segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

BRASIL, O PAÍS TEM QUE SER DE TODOS!



No Brasil, por seu baixo nível da atividade política, temos os protegidos, os apaniguados, os ressentidos, e uma parcela de cidadãos conscientes, que criticam construtivamente, para ajudar a sociedade a ter uma postura mais lúcida, e menos dependente. 
Entre os que se sentem protegidos e abrangidos pelas benesses do poder, muitos ficam agressivos e tentam exercer patrulhas ideológicas, tentando calar as verdades, que incomodam.
Esse é o preço de se tentar construir uma sociedade menos primária, menos atrasada, menos dependente dos favores oficiais.
Num país em que o poder se dá o luxo de gastar o dinheiro dos contribuintes, e ainda achar que não deve explicações sobre esse festival de lambanças pagas com dinheiro de todos, uma grande mexida se faz necessária.
Mas quando se tenta mover esse mofo, nessa poeira de antiguidade, de estagnação, os que se alimentam dos recursos alheios mostram os dentes, as unhas e, se possível, agridem na tentativa de continuar com seus privilégios.
Um dia isso tudo será passado e a sociedade brasileira será moderna, republicana, igualitária, valorizando o mérito e o merecimento, e o respeito entre as pessoas.
Um futuro luminoso, com governos que trabalhem para toda a sociedade, depende de um presente de engajamento e críticas, pois para superar o passado escravocrata e de indignização do trabalho, que tivemos por quase 400 anos, vamos precisar de lucidez e coragem.
As manobras de agitação e despistes, que já se percebem nos dias de hoje, são destinadas a criar dificuldade de análise e tomada de consciência, pela sociedade brasileira.
Mas tanto em política, como nos convívios humanos, a velha frase popular ainda é muito válida: "diz-me com quem andas e te direi quem és".
No Brasil, infelizmente ainda se pode usar: "mostra-me com quem roubas e saberei o ladrão que sois".
E algumas "lideranças" políticas estão cercadas de ladrões e golpistas.
O problema é que além de ladrões do dinheiro de todos, muitos ainda se acham predestinados a usurparem o poder, para nele se eternizarem, como se enviados dos deuses o fossem.
Como disse Simon Bolívar, líder libertador na América do Sul, às vezes muito mal usado, e indevidamente interpretado pelos autoritários de plantão:

" as sociedades democráticas ficarão mais pobres politicamente, se permitirem que certos políticos fiquem muito tempo no poder. A democracia se constrói com alternância!".



domingo, 23 de fevereiro de 2014

CURVAS...

CURVAS

Nestes tempos de estética corporal exacerbada, quando bumbuns são mostrados como fotos de identidade, apesar das mulheres serem fotografadas de costas, valorizar as curvas é muito importante para a vida e os seres humanos.
Músculos nada mais são do que um elemento estrutural, que ajudam no suporte à estrutura óssea dos humanos, e sua funcionalidade.
Já os neurônios, com seus bilhões de elementos e combinações, são essenciais para que todas as pessoas se entendam, armazenem informações, usem essas informações, criando emoções e comportamentos, a partir da qualidade de seus pensamentos.
Vamos cuidar, e valorizar, das e as curvas?
Afinal, enquanto as outras, aquelas formadas pelos músculos, podem mudar bastante com o tempo e perder consistência, ou formatos graciosos, as curvas cerebrais aumentam sua eficácia, preservam informações essenciais, a ponto de servirem para nos lembrar, todos os dias, de que temos uma vida mágica para viver, sentimentos maravilhosos para interagir, e possibilidades infinitas para perceber!


Danilo Cunha


Foto: Sempre!

sábado, 22 de fevereiro de 2014

LIDERANÇA - COMPETÊNCIAS NECESSÁRIAS

LIDERANÇA – 
A GERÊNCIA e a REGÊNCIA – E OS “ENSAIOS DE ORQUESTRA “

LIDERAR NÃO É CHEFIAR!

