quinta-feira, 27 de agosto de 2015

O NOVO NORMAL PARA O BRASIL




Agosto de 2015. 
Brasil assolado por uma gestão temerária entra numa crise, que já estava instalada na dimensão governamental, desde 2008, mas que vinha sendo maquiada para que a estratégia de poder, do partido que está no poder, pudesse ter mais quatro anos de poder.

Já durante as eleições de 2014 ficou evidente o pavor da candidata presidencial, ao tentar pintar um cenário maravilhoso para a sua reeleição, e um inferno de Dante caso o candidato da oposição se elegesse.
A candidata ganhou a eleição sobre os dados infundidos por sua ação sem qualquer base de verdade, e a reeleita foi atingida por uma enorme onda pela popa, como alguns timoneiros e surfistas menos experientes o são, quando desprezam a massa de realidade que uma grande onda pode despejar sobre eles.

E o Brasil assiste, estupefato, a uma série de medidas capitalistas ortodoxas, da direita financeira mais conservadora possível, para tentar salvar a economia. E tudo disparado por um governo mentiroso, que sempre se anunciou como uma esquerda progressista, como seguidor da agora enterrada, e superada CUBA, que vai se transformar na nova China do Caribe. Com grana capitalista, é óbvio. 

Tão igual à China comunista, que tem uma planta econômica bem capitalista, e que agora assusta o ocidente monetarista e financista, com sua retração planejada, após 20 anos de absorver toda a tecnologia industrial ocidental, que por puro interesse rasteiro de lucros, lhe repassou todos os seus desenvolvimentos e inovações, em troca de uma mão de obra escrava e sub-paga, mantida por estratégicas medidas controladas pelo comunista governo central, e centralizador.

Elevação de juros, desemprego, juros pessoais de mais de 300% ao ano, economia recessiva, queda abrupta de consumo, preços disparando, e a sociedade ainda com o grito preso na garganta, como a criança que levou um bofetão bruto e inesperado, cruel e desproporcional, para seu pequeno gesto de ter acreditado no governo, que no 13º ano de poder, se esfacela e ainda tenta culpar uma “crise da China”, que só acontece alguns anos depois da verdadeira crise gerada em nosso Brasil, por um grupo político sem qualquer origem clara, sem uma ideologia definida, que como plataforma real só conseguiu mostrar, em 2002, uma “carta aos brasileiros”, uma empulhação de ultima hora, para poder garantir apoios dos grandes bancos e empreiteiras, à custa da entrega da Petrobrás, do Banco do Brasil, do Bndes, e de tantas outras joias da coroa, edificadas pela nação brasileira com seu suor e sacrifício.

Mas existe uma crise real, agora, que assalta o Brasil.
Além dos números da economia cambaleante, das pedaladas e falseadas contábeis e fiscais desse governo sem passado, mascarado por marqueteiros, formado por embarcados sem clareza ideológica, e contraditórios por definição, que muito gastou o dinheiro público em campanhas de mídia mentirosas e manipuladoras, temos uma outra crise que já está em nossa nação, desde seus primórdios.
O mito Brasil, essa cortina opaca, suja pelo tempo, que nos tapa o olhar verdadeiro sobre as nossas origens, está se rasgando pelo desgaste e uso frequente, e começa a deixar ver que somos vítimas, além da corrupção governamental, e das manipulações de quem só quer ficar no poder, de uma crença limitante, de um conjunto de comportamentos amordaçantes, que nos jogam no colo do Estado, dos governos, sempre esperando receber aquele favorzinho, aquele empreguinho, aquela pequena transgressão com recursos públicos, que vai nos fazer um grande favor, que vais nos beneficiar de forma privilegiada, mesmo que usando um direito que não temos, um dinheiro que não geramos, ou um emprego que não merecemos.

Essas pequenas atrocidades contra a ética, contra a moral, contra a lei, contra os bons costumes, desde que nos produzam algum prazer, alguma alegria egoísta, algum lampejo de privilégio, sempre foram bem aceitas, por este Brasil bem colonizado por espertos portugueses, que exploraram os índios, escravizaram os negros, importaram migrantes miseráveis da peste e guerras europeias do século 19, tudo para que o brasileiro fosse um povo de caráter elástico, leniente com a podridão aspergida pelo poder, dócil com a corrupção, e rápido no gatilho nos pequenos e grandes roubos dos dinheiros públicos e coletivos, desde que escondidos por uma boa crônica social, ou por um jogo de aparências maquiadas e edulcoradas.

