quarta-feira, 18 de março de 2015

MANIFESTAÇÕES DEMOCRÁTICAS - BRASIL, MARÇO DE 2015



A sociedade manifestar-se é um direito, e um dever, líquido e certo. O importante é que as manifestações ocorrem em um momento logo após as eleições presidenciais, mostrando aos governantes quais as expectativas da população para os 4 anos de governo, que se inicia.
Ninguém mais poderá, depois de uma presença de mais de 2 milhões de pessoas nas ruas do Brasil, alegar que o povo brasileiro não sabe o que quer.
Sabe, e sabe muito bem. Basta ver as faixas e dizeres, que se repetiram em todas as cidades onde as manifestações ocorreram.
Não é difícil governar o Brasil, só não se pode é apresentar uma plataforma eleitoral e menos de 60 dias depois fazer exatamente o que se tinha prometido que não seria feito.
A cidadania espera e exige coerência dos governantes, e não aceita ser tratada como se não tivesse critérios claros.
Democracia é alternância de poder e renovação. Partidos que pretendam se eternizar no poder, além de não terem compromissos com a democracia, ainda apresentam tentativas de engessar a sociedade para que ela fique eternamente cativa de meras promessas de campanha.
O Brasil evoluiu muito e apresenta uma postura crítica e mudancista, que não será satisfeita por antigos e ultrapassados esquemas politiqueiros, que tentam a regressão e a supressão dos dispositivos democráticos e republicanos.
O populismo que foi tentado no Brasil, pode ter obtido alguns resultados pontuais, em alguns anos atrás.
Mas a crise criada pela ausência de políticas públicas, legítimas e pertinentes, por medidas orçamentárias e financeiras, coerentes e corretas, jogou nosso país num retrocesso muito significativo.
Podemos e vamos superar a crise populista gerada pelo uso irresponsável do dinheiro público, via bancos públicos como Bndes, Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
O afrouxamento dos controles legais licitatórios gerou um assalto organizado aos cofres da Petrobrás e outras entidades e obras públicas, que ainda está sendo apurado pela Polícia Federal, a mando da Justiça Federal.
Este período será vencido e ultrapassado, as finanças serão saneadas, e os assaltantes dos dinheiros dos contribuintes deverão ser lançados no fundo das cadeias brasileiras.
Um dia olharemos para trás e vamos pensar como foi possível acreditar e permitir esse abuso de nossa confiança.
A frase do Brigadeiro Eduardo Gomes continua atual: " O preço  da liberdade é a eterna vigilância".
Não podemos mais permitir um atitude leniente e tolerante com qualquer irregularidade com o fruto de nosso trabalho, que é o mar de impostos pagos para que tenhamos Estado e governo sérios e saudáveis.
Um dia vamos lembrar da frase do primeiro ministro inglês, Winston Churchill, que disse, referindo-se à bravura dos poucos pilotos ingleses que enfrentaram a aviação nazista e evitaram que a Alemanha ocupasse a Inglaterra, nos anos 1940, durante a segunda guerra mundial: "nunca antes tantos dependeram de tão poucos".

No caso brasileiro a frase poderá ficar mais ou menos assim: "Nunca antes, na história deste país, tantos se desiludiram com tão poucos, em tão pouco tempo (12 anos), como nos governos que permitiram tão grande e grave crise moral e econômica".

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