Chefe, qualquer um pode ser. Basta ser nomeado por uma hierarquia superior. O chefe recebe as orientações, as implanta no grupo chefiado e cobra resultados e metas. É, em geral, um processo pobre, destituído de bons conteúdos e de motivação da equipe. As ordens são atendidas dentro de um processo impessoal, frio, que não forma atitudes colaborativas ou complementares. Cada elemento faz a sua parte e, com o tempo, se perdurar o modelo de imposição, as equipes se fragmentam, numa resultante de amesquinhamento e diminuição das possibilidades laborativas e criativas. O individualismo é uma característica encontrada nos grupos dessa natureza, e o risco de fragmentação da equipe é enorme. Pessoas chefiadas ficam menores, se voltam para dentro, não dividem, cada um fica no seu quadrado, sem conexão, osmose, interatividade, ou parceria. Outra característica é a enorme distância entre os níveis hierárquicos, e a ausência de delegação de funções. Chefes, em geral, são inseguros, dependem da aceitação de poucas ou de uma única pessoa, são seres ansiosos e angustiados, inseguros, desenvolvem muita ambição e baixíssima busca de crescimento e expansão de conhecimentos e habilidades, pois o receio de afastar-se do cotidiano, por medo de que ocorra algo, que eles não venham a saber, faz com que se agarrem, com todas as forças, a seu espaço físico de mesa e cadeira, pois ali está o símbolo de seu pequeno e medíocre poder. Assim como pequenas e medíocres são as organizações, mesmo as gigantescas em tamanho, que utilizam esses conceitos ultrapassados. Empresas ou governos!
Líder, somente os preparados, vocacionados, treinados para essa atividade podem desempenhá-la. Pode não se nascer líder, mas, como em todos os processos humanos, o aprendizado e o crescimento, emocionais e cognitivos, podem catalisar as transformações.
Existem vários tipos de liderança, o importante é que o líder seja reconhecido, respeitado, e acatado, pelo grupo que irá liderar. Se não houver essa etapa, qualquer processo de imposição poderá comprometer a harmonia da equipe, como um todo.
Um dos melhores exemplos de liderança, sempre uso esse exemplo por ser muito rico e ilustrativo, é o do maestro de orquestra.
O maestro é uma peça fundamental nos ensaios de orquestra. Ele não sabe tocar todos os instrumentos, mas sabe perfeitamente o espaço e a atuação de cada um. Ele deixa todos os músicos bem informados sobre as suas atuações, tendo à sua frente a partitura completa. A grande missão de uma orquestra é oferecer beleza e harmonia, para quem a ouve, e vê.
Nas apresentações é mais uma baliza, um orientador sutil dos movimentos e intensidade, dos músicos, pois sua função principal, seu maior investimento se dá nos ensaios, nos treinamentos, nas capacitações que a orquestra pratica, quando, pelas mãos e pela sensibilidade do maestro, é passada a importância da harmonia entre os instrumentos, da beleza que deve ser sentida, percebida, extraída das notas do compositor, para que possam ser passadas ao público, quando das apresentações.
Os músicos precisam saber e conhecer a fundo todos os detalhes da composição, que irão executar. Qual a fase histórica na qual o compositor viveu a elaboração, quais os contextos humanos, sociais, políticos, históricos e geográficos, exerceram influências, objetivas e subjetivas, na sua concepção.
Beethoven, o grande compositor, um dos maiores da história da música clássica, nos oferece alguns exemplos riquíssimos, e emocionantes.
Em uma determinada fase da Europa, quando Napoleão Bonaparte desencadeou uma série de lutas por libertação e direitos humanos, como alegava no início de sua caminhada como líder continuador dos processos gerados pelo humanismo e pelo iluminismo, Beethoven dedicou a ele uma sinfonia, com aspectos heroicos, para homenagear o homem que se apresentava à Europa, e ao mundo, como um libertador.
A partir do momento em que Napoleão, embriagado pelo poder, pela força conquistada, pela sensação de iluminado, se auto intitulou como “Imperador”, passando a tomar atitudes despóticas, prepotentes e autoritárias, Beethoven reescreveu a dedicatória que havia colocado na composição inicial, escrevendo: “Para um homem que FOI grande...”
Outro episódio na vida de Beethoven foi quando ele, já surdo, atormentado pela brutal dificuldade em ouvir os próprios sons magistrais, que criava, passeava, numa noite, por um bosque, quando se aproximou da cabana do guarda florestal.
Pela janela pode ver uma menina pequena, sentada a um piano, e que apresentava grande dificuldade em tocar as teclas. Depois de um certo tempo ele percebeu que a menina era cega e tentava, na sua solidão, captar algum som daquele instrumento.
Beethoven entrou na pequena casa, sentou-se ao lado da menina e, emocionado, compôs uma das mais belas páginas da música. A emocionada, e emocionante Sonata ao Luar. (vale a pena ouvir!)
Era uma noite de luar e ele deu esse nome à composição, que dedicou àquela pequena pessoa, que pode participar de um momento tão lindo, sem saber que ao seu lado estava um dos maiores compositores da época e, depois, da história.
Quando músicos, intérpretes e solistas, são conscientizados dos detalhes sobre as composições, sem qualquer dúvida, suas emoções interpretativas serão muito mais amplas, variadas, emocionadas, motivadas, e o resultado final, ao público, será rico, envolvente, gratificante, recompensador.
Não é à toa que exemplos de orquestra me motivam tanto a usá-los.
Se olharmos com cuidado, as duas palavras, regência e gerência, apenas com a inversão de uma sílaba, nos mostram que ficam iguais.
O processo de liderança pode ser muito rico, profícuo, e motivador, na medida em que for aplicado, e desenvolvido com a visão voltada para as pessoas, da equipe e para as quais a equipe deve servir, ou atender.
A compreensão dos processos, do mais amplo para o menor, é necessária, pois a compreensão do todo dará aos membros do grupo a visão ampla adequada para embasar suas ações individuais e coletivas.
Esses conceitos, acima enunciados são parte importante de palestras e seminários, que apresento e desenvolvo sobre liderança e sua formação adequada.
Entender bem o processo democrático, nas empresas e na área pública e governamental, é essencial para que consumidores, contribuintes, e eleitores se sintam bem atendidos em suas demandas, necessidades, e expectativas.
Mas simplesmente querer se classificar como líder, quando não se tem a competência emocional, comportamental e cognitiva para isso, com certeza, irá gerar frustração e desgostos nos públicos atendidos, seja em processos de consumo ou de escolha de legisladores ou dirigentes.
Muitos chefes, só por terem sido nomeados ministros ou secretários, podem incorrer no erro de Napoleão e passarem a se achar um “Imperador”. O mesmo em casos de gerências ou diretorias.
Mas muito cuidado, nessa hora.
A informação abundante, hoje existente, a ânsia por transparência, e coerência, faz com que eleitores, e consumidores, estejam com suas consciências muito ligadas, antenadas, sintonizadas, fazendo com que falsos “Imperadores”, despreparados e autoritários, poderão ser facilmente desmascarados e condenados ao esquecimento, ao exílio social, ou ao desprezo, como ocorreu com Napoleão, quando foi aprisionado na Ilha de Elba.
Na liderança autêntica, efetiva, verdadeira, algumas das principais características, que fazem toda a diferença com simples chefes, são: a humildade, a simplicidade, a alteridade, a empatia, o respeito pelos outros, e saber absorver as lições que a vida sempre nos oferece.
Não precisamos conseguir ver e ouvir tudo, e aí está o grande Bethoven para nos comprovar isso.
Mas, como ele, será a sensibilidade, a vontade de servir, o envolvimento com os problemas reais, que causarão as transformações, que levarão ao entendimento e à criatividade.
E, portanto, à inovação, palavra que muito se usa hoje, que já foi repetida indevida e erroneamente, pois poucos são os que inovam efetivamente, e muitos os que a pronunciam, sem jamais tê-la entendido adequadamente.
-0-

(Obs.: Este texto foi inspirado na figura de minha amada Mãe, e é uma pequena homenagem à ela. Todas as citações musicais e minha cultura a respeito, devo à ela, pianista de formação clássica, formada no Conservatório Nacional de Buenos Aires, grande liderança feminina e familiar, que sempre usou a beleza da música, e sua harmonia, para educar 9 filhos, apresentar belos concertos, e ainda ser companheira de meu pai, um oficial aviador, advogado, idealista, que participou intensamente da história política do século XX, nas revoluções de 1930, 32, 35, e como voluntário internacional na guerra civil espanhola, onde lutou durante um ano, ao lado da República, tendo sido aprisionado em um campo de concentração na França, por mais um ano, quando para lá se retiraram as Brigadas Internacionais, no governo colaboracionista com o nazismo, de Daladier.
-Ela vive em São Paulo e ainda toca piano todos os dias, ligando-me muitas vezes, inspirando-me e motivando-me, por telefone, com sua incansável sensibilidade, e alegria de viver. Alegria que foi o tema e a inspiração de Beethoven para compor a 9ª. Sinfonia - Ode à Alegria.)




quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

A FIFA MERECE O AGRADECIMENTO DOS CIDADÃOS DE FLORIANÓPOLIS!!!



