quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

A VIDA É UM BEM PRIVADO?


 

 
A generosidade e a solidariedade são dois sentimentos, e comportamentos, que precisam ser resgatados pelos humanos.
Nossas vidas, afastadas das causas coletivas, e tomadas por tecnologias comunicacionais e interativas, nos dão a sensação de plena satisfação de nossas necessidades.
Estamos vivendo uma época marcada pelo individualismo, e, de certa forma, pelo egocentrismo.
Temos a sensação que o mundo se transformou num simples processo de atendimento das ansiedades e prazeres individuais, quando, na verdade, só estamos neste estágio de avanço e desenvolvimento, graças aos processos coletivos, que nos presentearam com tantos avanços qualitativos.
O conceito de Estado, essa entidade que não passa de um conceito, de uma virtualidade, de um conjunto de procedimentos, de um elenco legal, é uma criação de muitos séculos.
Séculos que geraram muito sofrimento, lutas, guerras, revoluções, execuções, para se chegar a essa forma aperfeiçoada de estrutura.
O Estado existe para ordenar a conduta humana e como é administrado por humanos, surgem os conflitos gerados pela subjetividade, característica do comportamento humano, que faz cada ser ter uma objetividade e uma capacidade adicional de interpretar fatos, referências e referentes, tudo baseado em suas impressões, em seus contextos culturais, em seus meios sociais, em suas crenças políticas e religiosas, enfim, nenhum ser é igual ao outro.
Essa a função do Estado, o grande avanço conceitual construído ao longo da história da humanidade,  representa uma herança positiva.
Mas a individualidade, uma necessidade humana para construir a sua identidade, não pode ser usada como ferramenta de egoísmo ou isolacionismo.
Só somos o que somos por sermos objeto e observadores dos processos coletivos.
O meio ambiente é coletivo, o ar que respiramos é coletivo, as águas dos mares, dos rios e do lagos são coletivas, ou seja, nossa vida depende do nível geral, e não podemos pretender transformá-la como se patrimônio privado fosse.
É urgente a reversão dessa tendência atual à vida segregada, apartada, como se pudéssemos viver em cubículos existenciais, sem o convívio e o aprendizado constante que a vida em conjunto significa.
Essa, talvez, seja a palavra para este momento de retomada dos sentidos da vida coletiva.
A ressignificação dos conceitos que o século XX nos permitiu criar, com a ilusão de que o consumo desenfreado e a capacidade de acumular bens e objetos, pudesse suprir todas as demandas humanas.
Somos todos frutos de emoções de pessoas, que se amaram e nos geraram, dando-nos esse legado mágico que é a VIDA, um sentido que passamos o tempo todo tentando entender.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

INCÊNDIO E MORTES EM SANTA MARIA

 
 
DOR

É quase impossível emitir uma manifestação diante da amplitude da tragédia, que ocorreu em Santa Maria.
Muitas vidas se perderam, num momento que era de festa e lazer. Ou que deveria ser.
Jovens sairam de casa para se divertir e retornaram em caixões de madeira para ser enterrados.
O pragmatismo da morte, a dura realidade das perdas, o despertar neste novo dia com a certeza de que nada mais pode ser feito, deverá ser o grande sofrimento de familiares e amigos dos que se foram.
Além dessa fase de transe e da separação, o estresse pós-traumático poderá assediar grande numero dos sobreviventes, e contaminar grupos de amigos e familiares.
A cidade de Santa Matia não será mais a mesma depois desse acontecimento sombrio.
Podemos dar todo o apoio, acolher a quem sofre essa dor única de pais perderem filhos, invertendo o ciclo natural da vida, mas somos obrigados a refletir sobre o ocorrido, para tentar salvar outras vidas, e construir uma cultura de prevenção, para que essas tragédias, de certa forma anunciadas, não voltem a se repetir.
Já se sabe, a esta altura, que a casa noturna que incendiou e matou tantos, estava com total irregularidade nas medidas de proteção contra incêndios, e que sua obra era uma verdadeira arapuca, com uma única entrada/saida e sem os recursos necessários para proteger vidas e combater acidentes.
Mas a visão puramente burocrática dos poderes públicos pode colaborar, pela omissão e falta da noção e perigo, para que mais mortes se repitam.
Por todo o país é notória a falta completa de medidas punitivas e coercitivas para que essas casas de diversões funcionem impunemente.
Qualquer local, mesmo sem as mínimas condições é adaptado e grandes festas e ajuntamentos humanos são feitos sem qualquer preocupação com a segurança dos frequentadores.
Ou o poder público, em todos os seus níveis, assume seu papel educador, e preventivo, ou ainda iremos chorar muitas vidas perdidas.
Quantos ainda morrerão, quantas famílias terão que ficar enlutadas, quanta dor deverá ocorrer, até que essas atitudes criminosas, que só visam o lucro e o ganho fácil, sejam combatidas, punidas, prevenidas e sanadas?
Muita luz e paz aos que sobreviveram e toda a força e apoio aos familiares que lamentam suas perdas, inestimáveis!

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A DOUTRINA DO CHOQUE






Naomi Klein é uma jornalista, escritora e ativista canadense.
A carreira de escritora de Naomi Klein começou cedo com contribuições ao jornal The Varsity na Universidade de Toronto, escrevia sobre feminismo.
Naomi Klein é uma competente, bela e inteligente jornalista da América do Norte.
Ela é autora de uma livro chamado A Doutrina do Choque.
Além do livro ela fez um vídeo sobre seu trabalho, onde apresenta suas pesquisas e as necessárias provas de tudo o que afirma.
O trabalho de Naomi Klein relativo à Doutrina do Choque comprova que nos anos 1950, no auge da guerra fria e da busca por mais poder, o governo norteamericano, através de agência pública, pesquisou, usando como cobaias algumas pessoas, cidadãos americanos, os efeitos da tortura e do sofrimento extremo, no controle do comportamento.
O nome de seu trabalho se deve ao uso intensivo de choques elétricos brutais, aplicados nas cobaias humanas, que após longos períodos de sofrimento e dor, deixavam partes de suas memórias passadas abandonadas, para sobreviver.
Assim, entendeu o poder americano daquela época, toda a vez que se quisesse obter comportamentos de aceitação e submissão, esse método deveria ser usado.
Por isso, apesar de muito jovens, alguns dirigentes de empresas ainda acreditam nesse método, e submetem funcionários, e clientes, a pressões fortes para tentar sua fragilização.
 
Vejam e leiam o vídeo e o livro sobre a "Doutrina do Choque".

O DESAFIO DA CONDIÇÃO HUMANA FRENTE AO PODER

 
 
O combate entre o bem e o mal, entre o conhecimento e a ignorância é a luta permanente das pessoas livres e esclarecidas.
As almas libertas e libertárias, não se entregam às sombras por preferirem a luz e o sol.
A luz indica caminhos, opções, buscas e soluções.
Não há qualquer dúvida sobre qual caminho seguir.
Nosso compromisso é com o saber, advindo do conhecimento e do livre pensar.
Tentar censurar é querer manter pessoas no estado de ignorância.
Ignorantes são melhor comandados e manipulados.
A inversão de valores é típica da medíocres que querem o poder.

Precisamos estar sempre alertas pois o poder, seja politico ou econômico, sempre tem que ser controlado para não deixar que controle nossas vidas.

Nossa liberdade de opinião é essencial para a vida, e para as gerações que virão.

Manipular, usando o glamour da comunicação instantanea não é dificil.
Mas não podemos deixar que o deslumbramento com as novidades seja utilizado contra nossas necessidades de liberdade.
A vida são as pessoas.
Coisas, objetos, tecnologia são meios, o fim de tudo somos nós e nossos sonhos.

E ninguém sonha em ficar cativo de serviços de comunicação.

Só os utilizamos para ampliar nossos horizontes e o processo de trocas entre pessoas.
Processo inerente à condição humana, que sempre busca o novo e a superação.
O resto, é o resto!

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

REDES SOCIAIS E MÍDIAS INTERATIVAS: CARACTERÍSTICAS E DIFERENÇAS

 
Danilo Aronovich Cunha

O facebbok é uma mídia interativa.
A rede social somos nós as pessoas, os seres humanos, que enviamos idéias e sugestões, e recebemos outras.
O facebook é um meio de comunicação, assim como celular, tv, telefone fixo etc.
Não cabe ao meio querer formatar o que os usuários, as redes sociais, que se formam sobre as redes de comunicação, ou censurar o que as pessoas querem ou decidem escrever e p
ensar.
Assim como as empresas de telefonia, celular e fixo, não podem espionar o que os assinantes falam ou transmitem, as mídias interativas também não podem querer se intrometer nos conteudos transitados nas redes de apoio.
É bom lembrar que qualquer serviço prestado no Brasil, tem que seguir e se adequar às leis brasileiras, que são muito claras no respeito a conteúdos e opiniões expressas.
Qualquer tentativa de infringir as leis de proteção ao direito de opinião, ou de tentar se envolver em aspectos íntimos e pessoais dos seus usários, estará expondo o infrator às penalidades da lei de nosso país.
Assim turma, muita liberdade de criação, de crítica, de opinião, pois precisamos ser livres e criar as condições de que as próximas gerações não venham com chips de controle social implantados em seus cérebros, ou com seus comportamentos manipulados pela censura ou pelo medo.

