sábado, 23 de maio de 2009

Alemanha - 60 anos de Democracia

Alemanha –60 anos de democracia – um exemplo para o mundo
Deutschland – 60 Jahre Demokratie – Beispiel führ die Welt

Hoje, 23 de maio de 2009, a Alemanha completa 60 anos de vida democrática. Em 23 de maio de 1949, a nação alemã, saindo do recente processo de destruição da segunda grande guerra, apenas quatro anos depois, promulgou a sua Lei Fundamental, a Constituição da Alemanha.
Todos sabemos o que foi a nazismo, o desatino cometido por Adolf Hitler, a destruição gerada por seus seguidores e a guerra causada por sua ambição desmedida. Ninguém esquece a segregação contra várias etnias e a execução de milhões de pessoas, gerada pelo totalitarismo que os nazistas imaginavam implantar em todos os países que viessem a dominar.
É por demais conhecido, em todo o mundo, o estigma que ainda pesa sobre o povo alemão, como uma herança trágica, de um tempo relativamente recente, como um vidro opaco, que não quer permitir que se veja o outro lado, clara e nitidamente. Estigma que não se deve somente aos fatos ocorridos entre 1933 e 1945.
Muito do preconceito contra a Alemanha ainda vem, e é alimentado, por iniciativas de outras sociedades, que procuram manter a lenda e o mito nazista, como se ele continuasse vivo naquela nação.
Como se nenhum outro pais, no mundo, tivesse passado por situações de desmandos de poder, de repulsivas execuções em massa, de violência contra civis, de prepotência, segregação e perseguição de diferentes. Como se nenhum outro país tivesse cometido atrocidades, destruição em massa de vidas humanas e bombardeio indiscriminado de nações inimigas, em estado de guerra, ou não.
E existem diferenças. Entre quem errou e procurou corrigir seus erros, e aqueles que erraram e escondem seus erros da opinião pública, manipulando a mídia e censurando a informação. Ou justificando como ameaça à segurança e à soberania.
E a Alemanha pagou caro seu erro. Foi dividida, ocupada, dominada e modificada. E assumiu tudo. Nada escondeu. Lá estão os museus do holocausto, as informações disponibilizadas aos pesquisadores e jornalistas.
Mas a Alemanha mostrou ao mundo qual a sua real natureza. Bastaram quatro anos após o encerramento da guerra, para que a cidadania alemã, comprometida com sua ancestralidade, história e identidade cultural, mostrasse a sua tentativa de superação.
O povo alemão, através do Conselho Parlamentar, aprovou a mudança.
Uma Lei Fundamental democrática, comprometida com a dignidade humana, com a ética, com o respeito pelo outro, com a liberdade individual de crenças e valores, com o espaço coletivo e com a preservação do patrimônio ambiental e cultural, foi aprovada e implantada.
Konrad Adenauer, o dirigente alemão, em 1949, teve a honra de promulgar o documento que viria a ser a Constituição Democrática Alemã.
O país de Ludwig van Bethoven, de Friedrich Schiller, precisava reagir e mostrar ao mundo a sua verdadeira identidade. Assim como as maravilhosas peças musicais com que Bethoven e outros grandes artistas presentearam a humanidade, Schiller e outros inúmeros artistas da palavra, deixaram lindos poemas e textos, com os quais todos se maravilham, sempre que os lêem e relêem.
Mas a Alemanha não parou. Ela mudou e inovou, literalmente. Hoje, é um dos países que mais investem em inovação. Em todos os campos do conhecimento, da pesquisa e da industrialização. O avanço da pesquisa em design faz com que a área seja reconhecida como uma das que mais se desenvolveu.
A legislação ambiental, forte e conscientizadora, motiva vibrantes debates, e embates, no democrático espaço do parlamento alemão.
O cuidado com a transparência da informação, faz da Deutsche Welle uma emissora que se destaca entre todas as estações internacionais. Além disso, trabalha muito bem o noticiário sobre muitos países, em vários idiomas, transmitindo programas de análise e crítica conjuntural, sempre tão necessárias, como é o “Quadriga”, um mosaico jornalístico global, ponderado e abrangente.
A moda e o cinema são duas áreas em permanente evolução, que oferecem ao mundo belas peças, em tecidos e filmes, para deleite e aprendizado.
O recente filme “A Queda”, com o magistral Bruno Ganz, além da excelente técnica cinematográfica, comprova a atitude correta e honesta, de oferecer um retrospecto do absurdo imposto pelos nazistas e da conseqüente destruição da Europa e da própria Alemanha.
O campo da música continua rico e pujante, oferecendo fantásticas interpretações como as competentes Anne-Sophie Mutter e Julia Fischer, no violino e piano, e a bela e expressiva Alexandra Maria Lara, no cinema.
E falando nas mulheres, esse é um dos destaques daquele país. O significativo numero de mulheres que participam em igualdade de condições, no mercado de trabalho, na arte, na inovação tecnológica, no design, moda e muitos outros setores produtivos e artísticos.
A Alemanha transformou-se num centro de desenvolvimento com respeito humano e uma grande parceira do desenvolvimento sustentável.
Ou seja, tudo que aqui citamos e sobre o que pudemos refletir, demonstra que a Nação Alemã, sessenta anos depois de implantar a sua Lei Fundamental, superou todas as situações anteriores, sendo hoje um exemplo de democracia para todas as demais Nações do Mundo.

