A sociedade manifestar-se é um direito, e um dever, líquido e certo. O
importante é que as manifestações ocorrem em um momento logo após as eleições
presidenciais, mostrando aos governantes quais as expectativas da população
para os 4 anos de governo, que se inicia.
Ninguém mais poderá, depois de uma presença de mais de 2 milhões de
pessoas nas ruas do Brasil, alegar que o povo brasileiro não sabe o que quer.
Sabe, e sabe muito bem. Basta ver as faixas e dizeres, que se
repetiram em todas as cidades onde as manifestações ocorreram.
Não é difícil governar o Brasil, só não se pode é apresentar uma plataforma
eleitoral e menos de 60 dias depois fazer exatamente o que se tinha prometido
que não seria feito.
A cidadania espera e exige coerência dos governantes, e não aceita ser
tratada como se não tivesse critérios claros.
Democracia é alternância de poder e renovação. Partidos que pretendam
se eternizar no poder, além de não terem compromissos com a democracia, ainda
apresentam tentativas de engessar a sociedade para que ela fique eternamente
cativa de meras promessas de campanha.
O Brasil evoluiu muito e apresenta uma postura crítica e mudancista, que
não será satisfeita por antigos e ultrapassados esquemas politiqueiros, que
tentam a regressão e a supressão dos dispositivos democráticos e republicanos.
O populismo que foi tentado no Brasil, pode ter obtido alguns resultados
pontuais, em alguns anos atrás.
Mas a crise criada pela ausência de políticas públicas, legítimas e pertinentes,
por medidas orçamentárias e financeiras, coerentes e corretas, jogou nosso país
num retrocesso muito significativo.
Podemos e vamos superar a crise populista gerada pelo uso irresponsável
do dinheiro público, via bancos públicos como Bndes, Caixa Econômica Federal e
Banco do Brasil.
O afrouxamento dos controles legais licitatórios gerou um assalto organizado
aos cofres da Petrobrás e outras entidades e obras públicas, que ainda está
sendo apurado pela Polícia Federal, a mando da Justiça Federal.
Este período será vencido e ultrapassado, as finanças serão saneadas,
e os assaltantes dos dinheiros dos contribuintes deverão ser lançados no fundo
das cadeias brasileiras.
Um dia olharemos para trás e vamos pensar como foi possível acreditar
e permitir esse abuso de nossa confiança.
A frase do Brigadeiro Eduardo Gomes continua atual: " O
preço da liberdade é a eterna
vigilância".
Não podemos mais permitir um atitude leniente e tolerante com qualquer
irregularidade com o fruto de nosso trabalho, que é o mar de impostos pagos
para que tenhamos Estado e governo sérios e saudáveis.
Um dia vamos lembrar da frase do primeiro ministro inglês, Winston
Churchill, que disse, referindo-se à bravura dos poucos pilotos ingleses que
enfrentaram a aviação nazista e evitaram que a Alemanha ocupasse a Inglaterra,
nos anos 1940, durante a segunda guerra mundial: "nunca antes tantos
dependeram de tão poucos".
No caso brasileiro a frase poderá ficar mais ou menos assim: "Nunca
antes, na história deste país, tantos se desiludiram com tão poucos, em tão pouco
tempo (12 anos), como nos governos que permitiram tão grande e grave crise moral
e econômica".
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