Atuei 30 anos em telecomunicaçoes e tecnologia da informação e conheço muito bem essa área e as tecnologias.
Coloquei esses conceitos pois muitas pessoas confundem redes de comunicação interativa com redes sociais.
Por isso coloquei a diferença bem clara, pois redes sociais são conjuntos de pessoas com objetivos comuns, no caso, se comunicar, trocar idéias, críticas, concordâncias e discordâncias.
Assim, evitamos que algumas organizações usurpem conceitos e se vendam como donas de nossas vidas ou opiniões.
Nossas vidas pertencem a nós, a nossos familiares, a nossas amigas e amigos.
As empresas que se esforcem em prestar um bom serviço, pois caso contrário sofrerão o esquecimento da história.
Empresa boa, adequada, é aquela que respeita consumidores e usuários, e se atualiza e presta bons serviços.
Muitas organizações já foram banidas pelas pessoas, por não se adaptarem às vontades humanas, essas sim, as grandes demandadoras de decisões e escolhas.
 

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

ANÚNCIOS EM REDES SOCIAIS, PODE???



Outro ponto que me chama a atenção nessa interrupção que sofri, NA REDE SOCIAL INTERATIVA, a segunda quando escrevo textos de críticas de alto nível, são os anúncios que o facebook coloca em nossas páginas assinadas, com nossas fotos, e muitas vezes não somos consultados.
Ninguém pode ter a sua imagem usada de forma a vinculá-la com produtos comerciais.
Tenho cortado os anuncios com os quais não concordo, pois muitos deles são enganosos e perigosos.
Um deles tinha uma foto de um fuzil AR-15 e fazia propaganda de uma casa de venda de armas.
É o cúmulo!!!
Justamente quando começo a reagir contra esses anúncios colocados de forma discricionária pelo facebook, de forma compulsória, sem me consultar, começo a ser cortado, interrompido, como o fui agora à noite.
Controlem os anúncios que utilizam as suas imagens pessoais e suas fotos, pois eles ficam vinculados à sua identidade social.
Vocês concordam com tudo que está sendo anunciado em suas páginas do facebook???
Tenham muito cuidado!!!
O preço da liberdade é a eterna vigilância!!!
Se necesário, se não me derem condições de me expressar e trabalhar, vou acionar a justiça.
Como dizia um amigo:
"Não nasci em noite de trovoada para viver assustado".

CENSURA NAS REDES SOCIAIS???



 
É a segunda vez que estou redigindo um texto com críticas sistêmicas, abrangentes, sérias e sem qualquer partidarismo, à situação governamental e que sou interrompido pelo facebook.
Hoje recebi técnicos da empresa que me atende em meio de internet e tudo foi checado, e ficou 100%.
Velocidade ok, meio ok, tudo excelente e checado com equipamentos e procedimentos de ponta.
Agora, vou escrever um texto sério, com dados consistentes e fui cortado, interrompido, sem qualquer possibilidade de retomada.
Tudo funcionando, mas o facebook sem acesso, sem mobilidade, sem nada.
Interessante coincidência, não acham meus amigos???
No país sede do facebook, os EUA, o direito de opinião é sagrado, garantido por lei.
Aqui terá o facebook aderido a algum partido, ou terá algum interesse de que por ele só trafeguem futilidades e perfumarias???
O STF-Supremo Tribunal Federal acaba de provar para todo o Brasil, e para o mundo, que neste país todos são iguais perante a lei.
Teremos que prová-lo???
O preço da liberdade é a eterna vigilância.

O PODER NO CONGRESSO NACIONAL DO BRASIL

 
 
 
 
A Câmara dos Deputados e o Senado da República vão ter eleições para novas presidências.
Um detalhe importante: as duas casas que formam o Congresso Nacional, somente nessa mudança, nomearão quase 200 cargos comissionados, somente nas duas mesas diretoras, além dos milhares de funcionários já existentes, ao custo de quase 40 milhões de reais por ano.
No Senado, só na mesa diretora, haverá mais cargos em comissão que o número de Senadores, que representam todos os Estados do Brasil.
Como que um país que tem tantas limitações financeiras nas áreas essenciais como saúde, educação, segurança, transportes e outras, pode se dar ao luxo de esbanjar tanto dinheiro para um órgão que se paga 15 salários por ano, têm dois recessos que somam mais de 60 dias por ano, e trabalham de 2 a 3 dias por semana?

Energia Elétrica Mais Barata? Para Quem?


Hoje o governo federal anunciou o rebaixamento do preço das contas de energia elétrica, para residências, uso comercial e industrial.
Os valores devem ficar 18% menores para uso residencial, variando até 32% menores para uso comercial/industrial.
É bom destacar que essa redução será bancada pelo Tesouro Nacional, com recursos dos impostos pagos pelos cidadãos.
Um total de 3 bilhões de reais, dos impostos, serão abatidos.
Convém lembrar que essas reduções de valores, usando-se recursos dos impostos pagos pelos contribuintes é uma forma de financiar o desenvolvimento, mas, também, de exigir reciprocidade para as empresas que ganham essas benesses, mas muitas vezes não reduzem seus custos, nem racionalizam suas operações.
Se não for assim, então os consumidores terão que decidir que as reduções de impostos sejam somente para segurança, saúde e educação, para que resultados sejam percebidos, e recebidos, diretamente pela população, que está pagando por eles.
Vejam o caso da industria automobilistica.
Desde o governo anterior, reduções de impostos têm sido utilizadas para que a indústria automobilistica venda mais carros.
Só que muitas empresas não reduziram um centavo sequer de seus valores cobrados, e os preços dos carros só baixaram no tocante a impostos dados pelos contribuintes.
Agora, em janeiro, empresas que passaram o ano de 2012 com recordes de vendas de carros, estão demitindo milhares de operários, mesmo tendo se beneficiado muito.
Essas demissões vão pesar no salário desemprego, que também é pago com os impostos dos contribuintes, dos cidadãos.
Essa roda da fortuna perversa, que só beneficia empresas, com aumento de lucros e investimentos tem que ser repensada.
Afinal, qual a parte de contribuiçao que as industrias e comércio vão retribuir tudo que estão recebendo de lucros por aumento de vendas???

