quarta-feira, 2 de maio de 2012

A Realização Humana, A Subjetividade, e o Tempo

Hoje em dia se aceitam no mínimo 4 etapas vocacionais na trajetória das pessoas. Uma, que é muito mais da cronologia social, e sob grande influência familiar, é a dos 17/18 anos, quando em geral os jovens precisam decidir qual a direção profissional, que pretendem seguir. Outra, entre 28/32 anos (é um dado estatístico, portanto variável) quando o ser amadurece e percebe se confirma aquela primeira escolha, ou se já se manifestaram preferências outras, que o levem em nova direção. Em torno dos 45/50 anos, normalmente, surge uma maior inclinação social/artística/ambiental, quando as pessoas estão mais conscientes de suas estruturas afetivas/emocionais/ideológicas/conceituais. Alguns perfis ocupacionais têm apresentado a tendência de gostos artisticos, de procurar entrar mais em contato com a terra para produzir algo que seja fruto de suas mãos e da sua energia pessoal. Nessa fase começa a sensibilidade para o legado, o que vai se deixar, o que serão seus filhos, e desabrocham gostos bastante "diferentes" das suas carreiras, mas, em geral, despertados por elas. Descobrem-se bons escritores, sensíveis poetas, grandes plantadores de algo que vá ter maior ligação com os humanos, por exemplo, alimentos, vinhos, e a criação de animais, soluções para a melhor saúde, etc. E uma quarta etapa, em torno dos 50/60, quando a pessoas pensa em aproveitar a boa saude que tem, e se dedicar a algo que sonhou uma vida, e que não teve muito tempo, ou outras condições, para implantar. Em todas essas etapas podem ocorrer rupturas, devido aos processo de autodescoberta, e de uma maior independência cognitiva. Muitas separações ou rompimentos afetivos são realizados devido ao cônjuge não ter tido olhos e sensibilidade para acompanhar, perceber, a evolução /transformação, ou as etapas humanas não cumpridas. Muitas soluções materiais satisfazem externamente, mas a alma fica ressentida pelas coisas não realizadas. Em mediação de casais e familias esses aspectos são muito observados. Nas sucessões empresariais, também. Repentinamente ocorrem mudanças comportamentais, que muitas vezes são atribuidas a problemas, até, mentais. Mas é a represa emocional liberando sua águas através de mudanças comportamentais, e novas atitudes, que podem parecer, ou sugerir, algo muito radical. Mas não passa do medo da morte, do medo do fim da vida, que passa, naturalmente, a assediar as pessoas, principalmente aquelas que guardaram sonhos significativos, em uma compota mal acondiconada, e não resolvida. Tudo isso nos prova a necessidade que todas as pessoas têm de trabalhar seu mundo interior, dar atenção a seus sonhos, e tentar realizá-los sem barreiras, preconceitos sociais, ou impedimentos conceituais. Somos todos formados por parte material, e nossas definições são muito influenciadas por nossa subjetividade que é constituida pela misteriosa direção que a alma/espírito determinam para nossos sentimentos. Por isso tudo, precisamos amar-nos a cima de tudo, pois quem não sabe, ou não consegue, amar-se, dificilmente será feliz, ou fará alguém feliz. Quem não se ama, ou ama pouco, não terá condições de amar alguém, plenamente.

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