Sinceramente, nunca imaginei que a cidade pudesse dever tanto reconhecimento à FIFA.
Em dois dias de "padrão Fifa" foi possível ter uma ideia do nível de cidadania que é viável para a nossa capital.
Estradas bem guarnecidas, sinalização horizontal reforçada, policiais municipais, estaduais e federais circulando numa quantidade de veículos, e rondas, que até chegamos a nos sentir efetivamente protegidos.
Veículos de Bombeiros, com esquema de atendimento à saúde, navios para proteger as costas da Ilha, carros blindados com soldados portando armamento pesado, batedores e segurança ostensiva em muitas ruas, limpeza e pintura de muitos logradouros públicos, que normalmente ficam esquecidos das autoridades, enfim, tivemos dois dias de uma degustação, que prova que basta as autoridade quererem, terem vontade política, determinação, e a situação de nossas cidades, e país, pode ficar bem mais adequada ao cidadão, esse ser tão esquecido pelos dirigentes públicos.

Interessante um detalhe: o "estado" Fifa reúne 212 países, das mais diferentes culturas, idiomas, religiões, ideologias, e em todos eles o padrão é seguido à risca.
A ONU, o "governo supranacional", criado após a segunda guerra mundial, reúne 192 países, que vivem guerreando, com diferenças abissais, e uma dificuldade imensa de manter regras de convívio civilizado, interna e externamente.
Será o "milagre" do futebol?

Bem além dessa observação, agora à noite, ao retornar para a minha residência, em Jurerê, já se quebrou a bolha de irrealidade e encantamento com a qual, nessas 48 horas, a minha sede de cidadania tinha envolvido meu estado consciente.
Ao descer do carro, para abrir a garagem, vi três vidros de carros quebrados, na calçada, prova de que alguns turistas tiveram seus carros arrombados por meliantes, mais uma vez, que têm atuado todo o verão nesta região. 

E em plena Jurerê, badalado balneário, ao qual acorrem os pobres turistas atraídos por nenhuma estrutura, muita propaganda enganosa, e preços de assalto à mão desarmada.
Dizem-se "cuidadores de carros", acampam nas ruas e calçadas, com cadeiras, mochilas, e muita imundície espalhada, chegando a dormir no chão, ocupando toda a extensão dos passeios públicos, obrigando os transeuntes a desviar de seus corpos, e nunca foram impedidos pelas polícias, que nem lhes solicitam documentos, ou pela Guarda Municipal, que teria a obrigação de pedir um eventual Alvará Municipal, já que se dizem "prestadores de serviços".
E os cidadãos de Floripa ficam à mercê dessa situação de abandono, de violência potencial, verdadeiros reféns das imposições desses marginais, mesmo pagando todos os impostos, nos valores expressivos com que são cobrados.

E, assim, quebra-se o encanto do "Padrão Fifa", que por algumas horas nos deixou ver alguns milagres ocorridos, e todos pagos por nós, com nossos dinheiros de impostos, que, lamentavelmente, só são aplicados quando alguns "visitantes ilustres" nos dão o ar das suas graças, e que acabam ressaltando as nossas desgraças...



terça-feira, 18 de fevereiro de 2014

FLORIANÓPOLIS MERECE DIVULGAÇÃO MELHOR!

FLORIPA MERECE DIVULGAÇÃO MELHOR!

Jornal editado em Florianópolis circula, hoje, com caderno para divulgação turística da cidade, no qual oferece informações sobre hospedagem, alimentação, praias, infraestrutura, e enaltece a qualidade de serviços, como consta em texto, em três idiomas, na primeira contracapa.
Sob as chamadas de capa, onde consta a frase “Bem Vindo a Floripa”, em espanhol e inglês, além de uma bela foto de um recanto de praia, com canoa de pesca, um anúncio de rodapé que ocupa ¼ da página, onde, também em três idiomas, é oferecido o serviço de um “Club”, onde se lê “la mejor Floripa noche”.
No interior, além de várias páginas com o objetivo do caderno, as duas centrais trazem um mapa da Ilha, onde a lagoa da Conceição aparece duas vezes. Uma na Lagoa, e outra ao sul da Ilha. Seria a Lagoa do Peri?
Outro detalhe é que na parte da Ilha referente às Baías Sul e Norte, nenhuma das praias, ou localidades, é nominada, ou destacada.
Como se o Ribeirão da Ilha não oferecesse grandes atrativos, como local e como gastronomia, com seus restaurantes à beira-mar.
Santo Antônio de Lisboa é um ilustre ausente, também, além de Sambaqui e Cacupé, com todas as suas atrações, de toda a ordem.
Ao finalizar a leitura, nos deparamos com a última capa, com anúncio de página inteira, onde o “Club” anunciante do rodapé da capa assume a totalidade do espaço.
Floripa, do encontro técnico da Fifa, da cultura açoriana riquíssima, da pesca, da maricultura, dos campeonatos, e campeões, de iatismo e remo, de riqueza ambiental, com várias áreas protegidas por legislação federal, estadual e municipal, de universidades conhecidas em nível nacional, e internacional, casa do tenista Guga, do polo de cinema, terra de mulheres respeitadas por seu saber, suas iniciativas políticas, como a nobre primeira deputada negra Antonieta de Barros, pelas artistas que aqui temos, como Lena Costa, e tantas outras, que brilham no cenário nacional e internacional, saúda os visitantes com uma frase em letras vermelhas, grandes, onde se lê “striptease”, sobre um conjunto de 5 mulheres, de costas, com bumbuns em destaque, e abaixo as frase em três línguas, “el mejor club de striptease em Florianópolis”...
O efeito de ler tal anúncio foi como o de uma máquina do tempo.
Somos levados à Havana dos anos 50, de Fulgêncio Batista, ditador cubano, que foi derrubado do poder pela revolução liderada por Fidel Castro, cidade que funcionava como um grande prostíbulo para os norte-americanos, e alguns outros estrangeiros endinheirados, que para lá viajavam para se embebedar, viajar por suas praias, e fazer outras “viagens”.
Batista mantinha “out-doors” em Miami e outros centros americanos, onde os glúteos de cubanas escravizadas pela prostituição eram divulgados de forma servil e abjeta, como se a identidade daquele país fosse restrito a isso.
E tudo acabava em rumba, muito álcool, e desconhecimento e descaso pela cultura local.
Não teremos outras formas de viabilizar encartes em jornais para divulgar nossas belezas naturais, nossas características culturais, nossa gente, nosso cinema, enfim, tudo o que de bom e variado podemos oferecer para atrair turismo de bom nível intelectual e cultural?