E assim cresceu o Brasil, uma República torta e tortuosa, que deveria ser séria e moralizante, mas que produziu uma sociedade mau caráter e interesseira.
Uma Democracia plastificada, siliconada, que, de verdadeiro só tem as eleições e um bando enorme de partidos, que enganam, literalmente, o eleitorado, e nadam em favores e valores advindos do fundo partidário, uma excrecência para desviar dinheiro de impostos para um bando de políticos, que gasta impostos e pratica imposturas.

Mas essa grande crise que assola o Brasil tem um efeito terapêutico muito bom, muito positivo, pois confronta o Brasil com as suas mentiras e podridões ocultadas embaixo dos tapetes.
Precisamos abrir os olhos, olhar a verdade de frente, encarar nossas mazelas, abrir a alma e reconhecer nossas limitações em sempre esperar que um mágico governo, ou governante, venha a ser o grande salvador, o esperado messias de conteúdo nacional, que vai conduzir ao paraíso, à felicidade, este país, que deve ter sido “privilegiado por Deus”, em sua construção.

O gigante adormecido já morreu, é um cadáver insepulto, uma ruina apodrecida, que só embroma os incautos, que acaricia a alma dos que necessitam acreditar em algo só para adormecer bem todos os dias, e que nada mais é do que uma rasteira exploração de uma emocionalidade barata e ultrapassada.
O Brasil precisa ser redescoberto, necessita ser reconstruído, urge que seja reequacionado.
Hoje o mundo está todo interligado, podemos acessar diferentes realidades políticas, religiosas, econômicas, sociais, culturais, étnicas, financeiras, a qualquer momento, em conexão direta, on-line, em real time.

Não precisamos mais da dominação exógena para viver mais 500 anos de enganações e mentiras, de reprimendas e castigos, para sermos obedientes seguidores de uma corte decrépita como o era a portuguesa.
Atualmente sabemos muito bem que a crise moral generalizada, que vive o Brasil, se transformou no grande celeiro do desvirtuamento de valores éticos, que impactam toda a área governamental, produtiva, e as camadas populares de uma sociedade enganada e enganosa.

Sabemos que as baixas inovação e produtividade, a pouca competência, são frutos de nossas escolhas erradas, de nossas aceitações indevidas, de nossas acomodações ao mais fácil e ao menos trabalhoso.
Uma nação se constrói com fé no futuro, com dedicação ao trabalho árduo, com progressismo de atitudes e com empreendedorismo para lançar bases de novos patamares materiais e conceituais, que colocarão nossa sociedade num novo nível de seriedade e coerência, de moralidade e decência.
Estamos no momento de decisão histórico para abraçar os novos princípios, que nortearão nossa caminhada de uma nova nação.

Novos referenciais são possíveis.
Podemos manter tudo como está e assumirmos nos transformar no rebotalho do mundo, no lúmpen internacional, na prostituída pátria dos corruptos e corrompidos, na imunda e poluída sociedade que não cuida de seu meio ambiente e que polui o privilegiado cenário, que recebemos.
Ou podemos optar por uma boa faxina nacional, uma grande limpeza brasileira, uma enorme desinfecção geral, para promover a assunção de nosso “novo normal”, vestido pela túnica histórica da transparência, do exercício de uma ética republicana para todos, e de uma justiça perante a qual todos sejam iguais.

Ou, então, podemos permanecer como pedintes eternos, diante desse balcão da mentira e da bajulação, frente ao processo político apodrecido e inflado, aceitando sermos escravos de nossas fraquezas, empregados de nossas incoerências, subjugados por nossas incompletudes,  esmagados pela ausência de cidadania.


A escolha está em nossas mãos!



terça-feira, 25 de agosto de 2015

BALAS PERDIDAS


Em 1971 foi produzido o filme "Pequenos Assassinatos", mostrando a questão da violência em algumas cidades dos Estados Unidos e a repercussão sobre as pessoas.

Apartamentos com janelas metálicas à prova de balas, pessoas alienadas pela violência e pelo medo, e vidas atrofiadas por terem que viver cada vez mais afastadas da natureza, por terem que se proteger do uso indiscriminado de armas, e de disparos anônimos.

