quinta-feira, 24 de julho de 2014

CIDADANIA ATIVA: ARIANO SUASSUNA, O BRASIL PERDE UM GRANDE INTELECTUAL E UM CIDADÃO ÍNTEGRO


O Brasil Perde o Grande Pensador, o Irreverente ARIANO SUASSUNA

-Em homenagem a essa grande figura de intelectual, que sempre 
incentivou o conhecimento para formar um novo saber brasileiro, 
reproduzo o texto que publiquei neste blog, no ano de 2013.


-Ariano Suassuna -

O Brasil Real e o Brasil Oficial. Hoje pela manhã tive a alegria de 
assistir a palestra do grande teatrólogo, escritor, professor, Ariano 
Suassuna.
Figura humana suave, simpática, comunicativa, interativa, foram 
duas horas de boas histórias, poesia, literatura, valorização da 
brasilidade verdadeira, simplicidade, humildade, e muita verdade.
Desde Cervantes, seu personagem D. Quixote, passando por Otelo, 
O Mouro de Veneza, e sua amada Desdêmona, Suassuna passeou 
por brincadeiras com o numeroso público, valorizou a história de 
Santa Catarina e Florianópolis, elogiou o grande número de jovens 
presentes, lembrou que os jovens chamama cidade de Floripa, 
fugindo do nome Florianópolis, em homenagem a Floriano Peixoto, 
que mandou fuzilar e enforcar muitos Desterrenses ilustres, contrários 
a seu governo autoritário.
Fez uma viagem pela história, pelas artes, pela cultura em geral, 
mostrando as diferenças entre o que ele chama de país real e país 
oficial.
O real se refere à vida das pessoas, suas soluções encontradas para 
viver, as dificuldades reais existentes, a criatividade brasileira, que 
criou uma nação de pessoas autênticas, e muito guerreiras.
O oficial é o Brasil dos governos, do poder, dos políticos, dos donos 
da economia, que vive à parte da realidade nacional, em um mundo 
de faz de conta, que só se justifica para os quem têm poder, para 
aqueles beneficiados pelo poder.
Deu seu testemunho de sua fé no Brasil de verdade, aquele país que 
vive agruras, mas que desenvolveu uma tecnologia social que ajuda e 
resolver os problemas criados pelo Brasil oficial.
Ariano Suassuna encerrou sua apresentação com uma poesia de amor 
para a sua mulher, que vive com ele há 66 anos, quando se casaram e 
passaram a viver apaixonados, ao ponto dele se emocionar, e chegar 
às lagrimas, ao final da declamação.
Ele, que tem 86 anos, continua apaixonado pela "linda mocinha de 
olhos brilhosos, que um dia o cativou com o olhar".
Valeu a manhã, e muito mais.
Ver esse homem de 86 anos, com a simplicidade do Papa Francisco, 
tendo, aliás, o mesmo ídolo, Jesus Cristo, é uma injeção de fé na vida, 
na honestidade, na humildade, na forma direta de resolver os problemas 
que surgem, e de lançar esperanças para o futuro.

Enfim, um cidadão do Brasil real e não do oficial...






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