eleve, e alimente, a sua auto-estima.
Ame suas idéias, respeite as suas iniciativas, valorize suas ações.
Deixe as dúvidas para trás, esqueça o "não pode", elimine o "é dificil".
Tudo fica melhor, mais fácil, mais encantador, quando nossa alma é atendida, quando nosso sentimento é de plenitude.
Na dúvida, priorize o seu querer.
O importante é ser, e se sentir, feliz.
Íntegra e integralmente!
Interna e externamente

A Gestão Da Mudança

A mudança é evolução, melhoria, avanço.
Existem momentos propícios para mudanças necessárias.
As mudanças decorrem de processos vário, de alterações comportamentais, de decisões tomadas, de superação de etapas, de inovações implantadas, de alteração de situação de contorno, de mudanças de variáveis, de novos quadros de sensibilidade e percepção, e de cenários e tendências.
Quaisquer que sejam os fatores geradores de mudança, o ciclo da sua implementação se torna um processo com início, meio e fim.
A mudança devidamente conceituada, concebida, definida e projetada, passa a ser uma identidade, se torna um ente, que deve ter vida definida, em sua concepção, e conseqüências pretendidas.
O ciclo de vida da mudança deve conter a flexibilidade necessária ao percurso do processo, mas não pode ser nem menor, nem maior, do que o necessário, sob o risco de comprometer os resultados pretendidos em sua construção.
A mudança gera crises de afastamento de hábitos e comportamentos, faz abandonar elementos conhecidos, e modifica zonas de conforto.
Rotinas são modificadas, lugares alterados, procedimentos erradicados, substituídos, e métodos de trabalho extintos, redesenhados, otimizados, minimizados ou re-conceituados.
Mudanças geram crises, e crises geram mudanças.
O principal elemento das mudanças é o fator humano.
Pessoas se apegam, desenvolvem afinidades, algumas são mais rápidas outras mais lentas, outras, ainda, mais indecisas.
A subjetividade humana constrói labirintos impenetráveis, gostos diferentes, opiniões próprias, concepções múltiplas.
O devido processo de informação, comunicação e conscientização, ajuda a minimizar os aspectos pessoais, individuais.
Mas a mudança, por sua identidade própria, estudada e determinada, não pode depender das imprecisões de diferentes interpretações.
Se devidamente diagnosticada, apoiada em necessidades de evolução e transformação, a mudança deve ser implementada, já.
AGORA!



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segunda-feira, 24 de outubro de 2011

OPERAÇÃO ÁFRICA - A NOVA FRONTEIRA DO DESENVOLVIMENTO DO SÉCULO XXI

O ciclo econômico Mediterrâneo refletiu a força sócio-econômica, sócio-cultural (a religiosa aí destacada), sócio-política, e,também, a força militar, o expansionismo pela força, o colonialismo, que a Europa produziu.
Até a segunda guerra mundial, que teve seu final em 1945, o velho continente praticamente capitaneou o mundo, num longo período do final dos anos 1400, até a primeira metade do século XX.
A Igreja Católica, com seus fiéis Reis Católicos de Espanha e Portugal, a inquisição, a Reforma de Martin Luther, a busca de outros horizontes, com a descoberta do Novo Mundo, por Cristóvão Colombo, o colonianismo no continente Africano, produzindo dominação brutal, exploração intensiva de suas riquezas naturais, e tantos outros fatos históricos, bons ou não, comprovam a vitalidade da Europa, e seu enraizamento profundo, em quase todos os pontos do mundo.
Mesmo a dominação Árabe, de mais de 800 anos em parte meridional da Europa, não conseguiu deixar raizes como as que os europeus espalharam em muitos continentes.
Com a América como símbolo de mudança e renovação, efetivamente nascia o Novo Mundo, com a visão Democrática e Republicana como um contraponto às Cortes européias.
Nascia o ciclo Atlântico, gerado pela ocupação das costas do continente americano, que estavam posicionadas para esse oceano, costas essas que mais facilmente foram alcançadas pelas navegações europeías, e por dissidentes das cortes européias, ou por elas determinadas.
O processo de colonização americano não escapou ao barbarismo comum aos dominadores de outras paragens, que sempre se caracterizaram pela violência, pelo desrespeito às culturas locais, e pelo assalto às suas riquezas naturais.