domingo, 20 de janeiro de 2013

O JEITINHO INGLÊS DE OFENDER E SE INTROMETER



O jornal inglês Financial Times demonstrou uma grosseira forma de se intrometer na vida de nações soberanas.
Aliás, algumas publicações inglesas têm demonstrado uma tendência a olhar para outros países, e deixar de ver as contradições e incoerências da sua mãe pátria.
Recentemente, uma revista teve o topete de sugerir em suas páginas que a Presidente Dilma trocasse o Ministro Mantega por sua forma de gerir o Ministério da Fazenda.
Como se ministros pudessem ser nomeados, ou exonerados, por qualquer coisa escrita em um papelucho.
É esse o "jeitinho inglês" de respeitar a soberania de um governo democrático eleito pelo povo brasileiro?
Ou o crescimento da economia brasileira, que se prepara para desbancar a combalida economia inglesa, chega a preocupar tanto os pouco sérios jornalistas que isso escreveram? 
Ou seria esse o "jeitinho" inglês de lidar com o seu potencial sentimento de inferioridade diante de uma nova economia emergente?
Agora, o FT faz matéria ofensiva e invasiva, se referindo às formas relacionais existentes no Brasil.
Temos, como todas as sociedades humanas, nossos problemas e ainda não atingimos o grau de evolução que desejamos.
Sabemos bem onde estão nossos defeitos e estamos sempre empenhados em superá-los, para que possamos evoluir e nos transformar em uma sociedade desenvolvida.
Mas a forma de falar do "jeitinho" brasileiro, do FT, nos faz refletir sobre os vícios, defeitos, falácias e hipocrisias, que ao longo da história, foram sendo registradas, ou escondidas, pela mãe pátria do FT e da revista intrometida, que parece chamar-se Economist.
É importante informar àqueles veículos da mídia inglesa, que desde 1985 estamos novamente numa democracia, que elegemos nossos dirigentes em eleições diretas, um pouco diferente da ditadura chilena, e de seus algoz maior, o general Augusto Pinochet, que sempre contaram com apoio, simpatia e toda a força necessária, da Inglaterra, quando assassinaram milhares de cidadãos daquele país andino.
Pinochet, que a Inglaterra usou como apoio para massacrar muitos soldados argentinos, na burra guerra das Malvinas. Pinochet que, aliás, foi preso por mandado de um juiz espanhol, por torturas e assassinatos de cidadãos chilenos, enquanto visitava na Inglaterra a sua amiga a ensandecida pelo poder, primeira ministra Margareth Tatcher.
Guerra que o próprio presidente americano Ronald Reagan avisou à ensandecida pelo poder primeira ministra inglesa Margareth Tatcher, de que não era necessário o envio de um força militar, e seu uso, pois as forças argentinas eram muito pequenas e tudo poderia ser resolvido por mediação.
Lembrou-lhe o presidente americano, apesar de igualmente idiotizado pelo poder, que um desembarque armado, em número muito superior à força que lá estava, poderia se transformar em massacre e humilhação.
A ensandecida pelo poder primeira ministra inglesa, apesar do aviso americano, decidiu investir contra as forças militares argentinas, e o massacre passou para a história. Seria esse o "jeitinho inglês" de lidar com conflitos negociáveis e mediáveis?
Em 1953 os ingleses, junto com seus primos americanos, por interesses inconfessáveis sobre o petróleo iraniano, deram um golpe e derrubaram o primeiro ministro do Irã, Mossadegh, eleito democratricamente pelo povo do Irã, para tomar conta do ouro negro, e da refinaria de Abadan, uma das maiores do mundo.
A refinaria construida em território soberano do Irã era objeto de desejo da Inglaterra, que não titubeou em financiar o submundo da região, os vagabundos disponíveis, os canalhas de aluguel, os mercenários e traficantes de toda ordem, para que se sublevassem contra o democrático governo iraniano, eleito em eleições diretas, para colocar um títere de seus baixos interesses, tudo para poder abocanhar o petróleo do Irã. Ver o Livro "Todos os Homens do Xá", escrito por Jornalista americano.
A partir desse golpe, com a incitação da massa podre e do lumpen socialdo Irã, a Inglaterra e os EUA fundaram o terrorismo daquela região, pois os asseclas contratados, não se contentaram em parar com a deposição do governo iraniano.
E aquela massa de malfeitores, bem paga e incitada por Inglaterra e EUA, se transformaram na base das ações armadas, que, hoje, esses dois países usam como pretexto para ações militares e venda de armas.
É só ver o exemplo do Iraque, do Afeganistão, da Índia, do Paquistão, e da vergonhosa história das torturas, mortes e dominaçao da Irlanda(vejam o magistral filme "Em nome do Pai"), todos cenários das intervenções militares, dirigidas pelos mais inescrupulosos motivos gerados nas terras de George Washington e de Henrique Oitavo.
Seria esse o "jeitinho inglês" de lidar com o petróleo que não é seu?
Washington, primeiro Presidente americano, que teve que enfrentar, e vencer, a Inglaterra na batalha de Yorktown, em 1781, para poder se independizar daquela nação colonialista.
Henrique Oitavo, sanguinário rei inglês, que adorava decapitar esposas para livrar-se delas, era um déspota que rompeu com a igreja católica e com o Papa, para poder descasar e casar quantas vezes quisesse, e criou uma nova igreja, em que  o chefe supremo é o próprio rei, ou seja, ele, que além de rei foi o primeiro "Papa" da nova ordem criada por ele mesmo! Já não bastava a família "real" inglesa se justificar, como enviada dos deuses, ainda se autoproclamou o próprio representante dos deuses em solo inglês.
Além disso criou a temível marinha de guerra inglesa, que não abriu mão de nomear bandidos chamados de piratas e assaltantes dos mares apelidados como "corsarios", que não passavam de réles assaltantes e bucaneiros, mas com a autorização de "cartas de corso", dadas pelos reis e rainhas ingleses, para roubar e saquear, em nome da monarquia inglesa, que chegou a atribuir títulos de "nobreza" a esses bandidos. E assim foram criadas as castegorias de "Sir" pírata, "Sir" assassino, "Sir" ladrão, etc. Seria o mesmo que o Brasil pedir aos representantes da familia real portuguesa, que fossem dados titulos de nobreza para bandidos e traficantes das favelas pacificadas, em vez de prendê-los como fez o Brasil. Haveria muitos viscondes e condes trancafiados nas masmorras brasileiras.
Ou para contraventores e punidos pela lei brasileira, que  pudessem passar a ser tratados como nobres, desde que dessem parte do botim ao governo. Foi esse o "jeitinho" inglês de lidar com meliantes de toda ordem, desde que arrecadassem parte de seus roubos para reis e rainhas ingleses?
Não é uma graça o "jeitinho inglês" de exercer e justificar poder e interesses desonestos?
Talvez esteja aí a base conceitual das ainda presentes contratações de mercenários "gurkas" pela tropas inglesas, que são exímios assassinos, que usam armas brancas para decapitar seus inimigos. Processo que foi muito usado na guerra das Malvinas, quando muitos soldados argentinos, mesmo já entregues e sem condição de reagir, tiveram suas cabeças amputadas, assim como o rei inglês fez com as suas indesejadas esposas Ana Bolena e Catarina Howard.
Ana Bolena, a decapitada, foi mãe da rainha Elizabeth I.
Que horror, uma rainha, filha de outra rainha que foi decapitada pelo marido, que era pai da rainha que ficou.
Que "jeitinho" terrível de se ver livre de esposas não mais desejadas!
Mais recentemente, um trabalhador brasileiro foi assassinado por vários policiais ingleses, no centro da capital inglesa, Londres, mesmo estando desarmado, indo trabalhar, como fazia todos os dias.
Jean Charles era seu nome e o "jeitinho inglês" de matar suspeitos, ainda mais cobertos pelo preconceito da cor um pouco diferente, encobriu qualquer providência justa e legal.
Jean Charles está morto, sua família sente a sua falta, e o "jeitinho inglês" de ser preconceituosos e prepotentes, de atirar primeiro e depois perguntar, continua em andamento.
Os exemplos são inúmeros, e isso que nem analisamos a politica colonialista, aquele "jeitinho inglês " de se apossar de riquezas minerais, rotas comerciais, explorar mão de obra escrava, para saciar as necessidades de bens e riquezas não possuidas ou produzidas na mãe pátria inglesa.
A Inglaterra, quando império, se dizia que lá o sol nunca se punha, ou poria.
Pelo jeito o entardecer histórico já jogou sombras, há muito tempo, sobre aquela monarquia, que ainda mantém o anacronismo como "jeitinho inglês" de tentar explicar a inexplicável situação de seres humanos, como quaiquer outros, que se intitulam "reais", enviados dos deuses, como se isentos da trivial condição de simples mortais o fossem.
Na verdade, essa forma estúpida de tentativa de intervenção em outras nações soberanas, demonstrada pela brega e ridícula maneira de expressar uma opinião extemporânea e indevida, nada mais é do que a perda da noção da realidade, que as duas publicações demonstram, mas que a mãe pátria já ostenta há muito tempo.
Ou seja, se usarmos a linguagem cinematográfica, tão utilizada pela Inglaterra para vender o "jeitinho inglês" pelo mundo, já que além de armas para países atrasados, são poucos os produtos exportados
por aquela nação de Henrique Oitavo, o decapitador,  e dos piratas assassinos, chegaremos à conclusão que o "jeitinho inglês" de hoje, está muito mais para o ridículo Mr. Bean, do que para o charmoso e autorizado para matar(como sempre) James Bond.
Que lástima quando a imprensa de um país, em vez de ajudar a controlar seu parlamento, o poder executivo, a polícia, ou a questão dos desníveis sociais, fecha os olhos para as suas verdades inconvenientes, para as suas hipocrisias e mentiras, e se vira para tentar denegrir países que tentam avançar e construir cidadania, condição que o "jeitinho inglês" de ser colonialista sempre negou aos seus dominados.
Os pavões, pobres animais raros encontrados em zoológicos, diz a lenda, que se olharem para seus  pés, podem morrer de tristeza pela feiura dos mesmos.
Será essa uma síndrome doentiamente demonstrada pelo "jeitinho inglês" da lamentável situação da imprensa inglesa, que não conseguiria olhar para os "pés" da sua realidade?
Alguém não gostou do que foi escrito aqui? alguém achou grosseira a forma de relatar o "jeitinho" estúpido desses dois pasquins acusarem o Brasil, e que aqui querem enfiar suas opiniões não pedidas nem necessárias?
Pois bem, aqui no Brasil temos um ditado popular, que diz:
"Quem diz o que quer, pode ouvir(ou ler) o que não quer"
Um outro ainda, mais curioso, diz:
"Cada macaco no seu galho"
Como se traduzirão esses ditos populares para o idioma inglês? alguém se candidata?









sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

LANCE ARMSTRONG

 
Lance Edward Armstrong é um ex-ciclista norte-americano.
Foi vencedor de muitos circuitos ciclisticos mundiais, ao ponto de virar mito esportivo.
Em 2012 ele foi banido eternamente e desclassificado de todos seus resultados obtidos desde agosto de 1998, pelo uso e distribuição de dopagem bioquímica.
Uma lástima!
Mas o episódio serviu para mostrar ao mundo o lixo em que se transformou o meio desse esporte, pois Lance Armstrong, em uma entrevista à famosa Oprah, na tv americana, entregou toda a rede de uso de artifícios para dopar atletas e alterar resultados de competições.
Junto com ele devem cair muitos médicos, muitos laboratórios, muitas pessoas, que traficaram drogas e potencializadores, ilegalmente usados para conquistar vitórias falsas.
Os circuitos ciclísticos mais famosos serão abalados por essas revelações.
Afinal, tudo será posto em dúvida, todos os resultados obtidos, pois ainda não se tem idéia de quantos campeonatos foram vencidos por atletas dopados, de quantos exames antidoping foram falseados para que pudessem ser beneficiados os usuários das substâncias ilegais.
A saúde desses atletas, que usaram dopagem, correu sérios riscos, pois procedimentos de retirada do próprio sangue, e a sua reinjeção em seus orgasnismos, eram feitos sem qualquer condição de higiene, sem qualquer cuidado maior, em plena beirada das estradas onde ocorriam as proves.
O número de comparsas e cúmplices dessas práticas criminiosas deve ser bem expressivo, pois a rede de obtenção, transporte e entrega das substâncias dopantes envolve muito dinheiro.
Ainda mais se observarmos a variedade de países onde ocorreram as principais provas dos circuitos mundiais, na maioria vencidos por Lance Armstrong.
Bem além do caso de polícia, que deverá se transformar essa investigação, em grande número de países, o maior prejuizo deixado por essa estúpida vontade de vencer a qualque preço, será, sem dúvida, o rombo moral, a horrenda referência deixada para algumas gerações, que passaram a adorar o esporte, e sua prática, graças ao exemplo de Lance Armstrong.
Tudo isso cai por terra, a máscara retirada deixa ver seres humanos mesquinhos, egoistas, pensando em enganar competidores, outros atletas, para ganhar fama, muito dinheiro, com a mentira e com a manipulação.
Felizmente tudo vem à tona, toda a verdade está aparecendo, e a apologia da vitória, mesmo com o uso de drogas e substâncias ilegais,  vai servir de parâmetro e exemplo para outros jovens não se entregarem ao uso de produtos, que possam produzir falsos resultados, construidos sobre mentiras e falsidades.
 

