Reflexão sobre a Mulher
Todos os anos no dia 08 de março, a Mulher é homenageada com citações, em vários níveis e em vários meios de comunicação.
Todos os poderes formais da República Brasileirsa emitem mensagens bonitas, simpáticas e, em muitos lugares, até festinhas com doces e bombons são oferecidas a "essas bravas mulheres"...
A lamentar que esses superficiais, e apenas gastronômicos, momentos ocorram em espaços onde normalmente a Mulher recebe salários menores, onde ela não ocupa cargos de mando e poder e onde as tarefas subalternas são destinadas ou muito bem feitas por esses seres tão "caprichosos", tão dedicados e toda uma série de mesmices repetidas pelos chefes homens, pelos prefeitos homens, pelos governadores homens, pelos dirigentes empresariais homens.
Neste ano de 2011, pela primeira vez em nossa história, o dia 08 de março ocorre com uma Mulher no poder, com uma Presidenta na República.
Dilma Rousseff sabe muito bem o panorama de nossa nação. Como mulher inteligente, preparada, capacitada, ela tem consciência de que nossa sociedade é quase medieval nessa questão e que muito deve ser feito, e em pouco tempo, para que o Brasil venha a se transformar numa sociedade que "combata a discriminação de gênero, na qual homens e mulheres juntos possam contribuir para o desenvolvimento e criando seus filhos com dignidade e orgulho", como disse Dilma em sua mensagem de hoje.
Nosso país necessita, com muita urgência, evoluir nesse fundamental campo de gênero, para que garanta um desenvolvimento mais inteligente, criativo, inovador e equilibrado.
Mulheres são maioria no eleitorado, em média se capacitam mais que os homens, têm em suas mãos o maior poder de decisão sobre compras e consumo, mas continuam recebendo os "prêmios" de melhor coadjuvante.
Nas escolhas para cargos públicos os colegiados masculinos ainda decidem os seus destinos, reservando ampla minoria para o feminino.
É só verificar a montagem de equipes, com cargos de poder, nas dimensões legislativas, do judiciário e do executivo.
Nas empresas, apesar de suas capacidades e especializações, continuam ganhando, em média, de 60% a 75% do que os homens recebem, e por responsabilidades iguais.
Poderiamos ficar aqui elencando números e mais números, que só viriam a confirmar o que todos já sabemos, o que todos estão cansados de saber: em nossa sociedade a Mulher tem um papel secundário, é menos valorizada que o homem e a velocidade de equalização de direitos e oportunidades caminha a passos muito lentos, e dependendo de superadas e antiquadas mentalidades masculinas.
Como disse Dilma em sua mensagem deste 08 de março de 2011, "a pobreza é feminina, a miséria é feminina".
Pode se fazer a a leitura objetiva e a subjetiva dessas expressões, mas elas deixam bem claro que além da questão das injustiças sociais recairem mais sobre as mães, a "pobreza" e a "miséria" a que ela se refere, também são de espirito e de atitude.
Assim, vamos refletir sobre o que queremos para nosso país e parar com essas hipocrisias que só mantêm a condição da Mulher em inferioridade qualitativa, e gerar a mudança tão necessária.
O Brasil só será uma nova sociedade quando as suas Mulheres puderem ocupar os espaços que merecem, e que a nação tanto necessita!
Essa é a luta!
Danilo Cunha
filho de uma grande Mulher, irmão de várias, marido de outra, pai de uma, amigo de muitas, e com muito orgulho de Todas as Mulheres, com as quais compartilha a sua vida, e suas idéias
Nenhum comentário:
Postar um comentário