quarta-feira, 13 de agosto de 2014

UMA MORTE NA CIDADANIA BRASILEIRA




MORREU EDUARDO CAMPOS
-PERDE O BRASIL UM POLÍTICO JOVEM-

Em acidente aviatório morreu Eduardo Campos, candidato à Presidência da República.
Perde a sua família um jovem pai de 49 anos, com cinco filhos, tendo o menor nascido em janeiro deste ano.
Perde o Brasil, comandado e dominado pela velha política, com lideranças conservadoras e ultrapassadas, que ainda usam mitos e manipulações puramente emocionais, para comandar
comportamentos e consciências.
Essa eleição presidencial de 2014 estava com a predominância de novos candidatos, o que abria a perspectiva de inovações.
Eduardo falava em mudanças, em novas prioridades, em alterações radicais na forma de governar, na diminuição da estrutura mastodôntica ministerial, de quase 40 ministérios, que existe somente para acomodar os diversos interesses partidários, nessa solução de compadrio e de acertos que tem caracterizado a política, e a gestão, no Brasil, nos últimos governos.
É uma lástima, num país de velhos e velhacaria dominando a política e a distribuição de recursos federais, que o processo de possibilidades de renovação seja abalado por essa morte.
Não que Eduardo viesse a resolver todas as incompletudes do grande balcão de negócios, nem sempre honestos, em que se transformou o campo político, e da gestão pública, em nosso país.
Mas era um elemento novo, motivado para a mudança, preparado num governo estadual, que apresentou alguns resultados inovadores.
Vamos esperar que o processo de substituição de Eduardo Campos como candidato presidencial seja iluminado pela sabedoria e pelo senso histórico, para que se ofereça à nação uma pessoa que possa levar adiante a bandeira que Eduardo empunhava.

Mesmo que não seja a da vitória, mas que se constitua num fator de renovação efetiva e histórica, para que o Brasil possa dar passos reais em direção à sua redenção, podendo oferecer à novas gerações um processo eleitoral que possa conduzir à seriedade, à ética, e à construção de um novo pacto federativo, no qual a cidadania seja a primeira prioridade.


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