WALMOR CHAGAS



Walmor Chagas nos deixou.
Walmor Chagas morreu hoje à tarde.
Foi encontrado morto, com um tiro na cabeça, pelo caseiro da fazenda onde vivia.
Ele foi um ator de teatro excelente, muito importante, que estrelou peças teatrais clássicas.
Foi casado com a também artista de teatro Cacilda Becker.
Cacilda morreu durante a apresentaçãom da peça "Esperando Godot"  de Samuel Becket.
Ela teve um acidente vascular cerebral, por um aneurisma.
Ficou trinta e nove dias em coma, e teve morte cerebral.
Walmor ficou com a filha pequena, Maria Clara, e continuou atuando em teatro, cinema e tv.
Ator completo, com elevados recursos intelectuais, muito exigente quanto às peças a interpretar e ao rigor dramático necessário.
Em sua última entrevista a um veículo especializado em arte, Walmor foi entrevistado pela inteligente e sensível Bianca Ramoneda, do canal Globo News.
Nessa oportunidade, em 2011, Walmor deixava transparecer uma tristeza, uma nostalgia, uma sensação de estar abandonado pelo Brasil, que ainda não aprendeu a valorizar, devidamente, seus ícones positivos, seus bons exemplos, e a transformar seus símbolos que deveriam ser cultuados como referenciais, como modelos para as novas gerações.
Walmor se queixava da mediocridade que tomou conta das artes em nosso país.
Ele se ressentia da mediocridade que vulgarizou a sociedade brasileira, americanizando nossas relações, nossas manifestações, nossas interações.
Os cantores passaram a usar os mesmos chapéus que o "cauntri" americano, e as músicas nacionais desse segmento, antes rejeitadas como bregas, foram endeusadas pela alienada juventude, que esqueceu, ou nunca se ligou nelas, das suas raizes.
A mediocridade  das programações de tv que atendem às gerações enclausuradas pela nova vida urbana brasileira, pobre intelectualmente, que consome todas as novidades midiáticas produzidas em outros países, mas que despreza sua história.
História, aliás, que foi mediocrizada pela ditadura de 64 a 85, que foi diminuida pela mudança constitucional para a reeleição, e que tem seu ápice em 2012, com a tragicomédia do mensalão, quando uma das maiores traições ideológicas foi constatada em nosso pobre Brasil.
Aquilo que se vendeu para os eleitores como uma salvação ética, como uma renovação política depois de 21 anos de ditadura militar, aplicou um tremendo golpe nas crenças que foram despertadas por sua inflexível pregação de moralidade.
Não passavam de mais ladrões do dinheiro público, não foram mais que medíocres assaltantes dos cofres da nação, e para que? Para mais poder, para mais ter, para tentar se eternizar no poder.
Enquanto isso a cultura brasileira agoniza, transformada em poucos filmes bons feitos por abnegados, e raras peças de teatro com grandes dificuldades de financiamento, ou que se vendem aos partidos políticos de plantão no poder, para poder se viabilizar.
Mesquinhos vales-cultura, de cinquenta reais mensais, excluindo aposentados, são distribuidos para jogar público nas filas de cinemas onde se come pipoca, se fala ao celular e onde não se valoriza a arte, somente os fortes ruidos, o sangue correndo solto, e altos roncos de motores.
E tudo isso dentro dos pouco brasileiros "Shoppings Centers".
Walmor Chagas participou de greves de artistas contra a ditadura, para protestar contra a censura, contra o amordaçamento do livre pensar, que é motivado pela manifestação artística genuina, autêntica, original.
Pode-se compreender perfeitamente o desencanto de um artista, aos 82 anos de idade, que não se sente mais em qualquer contexto, e percebe a sua hora de se retirar.
Que pena!
Que lástima!
Um país que dá as costas aos seus gênios, de qualquer área, é um país condenado à burrice, à alienação.
Artistas do tamanho de um Walmor Chagas jamais poderiam ser deixados na solidão de uma montanha do interior.
Eles deveriam esta sempre a serviço das universidades, de cursos de teatro e cinema, para passar suas magistrais experiências e estimular a formação de novas levas de artistas.
Afinal a arte é uma atividade necessária para as sociedades, pois dela partem visões críticas, novas elaborações, experimentações, que influem a inovação e a criatividade.
Todos os países tidos como de primeiro mundo têm vigorosas programações nas artes, valorizam seus ídolos em todos os níveis.
Vejam os grandes regentes das maiores orquestras do mundo, as grandes vozes, artistas com 80, 90 anos, ainda em ação, formando novos, influenciando novas correntes, dando aulas e palestras em diversos meios.
Enquanto essas sociedades reverenciam suas grandes figuras, de todos os segmentos, nosso país, hoje, ficou um pouco mais medíocre do que já é.
Perdemos Walmor Chagas!



quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O TEMPO

DE:  MÁRIO QUINTANA
 
 
A vida é o dever que nós trouxemos para fazer em casa.
 
Quando se vê, já são seis horas!
 
Quando se vê, já é sexta-feira!
 
Quando se vê, já é Natal...
 
Quando se vê, já terminou o ano...
 
Quando se vê perdemos o amor da nossa vida.
 
Quando se vê passaram 50 anos!
 
Agora é tarde demais para ser reprovado...
 
Se me fosse dado um dia, outra oportunidade, eu nem olhava o rel...ógio.
Seguiria sempre em frente e iria jogando pelo caminho a casca dourada e inútil das horas...
 
Seguraria o meu amor que está a minha frente e diria que o amo...
 
E tem mais :
Não deixe de fazer algo de que gosta devido à falta de tempo.
 
Não deixe de ter pessoas ao seu lado por puro medo de ser feliz.
 
A única falta que terá será a desse tempo que, infelizmente, nunca mais voltará...
 
 
 
 
 
 
 
 

MINISTÉRIO PÚBLICO, INSTRUMENTO DE DEFESA DA CIDADANIA!




Prezados amigos e amigas
Fatos recentes na história brasileira estão levando políticos e legisladores a exercerem pressões contra as funções adquiridas pelo Ministério Público, tanto federal quanto estaduais, na Constituição de 1988.
Graças a essas prerrogativas investigatórias nosso Brasil pode moralizar a vida política e governamental, tendo a população a possibilidade de recorrrer aos Ministérios Públicos para que estes promovam investigações necessárias aos esclarecimentos, principalmente de negociatas com dinheiro público, de nossos impostos.
Vários já foram os crimes cometidos em esferas públicas, que passariam incólumes se não devidamente investigados pelo MP.
Atualmente, no Congresso Nacional, corre Proposta de Emenda Constitucional-PEC, para diminuir as funções do MP, retirando-lhe a possibilidade de realizar investigações.
Notoriamente é uma reação aos resultados já obtidos, principalmente pela sociedade civil, em investigações, e posteriores condenações, de crimes de colarinho branco, uso de cargo público, peculato, e todo tipo de crime cometido por corruptos e corruptores, tanto na área pública quanto privada.
Não podemos deixar passar essa PEC, pois nossas defesas contra o crime que se organiza, além do que já está organizado e operando nas entranhas do serviço público, podem ser diminuidas, passando os ladrões dos recursos de nossa sociedade a operar mais corajosamente contra os interesses do bem comum.
Assim, cidadãs e cidadãos deste nosso já tão roubado Brasil, não deixem de lutar contra a aprovação da dita PEC-37/2011, assinando o manifesto atraves do link abaixo indicado.
Enviem a todos os seus amigos, pois essa iniciativa pode ajudar a frear a ação de bandidos que querem atuar nas cômodas instâncias públicas, acobertados pela impunidade, que já existia no Brasil, mas que tem sido corajosamente combatida pelo MP.
Muito obrigado e conto com seus apoios para que a PEC37/2011 não passe!
ASSINE!
DANILO ARONOVICH CUNHA
Consultor e Educador
Coordenador da Escola de Governança e Cidadania Ativa - SC


---------- Mensagem encaminhada ----------
De: Pedro T., via Avaaz.org <avaaz@avaaz.org>
Data: 16 de janeiro de 2013 01:50
Assunto: Obrigado por colaborar!
Para:
consultor.educador@gmail.com



Convencer senadores a rejeitarem a PEC 37/2011, que limita o poder de investigação do Ministério Público.

A Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 37/2011 pretende retirar poderes investigatórios do Ministério Público e estabelecer a exclusividade da investigação para a Polícia Civil e Federal.

A PEC foi aprovada na Câmara e agora tramita no Senado Federal. Se não conseguirmos convencer os demais senadores a não aprovar o projeto, a PEC pode ser sancionada pela presidenta da República, tornando lei!

