Danilo Cunha
Fev/2007
-Sustentabilidade-
-a vida e a preservação da vida-
Pela primeira vez na história da humanidade o ser humano corre o risco de desaparecimento da raça humana , causado por ele mesmo.
Um sistema industrial/produtivo voraz e pouco comprometido com a preservação de nossa cidade Terra , nos coloca diante de um dramático dilema.
Ou mudamos a rota de nosso modelo extrativista intensivo ou teremos que enfrentar ameaçadoras situações de catástrofes na natureza , geradas por um consumo exacerbado e predatório. No mundo todo assistimos a várias tentativas de organizações e de pessoas , que um pouco mais sensibilizadas por seu conhecimento e consciência sobre o tema, promovem eventos, palestras e filmes , com o firme propósito de acordar sociedades e governantes.
O aspecto aquecimento global é uma expressão que a todos tem assustado , pois deixou de ser uma simples ameaça de cientistas e ambientalistas para se constituir em tragédias que não poupam vidas ou patrimônios .
Alagamentos , deslizamentos , soterramentos , enchentes , ventos em velocidades muito acima de comportamentos registrados , grandes montanhas de gelo se desprendendo de suas formações , calores atípicos , frios muito rigorosos estão em nossos meios de comunicação , demonstrando que chegamos a uma situação limite , a qual imaginávamos para daqui a muitos anos.
Esse panorama mundial , lamentavelmente , recebe grande contribuição brasileira.
Nossas emissões de gases veiculares e industriais ainda nos colocam em um patamar tímido na geração de calor, nem por isso menos perigoso.
Temos , porém , um fator que nos eleva à uma posição pouco privilegiada entre os cinco maiores causadores do efeito estufa .
Estamos queimando , estamos devastando pelo fogo , estamos assistindo um dos maiores crimes ambientais que se poderia imaginar .
Estamos como espectadores passivos , como agentes coniventes , como testemunhas cúmplices e silenciosas da destruição da nossa AMAZÔNIA.
Essa região maravilhosa , que ainda nem conseguimos decifrar em toda a sua extensão e possibilidades , sofre uma ação contumaz , sistemática , continuada de dizimação de um ambiente que está sendo, simplesmente , colocado como insumo , tratado como ingrediente de ganhos e lucros.
Ganhos e lucros que não serão suficientes para estancar toda a ordem de destruição que virá e socializará a desgraça e a morte , atingindo a todos , indiscriminadamente.
Além da destruição desse patrimônio estratégico , o Brasil ainda terá que encarar e conviver com o efeito prático , além do absurdo ambiental , que será absorver um êxodo dos 20 milhões de brasileiros que vivem e produzem na região amazônica .
Hoje nosso país já se debate com um enorme cerco às grandes cidades , formado pelas periferias empobrecidas e excluídas , frutos de um modelo desigual e injusto.
Mas o que mais espanta , o que assusta , o que choca aos cidadãos , é a total banalização e a pouca , ou nenhuma , prioridade que esse assunto tão grave e imediato tem merecido dos nossos governantes e legisladores , em todos os níveis.
Lideranças empresariais pouco pesquisam sobre opções urgentes e o “mercado” continua com sua marcha célere para o precipício que a história nos oferecerá como prêmio a tanta loucura .
Vemos planos de governo , pronunciamentos e promessas de obras , mais recursos sendo alocados neste modelo de desenvolvimento , sem qualquer preocupação evidente daquelas autoridades para ações alternativas e emergenciais .
Até parece que estamos vivendo em outro mundo e que o colapso advindo das reações da natureza ao aquecimento mundial não atingirá o Brasil ou que estamos protegidos, de forma mágica , das conseqüências do desequilíbrio ambiental global.
Cada vez se ouve falar mais da “flexibilização” da legislação ambiental , como se fosse
possível continuar com um processo de destruição , que poderá vir a representar a nossa extinção .
E a situação não está restrita somente ao incêndio da AMAZÔNIA .
A questão do lixo e dos dejetos , principalmente urbanos , não tem merecido a devida atenção.
Lixões são criados para afastar o olhar dos urbanos do lixo que geram e não tratam.
Periferias empobrecidas das cidades se converteram nos “lixões” humanos ,degradando as condições de vida dessas pessoas,retirando-lhe a dignidade mínima para viver , gerando o surgimento das “manchas” de miséria nos mapas urbanos.
Novas construções são liberadas , áreas de preservação ocupadas, aterradas e pavimentadas desrespeitando aspectos primários legais e éticos e ocasionando um processo de ocupação territorial pela especulação imobiliária , destruindo paisagens , retirando o verde , nada fazendo para mitigar os impactos destrutivos e,muitas das vezes, irreversíveis.
Os esgotos são lançados nos rios , córregos e mares , como se esses cursos e mananciais de água tivessem .propriedades depuradoras e fossem devolver as águas imundas e contaminadas que recebem, de forma límpida para sua reutilização.
Grandes massas de venenos matam peixes e todo o tipo de vida aquática , permitindo-nos antever como ficarão nossos corpos em decomposição quando milhões de seres humanos forem atingidos por cataclismas , sem qualquer possibilidade de intervenção , salvação ou mesmo de um enterro digno .
