Duas barbaridades que marcharam juntas em seu crescimento vertiginoso, no Brasil.
Enquanto as mulheres são "coisificadas" num processo de brutalidade e desrespeito, o dinheiro de impostos foi sendo roubado sem qualquer pejo ou pudor.
Enquanto as mulheres são "coisificadas" num processo de brutalidade e desrespeito, o dinheiro de impostos foi sendo roubado sem qualquer pejo ou pudor.
A falta de pudor marcha em paralelo à falta de respeito por seres humanos, que são cruelmente usados como atestado de primarismo, covardia, canalhice, e baixa masculinidade.
Ambas as situações decorrem de uma matriz torpe, que usa o direito alheio para satisfazer seus baixos sentimentos.
A sociedade masculina/medieval, que ainda vigora em diversos níveis da vida brasileira, além de torná-la brega e atrasada, ainda comete crimes absurdos, apoderando-se de sentimentos, corpos e recursos, que não lhes pertencem.
Seres que perpetram essas barbaridades são desprovidos de quaisquer posturas éticas ou humanas, restando somente seus cérebros répteis, os estágios mais atrasados e primatas, que comandam seus instintos e ações.
Roubar a felicidade, a tranquilidade, afrontar a individualidade, agredir a intimidade, de uma ou de muitas mulheres, com o estupro, é o atestado, a prova cabal, do canalha completo, acabado, sem qualquer resquício de humanidade ou alteridade.
Além de tudo pouco masculinos são, pouco machos provam ser, e nenhuma hombridade portam, os que agridem mulheres, seja da forma que for, no local que for, por qualquer motivo, que seja.
Homens de verdade são seres humanos, da mesma forma como as mulheres o são. E educados, desde pequenos, para dividir esta vida com mulheres, nossas outras metades, que nos oferecem suas delicadezas, suavidades, bons exemplos, e muito amor.
Mulheres não podem ser agredidas ou estupradas, pois quem isso faz estará agredindo e estuprando a vida, o sentido de viver, pois as mulheres são a vida, vida que os homens podem ajudar a conceber, mas que as mulheres a viabilizam e embalam nos nove meses essenciais para que o amor se transforme num novo ser humano, que será homem ou mulher, abençoado, portanto, por todos os Deuses, como símbolo da continuidade da vida que nos foi dada.
Essa benção que ainda não conseguimos entender, a vida com a qual caminhamos toda uma existência, é negada pela violência e crueldade, contra ela cometidas.
Precisamos nos unir, reunir, gritar, protestar, não aceitar, esses processos de rapinagem de vida e de recursos que camadas atrasadas deste Brasil, ainda pouco varonil, (pois muito covardes são os que cometem o estupro e a corrupção, mas sempre tentando se esconder e não assumir o que fazem), que insistem em não evoluir, para poder ter poder sobre as pessoas, nem que para isso precisem roubá-las e ou estuprá-las.
Mas precisamos começar, dentro de nossas casas, de nossas famílias, de nossas amizades, de nossos grupos de relacionamentos, uma grande cruzada pelo resgate dos valores humanistas, de respeito próprio e alheio, para que nossos homenzinhos e homenzarrões sejam seres respeitadores das mulheres e da vida que elas representam.
Que nossas crianças não sejam sexualizadas indevidamente, como se um gênero pudesse ter direitos sobre o outro, dando-se a possibilidade de dispor sobre seus sonhos, esperanças, sensibilidade, afeto e desenvolvimento.
Precisamos revalorar e revalorizar o amor, com valores éticos, morais, humanos e humanizantes, pois cidadania e igualdade ainda são as melhores vacinas contra o estupro da usurpação, que é a corrupção, e contra a usurpação da vida e o desrespeito com ela, que é o estupro.