Fiquei feliz com o resultado.
Quando postei os textos sobre as pontes era essa exatamente a minha intenção.
Gerar debate, reflexão, e apropriação do tema pelas pessoas que residem em Florianópolis.
Quando o Guga Kuerten se surpreendeu, que já se falava em quarta ponte e ainda nem temos o novo Plano Diretor, que deveria ser participativo, a cidade começou a perceber que um assunto de extrema importância para seu futuro, estava passando ao largo da opinião pública.
Muitas pessoas me telefonaram, os jornalistas Moacir Pereira(DC) e César Valente(Diarinho) publicaram os textos em seus blogs, várias enviaram emails.
O importante é que todas essas pessoas estão empenhadas em abrir mais o assunto, começam a estudar opções de transportes existentes em outras cidades, e estão indo atrás de outras possibilidades para solucionar essa ligação com o continente.
Minha posição pessoal é que sim, precisamos implementar soluções inteligentes, modernas e criativas para a ligação Ilha-Continente.
Mas também penso, que antes de investir valor tão significativo, devemos explorar outras, e todas, as possibilidades tais como ligação por embarcações, em vários pontos, sul, centro e norte, a recuperação imediata da Ponte Hercilio Luz, e abrir o planejamento para a participação da sociedade, formando um grupo de representantes de todas as camadas sociais para que se chegue a uma decisão efetivamente democrática, participativa, e que receba as ricas contribuições existentes nas mais de 420.000 cabeças que habitam nossa cidade.
Se isso não for feito, corremos o risco de daqui a quatro ou cinco anos, com essa invasão de veiculos particulares, com as deficiências graves dos transportes coletivos existentes, e com a distante gestão que ocorre, termos a surpresa de voltar a falar em novos aterros e em mais pontes.
Inovar é tentar alternativas ao que se tem como soluções ortodoxas.
Florianópolis é uma cidade bonita, leve, agradável, e acolhedora.
Se não a tratarmos bem, adequadamente, corre-se o risco de a transformarmos num centro alienado e problemático, que poderá reproduzir padrões de desigualdade social, violência e poluição, que outras cidades degradadas já estão vivendo.
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