Populações indígenas foram dizimadas, expressões culturais banidas, o processo da escravidão se alastrou por mais de 300 anos, e o esperançoso nome novomundista oscilou em guerras, disputas por demarcação de fronteiras, até as primeiras décadas do século XX.
As duas grandes guerras mundiais, ambas iniciadas pela forte expressão do militarismo incrustrado nos países europeus, tanto ajudaram a destruir a Europa, quanto colocaram o novo eixo do poder mundial nas mãos da Rússia (União Soviética), e dos Estados Unidos.
Como a Rússia precisou de uma reconstrução quase completa, devido à enorme destruição que sofreu, e à perda de mais de 20 milhões de cidadãos, durante muitos anos suas energias, e investimentos, foram canalizados para essa obra gigantesca.
Os Estados Unidos, por terem vivido a guerra em territórios outros, sem qualquer destruição interna, puderam, imediatamente, logo após o final da guerra, investir em seu próprio desenvolvimento.
A transformação da industria bélica, que já tinha propiciado muitas inovações tecnológicas durante os confrontos militares, foi rapidamente ajustada à nova etapa, colocando a grande nação do norte como uma potência industrial, e comercial, que reverteu o domínio europeu, transformando-se na nova força mundial.
Além de tudo, o poderio atômico, demonstrado no Japão, passou a dar-lhe uma outra dimensão nas quase impositivas negociações internacionais.
O dólar forte e estável, a força militar dsitribuida em bases por todos os continentes, e a grande "argumentação" nuclear, asseguraram, aos Estados Unidos, a hegemonia, que manteve até o início do terceiro milênio.
Os processos Chinês e Indiano, apesar de bem diferentes politicamente, tiveram grandes evoluções, que começaram no final dos anos 40, do século XX.
A India, com todo seu atraso e desníveis sociais, impulsionada por movimentos religiosos, de desobediência civil, carente de infraestrutura, foi desenvolvendo, em ilhas é verdade, um processo educacional voltado para a inovação.
Vários grupos financeiros, e fundos de investimentos, têm a sua base na India atual, atestando a sua plena adesão ao capitalismo.
Muitos polos tecnológicos, em vários níveis industriais, surpreendem o Ocidente, demonstrando como aquele país gigantesco desenvolveu a sua inteligência, mesmo dominado externamente, em longos períodos.
A China começou a sua revolução modernizante com Mao Tse Tung, que, em 1949, promoveu uma grande revolta contra o satus dominante, implantando um regime político identificado com o vigente na Rússia Comunista, mas com grandes nuances locais.
A China, como a India, já tivera seu país dominado por forças estrangeiras, resistindo justamente pela dispersão de sua população, e pela enorme extensão de seu território.
A diversidade cultural, os dialetos, a capacidade de sobreviver em pequenas culturas familiares, permitiu que a China passasse quase infensa às ocupações, pois as suas características próprias se constituiram em um escudo poderoso.
O país permaneceu sem uma grande definição para seu futuro, até meados dos anos 80, quando começou a deterioração do regime econômico russo, e posteriormente, de sua ordem política.
Percebendo essa mudança, e sendo detentora de índices econômicos inexpressivos, que associados aos indicadores sociais lhe asseguravam um titulo pouco edificante de grande país pobre, rural e desigual, a China planejou a sua guinada, partindo para a recuperação do tempo perdido.
Em duas décadas promoveu um crescimento em níveis nunca imaginados.
Em uma grande jogada política, digna dos maiores planejadores do ocidente, manteve seu regime político comunista, implantou o regime capitalista em suas relações econômicas, urbanizou a sociedade, concentrou seu crescimento em periodos curtos, promoveu um acelerado ciclo financeiro, a ponto de, hoje, ser um dos principais responsáveis pela manutenção da liquidez financeira norteamericana, ao lado da Arábia Saudita.
Tem muitas carências, seu território é quase 70% desértico, importa alimentos, que não consegue produzir, é boa cliente de energias fósseis e renováveis, mas já exporta muita tecnologia embarcada, e produtos com valor agregado.
E, o que mais surpreende, mantém seu regime comunista, que já foi assimilado pelos paises capitalistas, com os quais se relaciona amplamente, como se nunca tivesse havido todo um período de guerra fria, de 30 anos, justamente entre comunistas e capitalistas.
Ai está o eixo Pacífico/Índico, que surgiu com a suave, e quase imperceptível mudança Indiana, e com a explosiva transformação Chinesa.