Afinal estamos em 2014, o mundo evoluiu bastante, já superamos uma série de comportamentos primários e predatórios, e vamos continuar nos vendendo, anunciando, como local primário, atrasado, onde vigorariam atrativos dúbios e discutíveis?


domingo, 16 de fevereiro de 2014

A FELICIDADE E OS BRILHOS DE CACOS DE ESPELHOS

A FELICIDADE E OS BRILHOS DE CACOS DE ESPELHOS

Todos vivemos em busca da felicidade.
De forma objetiva, subjetiva, com coisas materiais, imateriais, sentimentos, seja o que for, sempre buscamos estar felizes.
Os seres humanos sempre se embriagaram com a luz, com o brilho e por isso procuram a vida nas cidades, buscam a luz, o brilho das jóias e dos objetos materiais.
Estamos vivenciando o período de maior desenvolvimento de soluções integradas para as pessoas.
Qualquer um, de qualquer lugar do mundo, pode acompanhar fotos, histórias, enviar imagens, ouvir sons distantes, falar com outras pessoas em real-time, on-line podemos acender as luzes de nossas casas, ver como estão nossos aposentos, ligar e desligar chuveiros, fogões, e muito mais.
Esse frenessi informacional, esse festival tecnológico, essa febre de instantaneidade, nos dá um pouco de tontura, nos alucina, nos deslumbra pelo poder que temos ao alcance das nossas mãos.
Mas também nos torna mais individualistas, mais egocêntricos, mais isolados, mais sós. E, se não cuidarmos, mais tristes.
Começamos a sentir a falta dos contatos pessoais, vemos multidões de pessoas, paradoxalmente em grupo e solitárias, pois nos prendemos a telinhas, as imagens nos jogam em vertigens coloridas, e embarcamos em viagens de caleidoscópios alucinantes, mas com banco só para um, sem acompanhante, sem a alegria de compartilharmos sentimentos, sem a mão próxima para segurar, para trocar energias, para nos apoiarmos mutuamente, abandonando a solidariedade espiritual, por uma "solidão coletiva".
As luzes efusivas desses processos, são como cacos de espelhos espalhados, que refletem as luzes e, que de longe, podem nos enganar, passando a impressão de ambientes muito vivos, muito alegres, muito iluminados.
Mas são apenas cacos de espelhos espalhados, não passam de cacos de espelhos.
As luzes reais nós as acendemos. Os ambientes nós os iluminamos.
As luzes da alma dependem dos olhares humanos para serem transmitidas e recebidas.
Os abraços que soltam chispas dependem de duas pessoas, os sentimentos que geram chamas vêm de abraços efusivos, os beijos que fazem viajar têm que ser reais, diretos, de preferência acompanhados de mãos dadas, em conexão direta, interativa, emocionante.
Assim, não nos deixemos confundir, não nos embaralhemos por essa fase de muitos cacos jogados em vários lugares, somente para nos passar a impressão de muitas luzes.
Podemos estar no escuro com o espírito brilhante de amor, de emoção, de compartilhamento real, de exultante sensação de plenitude e felicidade.
Nós continuamos seres humanos, pessoas que dependem de outras pessoas para sermos felizes, pois essa é uma condição básica da nossa humanidade.
Somos seres de amor, pois do amor viemos, somos resultantes de momentos de profunda e intensa emoção entre duas pessoas, e passamos a vida abastecidos por sentimentos de alegria e tristeza, de amor e desamor, de euforia e depressão, mas sempre com muita esperança e capacidade de sonhar.
Cacos são cacos, e continuarão sendo cacos.
Nossos pensamentos e sentimentos têm a força de gerar emoções fortes, genuínas, únicas, que sempre poderão nos colocar em patamares inéditos de emoções fantásticas, de amores alucinantes, de carinhos explosivos, de afetos incendiários.
Material e combustível para isso tudo estão em nossas almas, em nossos espíritos, em nossas vontades.
Vamos iluminar o mundo com amor?




quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

CRIMES E SEGREDOS - II O BRASIL PRECISA SE PASSAR A LIMPO!

CRIMES E SEGREDOS - II

Essa situação ainda vai muito longe, e a sociedade brasileira precisa ficar alerta. Bem alerta!!!

São necessárias investigações aprofundadas e abrangentes, para que não se fabrique um novo Lee Harvey Oswald, no Brasil. 
Para quem não lembra, Lee foi preso logo após o assassinato do presidente norte americano John Kennedy, em novembro de 1963, na cidade de Dallas, e logo apresentado como o autor dos disparos. Logo depois ele foi morto por um marginal, Jack Ruby, proxeneta, frequentador do submundo texano, que se dizia chocado com a perda do presidente. Jack assassinou Lee com um tiro no estomago, disparado dentro do subterrâneo da polícia de Dallas.
O interessante é que posteriormente até filmes americanos denunciaram a situação de encobrimento(veja JFK-com Kevin Costner), mas a investigação oficial do governo americano encerrou a situação, sacramentando Lee Harvey como o único assassino de Kennedy.

-A pessoa que seria o lançador do explosivo que assassinou o jornalista da band, nas fotos da manifestação, parece bem diferente da pessoa presa no interior da Bahia.
-Quem é e quem está pagando o advogado que se apresentou para defender os dois acusados de homicídio?
Pelo que disse não está recebendo pagamento algum. Ele deveria esclarecer qual a sua conexão com os acusados, ou quem fez as apresentações entre eles.

-Logo após o homicídio do jornalista da Band, em uma manifestação pública, com uso de violência e explosivos, manifestantes, em Brasília, derrubaram barreiras da polícia, agrediram policiais com violência, e, contraditoriamente, foram recebidos pelo ministro Gilberto Carvalho, ontem, e hoje pela presidente Dilma.
Essas duas autoridades, por coerência com a consternação que cobre o Brasil, deveriam ter dado o exemplo e não dialogado, ou recebido, representantes de uma outra manifestação que também usou de violência.

-A prisão de um mensaleiro, na Itália, para onde fugiu com passaporte falso, ex-diretor do Banco do Brasil, com dois computadores e um tablet, recheados com informação bancárias e movimentações financeiras, apreendidos pela polícia italiana, chamou a atenção de todo o Brasil, gerando expectativas sobre o que conteriam esses equipamentos, e mesmo o que contaria o ex-diretor Pizzolatto em seu interrogatório.
Com a manifestação no Rio, e a morte do jornalista, Pizzolatto já está em pequenos espaços dos jornais, convenientemente reduzido a um segundo plano.

