quinta-feira, 10 de julho de 2014

CIDADANIA, O QUANTO SE GASTA EM PROPAGANDA ELEITORAL?

CIDADANIA - CAMPANHAS POLÍTICAS TERÃO GASTOS DE 84 MILHÕES EM SC

Interessante o processo de comunicação, caro e distante, que os partidos políticos realizarão em nosso Estado.
Com grande parcela desses valores aplicadas nos programas de televisão, os valores oscilarão, da seguinte forma:

-cargo de governador- de R$ 6 mil a R$ 30 milhões
-cargo de senador - de R$ 25 mil a R$ 8 milhões
-cargos de deputados federais - de R$ 6 mil a R$ 5 milhões
-cargos de deputados estaduais - de R$ 25 mil a R$ 2,5 milhões

Esses valores são estimados por 8 agremiações partidárias, para o período de propaganda política, que está por se iniciar.
A função desse processo de comunicação seria para que os candidatos pudessem informar a todos os eleitores as suas plataformas eleitorais, acompanhadas dos compromissos assumidos para, se eleitos, tentarem melhorar a qualidade de vida dos cidadãos e da sociedade.
Se fizermos a média de valor, teremos R$ 10,5 milhões por partido, a serem investidos para chegar aos eleitores.
Com a baixa representação partidária, que se verifica na atualidade de nossa nação, e Santa catarina não foge a essa regra, recomenda-se uma boa vigilância e acompanhamento pela cidadania em como serão gastos esses valores.
Dados recomendáveis para análise serão as listas de doadores para as campanhas, pois daí podem sair algumas ilações sobre os futuros esquemas de poder, que se exercerão, em nome da democracia eleitoral, já que os eleitos o serão pelo voto secreto e democrático.
O grande pensador Zigmunt Baumann, em seu livro "Existirá ética num mundo de consumidores?" nos coloca essa questão, relativa ao consumo, mas que pode muito bem ser estendida ao campo do "consumo" político.
Existirá ética numa eleição em que os candidatos devem muito mais a quem os financia do que a quem os elege?
A democracia representativa não pode mais ser exercida solta e impunemente pelas pessoas eleitas para tal.
Provas sobejas de afastamento entre eleitos e eleitores já fazem parte da rotina governamental e legislativa, no Brasil.
Aí estão os grandes fossos que separam a realidade da população, das realidades nababescas de burocratas, parlamentares e governantes.
Professores, pessoal de saúde, da segurança, por acaso dispõem de salas com ar condicionado, carros com motoristas, assessorias e secretarias numerosas e caras para o exercício de suas nobres e prioritárias funções?
Claro que não!
Mas nos escritórios atapetados e refrigerados de qualquer burocrata em cargo público comissionado temporário esses elementos são até ostensivos.
É importante que o eleitor se atente para esses aparentes pequenos detalhes, pois esse já é o início do distanciamento entre promessas de campanhas e a implantação séria de políticas públicas efetivas.
No caso dos presídios e penitenciárias, então, a coisa chega ao horror.
Temos no Brasil de hoje mais de 500.000 presos cumprindo penas, e em condições totalmente indignas, imundas, abandonadas de qualquer proximidade com um mínimo de civilidade, muito menos de um processo digno de recuperação e ressocialização de castigados pela morosa justiça brasileira.
Alguns exemplos para que diante de processos tão caros, de dinheiros que sairão dos bolsos dos cidadãos/eleitores, se comece a pensar em como controlar melhor essa atividade profissional, de servidores públicos, que acabam, em boa parcela, atendendo anseios pessoais de poder e projeção social, ou atendendo interesses menos explícitos de grupos e pessoas, que já vivem à custa da população de nossa iludida nação.
Como dizia o Brigadeiro Eduardo Gomes:
"O preço da liberdade é a eterna vigilância"!



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