Nos próximos 10 anos, o polo Indo/Chinês de desenvolvimento estará plenamente maduro, seus investimentos estarão oferecendo resultados significativos, as finanças mundiais estarão ajustadas a esses novos parceiros, e a economia global terá mais um pé para se apoiar, e distribuir, conduzindo o mundo para o novo equilíbrio dai decorrente.
O eixo Mediterrâneo, mesmo sem ser novo, nem surpreender a humanidade, não pode ser desprezado, pois além de oferecer um PIB signitifcativo e uma estrutura bastante expressiva, ainda criou a União Européia, com uma inovação muito arrojada e corajosa.
Um continente que foi muito marcado pela exacerbação das autonomias nacionais, dos idiomas e manifestações culturais próprias e específicas, conseguiu atingir um patamar único de entendimento político.
Após meio século de negociações, e construção de várias camadas de acordos multilaterais, de costura delicadíssima, chegou à surpreendente forma atual de um continente unificado, com moeda única, e um banco central europeu.
Quem já estudou economia sabe muito bem como é dificil lidar com autonomia, moeda e símbolos nacionais, por representarem patrimônios materiais e imateriais, grandes histórias, reminiscências simbólicas, e muita subjetividade humana.
É um feito histórico único em nossa prospecção conhecida, o que a União Européia representa.
Pode-se até tentar valorizar as eventuais crises da zona do Euro, mas todos sabem que elas são normais, e até pequenas, considerando os ajustes já esperados para uma operação desse porte.
Não é estranho esse período de normalização, considerando a envergadura dos acordos, que envolvem a maturação do processo.
Por esse fato, e por sua pujança econômica, a Europa é agente ativo e significativo, na construção da economia do século XXI.
Com os eixos Mediterrâneo, com o Atlântico, mesmo com a claudicante atualidade norte americana, (herdada das posturas bélicas do governo anterior, e da desregulação que aquele governo gerou, quebrando o país e atingindo outros continentes), com o elenco de países emergentes, entre eles o Brasi(com destaque), com a Rússia, num processo muito parecido com o norte americano, com o novo eixo Indiano/Chinês, o mundo terá à sua frente o desafio de enfrentar o modus ético/político/econômico, de restituir à ÁFRICA, o nivel de respeito e dignidade, com que ela nunca foi devidamente tratada.
O colonialismo europeu a arrebentou, e a submeteu à indignidade.
O racismo a segregou, o oportunismo a transformou em laboratório, de armas, de medicamentos, de métodos e do cinismo dominante, e dominador.
Já se sabe, sobejamente, que a solução Africana lhe foi roubada por quem a pirateou e dominou.
Seu estágio atual de continente doente, contaminado, gerador de gigantescos êxodos e migrações, foi construido pela desfaçatez dos colonizadores, que se referiam ao "continente negro", como se humanos não fossem os que o habitavam.
Sua pobreza contumaz, sua fome crônica, seu estado doentio endêmico, e sistêmico, não é coerente com seu estado permanente de pequenas e regionais, ou tribais, guerras, alimentadas por um capital, que a África não tem, mas que os dutos bélicos de países detentores da produção de armas, o mantém.
Mas o mundo ainda gira, continua girando, e o colonialismo começa a produzir dores de cabeça para os ex-colonizadores.
Quando ocuparam, dominaram, exploraram, e dilapidaram a África, numa tentativa de cínico marketing humanitário, para manter as hipócritas aparências de defensores da civilização, os brancos europeus prometiam, escreviam, e asseguravam a mesma "cidadania", aos negros dominados, e escravizados, que os cidadãos dos países de origem tinham, em suas brancas sociedades.
Agora, num novo ciclo mediterrâneo, os ex-colonizados, os negros do continente negro, começam a assediar os brancos, do continente branco, para resgatar as suas cidadanias prometidas, mas que os ex-colonizadores jamais imaginariam, que, um dia, lhes seriam cobradas.
E o êxodo, e migrações, ameaçam levar instabilidade ao frágil equilíbrio dos países desenvolvidos, pois seus índices per-capita podem entrar em colapso, colocando suas sociedades em desfuncionalidade.
E ai está o quadro de resgate da África.
Aí está o momento histórico oportuno para o reencontro com a ÁFRICA.
Um mundo com um desenvolvimento fantástico, que fala em desafios ciclópicos, na verdade, não tem mais nada a priorizar, do que a OPERAÇÃO ÁFRICA.
