O sem graça primeiro ministro inglês, talvez tentando imitar a sua mestra Margaret Tatcher, que se encontra em estado de demência avançado, tenta atacar a Argentina com palavras vazias, e o pior de tudo, mentirosas.
Cameron, como é chamado o tal ministro, acusou a Argentina de "colonialismo" por pretender ter de volta o controle político sobre as Ilhas Malvinas, situadas aqui no Atlântico Sul, ao lado de seu território.
É bom lembrar que há 30 anos, em plena ditadura, em uma tentativa de desviar a atenção da opinião pública argentina, o general golpista argentino, Leopoldo Galtieri, declarou uma oportunista guerra à Inglaterra.
A ditadura argentina estava em sua fase periclitante final, e a bravata conseguiu mobilizar os compatriotas de Maradona em uma empreitada sem volta.
Com a ajuda estratégica e informacional de norte-americanos e chilenos, os ingleses venceram a escaramuça, com um saldo total de quase mil mortos, a maioria do lado sul-americano.
A ONU, em deliberações pós-82, determinou que as duas nações em conflito deliberassem sobre as Malvinas, em negociações bilaterais.
E a Argentina quer, e insiste, nessa tese da ONU.
Que os ingleses insistem em não levar à frente.
Mas voltando ao infeliz ministro Cameron, inglês, que usou o termo colonialismo referindo-se aos argentinos.
Para início de conversa, aquela nação é que cresceu, e enriqueceu, sobre o saque e o colonialismo.
Basta ler um pouco de história e veremos que colonialistas sempre foram os ingleses.
Chegaram ao ponto de nomear bandidos, assaltantes, assassinos sanguinários de "corsários", que não passavam de foragidos da lei, a serviço da coroa britânica.
Desde que dessem um percentual para a sua majestade, aqueles bandidos poderiam saquear, matar.
Se chamavam corsários, pois a a corte inglesa lhes dava uma autorização de corso, ou seja, de trânsito naval, e daí o nome corsários.
Eram piratas, inescrupulosos, bandidos a soldo dos reis, também piratas e bandidos, que os pagavam para pilhar e matar a seu serviço.
Falando em colonialismo, que Cameron tentou imputar para a Argentina, lembremo-nos da China, India, e tantos outros países onde as botas e as baionetas dos soldados ingleses, e dos gurkas, produziram chacinas horrendas, para garantir a riqueza que a Inglaterra não tinha, mas roubava de outras nações menos armadas.
Mas assim como Cameron não deveria tentar copiar sua ensandecida musa Tatcher, a Argentina também não deveria tentar transformar essa crise criada pelo inglês sem graça, que está no ministério inglês, e copiar Galtieri.
Esse não é o caminho.
Que se façam conversações, que se convoquem negociações, que se invoque a presença da ONU, até que se demonstre qual dos dois países está sendo coerente, se é que algum dos dois tem essa qualidade.
Mas que não se permita que a crise que está devorando as finanças do velho mundo possa ser encoberta por jogada belicista, que só gerará demonstrações de força, num momento em que a América do Sul, mesmo tímidamente, experimenta um ciclo de desenvolvimento interessante.
E que a Argentina não seja tomada por uma onda brega, de compadritos e malandros, tentando reavivar velha e superada revanche, que em 82 só serviu para levar à morte, uma grande quantidade de jovens argentinos, que morreram sem nem bem saber por qual motivo lutavam.
Afinal, se a pendência podia ser resolvida via ONU, qual a razão da invasão de 30 anos atrás???
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