Danilo Aronovich Cunha
Florianópolis – Santa Catarina – Brasil
http://www.danilocunha.com.br/
http://www.danilocunha.blogspot.com/
danilocunha@terra.com.br



sábado, 2 de maio de 2009

Bens Públicos e Interesses Privados


Bem público e bem comum, deveriam ser os principais objetivos, e ocupações, de quem está em cargos públicos, principalmente, os eleitos para isso.
Os políticos, que não cumprem seus compromissos com a sociedade que os elegeu, são maus cidadãos, ferem as leis da nação brasileira e enganam os eleitores. Portanto, são infratores que devem ser punidos legal e eleitoralmente.
O abandono do meio ambiente, a destruição de locais que servem para a saúde e o bem estar das pessoas, a transformação de áreas bonitas e agradáveis, em estradas e obras, puramente funcionais, baixam o nível da qualidade de vida e diminuem as opções de lazer e convívio.
Rios contaminados, sem receber qualquer atenção das áreas responsáveis, estradas sem calçadas para pedestres, aterros indecentes, que destróem paisagens e locais para pessoas, transporte inadequado para os cidadãos, que só atendem interesses de lucro para quem os explora, esses e muitos outros exemplos, bem demonstram a dissociação, o afastamento, da ação de governantes e legisladores, que deveriam estar zelando pelos interesses gerais da sociedade, e não só pelos interesses economicos, e de poder, daqueles pequenos grupos que os financiaram. Sim, pois quem os elegeu foram os cidadãos e eleitores, permanentemente ludibriados e esfolados por impostos, taxas e recursos mal empregados.
Assim como os elegemos vamos tirá-los dos cargos e poder que ele ocuparam, ou continuam ocupando, e nos quais traíram a confiança dos eleitores.
Vamos renovar os eleitos, vamos escolher novas pessoas, com novos compromissos. Compromissos com as pessoas, com a qualidade de vida e com nosso futuro, de nossos filhos e netos.
Qieremos deixar um país melhor para todos, portanto, precisamos escolher melhores políticos e governantes, do que esses, que descumpriram seus compromissos e promessas, e que ,ainda, aí estão.
Esses, já mostraram a que vieram, e não foram aprovados pelos eleitores.
Esses, só querem poder e mordomias, para si e familiares, com o dinheiro do povo.
Com certeza, temos melhores opções de vida.
Nossas existências são muito maiores, e mais nobres, que os quatro ou oitos anos de suas gestões ou mandatos.
Vamos buscá-las e implantá-las em nossa sociedade brasileira.
A Nação, sociedade e território, merecem respeito e seriedade.

segunda-feira, 27 de abril de 2009

Reflexão atual sobre o futuro do Brasil


"Não podemos direcionar o vento, mas podemos posicionar nossas velas"
Este texto é uma reflexão sobre os caminhos da vida e as possibilidades de nossas escolhas. Não só as possibilidades, mas a necessidade de optarmos por, e resgatarmos, valores decentes e relacionamentos abertos e verdadeiros.
Não podemos deixar que nossa vida perca qualidade e seja guiada por espertezas ou soluções imediatistas e de baixo nível, que só interessam a quem quer poder ou facilidades indevidas.
É necessário resgatar conceitos de verdade, honestidade, mérito e responsabilidade. E só tem uma maneira de isso acontecer.
É por nossa vontade, por nossa determinação e por nossas ESCOLHAS. Isso mesmo, por nossas ESCOLHAS. Não podemos trocar a nossa capacidade consciente de ESCOLHER, pelos interesses menores de ADERIR.
O avanço qualitativo das sociedades sempre ocorreu devido à democrática possibilidade das escolhas, através do VOTO e da participação consciente. A ADESÃO simples e interesseira, ou alienada, é a destruição das nossas capacidades de eleger opções para o futuro de nossas vidas, de nossos filhos e de nossos netos.
ESCOLHA é cidadania, avanço e civilização. ADESÃO simples e rasteira é a condenação à morte da democracia e do avanço para toda a sociedade. O FASCISMO e o NAZISMO foram construídos pela ADESÃO, do medo, mas também da acomodação e da covardia. Nas sociedades mais avançadas, e tidas como de "primeiro mundo", esse estado de coisas não ocorreu por milagre ou por pequenos favores. Essa construção levou tempo, participação e ESCOLHAS. E necessita de permanente participação e vigilância dos cidadãos.
ESCOLHER é selecionar, é ter que avaliar e pesar as possibilidades, é não se deixar levar por gestos fáceis e pela adulação gratuita. ESCOLHER é ler propostas, aprofundar análises, estudar a coerência entre discurso e prática e ter a coragem de tomar decisões, mesmo que tendo que romper com pessoas ou partidos, ou organizações, que se comprometeram com determinadas propostas e mudaram suas posturas, optando pela acomodação, pela corrupção e pela deformação da sociedade democrática e republicana, somente por seus instintos de mais poder e seus baixos sentimentos de mais riqueza pessoal ou familiar. Nosso país e nossa sociedade precisam melhorar.
Precisamos garantir nossa qualidade de vida e isso passa por nosso ambiente natural e por garantir princípios de convivio social baseados na ética, no respeito, no acatamento dos principios legais e morais. Leiam e pensem, passem adiante e convidem todos a ler e pensar.
Vamos exercer nosso direito, e nossa obrigação cidadã, de fazermos nossas ESCOLHAS, que ajudarão a construir um futuro digno e ético.