-Todos esse fatos merecem rigorosas investigações, e amplos esclarecimentos à sociedade brasileira, pois a violência do roubo de dinheiro público, de recursos da sociedade, que mantém os bancos públicos com recursos de impostos, pagos por todos os contribuintes brasileiros, é a mesma, ou talvez maior, do que a empregada por desajustados contratados, terceirizados por gangsters covardes, que se escondem no anonimato.
Quando se roubam recursos públicos, se condena milhares de pessoas a ter menos educação, menos saúde, menos segurança, menos transportes.
Pizzolatto já é conhecido, já está preso, só falta recambiá-lo para o Brasil, para que ele cumpra a pena, à qual já está condenado.
Falta, agora, descobrir, prender e apresentar à nação brasileira, os autores da orquestração da violência nas manifestações, e a identidade dos mentores intelectuais do assassinato do jornalista da Band, homicídio que foi operacionalizado por terceiros.



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

CRIMES E SEGREDOS

CRIMES E SEGREDOS

Começa a cair a máscara dos planejadores, articuladores, pagadores, autores intelectuais de muitos crimes cometidos no Brasil.
Sob o pretexto de manifestações contra injustiças sociais, omissões dos governos e estado, muitos bandidos, de colarinho branco, de gabinetes refrigerados, de partidos políticos, começam a ser denunciados.
Fazer manifestação em regimes não democráticos é uma obrigação da cidadania, pois o restabelecimento da normalidade política justifica que se proteste pela normalização da democracia.
Mas fazer manifestações, em pleno regime democrático, usando violência, armamento, explosivos, matar pessoas, ferir policiais, agredir transeuntes, quebrar e incendiar patrimônio privado e público, é crime, é capitulado em leis, e merece o repúdio da sociedade, e a debelação policial.
Nas democracias o monopólio da violência é do estado, que por pacto com a sociedade assume essa função, para evitar, justamente, a formação de milícias paramilitares, de grupos armados com outros interesses, de elementos partidários, que não encontram apoio no voto e na opinião pública e partem para instigar a violência, com o sentido de desestabilizar a sociedade pela força, já que pelas vias políticas normais não o conseguiriam.
A sociedade brasileira precisa se manifestar contrária a essa barbárie, e apoiar as forças investigativas para que se estabeleçam os devidos esclarecimentos, e a verdade, sobre quem são os mandantes desses crimes, quem paga os desordeiros, quem remunera os assassinos.
Legislação que enquadra e pune esses crimes estava adormecida há meses em gavetas oficiais, quando já deveria estar tramitando no congresso nacional.
Tudo deve ser devidamente esclarecido, nos mínimos detalhes, para que caiam as máscaras dos que atuam na sombra, no anonimato covarde e confortável, da mão que dispara as armas, mas que se esconde atrás da imbecilidade de pseudo heróis, que matam pessoas pensando que seriam transformados em ídolos de eventuais mudanças, que, depois, não seriam votadas pelos mesmos mandantes engravatados, em ambientes legislativos.
Ou o Brasil acaba com esses vermes travestidos de conspiradores de um regime qualquer, que não é o democrático, ou passaremos a ser dominados pela insânia criminosa, inescrupulosa, sanguinária, dos que só querem se eternizar no poder, seja qual for o preço em vidas humanas, a ser pago pela sociedade.




terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

SEJA SUJEITO DA SUA VIDA

SEJA SUJEITO DA SUA VIDA!

De objeto a sujeito - Bertold Brecht

Não se envergonhe de perguntar, camarada!
não se deixe convencer
veja com seus olhos!
O que não se sabe por conta própria
não se sabe.
Verifique a conta
é você que vai pagar.
Ponha o dedo em cada item
pergunte: o que é isso?
Você tem que assumir o comando.

e ASSIM É COM A NOSSA VIDA NO BRASIL, DESPERTEMOS, POIS QUEM PAGA A CONTA SOMOS NÓS...

MUDANÇA, A IMPERIOSA NECESSIDADE PARA SALVAR A DEMOCRACIA REPUBLICANA BRASILEIRA

FASES DA MUDANÇA

-INDIGNAÇÃO COM A SITUAÇÃO ATUAL
-ACESSO DE RAIVA, DESESPERO, ANSIEDADE, DESESPERANÇA, TRISTEZA
-REFLEXÃO
-TOMADA DE CONSCIÊNCIA
-CERTEZA DE QUE É PRECISO MUDAR
-TROCA DE IDEIAS PARA CRIAR OPÇÕES
-TRAÇADO DE PLANOS E OPÇÕES
-ESCOLHA DE FORMAS DE AÇÃO
-TOMADA DE CONSCIÊNCIA DE QUE SÓ NADA SE FAZ
-REUNIR-SE COM OUTRAS PESSOAS QUE QUEIRAM A MUDANÇA
-FORMALIZAR CONJUNTO DE MEDIDAS
-PRESSIONAR REPRESENTANTES PARA A MUDANÇA
-EXIGIR AS MUDANÇAS NECESSÁRIAS E URGENTES
-COBRAR AS MUDANÇAS
-SÓ VOTAR EM QUEM SE COMPROMETER EFETIVAMENTE COM AS MUDANÇAS
-CONTROLAR AÇÃO DE REPRESENTANTES PELA TV CÂMARA E TV SENADO, TV ASSEMBLEIA
-TROCAR DE REPRESENTANTE CASO O ESCOLHIDO NÃO VOTE DE ACORDO COM O SOLICITADO PELO ELEITOR

FASE DA MUDANÇA - II: NO AMOR E NA POLÍTICA A FIDELIDADE É ESSENCIAL

FASE DA MUDANÇA-II
-NO AMOR E NA POLÍTICA A FIDELIDADE É ESSENCIAL-

Quando amamos alguém, fruto de uma escolha mútua, ocorrida por constatar afinidades e convergências, dedicamos nossa vida a esse relacionamento.
Tudo é motivação para lembrar da pessoa que amamos, tudo conduz para ações que enriqueçam e engrandeçam a relação.
Lembrar de datas, de pequenas vontades, de gostos particulares, de flores e presentes, além de uma alegria imensa, é fonte de renovação de energias afetivas.
O amor motiva, não cansa, renova, torna a vida romântica, e tudo o mais é encarado como algo que temos que suportar, ou conviver, para compatibilizar com a vida a dois, colorida por um lindo romance feliz.
Mas tudo isso pode virar dor se traições começarem a ocorrer.
Não só as físicas, as pessoais, mas, principalmente, no tocante a valores éticos e morais, a pequenos e grandes desgostos advindos de gestos de esquecimento, de abandono, de egoismo, de condenação à solidão.
A dor, o desamparo, a carga emocional não devidamente recebida e absorvida, começam a construir a ponte da distância, a estrada que não chega nunca, a porta que não se abre mais, as cores que não são mais notadas, substituídas que foram pelo abandono, pela rejeição, pela frieza, pelo desamor.
A partir dese ponto a incredulidade toma conta da pessoa, a descrença em tudo o que ocorre aparece e substitui laços anteriores, a estupefação entra no lugar da confiança plena, da dedicação exagerada, da doação sem limites.
Depois de uma longa fase de muito sofrer, de enorme dor, a própria vida empurra para a superação.
Se já não há mais o que fazer, se a situação já se deteriorou a esse ponto, a reação, e a mudança de escolha começam a ocupar o maior espaço no ser traído, abandonado, indiferenciado.
O rompimento, e o afastamento, passam a ser uma questão de tempo.
Tempo dado pelo auto-respeito, pela sensação de necessidade de preservação, por coerência com os próprios princípios e valores.