Essa é a nova fronteira de desenvolvimento que a agenda mundial terá que encarar.
Dinheiro não falta.
Movimentos humanitários existem, diagnósticos idem, estudos lotam bibliotecas de universidades e centros de pesquisa.
Os recursos que organizações tipo Médicos Sem Fronteiras, e outros, dignos e verdadeiros, que recolhem verdadeiras fortunas, mais o que a ONU destina aos países Africanos, mais o que os acordos bi e multilaterais reservam, já são suficientes para a criação de um Fundo Africano para o Desenvolvimento.A África é um continente pobre, miserável, cercado pelos eixos mundiais de desenvolvimento, pelo eixo do petróleo, muito do qual em seu próprio chão, e oferece à humanidade, justamente, o berço da humanidade.
Os estudos mais aprofundados da origem da raça humana nos conduzem, todos, à África.
De lá, teriam os êxodos subido para o norte, para superação das secas e para fugir das áreas desérticas.
Mesmo pobre, a África dá ao mundo grandes intelectuais, possui belos exemplos de experiências fantásticas de desenvolvimento.
Já superou, por conta própria, abismos políticos e sociológicos, como Angola e África do Sul, dentre tantos outros, mesmo após os prolongados períodos de trevas, patrocinados pelos colonizadores e dominadores brancos.
Um mundo que domina a tecnologia, que está abarrotado de capitais que buscam aplicações e rendimentos, que já produziu, e construiu, cidades artificiais, que já consegue levar a vida a novos patamares cronológicos, que oferece gigantescos lucros a laboratórios, justamente por desenvolverem novos alimentos, e medicamentos, esse mesmo mundo não pode mais conviver com todo um continente condenado à indignidade, e à morte, por abandono.
Muito se fala em inovação, o mundo até chorou a recente morte de Steve Jobs, por sua dedicação a produzir tecnologias amigáveis, que levaram o ser humano a um estágio muito avançado na obtenção e acesso da informação.
Muito justo e procedente!
Na África, a operação poderia ser dedicada, também, a um grande homem, que gerou muita tecnologia social, que levou o ser humano a se conscientizar da importância da informação sobre seus irmãos, e permitiu que irmãos parassem de se odiar, mesmo sem saber porque o faziam.
A OPERAÇÃO ÁFRICA, de redenção daquele continente, devidamente tematizada, poderia se chamar OPERAÇÃO NELSON MANDELA.
Mandela ficou 27 anos preso. E não se permitiu tempo para chorar as próprias mágoas, que não foram poucas.
Saiu da cadeia para pacificar a África do Sul, resgatar a dignidade e o respeito dos cidadãos do pais, unificar a nação Africana, e ainda ensinar aos cidadãos que deveriam esquecer o sofrimento vivido, reconquistando a sua condição de pessoas livres.
Tudo a ver com o que o mundo precisa fazer com a ÁFRICA.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Os Assassinatos De Bin Laden e Muammar Kadafi, Olho Por Olho?

Bin Laden e Muammar Kadafi estão mortos.
Com uma diferença de tempo pequena, ambos foram assassinados, sem julgamentos.
As acusações que sobre eles pesavam, de atentados nos EUA e na Escócia, ficarão sem as devidas respostas históricas, que seus eventuais julgamentos, dentro da lei, poderiam fornecer à opinião pública mundial.
Há toda uma cronologia ainda não bem explicada, nas duas mortes.
Na Líbia, após os primeiros movimentos da oposição popular, a ONU autorizou a Otan a realizar operação de preservação de faixa desmilitarizada para proteger civis.
Interessante que a ação da Otan se generalizou, com o fornecimento de armas militares justamente aos civis, que teoricamente deveria proteger de uma guerra, ao ponto da captura de Kadafi ter ocorrido num bombardeio da mesma OTAN, numa região de fronteira sem grandes ameaças à população.
Antes disso, a ONU reconheceu o novo governo Libio, na figura do CNT, um Conselho Nacional de Transição, quando ainda havia batalhas ocorrendo, e o governante libio, anterior, todavia estava em território daquele pais.
Governante, aliás, que nos ultimos 24 meses tinha desfilado nos Eua, recebido por Obama, na Inglaterra, com Tony Blair, na Italia, com Berlusconi,na ONU, e tantas outras autoridades, que agora declaram que ele era um ditador sanguinário, inimigo da democracia.