Impedir o Ministério Público de investigar é um verdadeiro atentado ao Estado Democrático de Direito. É desfigurar a instituição, é tirar do Ministério Público algo que é essencial.

Caso a proposta vá adiante a própria sociedade será prejudicada. Quem perde somos todos nós. Não há como se cogitar um Estado Democrático de Direito verdadeiro sem uma instituição independente que possa promover as investigações.

http://www.avaaz.org/po/petition/Convencer_senadores_a_rejeitarem_a_PEC_372011_que_limita_o_
poder_de_investigacao_do_Ministerio_Publico/?taJERdb
 
 
 
 
 
 

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

A ATUALIDADE POLÍTICA NO BRASIL


Além de ter enfrentado situações inesperadas, criadas por seus próprios aliados, o governo federal se equilibra diante do quadro mundial da economia.
As situações políticas, advindas da judicialização de vários temas, por ineficiência legislativa, criam espaços de indefinição.

-Politicos e ex-governantes expostos a julgamentos criminais ou a acusações de seus próprios parceiros já criaram boas dores de cabeça no ano que se encerrou.
Ameaças e bravatas são bradadas pelos acusados ou culpados, que deveriam apresentar uma autocritica a toda a população, por terem usado indevidamente as prerrogativas dadas pelos eleitores. E muito dinheiro público, também.
Algumas situações beiram o ridiculo, dada a mesquinharia envolvida, e que demonstra o despreparo dos representantes eleitos, via de regra, no trato dos temas públicos, por ausência de postura ética, por voracidade, por ambição, e por falta de consciência do que seria a gestão pública ou a elaboração de políticas públicas, efetivamente voltadas às demandas legítimas e pertinentes, da sociedade.
Alguns tópicos falam por si e comprovam a pobre fase política por que passa o Brasil, e a pequena visão de Estado, direitos e deveres, que assola os três poderes da República.
-Em algumas instâncias estatais brasileiras paga-se auxílio moradia, no valor de R$ 4.000,00 mensalmente, a vários funcionários públicos. A saúde com problemas seríssimos, a educação com salários a desejar, a segurança com carências, e valores elevados são gastos com quem já recebe bons ganhos dos cofres públicos.
-Enquanto isso, o reajuste dado ao salário mínimo foi de um pouco mais de 9%, mas para o salário mínimo dos aposentados deste Brasil das diferenças, foi de 6%. Aposentados têm menos necessidades, apesar de muito mais idade? Justamente na fase da vida que as pessoas necessitam mais remédios, e mereceriam um pouco de paz e tranquilidade para tentar curtir um espaço conquistado com muitos anos de muito trabalho. Compare-se com outros reajustes de ganhos de funcionários governamentais e estatais! Aposentados vêm recebendo sistematicamente reajustes menores que qualquer categoria profissional, privada ou estatal. 
Os vales para a cultura, no valor de R$ 50,00 mensais, não são destinados a aposentados!
-Em 10 anos, de 2002 a 2012 foram gastos mais de 250 milhões de dólares, ou 500 milhões de reais, pelos detentores de cartões de crédito, sabem de quem, exatamente, de servidores públicos federais, muitos desses gastos cobertos por sigilo, por segurança(!).
A insensibilidade de Brasilia toma conta dos governantes, que começam a discursar para aquelas platéias de aplausos fáceis, de empregados públicos bem pagos e alimentados pelos dinheiros daquela cidade que é a Corte brasileira.
O Brasil foi fundado pela Corte portuguesa, e a nossa Capital continua sendo a sede dos felizardos, com a maior média salarial do país.
Mentiras e mitos formaram este Brasil de casa grande e senzala, sendo Brasilia a casa grande, a sede dos senhores de engenho, dos donatários das capitanias hereditárias.
Dos ganhos expressivos pagos pelos contribuintes e dos impostos altos para sugar os baixos salários de toda a nação.
A senzala é a vida nos municípios, sempre com o chapéu na mão para atender as necessidades da cidadania, pois todas as pessoas vivem em algum município.

-Desperdícios bilhonários com o dinheiro dos contribuintes, obras de usinas de geração de energia paradas há 25 anos, e o Brasil anunciando que em 2014 haverá aumento da conta de energia elétrica por uso de usinas termoelétricas.
Enquanto isso nada se faz nos municípios para que todas as casas tivessem painéis fotovoltaicos para geração barata de energia elétrica, sem poluição da queima de combustíveis fósseis.

-Ainda se discute se um politico que roubou R$8 milhões de uma Assembléia Legislativa, condenado, deve ou não ir já para a cadeia.

-Suplente de Deputado Federal assume vaga do titular, mesmo estando condenado por formação de quadrilha e corrupção ativa, a quase 7 anos de cadeia, em regime semiaberto.

-Durante muitos meses, anos, o Senado da Republica deixou de descontar Imposto de Renda dos ganhos mensais(15 salários/ano) dos Senadores.
Agora, cobrado pela Receita Federal o Senado pretende pagar a dívida de IR com recursos públicos do Congresso Nacional, dos impostos, quando deveria era descontar dos salários mensais dos Senadores, assim como todos os trabalhadores assalariados deste injusto, e desigual Brasil.

-Mais de 3.000 vetos do executivo federal estão há muitos anos aguardando apreciação da Câmara dos Deputados.

-Em janeiro de 2013 a Câmara dos Deputados está comprando centenas de tablets para aqueles legisladores, que já tinham notebooks em suas bancadas de trabalho, e muitos outros equipamentos modernos em seus gabinetes.

Ou o Brasil acaba com a corrupção e a injustiça, ou a injustiça e a corrupção condenarão o Brasil a se eternizar como um país de terceira categoria.
Mas que cobra impostos de primeira e gasta como se fosse uma nação rica e sem problemas sociais.






A ECONOMIA BRASILEIRA E OS DESAFIOS PARA 2013



A Presidente Dilma está corrigindo muitos aspectos recebidos como herança.
O crédito abundante, usado nos oito anos anteriores, com o objetivo de impulsionar a economia, geraram algumas bolhas indesejadas.
O grande índice de inadimplência de hoje (15%) é resultado do endividamento da população, que comprou muito olhando o valor das parcelas mensais, e não calculou o montante de juros ou o valor total dos bens que adquiriu, na euforia.
Um indicador que chama a atenção, e que mostra a desaceleração econômica, é a redução da produção do papelão para embalagens.
Esse ítem caiu 13% mostrando que, apesar dos esforços de Dilma e sua equipe econômica, com redução de juros, redução prevista do custo de energia, a atividade industrial coloca o pé no freio.
Outro ponto interessante, é que estamos importando mais, enquanto a área industrial se recolhe e aguarda o desenrolar dos fatos.
Se importamos mais e a indústria diminuiu o ritmo, podemos concluir que estamos importanto produtos acabados e não insumos industriais.
E isso não é bom.
Se importarmos tecnologia poderemos gerar valor agregado em novos produtos.
Mas a simples importação, aliada as elevadas somas em dólar deixadas pelos turistas brasileiros no exterior podem gerar desequilíbrios futuros.
No governo anterior, além de ter recebido a moeda brasileira estabilizada, a China estava em momento de expansão, altamente compradora e tomadora de parcerias e investimentos, os Eua ainda não tinham sido atingidos pelo tsunami financeiro especulativo, e a Argentina era boa compradora e parceira econômica para o Brasil.
Hoje, com a China bem mais modesta em suas taxas de expansão, os Eua fugindo do abismo fiscal, e a Europa ainda engatinhando em sua recuperação, a realidade que o Brasil enfrenta é bem mais complexa, e adversa, do que a recebida e vivida pelo governo anterior. E a Argentina passa por fase difícil econômica e politicamente.
O ano de 2013 é emblemático para o sucesso da Presidente Dilma Rousseff, pois o crescimento econômico deverá ficar na casa dos 3,5 ou 4% de crescimento do PIB, para não jogar o Brasil na condição de parceiro não preferencial, posição que hoje se mantém graças ao fator inercial da economia e as medidas já tomadas nestes dois anos de governo.
Mas 2013 também poderá fragilizar a ação governamental, gerencial, pois a situação econômica já está estimulando, e antecipando, a sucessão de 2014.
A Presidente Dilma reune todas as condições para uma reeleição.
Mas sua "base aliada" começa a demonstrar apetites precoces e o panorama da sucessão no Congresso Nacional já mostra no horizontes fartas núvens formadas por densas ambições e por apetites vorazes, que cobrarão da Presidente boas fatias de sua energia, de suas prioridades e de sua gestão.
Hoje, sua maior oposição a um projeto de reeleição parte muito mais de seus pseudo aliados, do que de seus declarados oposicionistas.
Tomara que ela consiga continuar com sua intolerância com a corrupção, com a sua retidão e não se deixe levar por pressões e fogo "amigo", pois o pequeno número de políticos interesseiros não se compara aos 190 milhões de Brasileiros, que nela depositam suas esperanças de consolidação democrática, sem mitômanos e manipuladores, e com desenvolvimento econômico justo e equitativo, para gerar felicidade e bem estar para todos.
E um dado interessante é que a sociedade Brasileira começa a mostrar sua repugnância com a corrupção endêmica, e com o uso indevido do poder, pelos poderosos e seus amigos, fator amplamente combatido por Dilma Rousseff.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

