O mundo passa por momentos humanos muito difíceis.
Na França a irreverência teve como resposta a intolerância e a
violência, com várias mortes.
Nos EUA jovens negros foram mortos por policiais, gerando protestos violentes
contra o não indiciamento dos autores das mortes.
O conflito entre Israel e Palestinos continua produzindo atentados e
grande número de pessoas atingidas.
Não Ásia, e no norte da África, enfrentamentos religiosos/políticos
são frequentes.
No Brasil, nestes dias muito quentes, com muita oferta de brilhos do
sol, e outros, com muitas pessoas procurando, desenfreadamente, por prazeres
imediatos, por satisfação de muitas ansiedades, pela busca de ganhos para um
ano inteiro, podem ajudar a entrar em um estado de estresse.
A situação econômica pós-eleição presidencial mostra uma face
carrasca, com aumento do preço de combustíveis, alta de juros, desemprego e
greves, e surpreendente falta de energia elétrica.
Em vários pontos do país a
falta de água transtorna a vida da população, aliada a uma elevação da
temperatura ambiental, que oferece sensações térmicas bem maiores que as
mostradas nos termômetros.
Várias crianças morreram vítimas de balas perdidas no Rio de Janeiro,
além de arrastões nas praias.
Em Santa Catarina um policial à paisana matou um jovem na frente de
sua casa. O caso gerou repercussão nacional e mundial devido à grande rede de
relacionamentos profissionais e amizades do rapaz assassinado, que era um
esportista conhecido no meio do surfe.
E, claro, à estupidez do gesto do atirador, que é policial militar e,
portanto, deveria saber tomar os cuidados ao portar uma arma de serviço, mesmo
não estando nessa condição.
O estresse nubla a visão da realidade, engana a noção de tempo, altera
o estado da consciência, propicia noções distorcidas de perigos e ameaças,
transtorna a noção de direitos e deveres, precipita situações de riscos e muda
a referência dos padrões morais e éticos.
Discussões pequenas podem virar grandes dramas, pequenos fatos estão
sujeitos a ser maximizados e o raciocínio indutivo prevalece sobre o dedutivo.
É uma fase em que se deve ajudar a diminuir tensões, recolocar situações
potencialmente perigosas em patamares mais baixos, procurar a distensão e o
relaxamento.
Pessoas com atitudes vigorosas, impulsivas, provocativas, necessitam
de apoio para que se acalmem, para que se baixe o teor emocional dos momentos
exaltados.
Muitas vidas poderão ser salvas dessa forma, pois a violência, ainda
mais com o uso de armas, pode gerar resultados impensáveis.
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