Mas quando estavam juntos, essas características de Kadafi não eram conhecidas? mesmo estando ele há mais de 40 anos no poder? ou os interesses nas jazidas petrolíferas da Líbia eram mais visíveis que a ditadura, hoje alardeada?
E a contraditória atitude da Onu, que mesmo recebendo a visita do dirigente Palestino para solicitar a entrada de seu território naquela organização mundial, recomendou que os palestinos fossem negociar com Israel, antes, para depois poder ser aceitos, não utilizou esse mesmo critério com o dito CNT, e muito rapidamente reconheceu o novo governo da Líbia, com uma pressa inimaginável, de apenas 3 dias?
Os assassinatos dos dirigentes da Líbia, e da Al Qaeda, são diferentes.
Um dos mortos era dirigente de uma nação, o outro de uma organização política, conhecida na imprensa mundial como ordenadora de ações terroristas.
Mas a lei, que caracteriza os Estados Democráticos não deveria ter sido cumprida, e ambos os aprisionados submetidos aos devidos julgamentos?
Como se diferenciam Estados Democráticos dos não-Democráticos, quando a lei não é cumprida, e os ritos legais não são devidamente seguidos e obedecidos?
Mesmo a condenação a pena de morte, como ocorreu no discutivel julgamento de Saddam Hussein no Iraque, necessitou de uma cerimônia alusiva.
Se o olho por olho, dente por dente, for implantado pelas nações militarmente mais armadas, e o exemplo da obediência legal for abandonado, corremos o risco de um mundo cego e desdentado, pois a vingança poderá substituir a justiça.
Num jornal da Escócia, foi estampada uma foto de Kadafi morto, com a manchete fazendo alusão que aquela imagem poderia ser uma revanche pelo atentado que derrubou um avião e matou mais de 200 civis, naquele país, e que teria sido ordenado pelo diator morto.
Se essa visão da vingança por mortos anteriores for adotada, imagine-se quantos motivos o Japão poderia ter contra os EUA, pelos milhares de mortos gerados pelas duas bombas atômicas que os americanos lançaram sobre Nagazaki e Iroshima, em 1945.
O Irã poderia querer justificar uma vingança contra EUA e Inglaterra, pelo golpe de 1953 contra o Governo Democrático do primeiro ministro Mossadegh, derrubado em golpe conjunto executado por aqueles dois paises, para dominar o mercado do petróleo da hoje nação dos Aiatolás.
A Argélia poderia querer vingar as mortes geradas pelos franceses, que tentaram manter o domínio daquela nação, em guerra sangrenta que se estendeu até 1963, onde a tortura foi aceita como instrumento normal de obtenção de informações pelo exército do General Degaulle.
O VietNam teria razão de querer vingar seus mais de 3 milhões de mortos das guerras promovidas pelo franceses e americanos, e que foram encerradas em 54 e 74, respectivamente, com as derrotas dos dois exércitos ocidentais agressores.
A Somália, ex-Eritréia, ex-colônia italiana, teria bons motivos para resgatar os episódios ocorridos em seu território, quando dominado pelo país de Berlusconi.
O ex-Congo Belga, teria fortes argumentos para uma revanche sangrenta contra os herdeiros do Rei Leopoldo II, da Bélgica, por comandar chacinas de milhares de Congoleses.
E nem pensar nas razões exacerbadas que a Africa do Sul poderia brandir para uma cruzada contra os paises brancos que implantaram o Aparteidh racial, as mortes de muitos milhares de negros, em massa, e a retirada dos direitos civis dos que eram donos legítmos daquele país, mas que tinham a pele escura.
E assim, o mundo poderia mergulhar num pesadelo ensandecido do abandono legal, do descumprimento dos ordenamentos judiciais, levado pela vingança, que se justificaria pelo simples sentimento de reparação de mortes, destruição e atentados promovidos em qualquer época, por qualquer governo, sob quaisquer condições.
O mundo precisa acordar desse pesadelo do uso da força, pelos mais fortes, pois esse argumento banal pode ser observado por nações, que, amanhã, podem vir a estar em patamar militar e armamentista, que permita essa atitude, sem qualquer respeito ou acatamento das cortes internacionais, e dos regramentos legais, por tanto tempo construidos pelo avanço e pela civilização.
Ainda mais num mundo, que começa a sofrer a mudança de poder, para mãos diferentes, e que nem sempre foram tratadas com gentilezas, ou dentro das leis, que protegem os cidadãos dos paises atualmente desenvolvidos.