PARAGUAI E VENEZUELA DIANTE DO MERCOSUL



Coerência é uma difícil prática para os humanos.
Dependendo dos contextos em que estão, dos conceitos usados, dos referenciais ideológicos, o exercício dessa característica pode tornar-se penoso.
Algumas pessoas acusam religiões de fanatismo esquecendo que aquela que seguem também comete atos muito próximos dos que condenam.
Na área econômica, dependendo da época e de fatos mais distantes, é muito frequente a crítica fácil de ações de certos governos, quando muitas vezes se dá a repetição das condições de contorno que geraram os objetos das críticas, mas em épocas mais distantes.
No caso da geração de energia elétrica, em 2001, o governo da época foi muito acusado de irresponsável e de outos qualificativos, por uma oposição que depois se tornou governo.
Atualmente, devido à seca e baixo nível das barragens, e ao desencontro de explicações e versões entre os vários atores envolvidos, as versões de "apagão", "black-out", e todas as formas de insuficiência de fornecimento de energia, diante da enorme demanda de uma população de 190 milhões de habitantes, se aproximam em muito às agudas constatações, quase acusações, endereçadas ao governo de 11 anos atrás.
Outro ponto interessante para se examinar o conceito de coerência diz respeito ao processo de privatização desenvolvido no governo objeto de críticas, e o novo termo encontrado pelo governo atual, no tocante à obras e serviços estatais/governamentais, que estão sendo passados para a gestão da iniciativa privada, por períodos concessionais de mais de 20 anos.
Às vezes a falácia predomina nessas discussões e as diferenças ficam apenas no uso semântico do termo.
Assim como alguns chamam o desvio de funções, dinheiro, favores e cargos públicos, de suas obrigações constitucionais em benefício de uma pequeno grupo de de 40 ladrões, como corrupção, outros o intitulam de malfeito.
Aspectos puramente semânicos, mais uma vez, talvez para não queimar os membros não corruptos de um governo, e tentar ofender outras pessoas que fizeram a mesma coisa em outro.
Mas a coerência, ou seu contrário, se amplificam quando as questões envolvem relações internacionais, pois o número de olhos é muito maior, e as repercussões de contradições, ou acertos, podem ser dramaticamente menores, ou muito maiores.
No caso da situação recente da Líbia, quando o ex-ditador foi cruelmente assassinado, frente a câmeras de tv de todo o mundo, muitos dirigentes de grandes nações tidas como ricas e desenvolvidas se comportaram como moleques oportunistas, criticando o dirigente morto.
Mesmo dirigente que meses antes visitava os mesmos criticos de agora. Mas além da visita era saudado como grande figura pública, uma vez que os interesses no petróleo produzido em seu país, a Líbia, anestesiava os pruridos éticos, humanistas, e de direitos humanos.
O mesmo se deu no Iraque.
O líder iraquiano, enforcado sob a gestão americana daquele país outrora soberano, foi agente bem pago pelos serviços secretos estratégicos americanos, para enfrentar os russos no Afeganistão.
Quase em uma repetição histórica, o líder chamado de "terrorista" pelos mesmos americanos e que seria o mandante da destruição aérea de prédios na cidade de NY, tinha mais de 20 parentes naquele país, todos transportados por ordem pessoal do presidente daquela grande nação do norte, poucos momentos depois do aludido atentado.
Aqui na América do Sul, também habitada por humanos com as mesmas características, a coerência precisa ser checada permanentemente, para que não se perca a linha básica que nos permita comparar comportamentos, declarações e atos de governantes.
Recentemente, o Congresso Nacional do Paraguai cassou o mandato do presidente daquela sofrida nação por entender, dentro da lei e da constituição do país, que o dirigente assim o merecia.
Dirigente que aceitou a cassação e agora anuncia sua candidatura a senador.
Mas vários foram os governos que votaram o afastamento do Paraguai do Mercosul, em função das regras que compõem o bloco econômico, que prevêm sanções a países que se afastem ou prejdiquem a Democracia no continente.
Recentemente, o presidente eleito da Venezuela, lamentavelmente, teve que se submeter a cirurgias de emergência, para combater um câncer devastador.
Sua posse, marcada para o dia 10 de janeiro, amanhã, corre o risco de não poder ser cumprida devido ao estado de recuperação lenta do paciente, ainda mais que isso ocorre em outro país, para onde o presidente enfermo foi levado.
Dizem alguns especialistas constitucionalistas, inclusive da Venezuela, que se o presidente não tomar posse no dia marcado, teriam que ser convocadas novas eleições para 30 dias, após o décimo dia do corrente mes.
Outros dirigentes, e analistas políticos, assessores, e mediadores, afirmam que a posse presidencial poderia esperar indefinidamente a recuperação, ou, na pior das hipóteses, o falecimento do presidente que sofre.
Convém aguardar a solução que será encaminhada soberanamente na Venezuela, assim se espera, mas já se fica no aguardo para constatar se algum casuismo de poder será exercitado, e apoiado pelas cabeças simpáticas à via escolhida, e quais as posteriores reações que serão tomadas, ou não, para se manter a coerência com as medidas acionadas com o Paraguai.
Coerência se mantém por comparação, por referenciais sérios, e principalmente pelo compromisso das pessoas envolvidas, em seguir a verdade.
Verdades incoerentes poderão se taxadas de mentiras, e incoerências mentirosas, dependendo de quem as pratica, em em que meio ou época, poderão ser impostas como verdades.
Ai está a história para comprovar.
Basta lê-la com a devida isenção e veremos como o uso de palavras, conceitos e processos, já foram suficientemente distorcidos, em função de certos contextos, dependendo de quem os dominava.
Por isso, a boa educação para a democracia, regime que nosso país pouco experimentou ao longo de mais de 500 anos de fundação portuguesa, recomenda que se pratique atos, gestos, dicursos, e conceitos, que sejam robustos o bastante para serem testados daqui a 30, ou 40 anos.
A história o dirá!








segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

HERANÇA E GOVERNANÇA


 

 
A presidente Dilma Rousseff vem se debatendo na difícil missão de transformar o burocrático Brasil em um país empreendedor e inovador.
Uma pesada herança cultural, ainda dos impérios portugueses, e do comportamento de uma relação de favores e privilégios, tem impedido a transformação de nosso país em uma nação de investidores independentes e arrojados.
A história registra a pesada burocracia, endeusada pelo poder de plantão e reforçada pela atitude dependente dos que deveriam ser investidores privados.
Quase toda a história de nossa economia é marcada pela fortíssima presença governamental na implantação e operação da infraestrutura nacional, e da benevolência estatal com quem a explora.
São bem atuais os exemplos de empresas concessionárias de serviços públicos, que cobraram pelos serviços, mas não investiram o que deveriam, e ainda alteraram projetos e investimentos, que foram determinantes de suas escolhas em licitações públicas, para evitar investir e contando com a proteção da embaralhada burocracia estatal, da falta de controle e da desonestidade de dirigentes governamentais.
Nas áreas de estradas, telefonia, comunicação de dados, transporte aéreo e terrestre, todos os dias são oferecidos panoramas na mídia nacional do descalabro dessa situação.
Às vésperas de eventos internacionais como a Copa das Federações, Copa do Mundo e Olimpíadas, o Brasil apresenta um quadro de despreparo, improvisação e imediatismo.
Aeroportos sem as condições mínimas de atender públicos maiores, estradas de baixa capacidade e sem estrutura para comportar um tráfego maior, e uma baixíssima taxa de investimento, por parte dos capitais privados. Serviços de telefonia móvel e fixa, e comunicação de dados em ridicula velocidades abaixo de 20% do padrão nominal vendido.
Esse aspecto, aliás, surpreende o governo federal, que apesar das reduções em impostos e toda uma série de incentivos à empresa privada, não tem verificado a necessária contrapartida de crescimento do PIB nacional.
Outro aspecto negativo herdado pelo atual governo foi o significativo gasto estatal com cartões de crédito, que deveriam suportar somente gastos de emergência, e que somam, nos últimos 10 anos, a incrível soma de 250 milhões de dólares!
A abundância desbragada de crédito, também nos últimos dez anos, colocou o Brasil num patamar de consumo desenfreado, levando os automóveis a ser um dos itens mais vendidos.
Automóveis que tiveram redução de preços por favores governamentais, mas que em nada tiveram agregadas novas tecnologias, ou motores mais econômicos. Nem mesmo redução de preços pelos fabricantes. Só o governo, e os contribuintes é que abriram mão dem impostos.
Assim, o Brasil gasta muito mais combustível com a frota aumentada, polui mais as suas cidades, que ficam também mais congestionadas e problemáticas.
Combustível que vem sendo subsidiado pela estatal do petróleo, que já acumula perdas significativas.
Perdas essas que, em última instância, acabam sendo pagas pelo contribuinte brasileiro uma vez que os aumentos e reforços de capital, da dita empresa governamental, acabam recaindo sobre os consumidores/pagadores de impostos via Tesouro Nacional.
E o que o país ganhou com isso?
Mais gastos com acidentes, com a falta de acesso, com a perda de tempo produtivo, e com muito mais estresse humano, fatores todos que se refletem no aumento de procura por serviços governamentais de saúde e por gastos muito maiores nessa área, quando o Brasil deveria estar exercitando políticas de prevenção e não somente de atendimentos emergenciais.
Além é claro da imutabilidade do panorama geral de dependência das iniciativas governamentais/estatais.
A Presidente Dilma já exonerou muitos ministros, também herança trágica do governo anterior. Agora é obrigada a suportar investigações de envolvimento de funcionários da Presidência da República, herdados do governo anterior, e envolvidos em assaltos sofisticados aos cofres públicos, e a favores fabricados em pareceres falsos para conseguir mais facilidades para os vorazes piratas que gostam de ganhar muito dinheiro por baixo do pano.
O governo federal precisa rapidamente se livrar dessas heranças pesadas, mudando sua forma de atuar e se relacionar com a área empresarial privada e dos estamentos politico partidários, e limpando de vez os quadros de funcionários, que deveriam servir somente os interesses maiores do Brasil.
Ou faz isso, ou passará o resto de seu mandato tendo que dar respostas sobre as heranças recebidas, e talvez não podendo exercer a reeleição em 2014, que por suas taxas de aceitação em pesquisas de opinião, não seria difícil de alcançar.
Parece que o sucesso da gestão e da aceitação da forma de atuar da atual Presidente assustou muitos membros partidários, e seguidores do presidente anterior, a ponto de estes ameaçarem a Presidente de deixá-la sem os apoios do que seria a “base aliada” no Congresso Nacional.
E assim, nesse jogo de chantagens, heranças trágicas, e jogos de interesse menores, mesmo que exercitados nos maiores cenários nacionais, vai correndo o primeiro mandato da primeira mulher que chegou à Presidência do Brasil.
Como toda a mulher, em nação machista e atrasada, sofre os boicotes e pressões dos representantes de homens atrasados e bregas, superados, que ainda acham que o país adora conversas de botequim, bravatas e ofensas, dirigentes com amantes, cachaça, culto ao corpo, e gastos enormes com dinheiro dos outros.
Mas desses homens o Brasil já não sente mais falta ou saudades!