A forma aqui exposta até pode parecer trágica e alarmista .
Mas não é .
É a mais pura verdade.
Temos que sair de nosso trilho suicida , de nossa acomodação alienada , de nossa alienação acomodada.
O que fazer ? é possível uma mudança ? como participar desse processo como cidadãos que clamam por suas vidas , suas famílias , pelo futuro da humanidade e desta maravilhosa aventura humana da civilização ?
Hoje a tecnologia nos ajuda . Ela está disponível em nossas casas , em nossos trabalhos , em nosso lazer , em tudo , enfim.
Todos os dirigentes empresariais, suas organizações de classe , seus representantes políticos estão na mídia , tem endereço eletrônico , fax e telefone.
Nossos governantes e legisladores tem suas atividades cobertas por redes públicas e fechadas de rádio e tv , seus gabinetes podem ser acessados pela rede de computadores e seus nomes e identificações estão ao alcance de todos os cidadãos que com eles quiserem se comunicar.
Agora é a hora. Não é só no momento da eleição que a comunicação tem que ser interativa.
Faça as suas reclamações . Reclame pela vida , sua , de seus filhos , de seu futuro , de sua espécie..
Exija medidas inovadores e que preservem nosso meio ambiente.
Não aceite a resposta flácida , a postergação do problema ou a continuidade do que estamos assistindo. Agora a luta é por nossa vida
Mande e.mail , envie fax , telefone , puxe seus representantes pelo braço e diga-lhes o que pensa . Fale de seus medos , de tudo que você está vendo na televisão , nos jornais do Brasil e de todo o mundo.
Faça um esforço , saia do comodismo , abandone o receio de incomodar as “autoridades” .
É melhor “se incomodar” um pouco agora , é melhor trabalhar um pouco mais nas causas coletivas , nas questões públicas e de todos .
Caso continuemos nessa rota , caso nada façamos para mudar nosso rumos , a única questão coletiva que nos restará tratar será a morte e a extinção de nossa sociedade.
Temos uma esperança , mas envolve mudança .
A Terra já nos deu tanto e nos permitiu chegar ao nível onde estamos .
Hoje temos ciência , conhecimento , tecnologia que nos permitem mudar para melhor .
O que não temos mais é tempo . Esse está se esgotando e o pouco que sobra deve ser
empregado a favor da vida , a favor da manutenção da vida.
Faça valer seu direito mais básico , mais elementar , o direito de viver.
Danilo Cunha
Fev/2007
-Sustentabilidade-
-a vida e a preservação da vida-
Pela primeira vez na história da humanidade o ser humano corre o risco de desaparecimento da raça humana , causado por ele mesmo.
Um sistema industrial/produtivo voraz e pouco comprometido com a preservação de nossa cidade Terra , nos coloca diante de um dramático dilema.
Ou mudamos a rota de nosso modelo extrativista intensivo ou teremos que enfrentar ameaçadoras situações de catástrofes na natureza , geradas por um consumo exacerbado e predatório. No mundo todo assistimos a várias tentativas de organizações e de pessoas , que um pouco mais sensibilizadas por seu conhecimento e consciência sobre o tema, promovem eventos, palestras e filmes , com o firme propósito de acordar sociedades e governantes.
O aspecto aquecimento global é uma expressão que a todos tem assustado , pois deixou de ser uma simples ameaça de cientistas e ambientalistas para se constituir em tragédias que não poupam vidas ou patrimônios .
Alagamentos , deslizamentos , soterramentos , enchentes , ventos em velocidades muito acima de comportamentos registrados , grandes montanhas de gelo se desprendendo de suas formações , calores atípicos , frios muito rigorosos estão em nossos meios de comunicação , demonstrando que chegamos a uma situação limite , a qual imaginávamos para daqui a muitos anos.
Esse panorama mundial , lamentavelmente , recebe grande contribuição brasileira.
Nossas emissões de gases veiculares e industriais ainda nos colocam em um patamar tímido na geração de calor, nem por isso menos perigoso.
Temos , porém , um fator que nos eleva à uma posição pouco privilegiada entre os cinco maiores causadores do efeito estufa .
Estamos queimando , estamos devastando pelo fogo , estamos assistindo um dos maiores crimes ambientais que se poderia imaginar .
Estamos como espectadores passivos , como agentes coniventes , como testemunhas cúmplices e silenciosas da destruição da nossa AMAZÔNIA.
Essa região maravilhosa , que ainda nem conseguimos decifrar em toda a sua extensão e possibilidades , sofre uma ação contumaz , sistemática , continuada de dizimação de um ambiente que está sendo, simplesmente , colocado como insumo , tratado como ingrediente de ganhos e lucros.
Ganhos e lucros que não serão suficientes para estancar toda a ordem de destruição que virá e socializará a desgraça e a morte , atingindo a todos , indiscriminadamente.
Além da destruição desse patrimônio estratégico , o Brasil ainda terá que encarar e conviver com o efeito prático , além do absurdo ambiental , que será absorver um êxodo dos 20 milhões de brasileiros que vivem e produzem na região amazônica .