O Brasil está imerso nessa realidade, em 2015, em algumas cidades. Diariamente a imprensa noticia em suas diversas formas, pessoas mortas nas ruas, nas casas, em lojas, em táxis, em carros particulares, em ônibus, nas calçadas.

Além de balas em profusão, facas têm sido usada para assaltos e latrocínios, como uma forma de não chamar a atenção, pela morte silenciosa que as armas brancas permitem. Estaremos nós mergulhados nos cenário do filme acima? Nossas cidades já estarão na paranoia de ninguém mais se sentir seguro dentro das suas próprias moradias, sejam elas térreas ou elevadas?

O que transformou o Brasil nessa guerra civil interminável, onde por ano ocorrem 60.000 assassinatos, um total maior que o numero de americanos mortos em toda a guerra do Vietnam?
Atualmente o Brasil é tratado pelo governo como uma "pátria educadora". Uma nação que educa, verdadeiramente, seus cidadãos pode ter esse tipo de problemas?

Uma nação que se diz educadora pode destinar tão pouco recurso para os salários de professores e educadores?
Uma nação que se pretende formadora de novos cidadãos pode investir tão pouco em segurança?
Pode investir tão pouco na formação de cidadania?
Pode inverter a ordem das necessidades essenciais, destinando 5 bilhões de reais para uma indústria automotiva não demitir seus trabalhadores, oferecendo juros baixos e subsidiados para empresários multinacionais?

Qual o valor que a "pátria educadora" ofereceu para as escolas privadas não demitirem professores, esses trabalhadores intelectuais, que se formam para formar pessoas e cidadãos?
Qual o valor que a "pátria educadora" ofereceu para que as creches possam manter as boas educadoras e cuidadoras para que as mulheres que trabalham possam deixar seus filhos, para poderem produzir com tranquilidade?

O Brasil poderá estar copiando o filme americano de 1971, mas inovando com um título mais de acordo com a sua realidade atual.
Grandes e muitos assassinatos, pois o jovem pobre, que não encontra outra via do que o crime organizado, está sendo induzido ao mundo paralelo da violência, por falta absoluta de uma ação governamental adequada.


Uma "pátria educadora" que não reforma nem modifica seu sistema prisional e penitenciário para reeducar e ressocializar seus apenados e condenados, está permitindo um futuro de atraso consentido para um porvir já anunciado pela crônica policial, e pela crônica falta de atenção e prioridade para suas necessidades essenciais.



UM PACTO PARA DILMA SALVAR O BRASIL




Dilma finalmente começa a reconhecer que errou.

Esse, apesar de tardio, pois o Brasil já foi mergulhado na crise pelo exibicionismo eleitoral da Presidente, é um passo essencial para que o país retome seu rumo de desenvolvimento pleno.
Dilma reconheceu que errou ao não admitir, em junho de 2014, que a nação já estava mergulhada nos erros dos governos de Lula, das idiotices de Mantega, e das prepotências dela mesma.

As pedaladas do Tesouro Nacional, cometidas por petistas militantes, foram o acobertamento dos insucessos comprovados, tentando apagar as provas evidentes e inapagáveis, como um criminoso que deixa cair sua carteira de identidade na cena do crime.
Dilma reconheceu que muitos dos presos, e alguns já condenados no mensalão e no petróleo, eram membros do PT.

Ela reconheceu que não tinha a mínima ideia do tipo de envolvimento de tantos agentes públicos ligados ao PT estivessem com envolvimento criminal contra a ordem pública e legal.
Pois bem, faltam, agora, alguns passos mais para que Dilma se reconecte com a sociedade brasileira, que está abandonada, pelos governos do PT desde 2003.
O PT prometeu uma atitude, divulgou um programa, mas às vésperas da eleição de 2002, emitiu a “Carta aos Brasileiros”, que na verdade foi mensagem dirigida somente aos grandes bancos e grandes empreiteiras.

Isso, o contido na bendita carta-senha, deu a vitória ao PT. E o PT, temos que reconhecer, cumpriu suas promessas. As grandes empreiteiras tiveram grandes lucros, os grandes bancos idem, e a nação brasileira assistiu a um festival de avanços desmedidos sobre as finanças públicas e contra a saúde financeira do BNDES, da Petrobras, do Banco do Brasil, e de todos os mecanismos de proteção ao trabalho.
Aí está, em 2015, o desemprego, as restrições para uso do salário-desemprego, as escadinhas para aposentar-se, e toda uma série de maldades contra o trabalhador e de desestímulo ao trabalho e a geração de empregos.

