O processo de desenvolvimento de nossa sociedade contemporânea trouxe grandes avanços em vários campos.
Se compararmos com os dados de 30 anos atrás, constataremos que todos os indicadores de qualidade de vida, de saúde, de moradia, de saneamento, e o acesso a bons serviços de educação e capacitação tiveram melhorias expressivas.
A distribuição de renda, apesar das grandes injustiças social e tributária, que ainda nos assolam, já permite uma participação maior das classes menos favorecidas nos benefícios da riqueza nacional.
O crédito mais abundante, e o maior número de empregos gerados, permite que a classe média se encorpe economicamente e que as categorias mais baixas possam progredir.
Contudo, o processo de urbanização dos últimos trinta anos, a grande disputa no mercado de trabalho, gerada pelos novos padrões de competição, e associada às modificações geradas nas famílias, trouxe alguns resultados que precisam ser analisados.
Tudo é mais abundante no campo material. Todos têm acesso a todo tipo de tecnologia, de aparatos de difusão de informações, chegando, em algumas casas, a se ter um monitor de tv e um computador para cada pessoa.
Tem-se uma visão excelente de mundo, sabemos on-line, e em real-time, o que ocorre em qualquer parte do globo.
Temos excesso de informação, mas grande carência de comunicação.
Sabemos quem são nossos vizinhos? sabemos como estão nossos filhos? quais os problemas que preocupam nossos melhores amigos?
A corrida por melhor padrão de vida, em termos de trabalho e salário, está nos cobrando um preço elevado.
Estamos nos transformando em zumbis solitários, grandes sucessos em gerar dinheiro, mas completamente incompetentes na arte de conviver, de amar, de entender o outro, de ouvir mais nossas crianças e de construir sonhos conjuntos, mesmo que imaginários, em diálogos soltos e alegres, desvinculados de aspectos meramente econômicos ou financeiros.
Sente-se isso no cotidiano de quase todas as pessoas. Poucos mostram disposição para destinar um pouquinho mais de tempo nos atendimentos que fazem em seus postos de trabalho, no trânsito ou nos intervalos para as refeições.
Muitas vezes notamos que alguém não está bem, que apresenta aspecto triste ou preocupado, mas reagimos com medo de nos aproximarmos e com a possibilidade de ouvir um queixume ou de ficarmos obrigados de ter que escutar um pouco de suas ansiedades ou medos.
Mesmo nas alegrias, ficamos muito controlados, pois o tempo urge e, afinal, que cada um cuide de seus sucessos ou mazelas.
Mas esse comportamento está gerando uma sociedade de grande solidão, de falta de apoios essenciais, enfim, de uma postura mais solidária, em que saiamos um pouco de nossas couraças e defesas, para reconstruir o espaço do convívio e da alteridade.
O processo de comunicação humana precisa de um emissor e de um receptor para que possa ocorrer. E, entre eles, uma linguagem comum, que permita o entendimento e a acolhida do que é dito ou escrito.
O ser humano é um ser “falado”. Ele se forma, desenvolve e compreende o meio em que está inserido, graças a ter sido “modelado” pela fala de seus pais e familiares. Essa “escultura” pela fala, além de lhe permitir a inserção na sociedade, lhe gera a necessidade de comunicação, como um elemento básico de ampliação saudável de suas potencialidades.
Ao minimizarmos o aspecto comunicação agredimos fortemente uma necessidade básica para a plenitude da vida: a empatia, o compartilhamento de sentimentos, o aprendizado que o diálogo e as experiências dos outros nos agregam.
Quanto mais a ciência evolui, quanto mais se avança em conhecimento, maior é a nossa percepção de que o ser humano possui aspectos não materiais, como o campo espiritual e a vontade, a identidade e a individualidade.
Esse conjunto de subjetividades, de diferenças, portanto, nos coloca frente ao potencial de solidão que temos.
E a solidão só pode ser diminuída ou mitigada, se destinarmos um pouco mais de nós para a busca de espaços, e momentos, de mais convivência, de maior compreensão e de solidariedade.
Vamos bater um papo, marcar um café, dar um pouquinho mais de tempo para quem atendemos em nossos balcões da vida?
Vamos conversar?
Sabemos quem são nossos vizinhos? sabemos como estão nossos filhos? quais os problemas que preocupam nossos melhores amigos?
A corrida por melhor padrão de vida, em termos de trabalho e salário, está nos cobrando um preço elevado.
Estamos nos transformando em zumbis solitários, grandes sucessos em gerar dinheiro, mas completamente incompetentes na arte de conviver, de amar, de entender o outro, de ouvir mais nossas crianças e de construir sonhos conjuntos, mesmo que imaginários, em diálogos soltos e alegres, desvinculados de aspectos meramente econômicos ou financeiros.
Sente-se isso no cotidiano de quase todas as pessoas. Poucos mostram disposição para destinar um pouquinho mais de tempo nos atendimentos que fazem em seus postos de trabalho, no trânsito ou nos intervalos para as refeições.
Muitas vezes notamos que alguém não está bem, que apresenta aspecto triste ou preocupado, mas reagimos com medo de nos aproximarmos e com a possibilidade de ouvir um queixume ou de ficarmos obrigados de ter que escutar um pouco de suas ansiedades ou medos.
Mesmo nas alegrias, ficamos muito controlados, pois o tempo urge e, afinal, que cada um cuide de seus sucessos ou mazelas.
Mas esse comportamento está gerando uma sociedade de grande solidão, de falta de apoios essenciais, enfim, de uma postura mais solidária, em que saiamos um pouco de nossas couraças e defesas, para reconstruir o espaço do convívio e da alteridade.
O processo de comunicação humana precisa de um emissor e de um receptor para que possa ocorrer. E, entre eles, uma linguagem comum, que permita o entendimento e a acolhida do que é dito ou escrito.
O ser humano é um ser “falado”. Ele se forma, desenvolve e compreende o meio em que está inserido, graças a ter sido “modelado” pela fala de seus pais e familiares. Essa “escultura” pela fala, além de lhe permitir a inserção na sociedade, lhe gera a necessidade de comunicação, como um elemento básico de ampliação saudável de suas potencialidades.
Ao minimizarmos o aspecto comunicação agredimos fortemente uma necessidade básica para a plenitude da vida: a empatia, o compartilhamento de sentimentos, o aprendizado que o diálogo e as experiências dos outros nos agregam.
Quanto mais a ciência evolui, quanto mais se avança em conhecimento, maior é a nossa percepção de que o ser humano possui aspectos não materiais, como o campo espiritual e a vontade, a identidade e a individualidade.
Esse conjunto de subjetividades, de diferenças, portanto, nos coloca frente ao potencial de solidão que temos.
E a solidão só pode ser diminuída ou mitigada, se destinarmos um pouco mais de nós para a busca de espaços, e momentos, de mais convivência, de maior compreensão e de solidariedade.
Vamos bater um papo, marcar um café, dar um pouquinho mais de tempo para quem atendemos em nossos balcões da vida?
Vamos conversar?
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