sábado, 5 de janeiro de 2013

CORRUPÇÃO, MENSALÃO, STF E "TEATRALIZAÇÃO"


 

O Brasil conviveu, ao longo de 2012, com o julgamento do processo do chamado “Mensalão”, termo que se popularizou na mídia nacional, depois que foi assim alcunhado por ex-deputado do PTB, denunciante de um esquema que envolvia uso de dinheiro e cargos públicos para financiar a compra de votos, e apoios, de legisladores eleitos pelo povo, em eleições diretas, com o fim de garantir maioria nos encaminhamentos de projetos do Poder Executivo Federal, no período de 2003 a 2005.
O STF-Supremo Tribunal Federal, tem oferecido, já há vários anos, as transmissões de suas sessões de forma aberta, por canal de televisão, para todo o território nacional. Uma ação altamente didática, ainda mais se levarmos em conta se tratar da mais alta corte do país. Essa prática de abertura de imagens e sons, ao vivo, sempre se transformou em aulas inéditas para a população brasileira, até então distante do mundo legal e jurídico, por várias razões.
Depois de uma ditadura de 21 anos, entre 1964 e 1985, a população brasileira ficou diminuída em suas atitudes e a busca de informações verdadeiras, ainda mais as oficiais, ficou revestida do mito do poder de acesso, do poder dos relacionamentos privilegiados, e do poder da linguagem empregada, mesmo pelos que deveriam ter o compromisso ideológico de tratar o acesso ao mundo da justiça de forma transparente, acessível, sem mistérios.
Após o período ditatorial, o acesso e a consciência sobre os direitos humanos básicos e essenciais, surrupiados de forma violenta e autoritária durante o regime militar, deveria ser uma atitude permanente em todos que se preocupam em recolocar o Brasil nos trilhos da Democracia plena, abrangente e coerente.
Mas um dos aspectos interessantes dessa prática do STF, foi justamente a reação que vários profissionais do direito, alguns doutores das leis, apresentaram sem conseguir disfarçar um certo estupor.
A carreira e atuação do advogado, via-de-regra, sempre se caracterizou pela teatralidade, pelo uso hermético de termos em latim, pelo sincretismo do sentido de petições, procurações, e todo tipo de documentação a ser apresentada em nome de seus clientes.
Assim o digo, com a maior tranquilidade, como filho de advogado, com o qual aprendi muitos significados de termos e expressões normalmente incompreensíveis por cidadãos outros, que não os rábulas ou causídicos, dependendo da época de atuação e formação acadêmica.
Em tribunais e sustentações orais, então, sempre foi possível notar as transformações por que passavam alguns advogados quando saiam de suas práticas rotineiras e se transfiguravam em usuários de uma oratória que em muito lembrava os filmes e peças de teatro, sobre o senado romano, acentuadas por gestos exagerados, gritos, descabelamentos e outras práticas, que mais pareciam uma catarse. Tudo para tentar impressionar jurados, magistrados e para manter suas famas de grandes oradores.
O Brasil dos tribunos, principalmente na política e cargos governamentais, de voz empoada e gestos largos, de discursos emocionais e piegas, da exploração primária das necessidades humanas, foi vítima de um corte abrupto em 1964, quando a frieza do autoritarismo traumatizou a sociedade brasileira, até então crente nas soluções amistosas e cordiais, propaladas por várias visões equivocadas de sua história e formação.
Nosso país, fundado e dominado por concepções medievais da Igreja Católica, assim como todo o restante da América Latina, foi embalado por premissas falsas sobre as verdades e mentiras. Poucos conflitos foram resolvidos, ao longo da nossa história, por mediação real.  Todas as rebeliões foram punidas de forma cruel, violenta, para marcar o comportamento do brasileiro. É só ver o exemplo de Tiradentes, esquartejado, salgado e apresentado ao povo com suas partes entaladas em lanças de madeira. Canudos, é outro exemplo e o episódio do Contestado não foge da regra de “terra arrasada e salgada”.
Enquanto nos formávamos como democracia, mesmo após essa história de mentiras e manipulações conceituais, e mesmo depois dos 15 anos de ditadura de Getúlio Vargas, muitas quarteladas e ameaças de golpe se repetiram, demonstrando a distância entre a docilidade aprendida pelo “cordial” brasileiro, e a atitude pragmática das elites e do poder.
Duas categorias profissionais foram brindadas com decreto imperial, ainda do império herdado de Portugal, e aquinhoadas com a agregação do prefixo “doutor”, na tentativa de dignificar atividades profissionais liberais, num país dominado pelos funcionários públicos, pelos herdeiros das capitanias hereditárias, e por toda a sorte de embargos ao empreendedorismo individual, e pela premiação dos reconhecimentos outorgados pelo poder central.
Médicos e advogados receberam essa designação e as mantêm até hoje, apesar das transformações republicanas, da Semana de Arte de 1922, e de toda a evolução que houve nas sociedades contemporâneas.
Mas ambas as carreiras, por suas características de tratar de questões íntimas, orgânicas, sentimentais, familiares, comportamentais, poderiam ter desenvolvido uma atitude educadora e desmistificadora de seus saberes e conteúdos, pois talvez sejam as que mais se aproximam do núcleo do ser humano, tanto simbólico quanto corpóreo.
Os mitos dos saberes acumulados, devidamente protegidos pelas linguagens técnicas, serviram como reserva de segredos, como proteção, muito mais dos profissionais, do que dos que deles necessitavam.  E assim as receitas médicas só eram lidas por pessoal de farmácias que conheciam aqueles hieróglifos, ou por funcionários de cartórios e outros órgãos correlatos, que interpretavam os termos rebuscados dos trâmites legais, gerados na operação do direito.
Nesse cenário, acentuado pelas cores fortes das crises econômicas dos anos 80 do século XX, e sucedidas pelas quase crônicas novas crises desencadeadas pelo poder financeiro do mundo capitalista, o Brasil entra numa nova era, mas eivado, viciado, contaminado, por décadas de autoritarismo, de falta de transparência, acrescidas da mentalidade e cultura vigentes em várias escolas de direito, que privilegiam o conflito e não a mediação. E em algumas escolas de medicina, pela procura dessa atividade como algo “bem pago”, nem sempre pela sintonia, vocação ou identidade com a profissão.
Voltando ao início desta crônica, entramos no século XXI, mesmo que dominados pelo mofo e bolor culturais do anterior, mas com impulsos de reconquista de direitos humanos muito propalados e muito pouco exercitados, embalados pelos impulsos de uma tecnologia aparentemente fornecedora das condições libertadoras e abertas para obtenção de informações.
E um desses direitos se refere ao acesso à informação, ainda mais aquela que diga respeito aos dirigentes públicos, aos legisladores, e aos milhares de cargos nomeados por livre indicação dos “donos” de algum poder.
Boa parte de nossa imprensa, ainda devidamente marcada e traumatizada pelas tesouradas da censura dos 21 anos de regime militar, e influenciada por interesses econômicos transnacionais, não tem sido a fonte mais efusiva de oferecimento da pretendida libertação informacional. Sobre esse aspecto sugiro a leitura do magistral texto do Jornalista Audálio Dantas, contido no livro “As Duas Guerras de Vlado Herzog”, recentemente lançado, como resgate histórico das verdades necessárias, encobertas por mentiras oficiais do poder de plantão, mas que influenciaram muitas gerações, que não aprenderam a usar ou disponibilizar informação real e de boa qualidade.
Retornando ao STF e suas aulas de educação política e democrática à distância, encontramos um sucesso de audiência e participação populares, quando aquele Tribunal, coerente com a sua prática de vários anos, irradia para todo o Brasil as cenas reais, e verdadeiras, de um julgamento momentoso, apesar de sete anos depois de ocorrido, quando acusados de corrupção, de aproveitamento de cargos públicos para formar quadrilhas e delinquir passam pelas “barras dos tribunais”, termo antigo que se referia à separação física entre togados e simples cidadãos, barreira que o mais alto tribunal acaba de derrubar via tecnologia moderna de alta definição, ao vivo, e em “real time”, como gostam os deslumbrados e seguidores dos termos sincretizados em idioma estranho ao nosso.
E assim, nessa toada elevada e respeitadora dos direitos de acesso à verdade e à realidade, a população brasileira recomeçou seu despertar de consciência própria de sua cidadania, de seus efetivos direitos banidos pela barbárie do poder ditatorial, e posteriormente pela ditadura dos que deveriam usar seus cargos públicos para educar para a democracia e para a cidadania ativa efetiva.
E se teatro é um julgamento aberto, onde os magistrados se expõem de todas as formas, que podem ser corrigidos, criticados, e emendados por qualquer cidadão, que tenha ou não formação técnica na área, prefiro esse “teatro do oprimido” como o chamava o genial dramaturgo Augusto Boal, uma vez que em benefício da verdade, da transparência e na luta contra a dominação das massas pela linguagem cifrada, pelo mito dominador do idioma exógeno, pelos “segredos de justiça”, que tem servido para proteger discutíveis direitos ao sigilo de camadas privilegiadas de uma sociedade ainda dominada por castas nem sempre merecedoras dos privilégios presenteados de forma dúbia, mas nem sempre merecidos como participantes de uma cidadania cumpridora da lei.
E se teatro é o que o STF realizou, como ficam as teatrais, essas sim, atuações de vários advogados que sempre usaram entonações vocais, poses estudadas, frases de efeito, com se num permanente “script” hollyoodiano estivessem baseados.
Acusar de teatro a atuação democrática e exemplar do STF é uma atitude que pode demonstrar o receio pela retirada da cortina de mitos que sempre protegeu vários profissionais do direito, e a apropriação pelo povo de uma linguagem cristalina, que vai mudar a relação entre cidadãos e seus representantes, obrigando a uma mudança cultural, comportamental.
E vivas ao STF, que deveria estar sendo celebrado como exemplo de atitude democrática e transparente, não se curvando a ameaças de poderosos, ou de pressões de interesses escusos.

