quarta-feira, 24 de abril de 2013

OS SÍMBOLOS MUNDIAIS DE FLORIANÓPOLIS


 

O Teatro Álvaro de Carvalho e a Ponte Hercílio Luz: Símbolos Mundiais de Florianópolis

A Ponte Hercílio Luz e o Teatro Álvaro de Carvalho-TAC parecem ser os monumentos mais significativos de Florianópolis.
Ambos são merecedores da admiração, e orgulho, dos habitantes da Capital de SC, pois além de seu longo tempo de existência, já prestaram inúmeros serviços à Cidade, eles ainda continuam sendo de grande utilidade.
Tanto histórica, como culturalmente, ambos têm papel de indiscutível destaque, por suas conexões com os movimentos cultural, arquitetônico, histórico, artístico, paisagístico, e urbano.
Difícil o morador de Florianópolis que não conheça, que não tenha ouvido falar, ou que não use esses dois símbolos florianopolitanos como referência de localização.
Ambos tão ligados à Capital, que, junto com o seu povo, são legítimos representantes de Florianópolis.
É grande o número de estrangeiros que vêm à cidade para apreciar sua beleza, suas praias, sua natureza, sua tranquilidade, e sua qualidade de vida.
Em todos esses anos de existência, muitas foram as oportunidades em que visitantes de outros países se fizeram fotografar em frente à Ponte e ao Teatro, para disseminar pelo mundo essas imagens, que nos são tão gratas.
É significativo o contingente de estrangeiros que aqui vieram residir, justamente pelas boas características com que Florianópolis se mostra ao mundo.
Sua simplicidade elegante, sua contemporaneidade, seu clima suavizado pela presença do mar, poderiam ser complementados por uma maior, e melhor, atenção à área cultural.
Vejam o exemplo de Ravello, na Costa Amalfitana da Itália.
Lá, a principal atração, é o festival cultural anual promovido naquela cidade, que a projetou para o mundo.
A gestão da cidade tem grande preocupação, e apreensão, que iniciativas isoladas, construções temerárias, possam colocar em risco o sucesso daquele recanto, que se debruça sobre o mar, e que oferece justamente essa soma e fatores aos seus visitantes: beleza natural e cultura!
Contou o sociólogo Domenico de Masi, quando em Florianópolis esteve, para falar de sua teoria sobre o ócio criativo, que a estrada de acesso à Ravello chegou a ser estreitada, e algumas curvas acrescentadas, para que o local não fosse devassado pelo turismo quantitativo, ou visitantes intensivos, pois a cidade poderia perder suas condições, justamente as que geraram sua beleza, principal patrimônio sobre o qual se apoia o sucesso do festival cultural.
Ravello já tem seus símbolos, sua localização, sua beleza natural, sua cultura e elegância, mostradas em seu festival anual, e uma grande receita do turismo de alto nível, que prestigia, procura e consome, esse tipo de “produtos”.
Nossa Florianópolis, igualmente, oferece os mesmos símbolos de Ravello, só que com mais potencialidade, pois é maior em extensão, está numa região plana, e não no alto de um escarpado, como a cidade italiana, e com um extenso e riquíssimo portfoglio histórico/cultural, que representa riqueza imensa, desde que respeitada e devidamente tratada, para evitar que suas manifestações típicas se percam, que sua arquitetura se decomponha, ou que sua cidadania seja levada a um processo de “amnésia” por total abandono da área, de suas edificações, de seus registros históricos, e de suas manifestações literário/musicais/artísticas/artesanais/folclóricas, tangíveis e intangíveis.

Ravello apertou suas estradas e encurvou seus caminhos de acesso, para se proteger e salvaguardar seu modelo.
Florianópolis, já tão conhecida, procurada, e curtida, por grande número de estrangeiros, e presente no imaginário de muitos países, necessita, urgentemente, de um olhar carinhoso, de um cuidado especial, e de ser priorizada nos planejamentos, e gestões estatais/governamentais, para que não se perca todo o potencial que nossos símbolos, nem sempre respeitados ou tratados condignamente, podem oferecer como polos de atração de um fluxo turístico adequado, educado, atento, delicado, respeitador, e que para aqui venha por nossa diversidade cultural, e ambiental, valorizando nossas belezas naturais, preservando nosso passado e nossa história, como principal patrimônio de uma sociedade desenvolvida.

 

 

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