Assim, também, ocorre na relação política de representação.
Quando ingressamos em algum partido, ou qualquer que seja a organização de representação política, nos aproximamos por observar um conjunto de identidades, que passam a justificar a nossa adesão.
Somos seres coletivos, nos realizamos no grupo, na equipe, no conjunto, e a vida partidária passa a ser um grande momento de alegrias.
Notamos e somos notados, somos conhecidos e reconhecidos, nossas palavras parecem surtir efeito, e nos sentimos colaborando com a construção de nossa sociedade, de nossa nação, de nossa cultura, e vivemos a alegria da possibilidade de deixarmos um legado para as próximas gerações.
É uma atividade desinteressada, unidirecional, que parte de nós, e que culmina numa dedicação expressiva.
Ajudamos em reuniões, trabalhamos finais de semana, convidamos mais pessoas, participamos de grupos de trabalho para fornecer ideias e programas de ação, afinal, estamos em "nosso" partido, em nossa parte da representação de uma parcela de vontades, que, no conjunto, formarão o grande mosaico democrático de uma república moderna, madura, justa e igualitária, que deixaremos para nossos filhos e netos, e que será motivo de imensa alegria, e energia, para nós, enquanto vivermos.

Tudo seria lindo, maravilhoso, recompensador, gratificante, se não ocorressem as mesmas situações, as traições acima já descritas.
Após o primeiro abandono, a primeira distância entre intenção declarada e o gesto, ainda poderá restar alguma esperança.
Mas a repetição dos comportamentos oportunistas, a postura cínica de quem enganou só para obter o voto, só para chegar ao "poder", só para se transformar numa "autoridade", mesmo que sem qualquer parâmetro moral, que justifique esses rótulos, se encarrega de destruir as expectativas em quem acreditou, em quem se dedicou, em quem trabalhou para isso.
E daí para o desencanto, para a verificação da verdade, que a nova realidade aponta, é um passo rápido, um átimo de tempo, um lapso em nossa existência, que nos conduz ao rompimento.
E à uma postura de consciência de que a política é feita por representantes eleitos por nós, e que nos traem e se apossam dos mandatos que lhes demos para negociar, trocar, blefar, valorizar seus passes, abandonar a sociedade à própria sorte.
Nem todos os representantes agem assim, mas uma significativa parcela, um percentual grande, é plenamente coerente com essas desqualidades, com essas quebras de conduta, com essa atração pelo menos honesto, pela falta de ética, pela não observância e respeito às leis.
Após esse ponto fica claro que nossa postura tem que mudar, que nossas escolhas têm que ser outras, que nossa participação política na sociedade deve ser repensada.
E o rompimento com essa velhacaria se transforma num novo despertar, mais maduro, mais alerta, menos ilusório, menos ingênuo.
Para tudo existe um tempo, um processo, uma descoberta.
E esse tempo pode ser este ano de 2014, quando fatos e eventos de toda a ordem estão nos mostrando que talvez tenha chegado a hora da mudança, do rompimento com a situação mofada e superada.
O eleitor está abandonado, os partidos nada mais representam, as instituições correm riscos de desabar, por podridão no processo político, por abandono da nação, por atentados cometidos contra a ordem legal, moral e ética.
Diante da situação, como donos e partícipes da nossa incompleta república, da nossa democracia capenga, da ausência de honestidade em vários mandatários, vamos para a nova atitude, para a nova postura, para o resgate da honestidade, por sermos honestos, do verdadeiro valor do trabalho, por sermos trabalhadores dedicados, do atendimento das demandas sociais, por entendermos que não suportamos mais a podridão em que algumas partes de nossa sociedade estão se transformando.
Basta de olhar para outras nações mais bem resolvidas e sonhar com uma mudança para lá.
Vamos construir a nossa nação dos sonhos aqui mesmo, em nosso Brasil.
Mas vamos limpar o cenário, renovar os atores, demitir os maus, expulsar os desonestos.
Vamos tomar o poder democrático em nossas mãos.
Vamos usar o voto como arma limpadora, dedetizadora da cena política, vamos levantar o tapete e acabar com a sujeira escondida embaixo dele. 
Vamos ser eleitores conscientes em 2014, ano em que a nova era está sendo erguida pelas mãos da cidadania ativa e consciente, que cansou desse falso teatro de horrores, em que se transformaram a gestão pública, a política no Brasil velho.
Velho porque vamos deixá-lo para trás, vamos jogá-lo ao mar, sem cerimônia de adeus.
Pois a velharia, a velhacaria, já vai tarde.
Vamos para a festa da renovação, para os festejos do novo país que vai nascer, erigido pelo conjunto de cidadãos conscientes, em que se transformou a população brasileira, que deseja a felicidade, que sabe ser possível lá chegar, e que decidiu mudar para melhor!!!




segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

UM NOVO PACTO FEDERATIVO É URGENTE PARA NORMALIZAR A SOCIEDADE BRASILEIRA


COMEÇAR POR ONDE?

Diante dessa pergunta interessante, feita por uma mulher, amiga do facebook, ouso responder que tenho uma sugestão.
Desde o Brasil Império, onde fomos achatados como nação pela dominação portuguesa, o governo central de nosso país evoluiu muito pouco em relação aos estados e municípios.
A Democracia saudável se caracteriza por cada cidadão um voto, e pelo poder próximo aos cidadãos, para que a estrutura de controle social seja efetiva.
A vida, como já disse em publicação anterior, acontece nas cidades.
É lá que as pessoas vivem suas existências, com suas famílias, amigos, estudos, trabalho, enfim, todas as atividades que os seres humanos podem desenvolver.
Os governos estaduais e federal, bem como as instituições estatais permanentes, são virtualidades criadas e desenvolvidas pelos seres humanos, para ordenar as suas vidas, e para o que se poderia chamar de um dos pactos mais importantes construídos pelos conceitos civilizatórios, pois essas instâncias serviriam para estruturar os serviços necessários para a cidadania, e que devem ser prestados à sociedade humana, por esse "condomínio" sócio-político de órgãos, criados justamente para isso, pelos cidadãos.
Quanto mais Estado organizado, uma sociedade tem, mais avançada, mais resolvida ela está. 

