segunda-feira, 12 de agosto de 2013

ARIANO SUASSUNA - O BRASIL REAL E O BRASIL OFICIAL

Ariano Suassuna - O Brasil Real e o Brasil Oficial Hoje pela manhã tive a alegria de assistir a palestra do grande teatrólogo, escritor, professor Ariano Suassuna.
Figura humana suave, simpática, comunicativa, interativa, foram duas horas de boas histórias, poesia, literatura, valorização da brasilidade verdadeira, simplicidade, humildade, e muita verdade.
Desde Cervantes, seu personagem D. Quixote, passando por Otelo, O Mouro de Veneza, e sua amada Desdêmona, Suassuna passeou por brincadeiras com o numeroso público, valorizou a história de Santa Catarina e Florianópolis, elogiou o grande número de jovens presentes, lembrou que os jovens chamam a cidade de Floripa, fugindo do nome Florianópolis, em homenagem a Floriano Peixoto, que mandou fuzilar e enforcar muitos Desterrenses ilustres, contrários a seu governo autoritário.
Fez uma viagem pela história, pelas artes, pela cultura em geral, mostrando as diferenças entre o que ele chama de país real e país oficial.
O real se refere à vida das pessoas, suas soluções encontradas para viver, as dificuldades reais existentes, a criatividade brasileira, que criou uma nação de pessoas autênticas, e muito guerreiras.
O oficial é o Brasil dos governos, do poder, dos políticos, dos donos da economia, que vive à parte da realidade nacional, em um mundo de faz de conta, que só se justifica para os quem têm poder, para aqueles beneficiados pelo poder.
Deu seu testemunho de sua fé no Brasil de verdade, aquele país que vive agruras, mas que desenvolveu uma tecnologia social que ajuda e resolver os problemas criados pelo Brasil oficial.
Ariano Suassuna encerrou sua apresentação com uma poesia de amor para a sua mulher, que vive com ele há 66 anos, quando se casaram e passaram a viver apaixonados, ao ponto dele se emocionar, e chegar às lagrimas, ao final da declamação.
Ele, que tem 86 anos, continua apaixonado pela "linda mocinha de olhos brilhosos, que um dia o cativou com o olhar".
Valeu a manhã, e muito mais.
Ver esse homem de 86 anos, com a simplicidade do Papa Francisco, tendo, aliás, o mesmo ídolo, Jesus Cristo, é uma injeção de fé na vida, na simplicidade, na humildade, na forma direta de resolver os problemas que surgem, e de lançar esperanças para o futuro.



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