quinta-feira, 23 de abril de 2009

Gestão estratégica - o saber como insumo

A gestão de empresas e do estado terão que enfrentar, juntos, os desafios de lançar novas bases para a elaboração de políticas publicas e privadas.
Não se pode mais compreender um setor privado, completamente independente da área pública, depois da atuação salvadora do Estado, no socorro a bancos e organizações privadas. Ambos terão que conviver mais estreitamente e desenvolver competências conjuntas e capacidades analíticas mais abrangentes e detalhadas.
A capacidade do estado de intervir na economia se contrapõe à enorme demanda que a sociedade da vida mais longa e da massa de envelhecidos e aposentados exigirá dos cofres públicos.
Todos os sistemas de saúde e seguridade social falirão nos próximos 10 anos se não forem revistas as condições de sua criação e funcionamento.
Os investimentos de Estado nas questões ambientais e de preservação de reservas d’água e mananciais, deixarão de ser preocupações de governos para serem questões estratégicas de governança, tanto privada quanto pública.
Os municípios, onde vivem as pessoas e onde 84% da vida é resolvida, passam por um processo de envelhecimento de suas equipes e métodos. O empobrecimento de suas gestões, se nada for feito, garantirá que o problema de gestão municipal será um dos grandes óbices para o funcionamento de empresas e suas
áreas de logística e captação de insumos.
O século XXI está confirmando a tendência dos anos 80 e 90, do século XX.
Grandes mudanças (tais como o muro de Berlim) não anunciam os impactos com muita antecedência.
Elas ocorrem por um efeito cumulativo, muitas vezes pouco analisado e avaliado, portanto pouco compreendido.
A questão financeira, já estudada por economistas como Paul Kruger, reforçada pela quebra de empresas tradicionais e pelo quase escândalo da Enrom, e muitos casos menos noticiados, gerou a massa crítica para a crise atual. agravada pelo comportamento do consumidor, ávido de patrimônio e de satisfação de impulsos, associado à especulaçao e visão de curto prazo e ganhos imediatos.
A questão ambiental, geração de calor e pouca atenção à reservas de água, tem tudo para repetir a crise financeira, só que em escala bem maior e mais dramática para o meio produtivo e para os consumidores.
A questão da corrupção segue o mesmo rumo. A sociedade se dissocia das camadas políticas legislativas/executivas e o rumo da sociedade vai sendo guiado por ambições pessoais, de parâmetros antigos e atávicos do ser humano, sem a racionalidade desenvolvida no século XX e dominada por um primarismo comportamental.
A gestão estratégica terá que ser mais abrangente, dispor de mais estudos sobre a realidade da vida nas cidades, interferir e interagir mais com os planejamentos estatais e governamentais e, além das ferramentas
tradicionais de prospecção de opinião pública para marketing e vendas, deverá se equipar com análises de conjuntura, e estrutura, sócio/econômica/ política/ambiental, para participar ativamente do planejamento e construção de opções de desenvolvimento de mercado.
Ou seja, a construção de condições objetivas de produção e consumo dependerá de uma nova concepção intelectual, e cultural, da empresa e sua atuação na sociedade.
A construção do saber terá que ser apropriada pela gestão.
Insumos geram informação, que gera conhecimento que construirá um saber.
Ultrapassamos a sociedade da gestão do conhecimento.
Agora temos que entrar na gestão do saber. Articulado e dinâmico, para produzir um novo mundo. Competente e preservado.