Aí está, em 2015, a verdade em números, mostrando que o Brasil foi saqueado, assaltado, e jogado na rua da amargura internacional, com perda e rebaixamento de sua cotação nas agências de classificação de riscos.
Não é uma crise econômica. É uma crise de governo, de falta de gestão correta, de se deixar levar por um grupo de poder, que só quer o poder, e que nada tem a ver com a realidade brasileira.
Assim está sendo feito na Venezuela, na Argentina, na Bolívia, com governos do mesmo segmento ideológico, que quebram os países, mas com qual objetivo?
Será sua meta deixarem sociedades quebradas para oferecer terreno propício a crises institucionais e políticas?

Ou criar fictícias crises “patrióticas” ou de fronteiras, como tenta fazer o ridículo Maduro na Venezuela, criando desgaste com a Guiana e com a Colômbia? Assim como fez o ditador argentino Gal. Galtieri, que em 1982 jogou a Argentina numa guerra das Malvinas, tentando embromar a população argentina, que já não aguentava mais os milicos da ditadura?
Galtieri só conseguiu assassinar mais 1.800 jovens soldados argentinos, que foram mortos por não terem nem armamentos, ou roupas adequadas para garantir o calor mínimo, calor que Galtieri nunca deixou de sentir em seu gabinete com ar condicionado, pois de lá nunca saiu para enfrentar os militares ingleses e os mercenários gurkas.

No Brasil a crise de governo e gestão foi transferida para a economia, pois o governo, desde 2003 gastou demais, passou de qualquer limite razoável, acreditando que a China continuaria em sua bolha positiva por mais muito tempo.
Populismo e assistencialismo deixaram essa triste fotografia de pós-guerra de nosso país, que amarga um desânimo atroz, vítima que foi de uma teoria e uma doutrina de se manter no poder a qualquer custo, mesmo que à custa dessa depressão generalizada, que se abate sobre o Brasil em 2015.
Há poucos meses se mentia vergonhosamente para cabalar os votos e prometer o paraíso aos eleitores, se Dilma fosse eleita.

E diziam que se Aécio fosse eleito faria uma série de barbaridades econômicas de gestão, que acabaria com o Brasil.
O PT foi reeleito com Dilma e nem deram tempo ao Brasil para respirar da imunda tática usada na eleição, quando o PT, e Dilma, agrediram Marina Silva e Aécio Neves, de uma forma imoral e aética.
Já sabiam muito bem os vencedores da eleição, os petistas, que o Brasil estava quebrado. Mas lhes caiu no colo a maldição usada na eleição. Pois ao vencerem tiveram que assumir a horrenda situação da economia do Brasil, jogada por eles na vala da crise, gerada pelo assalto aos cofres públicos.
Mensalão e Petrolão, mais outros “ãos” que ainda aparecerão, desviaram muitos bilhões de reais e de dólares da economia produtiva para comprar consciências de corruptos e desonestos e para manter um esquema de poder, que se mostrou contrário ao Brasil e a seus anseios de desenvolvimento.

Só na Petrobras são calculados, até hoje, 19 bilhões de desvios e prejuízos causados pelo grupo de poder montado no governo Lula.
Mas Dilma precisa fazer mais do que reconhecer que errou. E que concordou com os erros do PT e dos governos anteriores de Lula.
Ela precisa cortar na carne, economizar na máquina que administra, diminuir no contingente absurdo de 24.000 cargos em comissão, para dar o exemplo ao país.
Essa máquina que foi inchada para que os governos de Lula a enchessem de agentes políticos corruptos, mantidos com os valores desviados de impostos, para que o governo sempre tivesse folga de votos no congresso nacional, transformado que foi numa feira de periferia, na qual se leiloam mercadorias ao final dos turnos.

