sexta-feira, 23 de setembro de 2011

VIDA SIMPLES

As necessidades básicas do ser humano são, relativamente, poucas, diante do enorme rol de disponibilidades materiais e tecnológicas, colocadas pelo mercado.
O grande incremento da urbanização, nas capitais, e maiores cidades brasileiras, colocou grande número de pessoas em condições bastante limitadas.
Apartamentos pequenos, pouca condição de individualidade e intimidade, quando vivem mais pessoas no mesmo espaço, mobilidade e acessibilidade dificultadas pelas distâncias, falta de transporte organizado e eficaz.
Refeições longe do ambiente familiar, pouco tempo disponível para a afetividade e amor, baixo convívio com filhos pequenos, e a permanente sensação de vazio e ansiedade.
Preço elevado que se paga pela busca das luzes, das pessoas, do movimento, do conhecimento, da atualização, e da evolução pessoal e profissional.
Estudos recentes já mostram uma reversão nas perspectivas traçadas por grandes massas humanas, em relação aos aglomerados urbanos.
Muitas pequenas e médias cidades, que possuem boa estrutura produtiva, cultural e de lazer, começam a atrair significativo númeor de familias, que iniciam um novo movimento migratório, agora em busca de vida familiar mais rica, relações pessoais mais calmas e profundas, e melhor qualidade de vida em geral, e acentuado convívio com a natureza.
As estruturas de comércio e consumo, nem sempre essenciais para a felicidade humana, já são disponibilizadas em pequenos municípios.
Alguns resultados qualitativos, são bem descobertos pelos novos migrantes, que buscam a felicidade. Baixo nível de estresse pessoal e familiar, melhores condições de sono e repouso, alimentação adequada, com acesso a alimentos orgânicos, com refeições em família e preparadas coletivamente, elevação do nível de consciência social e coletiva.
As universidades oferecem as modalidades de cursos em EAD, educação a distância, o que supre muito bem a demanda por atualização intelectual e profissional.
O custo de vida muito mais barato que os centros mais congestionados, oferece mais dinheiro para aplicar em viagens, passeios, refeições fora de casa com familiares e amigos, e melhores condições para economizar mais, poupando para outras atividades nobres.
Dessa forma, os governos, e poder público, logo, poderão se agregar a esses esforços, que precisarão de muito menos investimentos em infraestrutura geral, pois a vida, distribuida em pequenas formações urbanas, vai permitir que as populações vivam melhor, vivam mais, e experimentando mais intensidade nas relações humanas, como a alegria de mais tempo juntos para quem se ama, mais calma para ler e refletir, e, principalmente, mais consciência para apreciar, e conservar, o meio ambiente e a natureza, que nos dão a vida.

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