O estágio atual, mesmo com todas as injustiças e retrocessos, representou um avanço qualitativo importante nas relações internacionais, e a ONU precisa revigorar a observância à lei e à ordem, sob o risco de vir a ser substituida, como a sua antecessora, a Liga das Nações, o foi, por sua incompetência em mediar conflitos e pelo corporativismo burocratista que a dominou.
A ONU envelheceu, se burocratizou, está dominada por um Conselho de Segurança que é governado por apenas cinco países, com poder de veto, e começa a demonstrar o loteamento a que está submetida pelos mais fortes.
Urgente se faz uma revisão mundial, para que o conjunto de nações, que representa a nova relação de forças econômicas, e politicas, que emerge com o terceiro milênio, tome seus assentos na Organização.
Até para garantir o equilíbrio e a paz, que a ONU tem como mandato, mas que estão ameaçados por sua imobilidade, e risco de parcialidade.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

2008 - A PRIMEIRA CRISE DO FIM DO CAPITALISMO FINANCEIRO ESPECULATIVO

O governo Bush, nos Estados Unidos, não só fez o caos das guerras desnecessárias, no Iraque e Afeganistão.
O grande blefe das armas de destruição em massa, na verdade, era uma grande mentira.
A grande arma de destruição em massa, como ficou provado, foram as roubalheiras de empresas, bancos e consultorias, que começaram com os escândalos da Enrom, e da sua auditoria feita pela Arthur Andersen, sócia no banditismo, e chefiada pelo mau caráter.
Além de comprometer recursos que o país não tinha, e que agora fazem muita falta para investimentos de retomada da economia americana, ainda desregulou o mercado financeiro.
A desregulação equivaleu a outras duas guerras, pois liberou a picaretagem dos "derivativos", contaminando todo o mundo.
A crise de 2011, que ora vivemos, é o rescaldo da de 2008, pois muitos bancos ficaram com grandes estoques de papéis podres, mas na ilusão de que os Estados Nacionais fossem socorrer os bancos especuladores.
Como as Nações não querem, e não podem, mais brincar de aviõezinhos, com os papéis que deixaram um trágico rastro de desemprego, falências e quebradeira geral, agora a história é outra.
É sabido que os conservadores americanos nunca apreciaram a União Européia, e a sua expressão econômica, pois a fortificação da UE representaria o fim da bipolaridade de poder mundial, pretendida por Eua e China.
A UE representa o terceiro prato da balança, na hora em que o PIB daquela região assume importante protagonismo mundial.
A desregulação, se ficasse adstrita a alguns bancos americanos seria reequilibrada por injeções do Governo.
Mas a derrota conservadora para Obama, trouxe o pesadelo para os intolerantes.
Além de uma Europa fortificada, surge um negro na presidência.
A Europa não se initmidou, fez o primeiro pacote Grego, o segundo, e ao mesmo tempo, está forçando uma regulação forte de bancos e mercados.
Mas, além de tudo isso, essas manifestações de 2008 e 2011, já começaram em 1989.
Não foi só o Muro de Berlin que caiu naquele ano.
Ruiu também o capitalismo de papel, o mercado paralelo do dinheiro sem lastro, e o olhar especulativo longe da produção.
O "Consenso de Washington" foi exatamente o grande convescote do enterro da especulação do lucro dos lucros.
Como os paises mais pobres, eufemisticamente chamados de emergentes, os brics, cumpriram à risca as recomendações ortodoxas dos países ricos, eles se salvaram da tormenta de 2008, justamente por acatar normas mais conservadoras, um pouco mais próximas da visão produtiva.
Enquanto os ricos usufruiam os fluxos de capital de suas aplicações produtivas em territórios subdesenvolvidos, eles se aventuravam na especulação de papéis, mercados .com, e aplicações de grande risco.
Os castelinhos de carta cairam, ficou provado que esse capitalismo vazio, sem base ouro ou garantias reais, nada mais é do que lixo tóxico não tratado.
Contaminou economias, fez crises mundiais e, ao mesmo tempo, deixou o aviso: desse jeito o mundo não resiste.
O teatro kabuki das máscaras venezianas dos especuladores foi à lona, ainda ameaça o mundo com uma nova quebradeira geral, mas o bom nisso tudo, é que os chefões do mundo rico levaram muitos sustos.