Hoje o país precisa enxugar drasticamente essa máquina cara e artificial, pois ela está completamente atrofiada.
Nos Estados Unidos são 15 ministérios. E é um país que tem 80 milhões de habitantes a mais do que o Brasil. Mas lá se prioriza os empreendedores, quando esses, no Brasil, ficam sangrando com impostos para cobrir o buraco das politicagens.
No Brasil uma proposta bem coerente seriam entre 15 e 20 ministérios, no máximo, com até 200 cargos de comissão por ministério. Isso permitiria que eliminássemos mais de 15.000 cargos desnecessários, que só servem à politicagem e em nada ajudam a gestão do governo.

Como a crise é de governo, de gestão, e de métodos de governar, se o governo de Dilma der o bom exemplo, vai sobrar dinheiro para pagar juros, e ainda livrará os contribuintes privados da sangria de novos impostos criados para cobrir o rombo gerado por seu governo, e pela herança do circo de horrores deixada por Lula.

Atualmente toda a manobra para tirar o Brasil do atoleiro petista, se concentra sobre a sociedade civil e seus empreendedores. O dinheiro que seria usado para investir, para expandir a economia brasileira, está sendo drenado para os cofres públicos e estatais, para cobrir o buraco governamental.
Dilma precisa convocar a sociedade brasileira para um pacto real.
Ela terá que assumir a postura de uma Estadista. Ela terá que se posicionar diante da nação de forma igualitária para todos.

Ela terá que se desligar do PT e concluir seu mandato dedicada à nação como um todo.
Se ela der essa sinalização e convocar a população para uma cruzada real, efetiva, honesta, e de reconstrução, o Brasil dará respostas rápidas e saltos inimagináveis.
Dilma precisa se transformar na Presidente de todos os brasileiros, e deixar de lado as intrigas palacianas, que só visam mantê-la sangrando até 2018, quando o mistificador Lula tentará voltar ao poder sobre o cadáver de Dilma e sobre os escombros do Brasil.

E não é a oposição nem os partidos outros que fazem mal à ação de Dilma. É o próprio PT, do qual ela não tem o DNA, que não a vê como uma companheira, e sim como um instrumento passageiro.
Dilma é honesta e precisa compensar o tempo perdido.
Dilma tem pouco tempo para dar os passos decisivos na direção da história. Na qual ela poderá ingressar como uma Presidente que comandou a transformação do Brasil numa nação desenvolvida, econômica, social, e politicamente.

E com boa inserção no concerto das nações dignas e que buscam seu crescimento sem jogar sobre os ombros dos seus cidadãos o peso dos erros e tentativas de um grupo político que nunca foi de esquerda, nunca foi progressista, e que foi dominado por oportunismo temporal, e mistificação de um aiatolá de arrabalde. Que se afundou na corrupção e na cooptação.
O Brasil precisa ser reformado.


E Dilma pode dar o primeiro passo!

quinta-feira, 20 de agosto de 2015

A "CRISE MIGRATÓRIA", O COLONIALISMO EUROPEU E O ESTADO ISLÂMICO



A Europa vive, repentinamente, uma verdadeira invasão de migrantes asiáticos, e do norte da África.
Em primeira mão nada a surpreender a quem lê esse processo nos jornais e noticiosos de televisão. A Europa colhe, e recolhe, o refluxo de um violento processo colonialista, que vários de seus países empreenderam há séculos, para prospectar e arrancar, literalmente, riquezas de toda a ordem, do continente africano.

Aí está a história do rei Leopoldo II, da Bélgica, que ficou bilionário assaltando o subsolo do Congo, roubando seus diamantes, a ponto daquele país, durante um longo tempo ter se chamado “Congo Belga”.
Além disso, esse reizinho ladrão também era um grande assassino, homicida. Por sua ordem e inspiração mais de 15.000 congoleses foram mortos cruelmente, numa única cidade, para que ele pudesse continuar seu saque e se apoderar do botim.

A África do Sul não foi diferente e por muitíssimos anos uma minoria europeia branca dominou aquele país, impondo-lhe uma sociedade racista e brindada pelo apartheid, uma excrecência conceitual, que apenas dava suporte à uma intensiva exploração de seu rico subsolo. Como sempre o colonialismo deixou saldo da ignomínia e da destruição social, produzindo um trágico legado de miséria e abandono, que até hoje gera nefastos resultados.

E assim foram dominados, ocupados, explorados, sugados, os países da África, processo que continua forte, só que travestido de “cooperação internacional”, mas que mantém a miséria e os desníveis de renda, de saúde,
de educação, ou seja, de tudo que poderia transformar esses países hoje dominados pelo dinheiro, pelo capital, em sociedades desenvolvidas, justas e igualitárias.

