sexta-feira, 17 de julho de 2009

PIZZA



A pizza é um prato bastante consumido no Brasil.
De base gastronômica italiana, encontra adeptos e admiradores em todo o país.
Em várias cidades brasileiras bons restaurantes e cantinas servem a pizza tropicalizada, normalmente acompanhada de bebidas geladas e, as vezes, a pizza é servida como sobremesa, com cobertura doce e até com sorvetes.
Na capital da República, no distrito federal, o hábito alimentar pelo consumo de pizza tem aumentado bastante, nos últimos tempos.
Vários bares e restaurantes já servem o prato italiano, com as devidas adaptações ao clima do planalto e aos usos e costumes locais.
Costumes esses, que a capital pressiona para exportá-los para todo o Brasil.
Um ponto afamado é o Bar Senatorial. Bem situado, porém pouco freqüentado, não mais que oitenta habitues consumidores da pizza garantem uma elevada consumação da iguaria.
Lá os clientes inovaram e também vão para a cozinha, quando preparam a pizza a seu gosto individual, com temperos e condimentos variados, usando os sabores de suas origens.
O que chama a atenção é que o referido bar, para atender o reduzido numero de seus comensais, oferece uma grande e diversificada equipe de especialistas, o que acaba encarecendo o cardápio, uma vez que o peso dessa folha de cozinheiros e ajudantes se reflete no valor dos pratos que o bar disponibiliza.
O menu é bem reduzido e, além da pizza, o consumo só é grande nas bebidas, que são consumidas em larga escala, durante as longas serestas e demais festas que ocorrem, normalmente, entre terça e quinta-feira de todas as semanas. A última novidade oferecida pelo Bar Senatorial, e que tem conquistado grandes espaços na mídia nacional, até na estrangeira, é a pizza apelidada de “pizza maranhense”, uma vez que os ingredientes têm aquela procedência.
Outro point da capital federal, especializado na delicia italiana é a Bodega Câmara Fria, um original nome obtido no processo de conservação dos ingredientes utilizados. O Câmara Fria concorre com o Bar Senatorial, oferece o mesmo prato, também entre terças e quintas, porém desfruta de uma clientela bem maior. Pouco mais de quinhentos freqüentadores garantem uma boa movimentação, sendo o forno bem maior que o seu concorrente. Seus preços são muito elevados para o padrão brasileiro, mas como os clientes são bem abonados empreendedores em várias áreas de negócios, fica garantida a sustentabilidade da casa, onde se destaca o chamado caldo verde. Prato que acompanha a pizza brasileira, feito de árvores, ervas e plantas amazônicas e da mata atlântica, é um pouco indigesto, porém de um sabor exótico e especial devido a ser feito com espécies em extinção.
O Restaurante Executivo, sem dúvida o mais sofisticado de todos, oferece pizza todos os dias, acompanhada de promoções pontuais tais como a salada bem bolada, a sopa de letrinhas, o risoto de bode empacado, ensopado de molusco graúdo e um doce de leite de côco, bem antigo, mas que continua na preferência dos clientes.
Pratos mais elaborados, como a buchada de bode, já foram oferecidos em outras épocas, mas cairam em desuso pela grande adesão ao novo.
As filas são sempre enormes, o pessoal que espera não se importa, nem os que atendem, uma vez que todos serão, mais cedo ou mais tarde, contemplados.
Na entrada, o Bar Minister, especializado em drinks, oferece aperitivos e canapés para que se prepare o estômago para as invenções do grande maitre, que não tem nenhuma receita escrita e se inspira no momento, cozinhando de improviso. A pizza nem sempre fica do agrado, mas como muitas são oferecidas de graça, acaba sendo elogiada.
A maioria dos freqüentadores são mensalistas, que utilizam a velha modalidade do caderno para seus acertos de contas.
Como a manutenção da casa é garantida pelos clientes ricos, banqueiros e empresários, que circulam todos os dias pela capital federal, o uso abundante de cartões de crédito é uma garantia para enfrentar os elevados custos gerados pela equipe muito numerosa e pelo elevado absenteísmo.
Muitas outras capitais têm resistido a implantar esse modelo de pizza da capital federal, mas já se começa a notar a imitação em várias cidades, de todo o país.
Fica bem mais difícil oferecer as soluções gastronômicas do altiplano brasiliense, em todo o Brasil, uma vez que o custo de seus pratos só encontra boa receptividade e consumo no distrito federal, graças a elevada renda per capita daquela cidade, gerada pela grande quantidade de centros tecnológicos, industrias sofisticadas e de ponta, e grande fluxo de capitais produtivos, nacionais e internacionais.

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