Eles sentiram o tsunami da irresponsabilidade invadir suas terras, pelos dutos bancários, e tiveram que tomar medidas drásticas.
Agora, necessitarão espremer miolos para recolocar o investimento produtivo no trilho correto, terão que apertar cintos para diminuir os privilégios que podiam oferecer a seus sortudos cidadãos, e o mundo todo começa a ficar mais verdadeiro.
A especulação será criminalizada, a produção venerada, e a realidade de mercado atrelada à criação de empregos, geração de impostos e consumo responsável.
É o fim dessa grande banca especulativa, e especuladora, em que se transformou o capitalismo desvirtuado, dos senhores do poder, que brincavam de governar o planeta, fazendo guerras e ganhando com a indústria bélica, e os war-shopping's.
O socialismo e o capitalismo foram duas linhas político-econômicas, que engessaram o globo no século XX, mas que por não oferecerem mais respostas aos seres humanos, se prestaram ao simplismo de suas doutrinas, e à miopia de suas soluções.
O mundo cresceu, evoluiu.
Está se dando conta que é múltiplo, complexo, e que não serão tiranetes de aldeia, nem pregadores moralistas, nem belicosos de araque, que resolverão as duas grandes linhas, que caracterizam o século XXI.
O terceiro milênio começa com uma compreensão mais exata de que o humanismo e o ambientalismo representam dois objetivos comuns, a toda a vida terrestre, que precisam ser implementados para gerar, e resgatar, a solidariedade, a vida e a preservação da vida.
É lógico que toda uma história de manipulação, e poder discricionário, não muda de uma hora para a outra.
Mas a violência das crises, e choques engendrados nas catacumbas dos ex-donos do mundo, é que está abreviando percursos, e apontando as soluções novas.
O paradoxo do poder é que está agilizando a mudança para um mundo melhor.
Onde a produção, o emprego, os impostos, os serviços estatais, o processo político, serão meio, e a felicidade humana, o grande fim, o grande propósito de futuro.

FLORIANÓPOLIS, UMA CIDADE AMEAÇADA

Todo o Estado de Santa Catarina sofre com índices pouco recomendáveis.
Somos dos piores estados brasileiros em saneamento, somos o quarto pior estado em politica para menores infratores - de acordo com o CNJ - e ainda não temos uma politica pública, com orçamento e construções adequadas, para tratar a massa de infratores.
Essa condição permite que os menores fiquem nas ruas, sendo usados como bandidos de aluguel por adultos violentos, criminosos, que aproveitam a proteção legal aos menores, cometendo crimes de toda a ordem, e se escudando na impunidade.
Nesta noite que passou, na cidade de São Pedro de Alcântara, pacata pequena cidade, bem próxima à capital, houve um assalto violentissimo a duas agências bancárias. Detonaram explosivos, cortaram a energia elétrica da cidade, e deram muitos tiros para assustar os moradores e não permitir sua perseguição.
Se fosse uma ação terrorista, militar exógena, contra a nossa soberania, teriamos amanhecido dominados por um exército estrangeiro.
Estamos chegando ao limite do suportável.
Ou a organizações públicas, estatais, a quem pagamos impostos e que têm competência por lei para garantir a segurança pública se manifestam, coordenam uma ação forte, imediata e abrangente, ou estaremos em situação crítica, que vai, inclusive, desvalorizar nossa cidade, economica e turisticamente.
Imagine-se a situação atual de segurança, em uma época de verão, com a cidade tendo a população triplicada, e sem a mínima estrutura para enfrentar os problemas decorrentes.
Na mídia de hoje, até o ilustre tricampeão mundial de tênis, o nosso Guga, já ameaça deixar Floripa, pela situação assustadora de insegurança.
Vamos refletir juntos e começar a pressionar autoridades?
Ou cobramos nossos direitos, e os deveres de quem ganha para isso, ou vamos nos mudar para outra cidade? onde?
A violência, o abandono, o desleixo das autoridades, a alienação coletiva, vão, a qualquer momento, nos impor a saida de nossa capital para tentar a vida em outras paragens.
O ame-a ou deixe-a não será suficiente.
Amar todos nós amamos demais nossa cidade.
Mas deixá-la talvez seja a única opção que venha a restar!!!
Opção única, imposta, aplicada pelo desamor à sua população e por uma condenação das autoridades, que deveriam estar vigilantes e planejando soluções.
E não só as próximas eleições