Nas Américas não foi diferente, e o colonialismo português e espanhol, quase simultâneo, nos legou atraso, dominação, baixa autoestima, concentração de riqueza, e uma cidadania pífia e frágil, pois treinada e preparada,
pela força para aderir e não para escolher.

Esse caldo colonial, que o mundo atual deveria envergonhar-se e promover correções e nivelamentos, continua mantendo um mundo desenvolvido à custa do mundo não desenvolvido. Entre os países da atualidade, sem glamour, se encontram os aqueles que hoje sofrem guerras e violências de origem religiosa, e que ficam espremidos entre a visão dominante ocidental, e as suas origens culturais e religiosas.

Nada mais do que uma continuação das famosas cruzadas, que não passaram de um enorme processo de imposição das religiões brancas e ocidentais, sobre nações e sociedades com outras crenças e com cores de pele
diferentes.
No processo colonialista europeu, para passar uma imagem de magnanimidade, as cidadania dos países brancos dominadores era oferecida aos dominados como uma demonstração de direitos iguais.
Na época, quase não havia meios e conexões para que os inferiorizados das sociedades colonizadas fossem querer exercer seus direitos na branca e rica Europa.

Mas no século XXI o mundo se transformou numa grande rede de informação, transporte e comunicação, permitindo que africanos e asiáticos possam chegar, aos milhares, diariamente ao paraíso onde se vive uma existência humana respeitada. E chegam por mar, por ar, por túneis, estradas, matos e fronteiras.
a Europa está sendo cobrada por uma nova faceta política, que surgiu das guerras recentes, e que foi criada e alimentada por dinheiros e equipamentos bélicos ocidentais.
O Estado Islâmico foi reunido a poiado por recursos americanos para servirem de forças auxiliares, não regulares, ou seja, mercenários, para desgastar os regimes iraquiano, líbio, sírio.
Como em 1953, no Irã, os americanos e ingleses derrubaram o primeiro ministro democraticamente eleito, Mossadegh, financiando o submundo e a bandidagem daquele país. Tudo pelos interesses petrolíferos ingleses, que não desejavam pagar dignamente o petróleo iraniano, na refinaria de Abadan.

A partir de 1953, com esse financiamento do banditismo iraniano para o golpe que foi perpetrado contra a democracia, então laica, no Irã, os EUA e a Inglaterra criaram o terrorismo oriental, com seu próprio dinheiro e suas armas, que depois se virou exatamente contra as duas matrizes mães.
Agora, em pleno terceiro milênio repete-se o fenômeno e nasce o ISIS, que amedronta o ocidente. Não surpreende que repentinamente o fluxo migratório tenha aumentado expressivamente para a Europa.

Além das guerras e batalhas cruentas, palcos em que foram transformadas sociedades inteiras em muitos países africanos e asiáticos, a condição insalubre de vida, os perigos, a ausência de estados organizados, foram sendo geradores de fugas em massa de pessoas, que buscam condição mínima se sobrevivência, pessoal e familiar, com dignidade.
Muito dos migrantes são fugitivos desse quadro de horrores em que os exércitos ocidentais transformaram Ásia e África, nos últimos 30 anos.

E não nos surpreendamos se no meio dessa migração em massa estiverem sendo infiltrados militantes do Estado Islâmico, para, mais a frente, se transformarem em agentes de retaguarda dentro das sociedades ocidentais, que os estão recebendo.
Recentemente, um casal francês, que vive no interior da França, foi objeto de reportagem televisiva, quando mostraram que eles produzem e vendem 350 bandeiras do Estado Islâmico, por ano, dentro da Europa.

E as enviam pelo correio de seu país.
Ou seja, o colonialismo está, tardiamente, cobrando um preço elevado das sociedades que o praticaram, com novos e atemorizantes elementos, pois as sociedades ricas e de direitos humanos, se acomodaram e deixaram passar o momento histórico de corrigir os absurdos praticados no passado.



Agora, as compensações serão buscadas na marra, na força, em grandes ondas migratórias, ou pelas armas, destruição e dominação, pelo novo Estado difuso e sem base territorial definida, que pode assombrar o mundo no século que começou há somente 15 anos.