quinta-feira, 24 de outubro de 2013

CIDADANIA INCOMPLETA

ESPÍRITOS ARMADOS -Cidadania Incompleta-

Os maiores monumentos feitos pelos humanos registram aspectos guerreiros.
Muralha da China, fortes e fortificações, canhões, medalhas, cemitérios, a árvore dos enforcados na Ilha de Anhatomirim, Forte de Copacabana,
Os hinos das nações, também.
Mas a civilização, e o avanço social qualitativo, dependem muito mais da educação do que das armas.

Estamos comprando mais de 30 aviões-caça, temos 260 milhões de telefones celulares, mais de um por habitante, mas continuamos um país com quase 4 milhões de analfabetos.

O analfabetismo é a pior das prisões, das segregações, é um verdadeiro "apartheid" humano, social.
Sem saber ler, a linguagem escrita, que é onde se aprende a cidadania mais básica, continua inalcançável.
Investe-se em tecnologia, em policiamento, em estradas, em mais câmeras de segurança, mas todos os estados brasileiros ainda apresentam significativos totais de pessoas sem saber ler.

Ao poder fazer leituras, lança-se a luz sobre aspectos da liberdade individual, de formar saber e decidir sobre a sua vida.
De poder ler notícias, acompanhar o que se faz em nosso nome, de saber o que disse, fez, ou está fazendo, que se diz nosso representante.
O ser humano grava 84% do que vê, somos seres visuais.
O acesso ao conhecimento é a grande arma da libertação de pessoas.

Direitos humanos se fazem, e cumprem, não deixando mais qualquer habitante da nação brasileira permanecer sem a luz que as letras oferecem.
E não se fala só em analfabetismo absoluto, o analfabeto funcional não entende o que lê.
O gigante não só dorme em berço esplêndido, pode estar desacordado, anestesiado pelas belíssimas propagandas de uma nação "rica" e esbanjadora, que gasta mais do que arrecada, gasta mal, não dirige
seus recursos para as suas prioridades mais do que comprovadas.

E continuamos recebendo puxões de orelha do FMI, por gastos elevados, pouca poupança, baixo investimento em educação e inovação, e escolas superadas.
Vamos, também, puxar as orelhas dos que gastam muito, só se promovem para a próxima eleição, mas não dão a mínima para a próxima geração???



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