Veja-se os exemplos de Dinamarca, Suécia, Inglaterra, França, Itália e outras.
Quanto menos Estado organizado, mais uma sociedade sofre com o estresse que a ausência desse ente gera nas pessoas.
Veja-se o caso do Brasil.
Ao sair na rua, tropeçar num buraco abandonado pelas prefeituras, nas calçadas desniveladas, ruas sem sinalização, carros que não respeitam pedestres nem outros carros, motociclistas que fazem o que bem entendem, marginais que constrangem motoristas obrigando-os a pagar seus serviços de "flanelinhas", que cobram pela chantagem de não riscar a pintura, ou quebrar algum acessório do caro, ruas abandonadas pela polícia, sem segurança, postos de saúde e hospitais em condições críticas, escolas abandonadas sem qualquer prioridade para a educação, valores absurdos gastos com questões não prioritárias para o país, preços abusivos, sem qualquer controle ou intervenção dos governos, e muito mais, bastaria lembrar e listar, tudo isso somado é uma carga absurdamente pesada, que retira energia, alegria, força produtiva das pessoas, jogando-as na incerteza, na insegurança, na falta de perspectivas.
Isso, sem levar em conta as questões econômicas e financeiras, de se declarar uma inflação pequena, de termos os maiores juros bancários do mundo, dos aposentados terem reajustes de 5,19% em janeiro, contra uma inflação bem maior, e uma inversão de valorização da mão de obra.
Enquanto os salários privados oscilam em faixas baixas, os ganhos dos órgãos públicos, ainda mais os de Brasília, são muito maiores.
E tudo isso se dá, acontece, por uma inversão completa que ocorre desde a Corte, antes da proclamação da República.
Os valores que ficam nas mãos do governo central são absurdamente maiores que os que ficam com estados e municípios.
Isso gera um poder concentrado na capital federal, completamente desproporcional ao que deveria estar nos municípios.
Hoje os cidadãos do Brasil são administrados desde Brasília, o que gera uma distorção na construção da cidadania, e no processo político.
Como os prefeitos não têm recursos suficientes para oferecer as soluções que os habitantes das cidades necessitam, os gestores municipais, e seus cidadãos ficam dependendo dos humores, das injunções políticas e partidárias, exigidas pelo governo central.
Isso mascara a cidadania, retira das cidades a autonomia para planejar e atender seus cidadãos, e transforma o Brasil nessa massa disforme, onde esse hermafroditismo administrativo, político e financeiro deságua nessa triste realidade de partidos políticos demais, cidadania de menos, falta de representação das vontades das pessoas, autoritarismo vertical do governo central, ausência completa de uma cidadania saudável e justa.
Por isso proponho que se construa, e isso pode ser feito rapidamente, um novo pacto federativo no Brasil.
Como fazê-lo?
Os deputados federais e o senadores, são eleitos pelos estados para representá-los junto aos poderes federais da nação.
Mas, via de regra, se prestam a um jogo político menor, em proveito de suas "bases" locais, e entram numa grande bolsa de valores de votos, ao passarem a negociar com o governo central aprovações para os projetos ou medidas provisórias, que são emitidas indiscriminadamente, e não só nos casos previstos na Constituição Federal.
Essa atuação deixa os municípios e estados órfãos, pois os compromissos dos legisladores federais se transferem da representação para a qual foram eleitos, para um jogo de blefes e espertezas, que em nada atendem aos cidadãos, que acabam sendo procurados a cada quatro anos, para lhes arrancar os votos necessários a continuar nessa confortável, e conveniente distância, de quem deveriam estar representando fiel e eticamente.
O novo pacto federativo pode ser a exigência básica, senão a única, que os eleitores cobrem, com força e firmeza, dos candidatos que vierem procurar seu voto, agora nas eleições de 2014.
E o conteúdo do novo Pacto Federativo do Brasil é simples e direto: que os representantes eleitos para as assembleias legislativas, para a câmara dos deputados e para o senado da República tenham o prazo de 4 anos de seus mandatos para inverter essa pirâmide esquizofrenicamente invertida, e que se implante uma sistemática, aprovada em votações bicamerais em Brasília, aumentando gradativamente 2,5% a participação dos municípios, a cada ano dos novos mandatos, de forma que o Brasil passe a destinar de 23 a 25% de todos os recursos de impostos, para o caixa dos municípios brasileiros, no período entre 2015 a 2018.
Essas novas configurações de receitas colocarão o Brasil em outro patamar, no qual os cidadãos começarão a ter recursos locais para atender as suas demandas sociais, legitimas e pertinentes, acolhidas em orçamentos públicos das cidades, onde a cidadania começará a ser efetivamente respeitada, a partir da cobrança que fará sobre seus representantes.

Mas essa mudança tem que se iniciar em 2015, sem falta.
Ela será responsável pelo início da reversão do processo de centralização econômica, política, com a injeção de recursos novos nas cidades, onde se dará a nova cidadania brasileira.
Vamos continuar discutindo sobre as mudanças para construir um novo pacto federativo para o Brasil e para a nossa cidadania???



ALIENAÇÃO POLÍTICA PODE CUSTAR MUITO CARO AO BRASIL



ALIENAÇÃO CUSTA CARO




A sociedade brasileira precisa despertar desse torpor, no qual está imersa já faz algum tempo. 
Só desejar ler, e ver, coisas engraçadinhas, fotos bonitinhas e querer viver na doce sensação de que tudo está às mil maravilhas somente nos trará cada vez mais dissabores.
Temos que assumir posições claras, exigir os deveres do estado, seja ele federal, estadual, ou municipal. 
É necessário que a sociedade defina o tipo de estado que necessita.
A situação atual, de ausência do estado, de não cumprimento de suas funções, pode aproximar nossa sociedade de um estágio perigoso.
O regime nazista, que desmantelou a Alemanha em 1945, começou assim com a deterioração das estruturas institucionais, com ataques à justiça, com a criação de milícias, que agiam paralelamente à estrutura oficial.
Vamos sair do comodismo, de só querer curtir futilidades e aparências, e vamos usar o ano de 2014 para reconstruir o Brasil.
Antes que falsas lideranças tomem o poder de vez, implantando uma desagregação planejada, que só servirá a quem dominar o poder anárquico, que se implantará em nossa sociedade, se nada fizermos.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