Depois de tanto tempo de obscurantismo, e de dominação das demandas legítimas e pertinentes da população e da cidadania, o STF conseguiu implantar no coração da nação brasileira, não mais uma estaca como foi feito com o corpo de Tiradentes, mas sim um  sentimento de esperança e libertação.

Mesmo que tardio!
 
 
 

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Uma Lista de Pedidos e Sonhos para 2013


 
O primeiro, claro, não poderia deixar de ser, é que todas as pessoas consigam ser muito felizes.
E que tenham um ótimo ano novo!
Que vivam seus bons sentimentos, que troquem abraços com seus entes queridos, com seus amigos, e que destinem um pouco da energia afetiva para abraçar desconhecidos, para que possam ajudar os necessitados, e que se disponham a dividir um pouco de alimentos com quem não os têm. Tudo bem, façamos de conta que este é um momento mágico, que todos acreditam em tudo, e que é possível sonhar.
Afinal, sonhar é bom, estimula realizações, motiva esperanças, e ajuda na busca de soluções, mesmo as aparentemente mais difíceis.
Consenti em me deixar levar pelo momento, concordei em embarcar nesse trenó de sonhos, aceitei sonhar sem censuras, sem limitações, e, até, com um pouco de soltura existencial, para que o já conhecido não funcione como uma barreira à imaginação.
Afinal, apesar de já termos vivido, e caminhado, um bom pedaço, quem sabe se ao permitir a imaginação sem limites venhamos e perceber novas situações, outras possibilidades e mais cores novas, nessas rotinas humanas, que tendem a ficar descoloridas, cinzentas, ou mesmo tristes e sem renovação.
Após essa reflexão, pouco trabalhosa, e muito permissiva, não foi difícil criar uma listinha de justas pretensões, de igualitárias aspirações e de muitas elaborações. Note-se que a palavra "aspirações", neste momento, se escrita separadamente, "as pirações"(pequenas ou grandes loucuras), pudesse refletir melhor nosso estado de espírito nesta fase.
Afinal, nossas “pirações” podem nos ajudar a novas criações, com menos impossibilidades, e limitações. Começo a minha lista com a leitura dos jornais dos últimos dias.
O final do mundo foi noticiado, pessoas construíram casas especiais para se proteger, e uma grande gama de previsões não foi realizada. Por isso meu primeiro pedido é para que essa previsão Maia se realizasse, sem a destruição material e humana, mas com a mudança de todas as crenças e costumes existentes.
Queria que não houvesse mais diferenças, e que todos os seres fossem iguais, em direitos e obrigações, em possibilidades e realizações.
Também gostaria de pedir aos Deuses, que o governo mundial dos bancos fosse extinto, mas que o dinheiro fosse guardado em cooperativas, para que todas as pessoas tivessem sua moeda de troca disponível, sem a especulação e desvios, que as grossas paredes bancárias levam alguns banqueiros a executar.
Que bancos não mais prestassem serviços de lavagem de dinheiro ao crime organizado, e que as taxas não fossem mais manipuladas somente em benefício das maldosas grossas paredes dos bancos.
Assim, muitos bilhões já pagos, ao longo de 2012, em multas a governos, por desvios e crimes gerais, pudessem ser aplicados para aplacar fome, curar doenças, educar crianças, e remunerar trabalho digno.
Falando em bancos, me lembrei dos celulares, que não é mais permitido usá-los dentro das agências das grossas paredes bancárias.
Aparelhos destinados a permitir a comunicação pessoal, foram transformados em conjuntos tecnológicos complexos, que mais funcionam para outras finalidades, mas comunicar não comunicam, pois suas interrupções e falhas somam mais tempo do que o destinado a outras operações mais rentáveis, para as empresas operadoras, que cobram sempre mais do que se usou e muito menos do que elas imaginam merecer.
Meu pedido é que os celulares deixem de funcionar somente dentro dos presídios, e voltassem a funcionar, nos valores prometidos pelas operadoras, e bem, sem as limitações posteriormente colocadas.
Tivemos eleições em nosso país.
Mas tivemos, também, julgamentos por muitos e graves crimes de corrupção.
Sempre a mesma coisa: os corruptos dizendo-se inocentes, e que nada sabiam, as provas mostrando o contrário, e os contribuintes sonhando com as punições.
Afinal, tudo feito com o dinheiro roubado dos pagadores de impostos, nós, que nunca fomos chamados a opinar se podiam pagar viagens internacionais para as suas namoradas, ou se podiam implantar cabelos postiços, com o nosso sagrado dinheiro de cada dia.
Assim, outro pedido meu é que seja proscrita a corrupção, mas em todos os níveis.
Dessa forma o dinheiro poderá seguir seu destino necessário, e ser aplicado em educação, em saúde, em segurança, em transporte e acessibilidade.
Ah, e que sejam proibidas festas, inaugurações, exposições, obras, desbundes, breguices e deslumbramentos, com nosso rico dinheirinho dos impostos, ainda mais agora que muitos novos chegam ao poder, e podem querer imitar os que saíram, para a cadeia, ostracismo ou esquecimento.
Cada final de ano, como o que vivemos, sempre traz de volta o comércio, as compras, as grandes listas de presentes, a angústia do consumo.
Mas também voltam as dúvidas com as dívidas, fáceis de fazer e esquecer, difíceis de resolver.
E nessa toada, continuamos esburacando a terra, tirando as últimas reservas que sobram, tirando tudo que é possível tirar, como se possível fosse aos 7 bilhões de gentes do mundo agradar.
Duas coisas mais gostaria de colocar em minha lista.
O "comércio justo" e o "consumo responsável".
Calma, sei que essas palavras, justo e responsável, não são mais muito usadas, e mesmo seu sentido causa alguma estranheza, nesta fase de "salve-se quem puder" e "viva quem tiver".
Afinal, existe algo chamado natureza e meio ambiente, que é de onde veio a nossa vida, e que precisa ter alguma atenção, para que possamos continuar existindo.
Nossa linda vida nas cidades nos fez esquecer de onde viemos.
Apartamentos, ruas asfaltadas, muito poste e poucas árvores, até o mar queremos aterrar.
O mundo se aquece, sem esfria, falta água, sobram tempestades.
Como vivemos a era do prazer, da satisfação individual, e só vemos a desgraça dos outros, por televisão, acreditamos aqui nunca poder chegar.
Eu seu, eu sei, que lista de presentes é para ser colorida, inocente, bonitinha, mas sem essas “pirações”.
Outras podem, mas essas só incomodam, só cortam o barato. 
Mas como fazer para a felicidade durar os 12 meses de 2013, para que ela se estenda a todas as pessoas, para que os sonhos possam ser realidade?
Quem sabe agora, que o mundo não terminou em 21 de dezembro de 2012, sobre um pouco de tempo para que as listinhas de sonhos possam ser atendidas?
Afinal, além dos votos, em eleições e de boas festas, o que sobra para que as pessoas possam sonhar realizar em seus sonhos?