quarta-feira, 26 de março de 2014

A BUSCA HUMANA E OS RISCOS DO COLAPSO MORAL

Os seres humanos constroem altas elevadas estruturas, grandes
torres, em busca do céu, do divino, do mistério da vida e da
morte.
Por outro lado sabemos o que é certo e errado, bem ou mal, e
não podemos nos esconder atrás de instintos ou reações primárias,
pois somos seres com noção de ética e moral.
Os contextos são essenciais para formar e influenciar pessoas, pois
somos seres culturais e dependemos do meio onde somos formados.
Os dez mandamentos, os elencos legais, a ordenação da conduta
humana, por regulamentos, é uma reafirmação sobre o que se pode
ou não aceitar.
Portanto, a aplicação da lei, sobre os violentos e os contraventores,
e os corruptos, é uma ação tranquila de um Estado democrático.
Permitir a impunidade, seja dos corruptos (os piores criminosos que
uma sociedade pode gerar, pelo exemplo nefasto), dos assaltantes,
dos homicidas, dos atropeladores no trânsito, que fogem depois de
matar, dos governantes promíscuos, que não proíbem o uso
indevido e o desvio de verbas públicas, é o caminho mais curto para
a barbárie, para um regime de anarquia social, onde os bandos
estruturados é que tirarão vantagens.
E, na história da saga humana, sempre que os bandos dominaram os
cenários nacionais, muitas nações foram destruídas, arrasadas, como
foi o nazismo na sábia Alemannha.
Como disse Hanna Arendt, em seu genial "A Banalidade do Mal", o
apodrecimento do tecido social, a banalização da violência, do roubo,
do ressentimento, gera um ambiente nefasto para a civilização, mas
adequado para a implantação de monstruosidades, como foi o nazi-
fascismo, regimes podres, que começaram sobre as legítimas esperanças
dos trabalhadores da Alemanha e Itália.
E ela adverte no citado livro quanto ao "colapso moral" que se instala
sobre as bases de um sociedade espúria, onde a morte, o roubo, o mal
em geral, associado à corrupção de verbas e caráter dos dirigentes, é
o adubo ideal para se apodrecer uma nação.
Temos que combater a ignorância e a sua apologia, pois seus defensores,
em geral, se aproveitam dessas "lacunas intelectuais" para dominar as
sociedades, outrora, democráticas!!!
Não podemos permitir que a Democracia Republicana seja conspurcada
por corruptos e bandos, que só visam o poder para nele se perpetuar,
para roubar, roubar, roubar...

"No Egito, as bibliotecas eram chamadas 'Tesouro dos remédios da alma'.

De fato é nelas que se cura a ignorância, a mais perigosa das enfermidades

e a origem de todas as outras." (Jacques-Bénigne Bossuet)
Maja Wronska

segunda-feira, 24 de março de 2014

HOMENAGEM A ALEXANDRE, UM JOVEM, QUE TINHA 40 ANOS...







TRISTEZA

Uma vida que se foi.
Alexandre era segurança no Banco do Brasil em Jurerê.
Trabalhava em um bar em Canasvieiras.
40 anos tinha.
Foi assassinado num assalto.
Pessoa trabalhadora, fazia a sua parte, morreu cedo, estupidamente,
pelas mãos de pessoas que não devem ter a mínima consciência do que
seja uma vida.
Imagino a tristeza de seus pais, de seus irmãos, de seus amigos próximos.
Um tiro no peito, um segundo, um instante, e a facilidade de matar faz um
trabalhador nos deixar.
Um ser humano que se perde, um jovem que tinha muito por viver.
O que é isso, o que é essa demência, essa facilidade de se apertar um gatilho,
de se acabar com uma vida, de se destroçar famílias,
de destruir...???


Era necessário escrever essas palavras sobre Alexandre.
Ele merecia ser lembrado.
Fiquei arrasado com a notícia nojenta, pois a morte injusta causa nojo, repugna.
Era um rapaz jovem, devia estar cheio de planos e sonhos.
O via quase todos os dias no banco, brincava com ele por sua seriedade na função.
Meu Deus, para onde se dirige uma sociedade que desenvolveu a frieza no matar,
o cinismo no roubar, a alegria na corrupção, a tranquilidade em
fazer o mal???



quarta-feira, 19 de março de 2014

MISTÉRIO DA MÃE NATUREZA

Viver é uma dádiva, uma benção, ainda em busca da compreensão
e entendimento pelos seres humanos.
Tudo é tão fantástico, tão grandioso, que muitas vezes, só nos
resta ajoelhar, em adoração e gesto de respeito.
O fantástico processo, que se estabelece entre a vida humana e
sua dependência dos fatores naturais, como a água, o calor, o
alimento possível, nos lança nas mãos dos Deuses, pois a ciência
ainda não consegue explicar todas as interações de elevada
complexidade, e abrangência, que ocorrem, independentemente
da ação ou da vontade humanas.
Monte Roraima.

terça-feira, 18 de março de 2014

O ELO DA CORRENTE

Foto: Александр Брескин
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O ELO DA CORRENTE

Em nossa vida neste mundo de pessoas somos como um elo de uma corrente.
Unimos os que já passaram e os que estão chegando.
Temos uma missão importante, passar as experiências e aprendizados pessoais,
como se passa o bastão numa corrida de revezamento.
Não podemos, simplesmente, nos apropriar do que vemos e sabemos, como se nosso fosse.
Informação forma conhecimento, que é insumo da construção do saber.
E o saber não nasce conosco, o obtemos em nossas caminhadas, pois ele está fora de nós.
Nossos mestres e familiares nos ajudam a interpretar o processo da vida e nossa interferência, como observadores, pode ser altamente positiva, ou destrutiva.
O saber é uma ferramenta de crescimento pessoal, e coletivo, que a todos pertence.
Se alguns o obtêm primeiro, maior a sua responsabilidade em compartilhá-lo, pois é um patrimônio público, coletivo.
Nossa sociedade humana será muito mais feliz quando partilhar os saberes, pois as análises e decisões tenderão a ser mais acertadas, se conhecermos os detalhes que cercam os temas, que influem na vida em comum.

Nesta fase em que, literalmente, se tem acesso ao mundo, na palma da mão, é necessário que se aloque energia emocional e afetiva, nas atitudes de solidariedade, para que todos possam ter o direito de acessar os insumos do saber.