Hoje nosso país já se debate com um enorme cerco às grandes cidades , formado pelas periferias empobrecidas e excluídas , frutos de um modelo desigual e injusto.
Mas o que mais espanta , o que assusta , o que choca aos cidadãos , é a total banalização e a pouca , ou nenhuma , prioridade que esse assunto tão grave e imediato tem merecido dos nossos governantes e legisladores , em todos os níveis.
Lideranças empresariais pouco pesquisam sobre opções urgentes e o “mercado” continua com sua marcha célere para o precipício que a história nos oferecerá como prêmio a tanta loucura .
Vemos planos de governo , pronunciamentos e promessas de obras , mais recursos sendo alocados neste modelo de desenvolvimento , sem qualquer preocupação evidente daquelas autoridades para ações alternativas e emergenciais .
Até parece que estamos vivendo em outro mundo e que o colapso advindo das reações da natureza ao aquecimento mundial não atingirá o Brasil ou que estamos protegidos, de forma mágica , das conseqüências do desequilíbrio ambiental global.
Cada vez se ouve falar mais da “flexibilização” da legislação ambiental , como se fosse
possível continuar com um processo de destruição , que poderá vir a representar a nossa extinção .
E a situação não está restrita somente ao incêndio da AMAZÔNIA .
A questão do lixo e dos dejetos , principalmente urbanos , não tem merecido a devida atenção.
Lixões são criados para afastar o olhar dos urbanos do lixo que geram e não tratam.
Periferias empobrecidas das cidades se converteram nos “lixões” humanos ,degradando as condições de vida dessas pessoas,retirando-lhe a dignidade mínima para viver , gerando o surgimento das “manchas” de miséria nos mapas urbanos.
Novas construções são liberadas , áreas de preservação ocupadas, aterradas e pavimentadas desrespeitando aspectos primários legais e éticos e ocasionando um processo de ocupação territorial pela especulação imobiliária , destruindo paisagens , retirando o verde , nada fazendo para mitigar os impactos destrutivos e,muitas das vezes, irreversíveis.
Os esgotos são lançados nos rios , córregos e mares , como se esses cursos e mananciais de água tivessem .propriedades depuradoras e fossem devolver as águas imundas e contaminadas que recebem, de forma límpida para sua reutilização.
Grandes massas de venenos matam peixes e todo o tipo de vida aquática , permitindo-nos antever como ficarão nossos corpos em decomposição quando milhões de seres humanos forem atingidos por cataclismas , sem qualquer possibilidade de intervenção , salvação ou mesmo de um enterro digno .
A forma aqui exposta até pode parecer trágica e alarmista .
Mas não é .
É a mais pura verdade.
Temos que sair de nosso trilho suicida , de nossa acomodação alienada , de nossa alienação acomodada.
O que fazer ? é possível uma mudança ? como participar desse processo como cidadãos que clamam por suas vidas , suas famílias , pelo futuro da humanidade e desta maravilhosa aventura humana da civilização ?
Hoje a tecnologia nos ajuda . Ela está disponível em nossas casas , em nossos trabalhos , em nosso lazer , em tudo , enfim.
Todos os dirigentes empresariais, suas organizações de classe , seus representantes políticos estão na mídia , tem endereço eletrônico , fax e telefone.
Nossos governantes e legisladores tem suas atividades cobertas por redes públicas e fechadas de rádio e tv , seus gabinetes podem ser acessados pela rede de computadores e seus nomes e identificações estão ao alcance de todos os cidadãos que com eles quiserem se comunicar.
Agora é a hora. Não é só no momento da eleição que a comunicação tem que ser interativa.
Faça as suas reclamações . Reclame pela vida , sua , de seus filhos , de seu futuro , de sua espécie..
Exija medidas inovadores e que preservem nosso meio ambiente.
Não aceite a resposta flácida , a postergação do problema ou a continuidade do que estamos assistindo. Agora a luta é por nossa vida
Mande e.mail , envie fax , telefone , puxe seus representantes pelo braço e diga-lhes o que pensa . Fale de seus medos , de tudo que você está vendo na televisão , nos jornais do Brasil e de todo o mundo.
Faça um esforço , saia do comodismo , abandone o receio de incomodar as “autoridades” .
É melhor “se incomodar” um pouco agora , é melhor trabalhar um pouco mais nas causas coletivas , nas questões públicas e de todos .
Caso continuemos nessa rota , caso nada façamos para mudar nosso rumos , a única questão coletiva que nos restará tratar será a morte e a extinção de nossa sociedade.
Temos uma esperança , mas envolve mudança .
A Terra já nos deu tanto e nos permitiu chegar ao nível onde estamos .
Hoje temos ciência , conhecimento , tecnologia que nos permitem mudar para melhor .
O que não temos mais é tempo . Esse está se esgotando e o pouco que sobra deve ser
empregado a favor da vida , a favor da manutenção da vida.
Faça valer seu direito mais básico , mais elementar , o direito de viver.
Danilo Cunha
Um comentário:
Concordo com o su pensar.
Penso que é o momento da população acordar do seu "estado de dormência" e pensar no bem da coletividade.
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