O IPTU, A VIDA NAS CIDADES, E A NECESSIDADE DE UM NOVO PACTO FEDERATIVO PARA O BRASIL


Os cidadãos é que pagam todos os impostos, sejam eles municipais,  estaduais, ou federais.
No Brasil, 65% da massa de impostos arrecadados ficam com o governo federal, 22% com os governos dos estados, e 13% com os governos municipais.
É uma pirâmide de cabeça para baixo, pois a vida se dá nas cidades, e é lá que se precisa de recursos para educação, saúde, segurança, saneamento básico, transporte, meio ambiente, e as demais necessidades básicas das pessoas.
Quando as prefeituras, em busca de recursos para obras em suas cidades, aumentam muito os valores cobrados dos cidadãos sobre o IPTU, estão ajudando a retirar mais dinheiro das pessoas, pois elas já carregam todos os outros impostos.
É compreensível que os gestores dos municípios queiram ter mais recursos para poder realizar melhorias nas cidades que governam.
Mas esses gestores precisam lembrar que esses mesmos cidadãos é que suportam toda a carga tributária, pois o cidadão é o consumidor final de produtos e serviços, ponto onde se encontra a peneira derradeira, onde chegam as cobranças e arrecadações de todos os impostos nacionais.
Quando o governo federal, para ajudar as indústrias automobilísticas a vender mais carros, baixa o IPI, são os cidadãos, os contribuintes de todas as cidades deste país, que estão dando seu dinheiro, para ajudar a vender automóveis.
As desonerações fiscais, nome bonito e tecnocrático para esses favores feitos para as montadoras, e algumas outras indústrias da linha branca, ainda diminuem os valores de repasse dos fundos de participação de estados e municípios, aumentando o buraco da pirâmide invertida, acima descrita. 
E sem qualquer consulta aos cidadãos.
Vejam só esse exemplo, são vendidos mais carros, as cidades entopem suas vias com mais rapidez, o cidadão se prejudica, pois além de pagar impostos, esses mesmos impostos servem para financiar, em suma, uma piora na situação de mobilidade e acessibilidade das pessoas. 
Ainda mais que não se investe em melhorias, ou novas alternativas, para os transportes públicos de qualidade.
Os prefeitos, apavorados com as ruas congestionadas das cidades, que administram, tentam aumentar desmesuradamente o IPTU, para ter dinheiro para resolver um problema criado pelo governo federal.
Em vez de assaltar o cofrinho dos moradores das cidades, os prefeitos de todo o Brasil deveriam organizar um movimento nacional de alcaides e ir a Brasília para pressionar o Congresso Nacional, e o Governo Federal, para mudar essa estrutura perversa, que destina somente 13% dos impostos para os municípios, e não sangrar mais os cidadãos, que sofrem esse jogo de transferência de rombos orçamentários, que acaba sempre explodindo no seus bolsos, que são os contribuintes, que habitam as cidades, que sofrem o abandono de um governo/corte, que vem desde o Império, e que não passou nem foi atualizado, histórica e conceitualmente, pela filosofia republicana.
Empurrar essa conta de IPTU sobre os ombros dos cidadãos e contribuintes, só vai aumentar o fosso, que já existe, na base tributária altamente concentrada de nosso Brasil, um país de 200 milhões de habitantes, no qual somente 15% dessa população declaram imposto de renda.
Prefeitos, aproveitem este ano eleitoral, no qual as sensibilidades estão normalmente mais elevadas, e proponham, e lutem para implantar um NOVO PACTO FEDERATIVO PARA O BRASIL, no qual se reestude a situação atual de distribuição de recursos entre os entes que compõem essa equação, passando a destinar recursos em patamar digno para oferecer aos moradores das cidades brasileiras, e ninguém vive em estados ou no governo federal, as soluções, que, se adequadas, poderão ajudar em muitas reeleições municipais.

Afinal, o cidadão brasileiro saber ser grato com os políticos que os respeitam, e que os representam, digna e adequadamente.


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

FILHAS DO MAR E OUTRAS PUBLICAÇÕES INTERESSANTES

MENSAGEM ENVIADA HOJE PARA LAURA COUTINHO, EDITORA DO CADERNO DONNA/DC-DOMINGO 02.02.2014

Prezada Laura
Ler o caderno donna de hoje nos traz sentimentos muito legais, e bonitos.
E, também, nos transporta para ver estrelinhas de alegria, pela qualidade de seu conteúdo.
A bela história das Filhas do Mar nos coloca bons astrais e lugares interessantes e saudáveis.
Além dos bons exemplos como cidadãs, promovendo programas de nivelamento social pelo esporte, individualmente essas moças legam excelentes referenciais para outras mulheres, que muitas vezes se entregam à futilidade e ao cultivo da imagem física, por não terem adequados rumos e focos em suas vidas.
Que bom ver rostos saudáveis, abertos e sorridentes, essências pessoais, sem a abundância de fotos de bumbuns e rostos cobertos por óculos de moda, que impessoalizam as fotografadas, e as expõem de forma padronizada.
A Viviane Bevilacqua, que já não é novidade com a sua competência, nos cita outro caso de uma mulher que dedica sua vida à medicina.
É a qualidade da escrita associada à sensibilidade da escritora, que não abandonou a visão da boa jornalista.
A sensível Martha Medeiros nos presenteia com uma reflexão muito necessária sobre a imagem que temos como país e quais as atitudes que podemos tomar para ajustar essa imagem a uma outra realidade, ou mudar a realidade para venhamos a ter uma imagem adequada.
O Veríssimo sempre oportuno, com a sua matéria sobre a coerência, atitude e comportamento tão necessários para a vida familiar, e social, mas nem sempre exercitada.
A entrevista com a competente atriz catarinense Bruna Linzmeyer coroa o donna deste domingo, fechando com um belo pacote de presente este verdadeiro regalo de bom nível intelectual, com que nos presenteias neste domingo de sol, que graças às boas leituras não fica só mais um domingo bonito.
Parabéns Laura, tua sensibilidade e inteligência mostram a qualidade e a adequação com que os bons produtos da imprensa podem enriquecer os momentos dedicados à leitura, que só conduzem a estágios de bem estar e de saciedade intelectual.
Peço que transmitas às autoras das matérias o nosso agradecimento especial, e as congratulações por produzirem textos de primeira grandeza, que só geram bons momentos, e sentimentos, em quem os aprecia.
Muito obrigado!

Danilo Aronovich Cunha
Consultor e Educador