terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

HABEMUS PAPAM


 
 
Esse é o titulo de um filme recente do diretor de cinema italiano Nani Moretti. Ele aborda extamente uma situação como a do Papa Bento XVI.
A angústia de não aceitar o poder que emana do papado, numa crise de consciência, que é maior do que a pessoa.
O filme mostra muito bem a questão de um ser humano, que é pequeno demais diante da envergadura do cargo do principal representante de um Deus, em nossa Terra.
Vale a pena conferir, o filme é belíssimo e a interpretação dos artistas é fantástica.
Papas são seres humanos tendo que interpretar papel de um super ser, que pode dirigir uma organização religiosa mundial.
Aliás, única.
A Igreja Católica é a única no mundo que tem um Estado, o Vaticano, para coordenar suas atividades em todo o mundo.
Esse ponto é essencial que se reflita a respeito, para que se entenda a complexidade de uma organização material, que deve cuidar das aflições de milhões de almas.
Qual a diferença?
Religiões são crenças, fé, são subjetividades humanas, que permitem a aceitação de seres superiores, de procedimentos espirituais, de sentimentos imateriais.
Igrejas são organizações materiais, humanas, complexas, como o governo de qualquer país, de qualquer prefeitura, onde se trata de orçamento, de arrecadação, de desvios, de desonestidades, de políticos corruptos.
Esse embate entre religião, crença, fé, e igreja, organização, poder, dinheiro, muitas vezes, apresenta barreiras intransponíveis, para almas mais sensíveis, ou para pessoas com firmes formações conceituais e ideológicas, que não aceitam corrupção de princípios, manipulação de valores essenciais, ou práticas de poder.
E que se refletem nas crenças e nas subjetividades humanas.

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