A riqueza material é uma busca permanente em nossa caminhada, nesta sociedade de avanços quantitativos.
Luta-se muito, corre-se sempre, deixa-se de lado o carinho, as pessoas que amamos, os momentos tranquilos.
Precisamos produzir, vencer, ultrapassar, ser os melhores.
Cobranças de resultados, comprar coisas, ter, ter, ter, e cada vez mais, ter.
Mas somos mais do que isso, somos seres espirituais em um corpo material.
Somos qualitativos, também.
Quando o corpo material adoece, quando nos damos conta da nossa ínfima pequenez, quando sentimos a tristeza, a solidão verdadeira, percebemos o espaço vazio e a ausência da ternura, do afeto, do amor verdadeiro, dos laços essenciais.
Nosso corpo material é função de nossa capacidade de imaginar, de sonhar, de transformar.
Somos fruto de emoções, vivemos por outras emoções, melhoramos ou pioramos por presença ou ausência de emoções, como o amor, a afago, a lembrança, o toque, a alegria de um encontro.
A caminhada material complementa a espiritual, a imaterial.
E uma emoção básica, essencial para a vida, é a solidariedade, a empatia, a capacidade de se colocar no lugar do outro, dos outros, e tentar dar algo, oferecer um gesto, um pensamento genuino, original, verdadeiro, coerente.
Somos sós, assim nascemos, assim vivemos, assim morreremos.
Nossa vida pode ficar melhor, muito mais feliz, se reconhecermos que ela pode ser enriquecida com a fortuna da alma, do amor, da solidariedade.
Laços, esses sim, que potencializam a vida, colocam nossa existência material em níveis inimagináveis de felicidade e plenitude.
A beleza do sol, a alegria das núvens que passam com o vento, a maravilha do céu azul, a energia das belas flores, são todas cenas que nos tornam mais felizes, mas que só os sentimentos bons podem captá-las.
Não há dinheiro que compre, nem projeto material que as possa substituir.
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